domingo, 18 de setembro de 2011

O meu Deus



O meu Deus é aquele que está sempre perto
E não me abandona quando estou errado.
O meu Deus me pôs no caminho certo
Ainda que numa brincadeira o tenha deixado de lado.

Falar de Deus nas horas da noite
É coisa simples quando os joelhos estão no chão.
Blasfemar seu nome sem nenhum açoite
É só pra quem não o chama de pai, e sim de irmão.

Se minha igreja fiel é a mesa
E a bíblia da verdade é a caneca.
Troco o pastor por outra rodada de cerveja
E o padre pelo funk da falsa discoteca.

E que me venham os fogos do inferno
Ou os portões do firmamento.
Na hora da partida usarei meu melhor terno
Pra que os homens do Senhor me preparem um aposento.

Sou sincero e não traio jamais o meu futuro
Que tracei desde o instante em que nasci.
Tenho duas pernas, posso pular esse muro
Barreira simples onde pula até Saci.

Mas a responsabilidade é séria
E recebo de coração aberto qualquer conselho.
Só não aceito que me venha com migalha ou miséria
Pois faço do pouco, um reflexo sujo do seu espelho.

E que tenham todos, seu Deus no coração
Como o tenho eu, e sempre tive.
Profetizo pois sei que abençoados serão
E no peito que couber, esse poema arquive...





Chamam-me Paulo Victor, por vezes adorador dos poemas e afins, fim de noite de domingo, dezoito de setembro, dois mil e onze...

Nenhum comentário: