
quarta-feira, 30 de março de 2011
Você

Esclarecimentos do atual falatório

segunda-feira, 28 de março de 2011
Éramos nós

quinta-feira, 24 de março de 2011
A dita metamorfose

Um pouco mais de nada é tão importante quanto isso e já me satisfaço por completo quando a vida me dá um motivo a mais para sorrir em dias quaisquer, quando enxergo no futuro a esperança que deveria já estar tatuada na minha pele a ser encarada sempre, quando me entrego de corpo e alma ao objetivo que, uma hora ou outra, estará brotando e me fazendo cada vez mais homem e orgulhoso de mim.
Todos os cigarros que já fumei, e todos os copos que já derrubei, as tantas histórias que já vivi, os amores que já derramei, todas as lágrimas que me molharam, aqueles sorrisos e aquelas cores, todas as formas de poder, todas as vitórias que foram conquistadas, meia dúzia ou menos de tristeza que me acometeram e me deram ainda mais motivos para ser feliz, todos os fragmentos que formam um inteiro de mim deveriam estar simbolizadas nas palavras que tanto faço questão de perpetuar, mas me perco em meio a insinuações, me deixo levar por momentos, faço do meu sempre, um simples agora e os segundos começam a me afundar em mim mesmo, os dias me enterram na mesmice, as histórias começam a ser esquecidas, e o habitual vai provando aos ouvidos que as escutam que verdade alguma poderá ser extraída de cada um dos contos...
Isso tudo é um tanto quanto preocupante...
Mas são preocupações tão banais que nem mesmo deveriam caber aqui nesse espaço tão inebriante de papel... o papel em branco é um silêncio prestes a ser gritado.
Foi então que minha maravilhosa pessoa teve uma dessas idéias perfeitas que nos partem a cabeça da mesma forma que a perdição rompe um hímen, e me vi jogado no meio da escuridão com uma pequena luz ao fim de qualquer coisa que não poderia chamar de túnel, pois da escuridão nada se reconhece. Vi que os trabalhos deveriam continuar, vi que os momentos deveriam ser eternizados e a coragem era necessária, vi que a vida me chamava aos goles, e copos pequenos não seriam aceitos, vi que os problemas eram parte do passado e a intenção melhor e mais proveitosa era viver o amanhã deixando pro futuro as preocupações dos erros de hoje, vi que nada era mais importante do que o amor próprio, pois só se fudendo, poderíamos fuder o próximo, ainda que a intenção primeira não fosse essa, vi que a Lua ainda me acompanhava, vi que seu brilho ainda era o mesmo, vi que, apesar de os anos voarem e as situações se transformarem, a beleza incomparável da Lua era única e a mesma de antes. Concluí, louco e insano, que nada mudara...
E levantei da cama, ou voltei do trabalho, ou saí do banho, ou me pus a dormir, não lembro em qual parte do dia me dei conta dessas coisas, e comecei a pôr em prática toda a teoria. Vou vivendo um dia de cada vez, sem medo de nada, com certeza de tudo, sem me deixar levar por instantes, acreditando na massa, ao invés de querer analisar o átomo, crendo que é tudo parte do plano, plano de alguém quem nem sequer conheço, chamar-lha-ão de futuro, quem sabe, talvez até de destino, por que não...?
E foi assim.
Nada consegue me deter, palavras não são suficientes, o amor dedicado é tão imenso que o ego se eleva tão exageradamente até o ponto de esbarrar na humildade, culminando num tipo de metamorfose que se conhece por perfeição...
E me chamam de presidente.
P.V. 24/03/11
terça-feira, 22 de março de 2011
Mas não me entendem

Tudo bem, não chegaria a tal ponto...
Mas as matérias exaustivas sobre instintos assassinos vão me sufocando a ponto de realmente bolar na cabeça uma fuga incrível, a faca mais afiada, o sangue correndo pelo chão da sala assim que a sede do piso começar a ser saciada, e minha risada fatal, assustadora... mas aí eu perderia minha matrícula, seria preso daqui a um tempo, mesmo tendo direito a prisão especial... tenho que pagar o carro, tenho que pagar o apartamento; melhor viver sem homicídios.
E então, resolvi ser dessa maneira agora porque a verdade não é compreendida por ninguém. Vezes e outras cheguei a escrever coisas parecidas com ''a maioria'', como ''a maior parte das pessoas'', como ''algumas pessoas''; mas a partir de hoje vou vendo que não há diferença entre as pessoas a não ser de mim. Ninguém, absolutamente ninguém entende as coisas que eu digo, e pior do que isso, levam para o lado mais sádico e mal intencionado que possa existir. Problema alheio.
Não me auto-fecundarei mais com a tristeza do próximo.
E tendo dito isso, já vou conjecturando as seguintes estratégias, pois o mundo ainda não parou de girar e minha vontade de girar com ele vai aumentando a cada dia mais. Não sou desses que falam e não cumprem, mas também não posso dizer que sou perfeito. Não escrevo mais do jeito que escrevia nos tempos áureos, mas a poesia do meu discurso ainda não perdeu todo o seu brilho...
E por falar em poesia, vez ou outra, sinto vontade de rimar algumas coisas, assim como um rap, ou como uma poesia clássica, com toda métrica, com toda a dificuldade das palavras que ninguém entende, só pra justificar mais uma vez essa lentidão de todo mundo para com as minhas idéias, minhas teses mal colocadas, minhas opiniões relaxadas...
E sinto falta de tantas coisas que eram ditas em outros tempos que atualmente, uma ponta de ditadura e censura foi vista nos meus olhos... por um segundo me levantei, pintei a cara e fui às ruas protestar. Porem a solidão do meu movimento me fez retornar à insignificância da luta.
Ainda tenho coragem suficiente de retornar ao que era, ainda posso dizer tudo que dizia, ainda posso sorrir como sempre sorri, e todos os problemas serão só problemas, não serão mais meus problemas, uma vez que estejam resolvidos, até mesmo porque, já disse o pregador: “Deus nos dá problemas pra que possamos resolvê-los, e depois dar graças ao Seu nome.” A gente faz as coisas e Deus que leva a fama... sem vergonha.
Vou dividir os espaços, minha vontade se faz bem maior hoje do que ontem.
Poupemos a criatividade, então.
P.V. 11:37 22/03/11
Guerreira do asfalto

Intenção do bem seria o poder de ter a vontade de dividir a alegria com o próximo. Enquanto a maioria julga necessária a melhor distribuição da renda em nosso país, eu prefiro que se divida a felicidade. O dinheiro não é tão importante. O material não é sincero. Louvo e agradeço sempre que consigo abrir meu sorriso para situações totalmente banais, e que, por essa banalidade, me deixam ainda mais feliz em saber que sou humano, que sinto, que sou simples na minha complexidade.
Hoje, mais cedo, atuando no papel que mais gosto de interpretar, solto nas ruas, filmando ações alheias com meus olhos, enchi-me de orgulho ao perceber a dedicação que ainda existe dentro de nós. Todas as profissões são escolhas, menos uma. O profissional de saúde nasceu para servir ao próximo da maneira mais bela e sincera que possa ter sido criada, por quem quer que tenha criado essa bagunça toda. Adolescentes, como eu, arrepiam-se por tudo, hormônios em ebulição. Deixando a safadeza de lado, somente a torcida do Flamengo e atos tão lindos como o de hoje fazem o arrepio me correr pelo corpo. Admiro tudo que é feito de coração, sem distinção de raça, credo, condição financeira e tudo mais que provoque preconceitos. E um simples olhar já faz toda a diferença quando se necessita de salvação.
Comentários são desnecessários nas situações em que fica clara a perfeição dos atos.
O sangue que jorra de uma ferida mata a sede de esperança que vive na cabeça dessa guerreira do asfalto. Dentro de seu macacão azul bate um peito suado do calor diário, um corpo cansado da dureza do trabalho, queima a satisfação de poder fazer o bem. Maquiagem desnecessária, a beleza não atrai quem está a beira da morte, debaixo de um carro, com uma bala na barriga, com o coração prestes a se despedir. São sentimentos lindos que moram dentro desta mulher. Engana-se quem diz ter um coração de pedra por viver tais situações todos os dias e já ter se acostumado com a perda da vida. Sente a derrota cair sobre sua alma sempre que Deus, teimoso, leva pelos braços quem ela tanto tentou segurar pelos pés. Ergue-se, olha pra frente, conforma-se pois sabe que fez até o impossível, sobe no seu carro e continua a caçada por vidas gritando para serem salvas. Como era de se esperar, encontra mais um desgraçado pedindo socorro. Um prato cheio a fim de matar sua fome por heroísmo. Dessa vez, Deus não puxou tão forte os braços do jovem. No hospital, fora da ambulância, a caminho de dar continuidade a sua profissão, passa por mim.
Um olhar, um arrepio, uma guerreira.
P.V. 21:44 08/07/08
segunda-feira, 21 de março de 2011
Águas de março
Se fosse contar nos dedos, faltariam-me mãos pra que colocasse em vista da verdade todas as conquistas que já efetuei nessa minha carreira ainda curta por essa vida. Se fosse querer abordar todos os problemas de tamanhos diversos e suas respectivas soluções, seja por parte de mim mesmo, seja por resolução divina, quem sabe, também me perderia sem saber como começar. A vida já me aprontou muitos percalços, porém vou caminhando solene, ainda, no tapete vermelho que eu quiser, desfilando meu amor em quaisquer esquinas que eu passar, vou batendo minhas asas de liberdade assim que eu quiser, e nada há de mudar isso pois meu suor e meu cansaço importam bem mais que a vontade alheia.
O título dedicado à mamãe prova o quanto de alegria cabe dentro de um coração quando se conquista aquilo que mais se almeja. Prova de que os pés estão colocados no caminho certo e todo o futuro será desenhado a partir de um desejo que foi rascunhado há pouco mais de um ano e vai tomando forma, vai tomando cor, vai querendo pular do papel pra tornar-se realidade de uma vez.
Outros atrativos também são importantes pois fazem parte da construção e disse o poeta que um prédio não se constrói apenas com engenheiros, operários também são necessários; da mesma forma que um time não ganha o campeonato com onze craques... minha vida espelha a verdade e vou caminhando sem parar, sem pensar em ser a perfeição de sempre. Meus erros se equivalem e não há mal nenhum em ficar apertado aqui ou ali, deixar de fazer certas coisas ditas importantes só pra que nasça mais um sorriso perfeito no rosto da minha princesa como nasceu na noite de ontem.
Não deixo a linha do pensamento fazer curvas.
Ultimamente tenho tido muitas vontades de expor o que mora aqui dentro do meu peito e um sentimento ainda mais enorme que habita pelos pântanos molhados e sujos da minha cabeça, porém o tempo me falta e vou armazenando em HDs de memória o que tenho para dizer. Sento-ne nessa cadeira dura e nada do que pretendo me faz sentir alegria, deixo-me de lado, relembro de algum gosto de framboesa que jamais experimentei, indago sobre as coisas da vida, os canteiros de Fagner, ou de qualquer poeta que tenha escrito a letra... bagunça estranha de sentimentos.
Ainda assim, me levo pelo momento e vou fragmentando as idéias na forma de que possam entender ou não, e as águas de março levam embora tudo que ainda insistir em restar... só pra que a renovação seja realizada.
P.V. 09:50 21/03/11
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