quarta-feira, 27 de julho de 2011

Vital e seu carro

Quis eu, e quando quero, quero muito bem, uma dessas potentes máquinas que andam milagrosamente sobre apenas duas rodas, deslizando solenes pela pista maravilhosa de nossa cidade, o novo projeto de asfalto liso e equivocado do governinho que assumiu outro dia, pra que meu corpo pudesse ficar à deriva em cima da velocidade fazendo com que esvoaçassem meus cabelos lisos com o vento forte que passasse por mim sem tempo de me cumprimentar dada a extrema rapidez com a qual romperia a barreira do som que não chegaria em meus ouvidos, infelizmente.
Mas quis, e ainda quero, o que me põe a escrever, pois da vontade de um homem como eu não se deve jamais duvidar, muito menos atiçar. Sinto-me tão sufocado por dentro por não pôr as mãos naquilo que tanto quero, sinto uma dor tão grande no fundo do meu peito por não conseguir êxito num desejo que se faz meu, me jogo no chão de tanta pirraça por mamãe não me dar o doce que tanto quero para fazer com que minha boca pare de salivar dentro do trem quando o moço passa gritando todas as delícias que cabem e podem ser penduradas num fio de aço...
É tanto que todas as possibilidades que se colocam na minha cabeça são extremamente erradas e mesmo assim me deixo levar pelo azul da moeda que não cai fazendo-me acreditar que de uma forma ou de outra a vontade é mais pura e bela que a razão, que os meses a seguirem-se com todos os pagamentos do tal boleto que adentrará minha caixa de correio no futuro serão muito ligeiros, a passarem sem que eu sinta, a fazerem-me sentar com uma quantidade relativa de KY e anestésico, de maneira que não sinta nada ao ser empalado devagar e sempre, transformando as minhas noites de intensa bebedeira, meus amigos nos fins de semana, minhas viagens de poucos dias com aquela que me acompanha, os cafés da manhã no centro da cidade ao lado dos boêmios da Lapa, tudo isso perdido pelo poder avassalador, não da moto, mas de minha imagem no topo da cadeia alimentar, quicando intenso sobre os quebra molas da minha tão querida Taquaral.
Pois não hei de trocar minhas felicidades variadas por somente uma alegria momentânea que pode até mesmo tirar de mim a vida tão querida. Não baixarei minha cabeça para essa dor pungente que me corrói o coração, afastando das minhas mãos o acelerador que me chama para rodá-lo na palma da minha intenção de ir ao infinito. Não vou levantar dessa cadeira e me deixar andar até a concessionária mais próxima afirmando para todos os vendedores que acabou de adentrar ali um servidor público federal, fato perfeito para que os bancos financiadores abram suas pernas e liberem todo o dinheiro que eu quiser.
Pois bem, estou muito mais do que satisfeito com minha Ferrari suja no portão de minha humilde residência, posso adentrar numa compra muito mais satisfatória com o dinheiro que pretendo investir no mês que se inicia, tudo posso em mim mesmo, e vou nessa batida pra que no futuro não corra riscos desnecessários tais quais aqueles pelos quais já passei num passado não muito distante.

Chamam-me Paulo Victor, dezesseis horas, cinqüenta e cinco minutos, terça feira maravilhosa de sol extremo, vigésimo sexto dia do sétimo mês de dois mil e onze.

Feliz presidente

Quiseram-me assim.
Não fui eu que cheguei pedindo cheio de mãos e argumentos, levando em conta todas as coisas incríveis que vinha praticando, não fui eu de forma alguma que julguei melhores e piores para que chegasse onde cheguei, não sou falso a ponto de dizer que não queria e uma ou outra vez não pensava na possibilidade, mas a coroa me veio à cabeça sem que eu soubesse e desde então chamam-me de presidente... ou nem tanto.
É bem verdade que a vida dá oportunidades a todos aqueles que se fazem um tanto quanto interessantes por si sós, e eu, eterno escritor da minha história, faço parte de um seleto grupo de pessoas que tem a capacidade vital de saber adentrar e sair da vida alheia deixando um tanto tão enorme e incompreendido de saudade que não poderia ser catalogado, não poderia ser descrito, a morte e a vida não conseguiriam dar conta do sentimento, a não ser que outras e outras vidas fossem agregadas a essa...
Pensarão os mortais, “convencidinho, o garoto...”
E não me deixo levar pelos comentários alheios, não me elevo ao ego quando a vida se faz um pouco menos interessante nos dias de sol ou nos dias de chuva, pois sei que os dias de trabalho são bem mais notórios que os dias de paz exagerada. Não escolho o que tenho que fazer, simplesmente aceito o destino ainda que não concorde com o mesmo em uma ou outra oportunidade.
Fiz todas as escolhas que poderia ter feito, algumas delas são tão péssimas que hoje em dia tenho muito orgulho de tê-las feito. Outras, tão elogiadas por muitos, não me trouxeram satisfação alguma.
Sou assim, um todo fragmentado de muita gente, um mundo de idéias fertilizadas que nunca dão tão certo quanto deveriam mas me ensinam a gostar da quantidade de felicidade que me trazem; sou assim, um medo incrível do que ainda não foi conhecido até dominar o que me rodeia e chamarem-me outra vez de presidente. Sou eu, o autor da história, o diretor de qualquer um dos filmes que estejam rolando ao meu redor, o ator principal, protagonista eterno de todos os dramas, de todas as produções desde a comédia ao pornô, tudo que passa por aqui é bem desenvolvido e a clientela tem o costume de voltar sempre e sempre, geralmente mais de uma vez durante os dias...
Quis me encher de glória, quis me encher de paz, quis fazer tantas e tantas coisas que ainda não consigo entender porque a grande vontade dessas coisas que não dão futuro algum, não trazem nenhum aprendizado, pois da paz nada se leva, uma vez que somente a guerra provoca os verdadeiros frutos do futuro, pois a glória em si nada é se não houver a tal da batalha antes que nos dará a vitória... chega-se à conclusão de que nada se alcança quando se está parado esperando que nos tragam a felicidade, esperando que o dia acabe (que absurdo!), fazendo das horas, minutos, fazendo dos dias, horas...
Acordo com a vontade plena e verdadeira de ter algo bem tenso para se pensar antes de dormir, para que a vida tenha valido à pena, para que tudo que se foi não tenha ido a toa, pra que eu possa ser lembrado no dia seguinte por quem passou por mim nesse dia que vai acabando... uma pessoa só pra sonhar com você é muito, muito pouco.
Mas aqueles que me chamaram presidente no começo ainda me prestarão muitas e muitas homenagens...

Chamam-me Paulo Victor, dezessete horas, quatorze minutos, terça feira maravilhosa de sol extremo, vigésimo sexto dia do sétimo mês de dois mil e onze.

Triste presidente

Então me pediram para ser sincero o suficiente a ponto de machucar, se assim minhas verdades quisessem.
Hoje em dia olho para amanhã e não vejo motivo nenhum para levantar feliz ou com um sorriso no rosto, olho para quem está do meu lado e o sentimento que existe é somente aquele que já fora abordado e explicado, sento na minha cama para dormir e só durmo mesmo, sento na mesa para jantar e só janto, a vida pede um pouco mais do que está prescrito, a vida pede um pouco mais de atitude nos instantes exatos em que estamos prestes a nos matar de tanto ócio, como hoje, por quê não...?
Quero ser mais feliz, e vi que outro dia estava um pouco mais feliz...
Essas coisas que me fazem pensar em tudo que vai acontecendo porque era tão feliz nos tempos de antigamente, e atualmente fico conformado nas noites em que estou um pouco só mais feliz, me acomodo com jantas e sonos enquanto a madrugada chama para os goles gelados e músicas altas, enquanto a vida convida para os banquetes, contento-me com pratos feitos e planejados durante uma semana inteira, feitos numa tarde toda, e o pior é que não sei negar que é bom.
Dói em mim e não é um exagero.
As coisas que chateiam são sempre as mesmas e não sei por onde começar quando me coloco à disposição das vontades para dar fim novamente a qualquer um dos pesadelos que queiram me consumir. E já vou até mesmo perdendo a vontade de dormir só por medo de acordar triste no dia seguinte, vou perdendo a vontade de sair para não ver coisas que me desagradem, vou querendo ficar surdo pra que vozes alheias repletas de veneno não me mordam...
Ninguém pode alcançar o fundo do meu pensamento, mas talvez sejam os principais pilares da minha eterna batalha comigo mesmo, talvez andem de lados para lados tentando me auxiliar nessa guerra interna, mas não conseguem, não me enxergam nesse escuro que vai rodeando minha cabeça, pintando de preto minha imaginação fértil, comendo devagar todas as minhas boas intenções que a algum tempo já não são de futuro, e não sei como dizer isso de novo, não sei o que fazer pra que a dor não seja ainda maior do que a minha, por incrível e contrário que isso seja...
Já escrevi tantas e tantas coisas para abordar um assunto só, que fosse meu e de mais ninguém, quis por vezes cuspir as letras de uma maneira que não compreendessem, além de mim, mas agora faço toda a questão que sejam tão intensos quanto eu sou, que me mostrem toda a força que exista no mundo, pois fé não me falta e Deus é companheiro, já não lhe peço nada que eu enxergue como sendo desnecessário, mas uma hora ou outra serei obrigado a colocar meus joelhos no chão... pois uma fé que empurra a outra, coloca Deus contra a parede. E quem seria o mais certo a ser ajudado, e quem seria o mais errado...?
São coisas desse tipo, perguntas tão idiotas como essa, questionamentos tão ridículos que machucam a todos, que martelam minha mente e já não sei se tomei a decisão correta no passado distante.
Tudo conspira contra minha respiração, e resolvi não resolver nada. Pelo menos por enquanto.
Vou levando a vida enquanto ela me leva.

Chamam-me Paulo Victor, triste presidente, qualquer hora da noite, fim de mês de julho, dois mil e onze.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Na madrugada

O escuro da noite, nesses últimos tempos, tem sido muito iluminado pelo forte farol dos carros, inclusive do meu, principalmente do meu, o que me obriga a levar uma vida um tanto quanto mais sedentária, o que me obriga a fazer tudo que eu quero nos instantes que eu quero e não me coloco aqui rasbiscando o papel para reclamar do prazer que sinto de poder mandar no que sou mas, infelizmente, a saudade de caminhar descalço furando a sola sensível dos meus pés nos asfaltos desse meu Rio de Janeiro faz com que eu queira jogar ladeira abaixo minha ferrari maravilhosa...

Introduções terríveis como essa fazem de mim um péssimo escritor, eu sei, mas são meus olhos e minha massa cinzenta que obrigam as letras a saírem dessa forma, muito sincera e muito pura, da mesma forma que sou eu, muito puro muito sincero, muito maravilhoso por assim dizer.

Ok, deixando de lado todas as mentiras absurdas, prossigamos.

Falei ali com um dos companheiros que queria outra vez sentir aquele frio louco e intenso que corre somente por algumas ruas desse mundo, aquele calor intenso que só chega em algumas horas da madrugada, aquele medo terrível de ser assaltado que só existe em quase todos os lugares, aquela lua inspiradora que me guiava por onde quer que eu estivesse, a não ser que malditas e enfadonhas nuvens resolvessem entrar na frente da maior bailarina do céu, com suas piriguetes estrelas a lhe acompanhar, subindo e descendo, caindo e voltando todos os dias, embriagada pelos raios fortes e cancerígenos do Sol que nela somente davam uma leve tontura e um brilho nos olhos... e que brilho, presidente!

Pois o companheiro nada entendeu, olhou de cima a baixo e resolveu abordar para si todas as coisas que ele sentia falta de verdade, coisas que não tinham nada a ver com meus sentimentos puros, falou das mulheres fáceis, dos arranhões, das línguas que dançavam serelepes de bocas em bocas, das cantadas que não falhavam jamais, falou da alta música que chamava o corpo feminino para dançar, aquelas batidas intensas endemoniadas e tão loucas que jogavam todos para o chão, depois da tão querida chuva (e tive que chorar) a deixar tudo como uma única poça de lama, o chão, o ar e as pessoas...

Jamais entenderão, esses que me cercam, do que é a felicidade plena, do que é amor de verdade, do que é sentimento de nostalgia e saudade daqueles instantes únicos em que a madrugada nos chamava para bailar e mostrava no seu cú de ponta de horizonte o primeiro raio vermelho rosado do Sol, convidando os que ainda estavam de pé para um belo café da manhã na padaria mais próxima, e que fosse pão requentado, e que fosse leite estragado, quem ligava para detalhes depois de uma noite tão perfeita...?, pois do que sobra de uma noite perfeita são histórias, e essas estão em plena ordem na mente fresca de quem pensa, essas estão ali pulando na ponta da língua direto na piscina louca de leite estragado à nossa frente, e é o instante exato em que a voz se põe a serviço do homem eternizando a verdade e propagando a existência de um presidente e seus feitos incríveis, assim como os aspirantes que o cercam e desejam um dia chegar perto de tudo que pôde fazer...

E tenho dito.


Chamam-me Paulo Victor, matador e ex-pegador, intenso nas suas palavras, vinte e um de julho desse ano que antecede o do fim do mundo, altas horas da noite, outros copos de café...

As palavras não mudaram, só o homem

Nos tempos antigos era tão engraçado poder abordar quantas palavras fossem só pra dar uma ênfase maior ao que queria ser dito, era meio cômico dizer tudo aquilo e ainda mais cômica ainda, a forma com que as pessoas encaravam essas verdades, cheias de um fraco poder que, por tão fraco ser, balançava somente o suficiente o coração de quem ainda tinha coragem de ouvir. Daí em diante, tudo era mais fácil.

Eu que não quis abordar todos os poréns e todos os percalços que me ofereceram. Um ou outro foram encarados e tal, mas só porque a vida pedia um pouco mais de ação da minha parte, pedia um pouco mais de atitude e cheguei, sozinho, à conclusão de que deveria sofrer um pouco pra saber como dói. Não somente por um motivo de sadomasoquismo, mas por querer saber o que sente alguém que está morrendo por dentro pelas dores do coração, só pra que quando fosse minha vez de machucar alguém eu tivesse total e completa noção do mal que estava fazendo.

Terrível, né...?

Só porque vocês querem. A verdade é muito explícita, por isso que fica meio doloroso a virgens olhos como os seus, queridos leitores.

Não que eu medisse cada uma das minhas ações planejando o futuro e tudo que iria acontecer, da forma como eu gosto de dizer que faço hoje em dia, por mais que seja mentira.

Mas eu seguia um protocolo único que jamais seguirão os mortais, e nunca deu errado para mim, muito pelo contrário, minhas idas e vindas ao paraíso são denotadas por um capricho doloroso e feliz desse protocolo vivido no passado e posto em prática no presente.

Foi dessa forma, ou alguma coisa mais diferente, que consegui todos os rumos que meus pés me levaram. Sabes que Deus também esteve presente alavancando minhas intenções, mas meu querer e minha vontade, minha fé e minha esperança, essa coisa de tomar atitudes drásticas de uma hora pra outra e levantar da cadeira, deixar de lado aquele medo bobo das meninas mais bonitas, dizer ao professor que ia ao banheiro só pra olhar bem fundo nos olhos daquela piranha e dizer: aaaahh danada..!, qualquer coisa assim era muito para mim e fazia com que eu varasse minhas madrugadas escrevendo em papéis tão pequenos que mal acomodavam minhas palavras gritantes de sentimento, então cheguei nessa conclusão do quão cômicas eram essas palavras, intensas, repetitivas...

Tais quais as que escrevo hoje, deves pensar tu, ó infame.

Mas nada me tira do sério, nada me revolta, tenho para mim todos os louros das vitórias e vi que achei a saída mais prática para a volta do sentimento, para a sequência do relacionamento, para a felicidade em ambos os lados, pois que bem, fora sempre essa a minha intenção, caramba.

Cais-me muito bem um café a essa hora da noite, e nem sequer sei se Cais-me bem cai bem na ortografia atual... que seja.

The reason for I survive.

Essas canções antigas são tão cheias de sentimentalismo exagerado que me vejo no espelho refletido das melodias e suas letras apaixonadas e dedicadas.

Pois o homem que adentrou no mundo da literatura para oferecer todo seu sentimento e verdade a uma única mulher deve ser aplaudido de pé por um pagode inteiro. Disse tudo.

Mas deixemos de lado esse momento um tanto quanto romântico e voltar ao destino básico dessa fraca crônica que eram as bobeiras que escrevia e continuo escrevendo. Por falar nisso, melhor parar por aqui.

Beijos.


Chamam-me Paulo Victor, hoje é dia vinte e um de julho, ano de dois mil e onze, tarde da noite, o café na mão.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigo

Com o carinho da possibilidade, ou a permissão da palavra, me coloco à disposição da saudade e inclino minhas idéias a quem já se foi desse ínterim de sociabilidade, nos momentos mais precisos que o coração clamou por ajuda e foi atendido, plenamente.
Pois dos amigos verdadeiros que não partilham mais o meu sorriso, eu sinto falta, e admito.
E admito também que se foram, e continuam se indo, por vontade exclusivamente minha, própria e equivocada.
Se sentimentos avulsos se destacaram numa noite qualquer, numa van qualquer, vindo de um lugar qualquer, nada é mais poderoso do que a sensação de bem estar por saber que as pessoas que se bem quer, bem estão.
Pois não desejo nada mais do que isso. Quero só a alegria de quem já muito fez a minha; talvez eu não consiga devolver nas mesmas doses, talvez eu não tenha lágrimas nos meus olhos para cantar as canções de amigos, talvez eu esqueça de lembrar por alguns dias das risadas mais plenas que houveram enquanto grudávamos as cabeças num só pensamento que não nos levava a nada, porém, a verdade não pode ser negada. Feliz dia do amigo, amigo.
E não me venha com misérias de saudade, não me venha com pouca consideração e falsos sentimentos, não entenda minhas palavras com desdém, mas também não me dê tanta confiança.
Amigos se guardam no lado esquerdo do peito, na palma da mão direita, dentro da cabeça, no brilho dos olhos, na ponta dos ouvidos e no fundo mais profundo de um abraço sincero. E que saudade eu sinto de levantar um amigo num abraço sincero.
E serão todas as lembranças, as melhores possíveis. Pois o sentimento da amizade não muda nem se transforma em amor, pois um sentimento verdadeiro não pode diminuir, não pode voltar um nível, não se pode colocar a descer do seu eterno pedestal. A amizade é a mais pura forma de amor, e ninguém há de duvidar dessa colocação.
Se houvesse motivo, se houvesse forma, realocaria todos os verdadeiros amigos dentro de mim de novo, correria sem rumo quantas e quantas vezes fossem necessárias, daria meus pulos incríveis e sem noção só pra que nascesse novamente mais um sorriso nos rostos que me cercavam, plantaria bananeira nas salas de cinema mais vazias como nos tempos de garoto, andaria para trás num desses chãos bem escorregadios, talvez eu me jogasse com muita arte e pouco drama só pra ver-te sorrindo...
E não seria a toa, meu amigo. Feliz dia do amigo, saudoso amigo.
Todos os que me lêem sabem da intenção e do meu propósito, e abordar todas as palavras num plural fazem-me rir tanto e tanto que qualquer coisa que seja dita fica engraçada na voz de quem diz.
Foi assim que tudo se deu, foi assim e ainda é assim, pois as amizades que se vão continuarão sempre morando dentro do coração de quem lembra, nada morre nessa vida a não ser o corpo; a alma e o sentimento ficam para a eternidade, relembrados sempre nessas palavras que vou agora catando com muita nostalgia e brilho nos olhos...
Felizes os amigos que podem celebrar juntos o seu dia.

Chamam-me Paulo Victor, hoje é dia vinte de julho, dia do amigo, são vinte horas e cinqüenta e um minutos, ano de dois mil e onze.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mil perdões

Se Chico pede mil perdões, eu escuto outros tantos mil, e os transformo em razões; para bom ouvinte, uma razão é motivo, assim como um pingo é toda a chuva. Não me repito, só abordo, e minhas promessas se cumprem. Sempre.
Fosse ou não fosse a minha verdade uma dessas coisas que não se encontram em lugar algum, se fosse eu um desses homens que o mundo pede bis, que a sociedade entende por bom caráter, ou que entendam pelo contrário, também fico feliz, mas que seja, que me considerem como queiram, chego a minha conclusão, mais importante que qualquer coisa. Ser ruim já não adianta. Temos que ser muito ruins.
Outros níveis hão de chegar até que o fim previsível se dê, não por conta de ações que partam de mim, não por razões que sejam minhas, não pelas promessas que vão se cumprindo, mas o vento que venta aqui só venta aqui porque já ventou lá. Para os bons entendedores, outra vez, ficou muito fácil...
Minhas dissertações são, realmente, muito fáceis de se entender, queridos.
Do pó vieste, ao pó voltarás. Tudo começa com palavras, e tudo acaba com palavras...
Não sei, de forma alguma, praticar o mal, mas sei prometer, sei escrever, e sei machucar da melhor forma possível, a forma que deixa o aprendizado, aquela que faz com que não se erre mais quando encontrar outro piorzinho que este que vos fala para alegrar as tardes de chuva... que graça. Não do piorzinho. Das tardes de chuva...
Quiseram me oferecer tanto nessa vida, quiseram me fazer tão feliz, a razão do sofrimento alheio com tantas lágrimas no meio da rua a me testar, a me experimentar, saber o tamanho do meu sentimento por quem estava ao meu lado. Ganhou, infelizmente, a resposta que já esperava. E concluo outra vez. Fui ruim. Deveria ser muito ruim.
Tenho algumas qualidades, porém os defeitos me vencem e me completam. Diz o poeta dos olhos claros que são desses que as moças de hoje em dia mais se afeiçoam, e não diz mentira. Quero nada disso não. Aii quantas sessões de psicólogo, se realmente o há, terapias tão intensivas que lhe enviarão ao CTI... que graça. CTI, coisas do primórdio do amor, quanta inocência... eu era ruim. Havia de ser muito ruim.
Pois que bem então, já que ninguém mais me lê, e nem mesmo espero que me leiam, uma vez que minhas memórias de presente se tornaram uma imensa merda, totalmente diferente daqueles instantes de glória do passado quando me via no espelho com um mínimo de orgulho por tudo que realizava, digo o que me vier à mente.
Não está tarde ainda.
Tudo há de se acontecer, tudo pode acontecer, se assim eu o quiser.
O destino já deixou bem claro que nada poderá ser outra vez como foi naquela época, nem mesmo eu o quereria que o fosse, pois do que já se foi, quem gosta são os museus... faz tempo que não vou a um museu, faz tempo que não vejo as coisas antigas, faz tempo que não relembro das coisas do passado. Que graça... tudo é tão irônico no que eu digo...
Estranho como nesses momentos eu perco a fome, talvez seja bom. Tudo é lucro.
Mas até que comer alguma coisinha nesse instante não me faria tão mal...

Chamam-me Paulo Victor, hoje é qualquer dia desses aí, quarta feira, treze horas e dezenove minutos.

sábado, 9 de julho de 2011

Ó Pai V

Tenho todas as minhas intenções muito claras e a vida me mostrou com muita dor e sofrimento o quanto se pode conseguir quando a vontade é mais forte que a indecisão. Então peço tudo que posso pedir e se me derem, fico feliz. Se não me derem, deito e rolo na lama, lugar de onde nunca deveria ter mesmo saído.
Pai é aquele que coloca um filho no mundo, a função do filho é seguir o pai e aceitar seus conselhos, mas o papel do pai também é de passar seu conhecimento ao produto saído de si a fim de que os caminhos sejam bem percorridos. Por isso, Pai, se liga no meu papo e não deixa nada escapar dessa vez...!
Ó Pai, me atenda agora, abra essa porta do céu e me encare, não se esqueça de mim, ainda que tenha tanto tempo que eu não ande por essas bandas solicitando seus trabalhos, seus milagres, suas dádivas. Ó Pai, quero algumas coisinhas que somente o Senhor pode me dar, mesmo que não concorde com muitas delas, mesmo que a vida já tenha me mostrado que os passos dados rumo ao destino sejam deslocados para outros cantos, mas é em Ti que posso me segurar quando o mal vier me pegar, e é em Ti também que vou me segurar quando a felicidade plena vier me morder. Ó Pai, coloque meus pés na rua mais clara, depois coloque meus pés na rua mais escura, não deixe que o blecaute nocauteie meus olhos nesse choque de luzes, quero enxergar tudo muito bem para que a memória possa me dar motivos de sono bom ao fim de tudo. Ó Pai, adicione muito mais paixão à minha caminhada só pra que a vida me proporcione os melhores momentos já vividos até a presente data. Ó Pai, faça com que a imprevisibilidade tome conta de tudo e que a vida seja só um detalhe no meio desse mar de alegria que é a intenção plena de felicidade que um homem pode ter. Ó Pai, conecte-me aos céus, me mostre as cores mais perfeitas que possam existir, faça de mim só mais um felizardo a desfrutar, inerte, dos prazeres que o planeta pode oferecer. Ó Pai, convoque todos, chame todos, faça com que o livro do amor esteja dentro desse recinto no tal dia para que a população inteira seja feliz da mesma forma que este filho teu que vos fala, ó Pai quero o ibope Pai, quero o falatório Pai, quero as fofocas na manhã seguinte Pai, da mesma maneira que Tu também o quis quando assassinaram o mais ilustre Filho Teu, irmão meu, lá no alto das duas madeiras, quando perpetuaram Teu nome pelo mundo afora. Ó Pai, vá comigo, me dê sua mão e caminhemos juntos, feche os olhos para cada coisa errada que eu fizer, lave as mãos muito bem depois de tudo acabado pois há de ser uma sujeira muito grande, mas não deixe de estar ao meu lado pois sem Ti eu nada sou. Ó Pai, com toda a certeza eu lhe convidaria, mas isso feriria os princípios e todos esses anjos são muito caretas e jamais aceitariam uma coisa dessas. Talvez São Jorge pudesse também participar, Pedrinho com muita insistência, mas o Senhor não; ainda que muito queira, não poderia permitir que sujasse Sua imagem dessa maneira tão devastadora. Ó Pai, deseje a mim toda a sorte dos céus, faça com que haja uma greve no conselho tutelar, que os vizinhos tenham seus ouvidos fechados, que a DP mais próxima esteja muito ocupada com uma operação numa favela qualquer e o resto, eu resolvo.
Tenho dito, estou desde já agradecido, e não admito que não voltarei.




São dezesseis horas e cinqüenta e um minutos, hoje é dia dois de junho, chamam-me Paulo Victor.

O portão

Tinha muito o que fazer.
Meus perdões primeiros a quem mais me admira; me deixo levar pelo singelo momento do instante para aproveitar e desculpar-me com aqueles também que pouco me admiram, mas ainda assim, não deixam de levar meu nome na boca; admito às fãs e queridas amigas, declaro aos fiéis companheiros, antigos membros da antiga união, abordo os fatos da infância, deixo de lado todas as incríveis histórias vividas nesse movimento artístico que vai sucedendo justamente para que num futuro distante eu tenha condições de lembrar e acrescentar toda a ficção necessária para que a vida dê a entender o quanto de felicidade pode caber dentro da tristeza de um homem; peço licença também aos meus santos, aos meus deuses, aos padres, aos pastores, aos pais de santo e tudo mais que evoca os poderes que hão de dar continuidade à vida que há de ser vivida; outros perdões mais sinceros às canções que não foram cantadas, às pessoas que foram esquecidas, escandalosas desculpas às pessoas que foram deixadas de lado, se a saudade falasse, perdões não seriam necessários para demonstrar o arrependimento.
Volto aos jardins com a certeza que devo chorar pois bem sei que não queres voltar para mim.
Disse o Cartola, com toda sua benevolência, provavelmente embriagado de algum etílico, aah o etílico, na maior paz de sua favela que iria voltar ao seu antigo jardim, onde deixara, em garoto, suas mais formosas flores, aquelas rosas, as prováveis tulipas, copos d’água, girassóis...
Quem dirá do sofrimento de singelas e tão perfeitas plantas com o abandono de seu ídolo para o mundo terrível sou eu. Pois se não lhes cabe a coragem de abordar esse assunto, eu sento no meu trono e cato palavras pra caracterizar a dor da partida, aquele que sempre lá esteve ocupando o espaço dedicado a ele, aquele que se ausentou para nunca mais, nunca mais?, e a interrogação machuca ainda mais por alimentar a esperança morta, tão morta quanto as raízes que não mais se alimentaram da tão desejada água que Cartola despejava todas as manhãs; o sal das lágrimas corrói a terra e mata a planta.
Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade.
Elba com todos os seus cabelos esvoaçantes, suas pernas de fora e a rouquidão da voz que atrai multidões não se faz de rogada e canta tal qual canta Cartola com essa sua saudade atrasada para com aqueles que diz amar, e se não diz amar, não o diz por uma plena falsidade para com o sentimento, ou então diga-se lá uma falta de coragem em querer dissertar do amor. Fato concreto é que não há desculpa que entre nesse ínterim, não há bela voz que possa cantar o passado e quanto de lugares poderiam ser vistos, o quanto de histórias poderiam ser escritas, nada dará lugar à verdade do que seria e não mais poderá voltar.
Onde andei não deu para ficar porque aqui, aqui é o meu lugar, eu voltei pras coisas que eu deixei, eu voltei agora pra ficar.
Roberto diz, eu assino embaixo.
E chega ao fim essa crônica de idas e voltas.
P.V. 09:33 29/04/11

Serena abordagem ao eufemismo da dor

Então me pus a escrever dessa forma diferente, justamente porque os tempos pediam modificações no modo de viver, no modo de agir, até mesmo respirar será distante do que era antes a partir de agora.
Pois se das dores eu entendia muito bem naquele passado que já se foi, o presente não há de me mostrar que eu ainda posso relembrar o sofrimento que já não se levanta contra mim.
O que eu quero é algo bem mais próximo de Deus, só porque nos lembramos de Deus nas piores horas da vida, só porque Deus está pronto para nós nas piores horas da vida.
E o que faço é ser algo melhor a cada dia; nos últimos momentos que tenho vivido nada do esperado se colocou de forma diferente do que eu pensava ser. Em muitas ocasiões me gabei de saber o que aconteceria e me deixava estar como uma grande qualidade partida de mim. Porém, hoje vejo que a ignorância me faria tão melhor...
Peco como todos os seres humanos, tenho meus erros exagerados a ponto de me fazerem sentir bem e eu poder acreditá-los como acertos, tenho minhas visões das pessoas como se elas estivessem sempre abaixo de mim e esperando surpresas a cada instante para que a vida siga bela e esplêndida sempre.
A pressão que vem de lados opostos é tão falsa que somente eu acredito nisso.
Todos os meus planos foram jogados para o alto, e quando começam a cair machucam-me tanto que me vejo perdido nesse vendaval de promessas, e dinheiros jogados fora, e muito suor e dedicação por nada, o relógio que não pára de correr me mostra que houve o desperdício, que nada adiantou, que são só mais outros momentos que se completam com tantos outros que já se foram; cada dia que passa é um dia a mais...? já entendi que é um dia a menos.
E me agarro a nada, pois sei que nada sempre foi o meu destino maior. Quando nada tinha era mais feliz, quando nada amava sofria menos, quando nada era, ninguém sofria por mim. Hoje as responsabilidades diárias me fazem mais homem, me dão rumos melhores e formam um caminho que me leva a eternidade, se assim quiserem que seja, mas ainda penso duas vezes antes de acelerar rumo a qualquer precipício, ainda penso duas vezes antes de mergulhar em piscinas que talvez estejam vazias, ainda não sei o que fazer nos instantes mais precisos que a caminhada pede.
A moeda que sobe e desce na minha mão cai sempre na mesma posição e vejo que o seu outro lado está muito distante de mim. Quero com todas as forças mudar o rumo da vida, dar um basta ao que me prende, cair sem dó no desfiladeiro com minhas asas abertas, pôr fim no passado e partir pro futuro sem medo, gastar o que vier, apaixonar aos milhões, sorrir ao fim de cada noite, beijar o Sol quando ele nascer e eu estiver deitado numa praia qualquer que sequer saberei o nome até que a escuridão se vá e meus olhos possam diferenciar brancos grãos de areia, de brilhantes estrelas do céu, ou do mar...
Serão matéria básica de minhas memórias, serão histórias para contar aos netos, se os houver, serei eu o protagonista novamente, sem coadjuvantes, sem finais felizes pro mocinho, sem vidas inteiras de alegria pro vilão, sem sofrimento para quem é sempre melhor, quero mais isso de novela não, dramalhões mexicanos que se repetem a cada estação do ano, promessas falsas de verdade que machucam, não a mim, mas a quem está próximo, criancices absurdas que me contagiam e me fazem dizer coisas que eu jamais faria. Minha índole continua intocável, saio do romance para entrar na história.
E serão todos tão mais felizes, eu sei que não agora, pois toda revolução deixa cicatrizes terríveis, porém daremos as mãos amanhã ou em outros anos, o sorriso que nascerá nos rostos será tão nobre quanto um ato de bondade, e veremos brilhos nos olhos, e confundiremos outra vez, numa dessas praias desconhecidas, olhos com estrelas, e deitaremos na areia negra, só porque se foram as luzes, o vento passará pelos cabelos tão fortemente que há de levar a tristeza do passado pra que fique somente a felicidade plena daquele momento, a natureza trabalha em prol do sentimento, e que seja o sentimento da liberdade o maior do mundo, o mais perfeito, o ir e vir de cada um dos seres viventes, companheiros que me cercam e cercam tudo que eu amo.
Quis menos. Não fui atendido. Quis qualquer coisa parecida com muito pouco. Disseram-me aos ouvidos que eu não nasci para miséria, que eu merecia o mundo, que eu tentasse abraçar o mundo ainda que braços me faltassem. Acreditei.
Num desses carnavais, me colocarei na estrada outra vez, terei mais determinação e só retornarei com as cinzas da quarta feira, quero a intensidade ingênua das pequenas roupas nos dias de frio, quero os sentimentos de felicidade que o mundo reserva para as pessoas que não fazem o mal, quero colher o que é meu e só, sem intenções quaisquer sobre o que pertence ao próximo.
Minha colheita de felicidade são as mudas das árvores da vida, dais quais tiro muito pouco, até o momento exato que me indicaram caminhos diferentes, me deram caminhões de moral, elevaram minha posição no mais alto patamar, meu ego se dilatou a tal ponto que estourei, como uma bola podre de convencimento, estapafúrdia loucura e insano narciso a voar longe com todos os meus ares fétidos liberados no instante único em que me enfiaram a agulha explodindo com toda a força, agindo com a inércia liberando para todos os cantos desse mundo, todos os meus defeitos, um vodoo de plástico que morre para dar lugar a qualquer coisa mais humilde...
''No mundo não há mais lugar para quem toma decisões na vida sem pensar.
Conte ao menos até três, se precisar conte outra vez, mas dessa vez, meu bem...''
eu não te amo.
E foi assim.
Outro dia me vi dedilhando o teclado com as razões básicas de um fim que era mais do que certo depois de tantas fracassadas tentativas, com a diferença básica que em outros tempos não saberia jamais o que me aguardava. Hoje sei cada uma das possibilidades que posso beirar e o impossível faz parte das minhas tentativas.
Não hei de afogar minhas mágoas em álcool, não vou gritar dores aos amigos, não vou me deixar levar pelo momento, muito menos pela carne tentadora alheia que me chama para os banquetes, continuo o mesmo, reafirmo minha índole intocável, ponho fim às reticências e não olho para trás.
Se lágrimas vierem inundar a minha noite, se fogos de inferno com seus diabos em meus pesadelos mais terríveis vierem morder minha mente, se palavras fortes e cheias de verdade chegarem de leve aos meus ouvidos nas bocas mais bem desenhadas que já vi, se qualquer lembrança for forte o bastante para que eu me pegue no erro, serei forte. Pois sempre fui. Bem mais forte do que todos.
Há o que o mundo chama de verdade nua e crua, e aquilo que o futuro entende como destino. Me colocarei a disposição de ambas as partes para que a história seja contada outra vez por bocas alheias e sei que as pessoas podem muito bem atender aos desejos que clamam por serem atendidos.
Não me atenho, nem me vejo como algo diferente do que já fora antes, a noite irá me acompanhar outra vez, atravessarei mares, sentirei todo o frio que existe, todo o calor também será meu, cada intenção terá um nome e eu serei aquele que há de batizar os novos poderes. O presidente dá as caras no momento mais oportuno que a vida lhe reserva, não me vanglorio disso, a intenção sempre foi outra, mas agora a moeda cai do lado que eu esperava pra mostrar que nada está perdido, que os planos não se tornaram cimento e areia porque foram mal planejados, o mundo é aprendizado, outros dias virão, outros anos nascerão, amantes não existem tanto quanto um único amor, e se eu sou homem suficiente para dizer que amo uma mulher hoje, e se amanhã eu disser que amo outra mulher, estarei sendo mentiroso no dia que afirmei que as pessoas só amam uma vez na vida, e estarão sendo falsos também aqueles que concordaram comigo e no passado amaram, no presente amam, e no futuro hão de amar outra vez. Ou pelo menos dirão...




Chamam-me Paulo Victor, hoje é dia vinte e oito de junho de dois mil e onze, são onze horas e quinze minutos.