sábado, 28 de junho de 2008

ainda atuando...


A noite fria é detalhe pra manter o calor,
Duas pessoas bastam pra achar o que se procura.
Estando escondido, seja lá o que for,
Paixão, doença dos cegos que jamais se cura.

Um encontro, de repente faz viver o sentimento
Tal esquecido que renasce e grita de pavor
Guardado na angústia mortal do seu fraco intento
Faz desse forte grito, o seu próprio senhor

E o medo dá as caras na cena de interpretação,
Mero coadjuvante, tem destaque no papel.
A platéia, atenta, se emociona com a atuação,
Belo ator, julgado sai, então, da condição de réu

Quando a crítica aprova, percebe-se o sucesso,
Atinge pessoas que não estão preparadas pro mundo.
Sou uma dessas, humilde, eu confesso
Ator barato, ator de esquina, enganador vagabundo.

Uma peça que se passa naquela mesma noite fria.
Atuando, consigo iludir meu próprio medo.
Procurando pegadas pelo caminho que percorria
Só acho mentiras sinceras, razão do meu sossego.
P.V. 22:27 28/06/08

quinta-feira, 26 de junho de 2008

vinho branco

Vou lançar aqui agora o desafio a quem pode me responder uma indagação muito grande que tomou conta de mim nesse último dia que vivi. Como é que se explica o calor que se sente no meio de um frio tão intenso assim? É praticamente uma antagonia climática. Vai totalmente contra as regras da ciência, as teorias do tempo e tudo mais que eu não sei o nome. Minha posição é conservadora, não quero me envolver nesse assunto. Deixo o gelado e o quente de lado, mas assumo que ainda prefiro o calor. Certas vezes até o cumprimento: “Oi calor...” Afinal, temos que fazer amizade com quem nos faz bem.
Ironias à parte, só deixo aqui o registro que não podia se calar, gritos abafados pela censura mas que sempre se rebelam e conseguem dar o recado ainda mais alto. Claro que os paralelismos exacerbados de minhas palavras não deixam qualquer pista que mostre a arma ou ainda o crime em si. Por outro lado, todas as evidências são claras a quem me destino e isso que faz a alegria do povo.
Quem pode entender o tempo? Costumeiramente tende a destruir as coisas. Outras vezes, leva a dor embora, a deixa no esquecimento, no mundo da saudade. Mas aqui entre nós, o tempo faz muito bem a certas pessoas. A pele alva que se confunde com o rubor do vinho. A idade, quando costuma deixar essas coisas ainda mais gostosas e atrativas. Adoro vinho. Ela e o vinho? Vinho branco.
Mas, dizendo a verdade, ainda tenho receio. Todos sabem do meu medo da dor que possa se repetir. Claro que não vivo preso a isso, nem deixo que o receio tome as rédeas da minha vida. O fato é que, na minha lucidez, sei das condições que fazem de um homem, menos homem. Critiquem-me por dizer tal expressão, mas julgo dessa maneira. Uma mulher sabe muito bem o que fazer a fim de requerer seus desejos.
Deixo a beleza clara do seu rosto invadir minha alma, sei que vai iluminar o sentimento, não estarei mais preso nessa escuridão. Bebo do teu vinho, embriago-me nos teus braços, perco-me nos teus beijos.
Depois me leve pra casa.
P.V. 19:34 26/06/08

quarta-feira, 25 de junho de 2008

o ouro do Sol não é de tolo

“Eu é que não me sento no trono de um apartamento com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar...”

Raul Seixas, meio louco com toda a cirrose que lhe abateu, com toda sua insanidade verificada, os traumas do exílio na época da ditadura e também a beleza de sua maluquice, sempre disse verdades que julgo serem da maior lucidez que uma pessoa possa ter. Nem eu que sou um tanto quanto complexo em meus pensamentos poderia explanar coisas do quilate das palavras do príncipe do rock brasileiro. Mas não estou aqui pra fazer ibope pra artista nenhum, até porque o blog é meu, quem deve ter ibope sou eu. As maiores verdades são concretizadas quando se rima, aprendam isso, meus jovens.
Sendo assim, concordo plenamente com a letra da música que diz que não se deve nunca relaxar pra vida e deixar tudo acontecer naturalmente, seguir o destino pré-escrito, como dizem que o cara lá em cima teve todo esse trabalho de talhar na pedra (porque no céu não tem papel, muito menos celulose) a vida de cada ser humano que Ele (Deus), também teve o trabalho de confeccionar, de um em um, trabalhando em forma de manufatura (porque no céu ainda não teve Revolução Industrial pra acontecer a tão sonhada produção em série). O céu deve ser como o Brasil mesmo. Deus é brasileiro, pois tudo demora mais pra chegar lá. Olhando por outro lado, o céu que fica sob a China deve ter sim produção em série... vamos importar essa tecnologia qualquer dia.
Voltando ao assunto que tanto nos importa. Nos importa nem tanto né. Não sei o que pensam do que digo, sei que pra mim é uma alegria, estar aqui dissertando sobre assuntos completamente banais, coisas que eu já sei, coisas que já estou até aborrecido de tanto pensar. Ainda bem que criaram essa tão útil ferramenta de internet. Uma coisa linda, realmente. Adoro coisas lindas, como já disse outro dia.
Não devemos nos acomodar. O tempo passa depressa demais para sentarmos e esperarmos o futuro. Entenda de uma vez por todas que a vida está acontecendo agora, acorde, abra os olhos e veja que o segundo que você olhou pro lado e nesse lado não havia nada, é um segundo que você desperdiçou e nunca mais voltará. É triste, mas é verdade, não voltará mesmo! Olhe sempre pra frente, lá é que está o espaço onde se deve mirar, a tão sonhada vida que você tanto aspira, aquilo que diz ser impossível, mas que sabe, bem no fundo, que ainda existe uma chance e é nessa chance que se prenderá, essa ideologia que seguirá, na estrada sem rumo, no túnel escuro. Mesmo que ainda não esteja vendo aquela luz lá no final, continue andando, aos poucos verá que ela vai ficando cada vez mais forte. E quando tudo se iluminar na sua frente, quando a luz estiver, enfim, nas suas mãos, não pare. Continue andando.
O limite é o Sol.
P.V. 18:34 25/06/08

minha Torre de Babel

Estranho é o sentimento que cai sobre mim nesses momentos em que nada, além de oportunidades de ser feliz, acontece em minha volta. Nas horas em que mais deveria aproveitar e deixar tudo rolar naturalmente, sinto essa coisa que vem de dentro e me prende, sufocando o prazer que está por vir. Isso sempre aconteceu. É a mesma sensação de quando a boca secava com o medo de beijar aquela menina que eu tanto gostava. A mesma tremedeira, o mesmo nervosismo. Talvez seja a pressão de toda a responsabilidade que carrego.
Trago um grande poder nas mãos, tenho muito medo de decepcionar quem espera muito de mim, sei que posso corresponder à altura e, quem sabe, talvez até mais alto. Certas vezes, penso em dar um rumo de vez na minha vida, sossegar pra sempre, só assim talvez essa coisa ruim não acontecesse comigo. Porém, tenho certeza que não teria graça alguma pois sem o perigo do sofrimento não há o prazer da alegria. Do mesmo jeito que tremia antes de beijar, pulava de alegria depois. Atualmente, a situação se repete. A tensão se transforma em satisfação, mas é sofrível, infelizmente.
Fatos assim provam que ainda não amadureci por completo. Tenho muito que aprender com a vida e a experiência que tanto almejo ainda há de crescer dentro de mim. Costumo blefar pra impressionar dizendo o quão perfeito eu sou. Apenas palavras que voam da minha boca, se perdem no vento por não ter verdade alguma em sua essência. Tem gente que acredita, coitados...
Sou imperfeito, tenho defeitos e exatamente por esse motivo que cativo quem me rodeia. As pessoas se identificam nos erros alheios. Costumam se ver no reflexo do espelho do outro. A Torre de Babel, o caos, os problemas, tudo isso está em nós e, justamente por isso que nos envolvemos e ainda acreditamos no papo de almas gêmeas. Pra falar a verdade, até eu mesmo acredito em almas gêmeas. Mas só gêmeas, nada de mais de dois, por favor...
Voltando ao assunto do início, para que eu não me perca como sempre, redigo que estou tenso. Mas quem me conhece sabe que o que penso é extremamente mutável, sou uma metamorfose que não pára, e talvez, daqui a alguns minutos, um palavra, atitude ou até mesmo uma visão me façam esquecer completamente a maneira como enxergava o medo. É tudo muito simples, mas a complexidade como encaro as coisas me deixa assim, sem saber o que pensar nessas horas. O meu “sem saber o que pensar” é bem diferente do seu. Imagino tantas coisas que me perco nesse redemoinho de idéias loucas. Esse, com certeza, um dos meus maiores defeitos. Estou aqui pra melhorar né. Vamos à luta e espero que a lagarta vire borboleta logo.*
* para os engraçadinhos que não entendem meus trocadilhos, não me chamem de gay....
P.V. 18:00 25/06/08

segunda-feira, 23 de junho de 2008

believe...

Quanta disposição é necessária pra provar que um amor que se sente é realmente verdadeiro? O que é preciso ser feito pra que acreditem em você? Será que é tão difícil assim, um pouco de crença em sinceras palavras que saem de minha boca? Certas vezes, me pego fascinado com o fato de que as pessoas estão cada vez mais descrentes das coisas. Puxei a corda para o meu sentimento, mas isso não é a única coisa que costumam não acreditar. Deixando a parte crítica um pouco de lado, volto a dizer que esse tipo de situação me entristece de uma forma gritante. Imaginem um amor sincero que tem tudo para crescer sem parar, impedido de se desenvolver por uma simples desconfiança que o passado remete aos dias de hoje. Imaginaram como isso é triste? É triste. Mas não sabem como isso deve doer. Nem eu quero saber.
Carrego minha vida nos ombros por você. Deixo minhas mãos livres só pra segurar a sua. Dou provas de amor e de sentimento todos os dias, mesmo achando isso desnecessário, mesmo com o pensamento de que essas coisas não devem ser ditas. Coisas feitas pelo coração são para se sentir, e não para ficar se gabando ou jogando na cara depois. Mas sei que sente por mim, talvez ainda mais do que sinto por você. E nunca duvidei de palavra alguma que saíste da tua boca. Como duvidas de todas as minhas? Louca.
Mudo até o estilo do meu texto com verbos que nem eu mesmo sei conjugar só pra te agradar. Como alguém pode não acreditar em um menino assim tão legal? Já te disse que sou perfeito pra ti, só você não vê isso. Acho que tem medo de tanta coisa boa que sai de mim. Talvez seja receio de não suportar a responsabilidade que é gostar de uma pessoa como eu. Você me merece...
Acredite em mim sempre, não duvide de mim. Desconfie, mas não duvide, por favor...
Quer saber pra quem escrevo essas palavras? Pra você.
É pra você, sim...
Não acredita??????
Imaginei...
P.V. 15:57 23/06/08

o genérico do amor..

Permitam-me dizer coisas sobre os desejos da vida, sobre as coisas proibidas que tanto martelam a mente dos homens de bem. Também martelam a mente dessas mulheres do mal. Fato sabido é esse de que as mulheres têm tanto desejo quanto ou até mais que nós, inocentes machos da espécie. Por sermos superiores historicamente, tomamos o dever de sermos mais diretos com relação a nossos sentimentos e não digo só e simplesmente do que diz respeito à carne. Também cito aqui a extrema facilidade de demonstrar o sentimentalismo que brota do peito surrado de todo homem. Sim, nós amamos e dizemos. Eu digo quando amo de verdade. (espaço dedicado à ironia da última frase) O fato é que quando chamamos uma mulher de gostosa numa dessas ruas movimentadas, elas logo pensam: “Safado, sem-vergonha...” Mas eu sei que quando vêem algum carinha passando, pensam o mesmo, mas não dizem, na maioria das vezes, pelo menos. Então tira-se a conclusão de que essas fêmeas são falsas em suas atitudes pois pensam e não dizem, depois aparecem com a cara mal lavada e ainda têm a coragem de falar que os homens são muito interiorizados com os sentimentos... e não me venham com a desculpa de que a atitude desse porte causaria a estranheza e preconceito pois se a mulher quiser, ela faz coisas ainda piores sem remorso algum. Eu adoraria se alguma passasse e me chamasse de gostoso. Algumas cegas até chamam, mas eu ainda prefiro as que enxergam bem.
Por que motivo será que aquilo mais provocante e misterioso nos atrai tanto? Eu fico louco com certas coisas que não deveriam ter nada a ver. Não deveriam ter para outras pessoas. Em mim, faz borbulhar o sangue que enche válvulas...
Falar de tesão é trabalhoso e ao mesmo tempo muito fácil porque todo mundo sente, mas nem sempre sentem do mesmo modo. Claro que não estou aqui pra especificar o tesão de cada pessoa. Até gostaria... mas isso não vem ao caso. Digo sobre isso pois é coisa linda e muito boa de se sentir. Adoro essas coisas lindas. Às vezes, se torna um pouco constrangedor, mas tudo se resolve com uma roupa mais larga...
É o amor brotando na sua forma genérica. A vontade e desejo do sexo, a libido que toma conta de um corpo, a alta temperatura que esquenta mais ainda os lugares mais íntimos de um casal, ou não... casais ou não. A dois ou não. Grupal ou não. Pelo telefone ou não. De qualquer forma, rola. E todas as diferenças formam o mesmo sentimento de querer. A loucura que provoca um simples toque é forte demais pra se controlar. Muitas virgindades caem por terra dessa maneira. Tentem segurar. Quanto mais tentam esperar o casamento, mais vontade sentem, pois o pensamento é mutável e todos sabem disso.
Minhas palavras estão muito taradas. Tenho crises de abstinência seriíssimas com a falta desse genérico. Como sabem que não tenho medo algum do julgamento alheio, digo o que quero, digo o que penso, e sei que sempre vão pensar diferente de mim, e quem sabe, até mesmo me criticar. Adoro isso. Tirem o sentimentalismo da minha frente.
Costumam dizer que o choro é bom porque lava a alma.
Prefiro lavar minha alma com outro líquido... o tesão.
P.V. 15:25 23/06/08

crescendo..

Tem gente que peca por excesso, outras pecam por falta. Ainda bem que sei da pureza que existe na sinceridade de minhas palavras. Não peco. Deus que jogue a primeira pedra... em mim. Vivo navegando em mares transparentes. Quem olha debaixo do meu barco não vê podridão. Enxergue com seus próprios olhos quem sou eu. Surpreenda-se com tudo que consigo fazer. Com tudo que já fiz. Com tudo que ainda vou fazer por você. Tantas coisas que ainda posso oferecer... quem viver, sentirá.
E o nexo presente nas ações que tento mostrar se torna deveras complexo. Vejo-me como uma incógnita incompreensível aos olhares alheios. Triste situação para se encontrar. Logo eu, que almejo mais que tudo a simplicidade das coisas. Vejo que fracasso nessa tentativa de facilitar a vida dos fofoqueiros de plantão.
O tempo me transformou pra muito melhor, eu diria. Diria não. Digo. Chega a ser estranho observar todos ao meu redor com pensamentos tão diferentes, e sei que os meus estão mais corretos, pois tenho argumentos suficientes para provar tal coisa. E desafio quem for, a tirar a verdade da minha boca. Fui muito bem criado e com isso desenvolvi um senso crítico que chega a ser chato, dentro de mim. Eu me entedio com meus pensamentos. Penso de uma forma careta, velha, conservadora. Minhas ações têm uma forma contrária. A mania terrível de querer discordar é tão grande que a prática procura desestabilizar a teoria, até mesmo comigo. E de fato, faço coisas que, na verdade, não tenho coragem de fazer. Mas o ‘ideal metamorfose’ que sigo diz que tenho que almejar vôos mais altos, saltos mais perigosos, paixões mais proibidas, com o perdão da contradição aos meus fãs. Quando a criatura supera o criador, é conseqüência da criação.
Agradeço aos progenitores.
P.V. 14:39 23/06/08

palavras dizem tudo


Deu-me vontade de escrever dessa maneira
Desse jeito que ainda não domino
É meu amor caindo da ribanceira
É meu amor que eu não mais sinto

Acho que perdi o dom de amar
Sem razão o tempo me roubou
O sentimento que não sei mais onde está
Sentimento lindo que se chama amor

Rima boba, fraca e falsa
Escrevo por não ter o que fazer
A vida aqui anda meio sem-graça
Passo o tempo todo pensando em você

Você está longe e também pensa assim
Sei que o que sente é de verdade
Conheço o que se passa em mim
Sentimento feio que se chama saudade

Algumas pessoas não nascem pra amar
Agem de forma errada, às vezes, sem saber
Machucam até mesmo com um olhar
Espero não fazer isso com você

Forte sentimento que fere o peito
Alguns dizem ser irmão do amor
Quando sinto, fico meio sem jeito
Sentimento ruim que se chama dor

A poesia tomou outra direção
Uma coisa que eu desconhecia
As palavras realmente sabem o que são
Palavra, letra, cultura e sabedoria
P.V. 13:04 23/06/08

à moda antiga, ou não...

As coisas que eu penso, na maioria das vezes, são bem complexas. Nem mesmo eu consigo me entender. Mas quando chego a uma conclusão, no mínimo agradável, que se aproxime ao máximo da verdade, tento ser o mais claro possível ao jogar as palavras nos seus ouvidos. Afinal, de que adiantaria se dissesse e ninguém entendesse?
O que pretendo explanar realmente é o quanto imagino ter mudado as relações amorosas ao longo do tempo. Veridicamente, não tenho condições de afirmar sobre coisas que não vivi, porém meu pensamento voa e conjeturo sobre os relatos de pessoas mais antigas, clássicas obras de época, registros fiéis do passado, enfim... junto tudo num mix exagerado recheado de todos os meus sonhos em preto e branco. Devia ser a mais pura forma do amor, inocente, leve.
Queria ter o poder de planar sobre o tempo, ir e voltar livremente no espaço, me apaixonar diversas vezes nas décadas do passado, só assim teria certeza do que dizer sem medo dos equívocos naturais.
Como deveria ser um affair antigamente? Quero viver um assim. Olhar pra ela com medo num dia de festa na cidade. Medo saudável. Medo que não dói. Medo que acelera o coração. Elegantes na comemoração, ponho em xeque a incerteza que trazia sobre paixões à primeira vista. (Notem que já me inseri na história...). São simples olhares que se cruzam no meio de uma multidão. O meu encontrou o dela por força do destino. A vontade de correr para seus braços é tão grande quanto o respeito que tenho por sua mocidade de menina. Um beijo seu me faria o homem mais nobre que já existiu. Um beijo nela, a faria a donzela mais doce que já habitou em meus sonhos...
Mas tenho medo. O que será que ela pode estar pensando de mim nesse momento? Será que minha vontade grande é maior que o desejo que sinto? Vontade e desejo não seriam coisas iguais? Será real o sentimento que parece povoar minha mente? Ou será simplesmente um anseio de tê-la pra mim? Quero respostas. Preciso de respostas. Ou não.
Há certos momentos na vida de um homem, e eu sei, que é preferível prolongar a dúvida do que antecipar uma provável triste verdade. Pode-se correr o risco de jogar com a sorte e perder. Ou ganhar. Mas não costumo entrar em desvantagem, então aguardo o dia em que terei essa mulher só pra mim.
Incrível, seu sorriso dedicado à uma anedota que conto num desses calmos dias de outono. Ela já é minha. Vejo no brilho rosa e inocente do seu rosto, a sensação que causo ao lhe encarar. Timidez de menina. Proibidos desejos de mulher. Combinações fatais a qualquer homem, e não é diferente comigo. Já sou dela.
Não há caminhos outros a não ser a união eterna de nossos corações.
Casamos.
Vivemos felizes.
Três décadas se passaram.
Na era digital, com a chegada da Internet, enjoei dela.
Prefiro ficar aqui conversando no Chat, conheci alguém muito mais interessante.
O amor morreu. O amor perdeu pra tecnologia.
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É triste, mas é bem verdade. Hoje em dia, o povo pode se apaixonar de forma tão imensa quanto antes de maneira diferente. É o relacionamento virtual que chama a atenção. É nele que estão se formando os casais do futuro. Até um tempo atrás, era notícia nos jornais quando um casal que se conheceu via Internet se casava e tudo mais. Atualmente a coisa ficou tão normal que nem citam mais esse tipo de situação nos meios de informação. É banal, mas acontece. E o sentimento é falso, como qualquer outro dos tempos românticos. A falsidade que atrai o povo, que faz o coração tremer como nunca antes. Adoro falsos amores que nos fazem pensar na pessoa o tempo todo, mesmo sem nunca ter visto ao vivo. É coisa linda...
Eu mesmo já me apaixonei via MSN.
Só ainda não casei. Mas isso é questão de tempo...
P.V. 12:11 23/06/08

usa-me

“Como um farol que brilha à noite
Como ponte sobre as águas
Como abrigo no deserto
Como flecha que acerta o alvo
Eu quero ser usado da maneira que te agrade
Qualquer hora, em qualquer lugar
Eis aqui a minha vida
Usa-me..”

Estou sempre me impressionando com as coisas novas da vida e fico realmente feliz com tudo que me deixa em transe sem motivo comum. Claro que tem sim um fundo de talento nos lugares mais simples, nos buracos mais escuros, nas ruas com menos asfalto. Palavras são as pequenas coisas que me deixam nesse estado anormal de felicidade que provoca o sorriso descuidado no meu rosto. O mais leve e sincero sorriso. Interpretações diversas para um conjunto de símbolos agrupados, organizados sabiamente pelo poeta, cada um com a sua, eu com a minha. Interpreto, na maioria das ocasiões, de uma forma diferente da massa. Mania de querer discordar e provar um ponto de vista que, muitas vezes, eu não sei o que significa de verdade. Defeito meu? Talvez...
Mas essa letra de música aí em cima é coisa linda demais. É coisa que se encaixa em situações maravilhosas. Mas é o romantismo evidente que pulsa nas minhas veias, não tenho pra onde correr, sempre que vejo algo desse tipo não penso em nada além de querer estar no ponto mais alto e gritar as mesmas palavras pra ela ouvir. Só pra ela ouvir.
É a maior verdade que está aqui exposta nos meus olhos, só não vê quem é cego. De carne e mente, entregue aos seus prazeres, seus desejos, sua vontade acima de minha razão. Que grande poder é esse que está na palma de sua mão! Faz de mim o que bem quer, usa-me, abusa-me, me deixe apaixonado duas vezes ao dia, até mais... eu mereço. Sei que não te prometi nada além do que já te ofereço, e isso é o que te dói. Mas promessas são formas de prolongar inverdades. Por isso, a gente aproveita a chance de viver como nunca antes, mergulhar nesse mar de paixão, nesse mar vermelho. E se você tiver medo de se afogar, eu abro o mar pra você. Confie em mim.
Livro-me de tudo que ainda faz a cabeça rodar, tudo que já ficou pra trás, essas coisas que ainda teimam em querer acontecer, as mesmas que farão você sentir aquilo que destrói o amor concreto. Sem pensar demais pois esse é um defeito que não devemos cometer de novo. Abra os braços, vem pra mim, não tenha medo. Leve-me onde quiser. Todos os caminhos têm a mesma direção, seu coração é a parada final do expresso da paixão que faz itinerário na longa estrada do meu destino. Meu futuro é você. Não me decepcione.
P.V. 11:33 23/06/08

quarta-feira, 18 de junho de 2008

revolta momentânea

Prazer tão idiota quanto querer ir ao cinema sozinho, é a falta do que fazer em momentos decisivos da vida. É depressivo demais manter-se numa sala grande, escura e fria, rodeado de pessoas que, na maioria das vezes, têm relações íntimas entre si, e você lá, no meio de toda aquela gente, sentindo-se sozinho. Tão triste quanto ter mil coisas interessantes pra fazer e não se interessar por nenhuma delas. Contradição do caralho essa minha vida que cai no papel na frente dos meus olhos e, mesmo assim, não enxergo nada.
Estou mal acostumado. Sou mal acostumado. O mar de flores que sempre foram os meus dias me fez um mal incrível. A torrencial chuva de felicidade me molhou tanto que nem sinto mais dessa água. Mas se um pingo de “coisa ruim” cai em mim, tudo pára e parece que o mundo virou um quadrado, e estou a me despencar do barranco sem fim.
A dramaticidade dos meus sentimentos é tão grande que, às vezes, me surpreende e chego a extremos que até chocam pessoas queridas. É claro que são simplesmente palavras jogadas da minha boca que, na verdade, não têm fundo real. Queria eu que uma bala me encontrasse, mas que não seja fatal. Uma segunda chance, depois de extrapolar os limites da primeira. Que sirva pra me dar um susto, que me faça acordar pra vida, que eu saiba que as coisas não serão fáceis pra sempre, que eu veja a realidade cruel do mundo, mesmo ainda vivendo o sonho de que tudo é amor e todos se dão bem em tudo.
Utopia fudida da qual nunca vou desistir. Fragmentos de ideologias que se acumularam em mim. Estou sempre aberto às ilusões da vida. Boas ilusões. Mentiras que se repetem se transformam em grandes verdades. E é justamente a sinceridade das mentiras que eu busco, pois a verdade anda escondida. Talvez com vergonha de tudo que vem acontecendo por aí. Ou talvez seja medo de machucar alguém que não merece. Uma meia verdade é uma mentira pela metade.
Chega de falar de coisas banais. Só sei que estou agoniado, não tenho do que reclamar e a falta de reclamação como a falta do que fazer me deixam assim. Estressado.
P.V. 18:00 17/06/08

mais indagações

“Se ele era um sábio chinês, que sonhou que era uma borboleta, ou se era uma borboleta sonhando que era um sábio chinês.”
Ninguém tem certeza de nada por aqui. Venho eu, de novo, com minhas indagações filosóficas da faculdade que o prof Alex martela na nossa cabeça. “Nossa”, eu não sei. Sei que na minha vira um quebra-cabeças que toma os tempos vagos da ocupação diária. Eu digo: ninguém tem certeza de nada. Me excluo desse grupo, pois o convencimento de minhas atitudes e os fatos ocorridos que lhes dão razão gritam em alto e bom som que eu sei das coisas. E não é mentira. Sendo assim, deixo pra vocês a questão: alguém tem certeza de alguma coisa?
É intrigante porque a vida sempre prega peças e derruba os que se acham mais espertinhos. Não satisfeita em passar a perna em alguns poucos, derruba também os mais burrinhos, que são maioria. Mas dá licença, eu fico em pé. Certo de que de pé enxergo mais longe, vejo o que ninguém vê e lá no fundo, perto do canto, um pouco deslocadas pra direita, por trás de umas mentiras mal contadas, estão as provas que necessito pra dizer que tenho certeza de tudo. De fato, estão longe e não alcanço, mas sei que existem e como são. Assim supero o improvável e comprovo o impossível.
Nunca duvidem de um homem que possui as armas da verdade na mente. Pode ser perigoso.
Indagação filosófica que diz: será que sabemos o que fazemos? Será que temos consciência? Será que isso não passa de um simples sonho? Veja que tudo ao seu redor pode muito bem assemelhar-se a um desses sonhos loucos. A verdade da vida está acima da realidade da mente.
Faça o seguinte, já que você ainda não respondeu minha pergunta. Se você não acordar quando acabar de ler o post, deixa um comentário aqui embaixo, só pra eu saber que tá tudo bem.
A não ser que seja sonâmbulo.
P.V. 18:35 17/06/08

domingo, 15 de junho de 2008

loucura, paixão e sonho

Indescritivelmente louco, apaixonado e sonhador, eu sou. Faço das minhas loucuras de paixão, um sonho. Durante o dia, me apaixono loucamente pela pessoa com a qual sonhei durante a noite. Ainda não sei se prefiro meus sonhos de loucura ou de paixão. De louco, apaixonado e sonhador todo mundo tem um pouco. Minha dose foi um tanto quanto exagerada. Mais uma dessas dádivas dos céus que mandaram pra mim. Deus que manda. Deus é louco mesmo. Símbolo do amor/paixão. A imagem do sonho.
Adoro desafios e faço valer esse pensamento ao lançar minha aposta, nem tanto uma aposta, mais seria uma curiosidade. Alguém disposto a pintar a imagem do sonho? Mas eu quero a imagem do sonho com cor de saudade, o cheiro do amor e a moldura da tristeza. Pintem um pesadelo, então. Preso no alto, na parede do meu quarto, isolado num canto qualquer, só assim não me fará mal algum. Quero perder o medo de dormir.
Apaixonados, sonhadores e loucos se equivalem. São todos cegos, surdos, burros... felizes.
Uma maravilha, a utopia que vivemos durante a noite. Cada dia, uma aventura diferente. Certos sonhos são, de fato, excitantes. A gente tem certeza que aquilo é impossível, mas naquele momento, o mundo é nosso. A gente corre, pula, toma tiro, morre, ressuscita, pega a mulher melancia... e aquilo é a maior verdade do mundo. Cegos pelo inconsciente que controla os sonhos.
Tente dizer a um louco que ele é louco. É um problema que beira as indagações filosóficas. Ele pode ser até Deus, mas louco, não. Por mais que haja todos ao seu redor agindo e se comportando de um modo normal, diferente à sua loucura, não há quem o convença do contrário. Loucos, cegos pela loucura.
E o que dizer, então dos apaixonados? Felizes cegos teimosos que por sua lucidez ganham, de mim, o título de “sem-vergonhas”. Esses apaixonados são um bando de sem-vergonhas mesmo. Certas mulheres “certas” se apaixonam pelos homens mais errados que o “cão miúdo” pôde jogar aqui em cima. E não há amiga de infância que lhe faça mudar de idéia. Não há mãe protetora que lhe convença que o cara não presta. Não há castigo de pai moralista que a faça abrir os olhos. Não há texto no meu blog que a faça acordar pra vida. Bando de sem vergonhas esse povo que não sabe se apaixonar. Cegos pela paixão.
Loucos, sonhadores e apaixonados. Um bando de cegos. Continuem se iludindo.
A ilusão invade meu sonho e faz de mim um louco apaixonado.
P.V. 21:46 15/06/08

sábado, 7 de junho de 2008

um mártir

Não me canso de explanar sobre felicidades. Ainda mais, tratando-se da minha. Fato comum é eu estar feliz, mas a plenitude desse estado de espírito, a qual já mencionei antes, é algo que raramente acontece e, de fato, merece o registro eterno.
Guardem minhas palavras. Se alguma época o blog ficar desatualizado por muito tempo, ou uma bala perdida me achou, ou estarei passando por momentos de tristeza profunda. Recuso-me a escrever sobre coisas ruins pois só quero me lembrar das boas. E coisa boa é o que não falta na minha vida. Sou iluminado, como diria o anjo negro da gávea.
Coração, órgão vital do corpo humano. Esse não sente nada. O sentimento verdadeiro que vive dentro das mentes, esse sim, faz doer, faz sorrir, faz gritar e chorar. Certas alegrias que tomam conta de mim estão, inacreditavelmente, isoladas desse tal sentimento. Simplesmente curam necessidades inadiáveis e deixam as marcas como um furacão que sopra brisas do mais puro ar, quente, frio, morno. O olho do furacão é o nirvana onde quero permanecer.
Sopre mais uma vez no meu rosto suas terríveis armas. Essas armas que fazem doer, em mim só trazem prazer. Arma branca ou de fogo? Que sorte a minha. Ainda posso escolher entre a beleza alva de seu sorriso e o fogo da paixão que acende em mim sempre que te vejo. Confesso que fico indeciso. Estático nesse momento, deixo a escolha por sua conta. Estou posicionado como um homem que viveu intensamente sua vida, marcou época, virou lenda por amar demais, e agora aguarda ansioso o golpe de misericórdia a fim de dar cabo na longa estrada que percorreu. Meu destino é tornar-me um mártir.
Acabe logo com isso. Estou de joelhos na sua frente e as armas estão com você. Sinto que meu fim se aproxima. Encaro o julgamento de peito aberto.
Foi uma derradeira paixão, visto que tenhas usado ambas as armas. Tu me fazes incendiar por dentro no momento que me sorríeis, então perco a batalha para a paixão que me consome.
É simplesmente a plenitude da felicidade de um mártir.
P.V. 18:40 06/06/08

experiência de vida...

Minha vida é curta. Está sendo curta, pois não sei até onde ela vai. Sempre tive muita saúde por isso espero que ainda fique muito tempo por aqui. Limpas e turvas águas ainda vão serpentear pelas curvas estreitas que marcam minha história. Sei que ainda tenho muito que aprender, mas poucos conquistaram tanto em tão poucos anos. E não digo em relação a coisas materiais. Sou pobre, não sou miserável e nem me orgulho de nenhuma dessas condições. O orgulho maior que enche meu peito e eleva meu ego é o reflexo radiante que o espelho me mostra quando o encaro.
Experiência é fato estranho de se entender. Eu tenho a minha e você tem a sua. Deve se medir em tamanho, já que sempre dizem que fulano tem experiência grande em tal coisa. Outros dizem que a idade é sinônimo. Sei não hein... a experiência que mais me atrai é aquela que ajuda nas relações amorosas. Julgo todos que se dizem melhores por possuir essa tal experiência. Arranco verdades escondidas de quem se acha superior. Certas pessoas deveriam evitar abrir a boca, estariam bem melhor se ficassem caladas. Ainda mais, perto de mim.
Não sei se pelo momento da vida ou se sou assim chato mesmo, mas adoro entrar ou até criar discussões. Um movimento de pessoas que falam ao mesmo tempo defendendo os seus pontos de vista, gritando suas teses mal formuladas, acabam se contradizendo perdidos num mar de ignorância que produz ondas a derrubá-los próprios. Não existe discussão sem conhecimento. Não se criam argumentos sem experiência.
Mas quem sou eu pra monologar um assunto dessa grandiosidade? Tenho apenas 19 anos, mas ratifico minhas palavras de que, nesse pouco tempo, cultivei sementes do saber dentro de mim. Deixo florescer toda a inteligência adquirida e acumulada pra colher os frutos dentro de quem me atura. Não sirvo pra ser conselheiro, mas sinto que posso mudar o mundo, do mesmo jeito que mudaram o meu. Agradeço a todos pela colaboração.
Sou um todo, fragmentado das idéias de quem me ama e quer bem.
P.V.19:25 05/06/08

terça-feira, 3 de junho de 2008

não chore mais..

Chorar não é coisa boa, definitivamente. O choro inunda o vale dos pensamentos, faz transbordar a tristeza represada. Falso sal temperando feições que minha boca há de degustar. Quero deixar bem clara minha intenção puramente límpida em relação ao choro alheio destinado a ações que partam de minha pessoa. O excesso de tristeza que vazou pelos seus olhos, pinga sobre mim como gotas de culpa que fazem pensar se o que estou vivendo, de fato, é a coisa certa a acontecer. As mesmas lágrimas que lavam a sua alma poluem tenebrosamente a minha. Morro de medo do estrago que podem causar tanto em mim quanto em você. Mais em você do que em mim, pois aprendi a lidar com situações que envolvem a dor coletiva.
A correnteza que flui do seu rosto pode tentar me derrubar, mas não vai conseguir. Ando precavido com o equipamento adequado para esse tipo de problema. Sei que não é sua vontade derrubar uma pessoa tão inocente quanto eu, mas há momentos na vida em que nem tudo que provocamos é ligado diretamente a nossas ações. A minha característica de causar uma felicidade extrema em você é algo que ao mesmo tempo pode lhe dar sofrimento. A dor de uma alegria sua dói em mim. São coisas complicadas que muitas vezes não têm explicação, outras vezes ninguém percebe, mas que acontecem freqüentemente. Observo o que rola e tenho certeza que se repete. Tento em vão achar uma solução e essa tem sido umas das minhas frustrações na estadia por esse mundo. Tenho a obrigação de cumprir meu dever que é somente alegrar e levar felicidade ao seu coração. Morro por dentro ao saber que uma lágrima escorreu pelo seu lindo rosto por culpa de um mísero mortal como eu.
Vou jogar a culpa em outro. Deus é meu amigo, sempre entende minhas indagações e sabe que tudo termina com Ele.
A culpa é de Deus que inventou a distância, mãe da saudade que faz você chorar.
P.V. 23:42 03/06/08

the sea..

Todos estão cansados de saber minha opção por dissertar sobre os fatos do coração. Por mais que digam e julguem minhas idéias contrárias ao amor, admito e ratifico que sou sim, um cara apaixonado. Não me pergunte por quem, pois nem eu mesmo sei. Isso que me deixa satisfeito. Que continue fluindo todo o fervor vermelho que brota do meu peito e faz bater um coração cansado de apanhar. Um rio de fervor. Um mar. Não ousaria cometer o pecado de plagiar o Todo-Poderoso. Já existe um mar vermelho. Vamos falar sobre outro.
Um paralelo sobre o mar. Já deveria ter pensado nisso antes. Amo o paralelismo. Vivo questionando os fatos, descobrindo verdades que se escondem nas entrelinhas das paixões de cada dia. A inspiração é mera coincidência do acaso. Vale a pena desperdiçar conhecimento por uma paixão? Evito questionamentos temendo a certeza cruel de certas respostas. Apenas pequenos fatos, nada mais. Grande mesmo é a força do sentimento que me impulsiona todos os dias e mantém viva a esperança de estabilidade do sorriso pintado no rosto dela. Seu sorriso, a coincidência do acaso que me inspira.
Compare-se ao mar. Sem motivos óbvios para dissertar sobre essa grandeza da natureza. Uma imagem, um texto. Um sentimento, uma atitude. Certas atitudes pegam de surpresa a pessoa distraída, tal como quando quebram as ondas que derrubam os mais desavisados. Esteja sempre preparado para os caldos da vida, erga-se sempre depois que cair. Não fique caído pois novas atitudes virão ainda com mais força que a primeira.
Azul é o mar. Que terrível para mim se seus olhos também fossem. Ainda mais hipnotizado ficaria ao encarar suas feições angelicais. Um anjo que surgiu do nada. Asas brancas que sopram o ar mais puro no meu rosto quando batem. Assim como a leveza alva fraca de sua alma que eu vejo pelos seus olhos. Sorte minha que não são azuis.
O sol é a aureola do mar. E o pôr do sol...? Não tenho coragem de umedecer o papel que abriga minhas palavras com as lágrimas de um alguém esquecido pelo passado. Gotas do oceano que correm pelos olhos. Marcam sua passagem pelo rosto. Desenham um mapa que leva ao ponto principal daquele que já amou. O coração.
Palavras são simples, designam nomes, características, mostram ações... as que eu mais gosto são os verbos. Mas nem todos satisfazem aos ouvidos da maioria das pessoas. De todos os que estão jogados pelos dicionários da vida, o que prefiro é amar. Amar, tantas definições pra uma coisa que julgo ser bem simples. Amar é o mar sem início. Amar o mar é amor sem dor. Um oceano de utopia.
P.V. 07:31 03/06/08