segunda-feira, 28 de abril de 2008

auto-biografia momentânea...

o cara mergulhou de cabeça
não percebeu que a piscina tava vazia
foi-se embora e, antes q eu me esqueça,
sabia de onde veio, não sabia pra onde ia

segue sem rumo na frieza da vida
busca alguém pra poder se apoiar
no dia esperado de encontrar sua querida
chegou no local, não havia ninguém lá

resolveu se livrar daquilo q lhe prendia
pois o que faz mal não agrada a homem de bem
botou na cabeça q esqueceria daquela guria
e torceu pra que ela o esquecesse também

o tempo voou como corre um medroso
e sua vida tornou-se um paraíso sem fim
aquilo que um dia já foi doloroso
cheira, agora, melhor que jasmim..


Paulo Victor é um homem de bem
procura no mar belos grãos de areia
se duvidar, te desafio, pergunte a alguém
só pulo em piscina que estiver bem cheia


P.V. 28/04/08 22:09

domingo, 27 de abril de 2008

sina de campeão


Vou te contar um fato mais que consumadO
não é novidade pra mim, nem pra você
enquanto eu olho o meu, você olha o seu lado
meu time é Flamengo, nasceu pra vencer

Vai pra cima sem dó, quer ser sempre campeão
não escolhe adversário e não teme ninguém
no jogO é mocinho, jamais o vilão
com onze em campo, já ganhou mais de cem

Imponente, o artilheiro não corre da raia
foi escolhido por Deus, aceitou sua sina
sorri até quando ouve uma vaia
o anjo negro da Gávea, seu nome é Obina

sexta-feira, 25 de abril de 2008

a boa do fim de semana...

Os dias mais tristes são nos finais de semana. Não perco nada. A gente só tem o direito de falar que perdeu depois q possuiu alguma coisa. Sonhos não se possuem, como todos sabem. Mas fazem a cabeça de quem teima em querer pensar. Prefiro dormir nesses momentos. Acordado, perco meu tempo imaginando. Atravessando idéias tão grandes e pretensiosas que não cabem em mim. Há quem diga que isso seja um erro. Eu digo que é um erro. Mas que burro idiota sou eu que continuo fazendo merda sempre na minha vida. E, por mais que queira, é impossível manter-se em estado vegetativo de pensamentos nulos. Simplesmente parado, admirando o nada. Realmente isso deve ser horrível. Mas é a mesma coisa que o tédio que eu vivo por aqui. Então pode se dizer q nem tudo está perdido. O mal já foi reconhecido. Só falta ser derrotado. Não podem dizer que não procuro melhorar as coisas. Estou na batalha, mas as coisas boas fogem alucinadamente de mim. Antigamente era diferente. Devo estar com uma nhaca muito sinistra.
Mas também não vou ficar reclamando aqui da vida e chorando pelos cantos, daqui a pouco vão dizer que eu sou Emo. E isso não melhora nada. Eu estou bem. Quem disse que o que eu tenho não me satisfaz? O problema é que eu sou guloso. Mas certas coisas já estão bem encaminhadas e seguem um rumo que desboca num mar d possibilidades infinitas. Paulinho tá no caminho do bem e agora resolveu filosofar.
Sabem que existem certas coisas que não podem ser descritas. O que não pode ser visto, não pode ser descrito. Mas o que não é visto, porém existe, deve ter alguma forma, o problema é saber olhar, enxergar no escuro o brilho de uma simples oportunidade. Tive o desprazer de enxergar muitas alternativas de alegria, algumas se foram pelo ralo, a maioria na verdade. Mas uma única possibilidade, uma palavra q revoluciona mentes, pode fazer toda a diferença. Vejam que continuo cometendo o mesmo erro. Acredito em coisas que podem não ter nenhum fundamento, formo a base da minha vida alimentando um sentimento que pode me ser tirado a qualquer momento. E é assim que sempre vivi. E vivo. Ideologias de vida não se constroem, se modificam. Continuarei acreditando no que não existe pois esse mundo de concreto que a gente pisa é triste demais pra mim. Deixa eu viver minhas mentiras....
P.V. 24:12 20/04/08

quinta-feira, 24 de abril de 2008

na fila do ônibus..

O movimento nas ruas demonstra quanta pressa o homem tem. Equivocado e ignorante, corre sabendo que não conseguirá chegar. Mas corre. Em busca de algo que lhe conforte, aquilo que ele tanto almeja. A espera é grande para esse homem que tenta se comparar a ela. Deixa-se levar pelo tempo que devora cada minuto com antipatia mortal. Quem me dera se o Tempo pudesse vomitar de volta os minutos devorados. Seria eu, a mosca mais feliz a rondar esse excepcional vômito cronológico.
Nem sempre quem quer chegar, consegue. Quanto maior a vontade, mais duro o caminho a ser percorrido, mais obstáculos na nossa frente. O relógio corre acelerado pra mim nesse momento. Faço caber todas as coisas no meu dia. Deveria vivê-lo como o último e, de repente, me pego dormindo nas tardes. A raiva e descontentamento batem à porta de minha mente. Esses sentimentos caem por terra pois me conforto ao saber que, dormindo, sonho com ela. Acordado, perco meu tempo pensando. Nos meus sonhos de utopia, fujo da realidade. Lá tudo é possível. Lá, eu vejo como ela é linda.
Ainda assim, não estou satisfeito. Esqueço o que sonhei, acordo e me deparo com a vida. Cruel, injusta, inútil.... pra você.
Não me compare a ninguém, eu vejo o mesmo que você enxergando com outros olhos. O seu preto-e-branco é colorido pra mim. Me molho enquanto você sente calor. O silêncio pra você é escandaloso nos meus ouvidos. Vivo a vida como você sempre quis e nunca teve coragem. Sou um arcanjo diabólico planando soberano. Te vejo de cima. Você não me enxerga de baixo. Não tente me superar. Não desperdice seu tempo em coisas impossíveis.
Ok... deixando de lado a sessão de auto-terapia.
Passei por você. Não te vi porque você não estava lá. Desviei meu percurso rotineiro. Tinha esperança de esbarrar com você. Minha esperança evoluiu para uma certeza. Estava confiante. Depois da curva, avistei o local que você costuma ficar. Cada passo dado fazia transbordar em mim uma ansiedade inexplicável. O clímax aproximava-se. As pessoas enfileiradas provavam que não tinha me enganado. Era ali mesmo. Senti seu perfume, vacilei de leve. Fui andando, procurando. Passei por todos e não te vi. Mas você estava lá, eu tenho certeza. Eu senti. Você não estava em pé, esperando o ônibus. Estava aqui dentro, esperando por mim.
P.V. 21:32 24/04/08

terça-feira, 22 de abril de 2008

conto_____ parte 2

Isso ficou no passado e dois anos após o incidente, Fulaninho conheceu Alva. Seu nome escolhido antes de nascer fazia jus a sua pele branca como as nuvens. Tinha o sorriso cativante e seu olhar sincero dominara aquele homem. Casaram-se numa cerimônia pequena, porém confortável. O amor que Alva sentia pelo marido era suficiente pelos dois. Fulaninho não precisava sentir nada pela mulher, que mesmo assim ela se casaria com ele. Mas o tempo é dono de um veneno que entorpece as mentes mais puras, destrói patrimônios firmes, conjuga uma relação que nasceu para prevalecer.
O amor sempre reinou na casa que foi apelidada de “Eterno lar”. Fulaninho em sua juventude lera muitos livros da romântica Inglaterra e todas as aventuras acontecidas naquela época. Sabia que cada moradia de lá, tinha um nome. Achava isso interessante, sempre quis ter uma casa com nome. E assim batizou a sua. Quanta coisa aquele eterno lar já presenciou. Quantas alegrias, declarações de amor, festas surpresa, jantares à luz de vela... uma verdadeira casa totalmente integrada à felicidade.
Mas ultimamente coisas estranhas à realidade que se acostumaram, vinham acontecendo. Depois que foi despedido de seu último emprego há dois anos, Fulaninho não conseguia um trabalho. Nem sequer bicos. Tudo dependia de Alva. E o desespero ia tomando conta daquele homem que não conseguia se conter pelo motivo de ser sustentado pela esposa. A esposa que ele jurou amar e proteger. A esposa que ele jurou dar casa, comida, roupa lavada. Se bem que quem lavava as roupas, fazia a comida e arrumava a casa era ela. A cada dia que se passava, Fulaninho se afundava mais na poça de álcool que ele mesmo fazia questão de encher. Voltava da rua, entrava em casa, voltava pra rua, pro bar... bebia até anoitecer.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

conto______ parte 1

Coisas estranhas acontecem todos os dias. Fulaninho foi obrigado a assassiná-la. Tudo na vida tem um limite e quando a emoção fala mais alto que a razão é o momento propício para que grandes histórias possam se desenrolar.
Ele saiu cedo de casa naquele dia. Coisas normais que já estava acostumado a fazer. A vida nas cidades grandes torna-se repetitiva (como o T dessa última palavra). Observando o que acontece é fácil perceber o tédio que toma conta de quem ocupa seu tempo com tarefas iguais. Acordar numa segunda feira, depois de um final de semana de descanso. Fulaninho ia procurar emprego com o envelope pardo debaixo do braço. O inseparável jornal barato era o amigo das horas em que passava nas filas, aguardando um momento de poder deixar seu pobre currículo para que alguma secretária mal amada, escolha entre as dezenas de candidatos. Só lia as notícias que lhe agradavam. Daquele tipo de jornal ele lia todas.
A dura rotina de sempre ser renegado mexia com o temperamento daquele homem comum. Não suportava receber um não e cada vez que a situação se repetia, a vontade era de se transformar, queria brigar pelo que tinha direito, e achava que todo homem tem direito a um emprego, um trabalho. Um homem sem trabalho não é nada, dizia ele. Via-se em seus olhos a tristeza de chegar em casa e ter que dar a mesma explicação à esposa:
__ O mercado de trabalho hoje em dia anda muito competitivo, amor...
Alva via no marido uma pessoa que já estava se entregando aos desprazeres que a vida oferece. Todas as recusas que sofria tornavam-no ainda mais rancoroso a cada dia passado. As roupas que costurava pra fora mal davam pra fazer as compras do mês e de uns tempos pra cá, Fulaninho começou a beber. Chegava em casa tarde, vindo do bar. Nem tomava banho e dormia em qualquer lugar que encostasse. Alva levava o pesado homem, no alto de seus 39 anos para a cama. Como uma mãe que bota os filhos para dormir depois de um dia cansativo de muitas brincadeiras. Sua bebedeira apertava ainda mais a renda do casal. Não tinham filhos. Do primeiro casamento de Fulaninho, sua mulher teve uma menina e logo depois ele resolveu fazer uma vasectomia. Só queria ter um filho. Ironias do destino. Após o nascimento da criança, descobriram que a mãe era portadora de uma doença sem cura e na gestação se deu a transmissão vertical. A mulher e a menina morreram pouco tempo depois.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

essa intelectualidade...

A falta do que fazer nesse momento me obriga a expressar os sentimentos. Não digo que é algo necessário, porém é o que de melhor posso fazer agora. A calmaria reina por aqui e o único som que ouço é o silêncio murmurando em meus ouvidos. A natureza, que também sobrevive nessa selva de pedras, evoca seu canto matinal. Está tudo terrivelmente agradável. Lá fora, a chuva cai tão fina que alguém despercebido pode jurar que o chão só está molhado porque o vizinho lavou a calçada. Eu percebo tudo. Eu sinto tudo. Nada passa por mim sem minha aprovação, sem minha crítica, nota, e, se for boa, aquela olhadinha básica.
Outro dia, disse um jornalista intelectual: “Ontem fui apresentado à mulher melancia e sua dança do créu. Realmente um fato lastimável. As crianças precisam ler mais livros.”
Que os deuses da sabedoria livrem-me dessa intelectualidade homossexual enrustida. Eu leio, amo ler. Acho que todos deveriam ler sempre. Concordo com ele nesse ponto, porém... que mal faz a mulher melancia, pelo amor de Deus?? Uma pessoa tão simpática em suas formas, uma figura que já se tornou folclórica entre o povo e, digo mais, incrivelmente atenciosa para com a sociedade masculina. Fez o sacrifício de despir-se na frente de lentes, tudo pra saciar um desejo que os cuecas de plantão já vinham sentindo há algum tempo. Realmente uma mulher especial. Deveria candidatar-se.
Uma boa idéia hein... “vamos votar nas putas porque os filhos delas não estão fazendo nada.”
P.V. 17/04/08 07:48

segunda-feira, 14 de abril de 2008

todo sisi...

E agora, o que faço eu com essa minha vida que tem tudo para estourar e seguir num caminho que visa o sucesso no horizonte. Só acho o que eu procuro. Mas as alegrias mais fortes e especiais vêm sem me dar um mínimo de trabalho. Não movo nenhuma palha e tudo está deitado para eu poder usar. Tudo está ao meu alcance quando eu menos espero. Não peço nada e me trazem tudo em uma bandeja. O fruto do prazer e deleite está prestes a cair do galho mais baixo dessa “árvore vida”. Devo estar iluminado. E em 220 volts.
O que você acha disso? Tem gente que sente inveja. Inveja de mim? Nunca pensei que alguém pudesse ter inveja de mim, ciúme das minhas coisas. Nunca fui um cara de posses. Sempre humilde. Família humilde. Espírito convencido, é verdade. Mas tinha que ter um defeito né? Sei que ninguém é perfeito, e eu não sou diferente da maioria. Por isso, sou assim. Encantador.
Tenho uma filosofia de vida onde tenho certeza que consigo tudo que eu quero. Essa filosofia já falhou muitas vezes, mas continuo acreditando nela. Sei que é tudo meu. É só eu esticar o braço. E você também pode pegar. A distância é a mesma tanto para mim quanto para você. O encurtamento depende somente da sua força de vontade e carisma... tem que ter carisma, meu!
E eu tenho carisma. Sou um cara muito simpático, é verdade. Diria melhor, sou um cara cativante. Alguém me segure porque hoje eu tô demais!
P.V. 14/04/2008 17:32

um dia triste


Um dia triste na vida das pessoas sempre acontece. Alguns passam por isso muitas vezes. Deve ser horrível. Nos últimos tempos, tenho experimentado situações diversas, sentimentos variados, poucas certezas. Tive um dia ruim ontem. Não quero ser explícito, como nunca fui nem nunca vou ser. Continuo aqui com minhas palavras iludindo você. Deixo você pensar o que quiser. Não sou obrigado a explicar nada, não tenho vontade de explicar nada. Por isso não vou.
Um dia cinza, o tempo indicava chuva, o vento cortava as árvores, passava por mim, mas não levava minha esperança. Tinha fé que seria um dia muito bom. Alegrias se conquistam facilmente, as tristezas você tem a chance de escolher se aceita ou não. Você tem o direito de querer ou não permanecer triste. De levantar a cabeça e não se entregar às coisas que t façam mal. Eu tava assim nesse dia. Confiante, guerreiro, não ia me entregar. A gente entra de peito aberto na vida sem saber o que vem pela frente, simplesmente encara e aceita o que tem q ser. Depois q o convite é aceito, não dá pra voltar atrás. Temos q ir até o fim. Não abra a porta para quem você não confia. Só por precaução, tranque também as janelas. Não se iluda com promessas que podem não ser cumpridas. Se possível, prometa não prometer nada. Não me escute. Não sou confiável.
Seguindo feliz no dia que tinha tudo para dar errado. O amor bate à porta. A porta está fechada. O amor é teimoso e pula a janela. Tarde demais, não deu tempo de trancar. E agora? A gente aceita o que tem que ser. Que o amor venha, pois estarei de peito aberto. Caminho livre para q ele entre no coração, seu lugar, seu habitat. O amor faz você confiar, faz você se entregar no meio de uma guerra. Mas quem ama, nunca sabe que está amando. É minha vantagem sobre você. Morra de inveja dessa minha incrível capacidade de sentir o que não existe e nem nunca existirá. O amor é uma invenção que nos faz acreditar q a vida é bela. Somos todos bobos, e bobos felizes. Continuamos sempre acreditando e dando ainda mais créditos a esse sentimento sem fundamento que devasta mentes, provoca suicídios, destrói o corpo de quem o sente.
Não estou sendo radical. Perdoem-me. Eu sei que as coisas boas também são todas ligadas a esse amor inventado, essa paixão doentia que move montanhas, como diria o poeta sem nome. Saiba usar o que lhe foi ofertado. Nascemos amando e morremos com ódio. Que vida é esta? O amor que é transmitido num simples olhar d mãe para filho após o parto simboliza toda a baboseira que há séculos vem s arrastando e fazendo a cabeça de todos nós, inspirando poetas, dando a força para pintores, arquitetando a arte dos gênios. E isso ao longo do tempo se perde com muita facilidade. Botem isso no currículo das escolas, ensinem as crianças a amar! Aposto que as crianças adorariam essa matéria.
Mas meu dia foi péssimo ontem... vocês nem imaginam.
P.V. 14/04/2008 17:16

sábado, 5 de abril de 2008

ainda questionando...

Dando continuidade ao pensamento interrompido no dia anterior, volto a indagar os questionamentos filosóficos que sempre povoaram a mente de quem pensa. Perguntas que não se conformam em calar-se e transformam-se seguidamente ao revezar o martelar em diferentes cabeças. O nervosismo que me causa esse tipo de coisa é tão grande que vomito as palavras no papel numa tentativa de aliviar a ânsia da problemática que se passa dentro de mim.
O mundo atual atravessa a tão discutida globalização. A troca de informações a velocidades nunca imaginadas trazendo conseqüências sérias à vida pessoal de todos. Tudo se tornou descartável. A própria informação é descartável. O que foi dito nesse momento se perderá daqui há minutos e depois dará lugar a outras verdades. Até mesmo os amores são descartáveis, hoje em dia. As paixões nascem e morrem tão rápido que nem mesmo o romantismo tem tempo de ser posto em prática na arte da conquista. Tudo é descartável, as idéias são descartáveis. A intenção é sempre atender aos interesses de quem tem o bolso mais pesado. Uma pena pra quem acha q a cultura cura mazelas. Tipo eu.
E no meio de toda essa bagunça que vivemos, deparo-me com um fato que vem dando trabalho à minha massa cinzenta. Os avanços da ciência no campo da genética.
Pessoas incrivelmente inteligentes, durante muito tempo, dedicaram a vida a fazer descobertas que melhorassem a condição humana. Esses gênios da ciência descobriram as células-tronco. O fato é que ao estudar essas partículas milagrosas, um “pequeno problema” está acontecendo. É preciso que haja doadores de esperma e de óvulos para que os mesmos sejam fecundados. Até aí tudo bem. Só que uma grande parte desses embriões não são utilizados e acabam sendo descartados. Nesse ponto entra a discussão. Seria essa uma forma de assassinato? Porque, com certeza, se não fossem descartados, aqueles embriões evoluiriam e tornariam-se pessoas como eu e você. A verdade passa por saber em que ponto começa a vida.

A verdade passa por saber em que ponto começa a vida.
A Igreja é contra esse tipo de pesquisa pois diz que Deus deu uma vida a cada pessoa e temos que aceitar o nosso destino. Se temos uma doença, devemos morrer dela. É inviável, na concepção da religião, imaginar que temos que sacrificar uma vida para tentar salvar outra. Matar as células na pesquisa é a mesma coisa que praticar um aborto. Se não é o mesmo, segue a linha. Comparável também com a eutanásia, outro tema repudiado pela Igreja.
Um conflito muito forte e de dimensões inenarráveis pode ocorrer por esse questionamento cruel. Isso está na minha cabeça há algum tempo e só agora, após esclarecer algumas dúvidas, resolvi postar aqui. Imaginem um homem que tinha a vida normal e depois de um acidente, infelizmente, ficou paraplégico. Ele só tem uma esperança de voltar a andar e ser normal. Crianças que já nascem com doenças degenerativas e sabem que viverão somente até 15, 16 anos. Também só têm uma esperança de se salvar. O resultado das pesquisas. Você acha que essas pessoas vão se sentar e se conformar? Aceitar a morte que dizem Deus ter mandado?
E se for um parente seu? Você, uma pessoa religiosa, sempre seguiu as palavras da Bíblia. Daria as costas aos princípios impostos e negaria a vida a alguém? Sua vez de quebrar a cabeça.
P.V. 05/04/08 20:57

sexta-feira, 4 de abril de 2008

desafio à Filosofia

De tempos em tempos, os homens pensantes travam batalhas incessantes em busca de uma verdade que, se não absoluta, agrade a maioria dos seus. Grandes pensadores, os filósofos antigos, há milhares de anos já tinham seus questionamentos, tão terríveis como os de hoje. Quem sou eu? Por que estou aqui? Qual a razão do meu viver? Perguntas que resistem até hoje e continuam sem resposta.
Na faculdade, coisas desse tipo acontecem todo momento. Não sou de falar muito nas aulas. Só ouso atrapalhar o pensamento do mestre quando este pára de falar (quase nunca) ou se uma dúvida muito forte me martela a mente. A aula de Filosofia é uma dessas em que se entra falando e sai calado, pensativo, nervoso por ficar sem rumo.
Surpreendo-me com a capacidade desses professores que conseguem infiltrar-se, com palavras, nas cabeças e ficam ali criando paradoxos tão profundos que o pensamento não alcançaria num só mergulho. Como fossem monstros sagrados prostrados no altar do saber, atraem toda a atenção dos mortais que, perdidos, somente podem tentar assimilar as idéias que voam da boca de quem fala mais alto.
Donos do maravilhoso poder de ensinar, repassar a cultura que inunda o peito e transborda pelos lábios atingindo ouvidos ainda virgens de toda essa variedade de conhecimento. É gratificante poder passar uma fração de tempo de um dia na presença de pessoas assim. A emoção de minhas palavras justifica-se pelo fato do querer chegar a esse patamar. O sonho de ser professor irá se realizar, mas cabe a mim fazer por onde conseguir me imortalizar e, quem sabe, inspirar um aluno meu a escrever um texto como este. Desafio lançado!
P.V. 04/04/08 15/41

quinta-feira, 3 de abril de 2008

labirinto de sonhos..

Sonhei o que todos gostariam de viver. Meus sonhos são diferentes dos seus. Sonho acordado. Faço de meus pensamentos, sonhos que vão, um dia, se realizar. Então trabalho com a mente pra que tudo ocorra como na utopia da minha cabeça. Momentos inesquecíveis que povoam os sentidos e confundem sentimentos. Não sei se é uma coisa boa ou não. Mas atrai minha atenção, distrai meus problemas, contrai as dores e trai o que ainda não foi dito.
Sonhar faz bem a qualquer pessoa, seguir em frente sem olhar pra trás. Um mundo de entretenimento. Tudo q você não teve coragem de fazer no mundo real, fará nos seus sonhos. Assim poderá entender melhor como agir nas horas mais difíceis. Por mais que não se lembre, a mente se encarrega de funcionar no momento certo.
Imagens diversas, coisas impressionantes que não podem ser descritas aos olhos de quem não enxerga com o coração. Voando alto no azul do céu, passeando pelo branco das nuvens, macias como plumas alvas jogando teias de paz. Correndo livre por campos verdes, desviando do redemoinho puro de árvores, perdendo-se no labirinto exalando a esperança. Deixando a vida passar numa ilha deserta, a areia misturando-se ao corpo a ponto de não sabermos os limites entre carne e natureza, os raios amarelos do sol banhando a pele, trazendo à tona os desejos pelo ouro que enchem os olhos de nós, gananciosos. Mergulhando no mais profundo azul do mar, puras águas, límpidas, claras, a vida brotando pelas bolhas formadas pelo ar que, preso em sua gaiola líquida, tenta se libertar fugindo para a superfície. Sendo atingido pelo brilho das estrelas que furam o negro céu, um painel eterno que foi pendurado sobre nossas cabeças, auxiliam na iluminação natural da noite com a maestria da Lua, tão querida por todos.
Cenas que podem ser ditas como a perfeita definição de felicidade plena. Mas não são. Ninguém é feliz sozinho. Nem nos sonhos, podemos ser felizes sozinhos. Viva para amar, ame vivendo. O amor é a vida e não há vida sem o amor. O amor nunca foi solitário. E nós também não devemos ser.
P.V. 03/04/08 17:52

terça-feira, 1 de abril de 2008

don't stop me now

“Não me pare agora porque estou me divertindo. Estou viajando na velocidade da luz. Estou queimando pelo céu. Duzentos graus. Eu sou um satélite, estou fora de controle. Não me pare agora, se você quiser se divertir, é só me ligar.”
Ontem foi meu aniversário e isso significa a data que marca mais um ano na minha vida. Claro q a gente envelhece todos os dias, mas nesse, os planos são colocados em pauta. Por mais q a maioria esmagadora não se concretize, a gente insiste em arquitetá-los. Faz bem ter algo em que se possa apoiar. Agora, com 19 anos, sou o mesmo de 18. Algumas histórias a mais para contar, é verdade. Que a cada aniversário eu possa contar mais e mais coisas. Em vez de planos pro futuro, eu possa lembrar dos fatos do passado. E que tudo aconteça sem pensar, nada premeditado.
Diga-me o que eu não quero ouvir. Ou melhor, diga o que eu quero ouvir com palavras q eu ainda desconheço pela sua boca. Surpreenda-me. Me faça feliz. Só você tem o poder de fazer isso. Sou nada sozinho, sou dependente de você. Preciso de você do mesmo jeito que precisa de mim. Façamos então a união. Permita-me que te faça feliz. Só eu posso fazer isso, pois você depende de mim. Você não se conhece, eu te ajudo a alcançar a profundidade do seu complexo mundo. Todos seus problemas serão a solução do meu penar. O que tiver que ser, será.
De uma situação que se repete algumas vezes, a gente pode tirar uma explicação científica. Não há verdades absolutas. Num primeiro momento, tomamos a verdade maior. Quando o pensamento evolui, os fatos ficam mais relativos e a tendência é q a transformação aconteça. Mas nunca esquecendo do início das idéias, aquelas que permanecem. Ou não.
Tenha pressa, mas não demonstre. A vida reprova os afobados. O tempo é curto e não devemos desperdiçá-lo. Na verdade, o tempo só é curto pra quem não sabe aproveitar. Devemos fazer caber tudo no que nos foi oferecido. E o que temos são 24 horas por dia. Podemos fazer tudo nesse espaço de tempo. Poderíamos escrever um livro por dia. Aliás um livro a cada três dias, no primeiro, viveríamos a experiência, no segundo a gente relata. No terceiro, ele vira best seller e ficamos ricos. Quando ficarmos ricos, poderemos escrever um livro a cada dia. É só contratar um ajudante. Enquanto vivemos a experiência, o ajudante vai escrevendo. Histórias de qualidade e um ajudante que saiba escrever, por favor.
P.V. 13:33 01/04/08