domingo, 3 de abril de 2011
03 de abril
Desta presente data, um ano exatamente atrás, um pouco mais tarde da noite, quando as estrelas já iam no céu brilhando e a Lua, eterna companheira, espectadora principal da minha vida dava as caras no escuro do céu, um beijo se deu. Pois se todos os textos aqui registrados, todas as palavras que foram ditas, essa intenção de adentrar nesse ínterim durante toda a semana, não são suficientes para formar um tipo de prova ou qualquer coisa que seja necessária, eu não sei o que fazer e, infelizmente, deixo a desejar no instante em que me ponho agora a escrever sobre tal assunto. Largaria de mão esse teclado algumas vezes tentando almejar alguma inspiração pra que as letras formassem alguma intenção básica a preencher o branco do papel, mas vou insistindo em querer que saia qualquer coisa que seja do meu coração maltratado. O máximo da excitação, a noite dos mascarados, o dia que marcava a comemoração extrema do aniversário do presidente com os seletos convidados e a exacerbação de elogios para com aquele que sabia muito bem como desenvolver os requisitos básicos de uma festa, o que não mata também não me engordava, fazia dos segundos, minutos, abordava qualquer intenção que se colocava na minha frente, fazia jus ao título da presidência, guardava meu império e poder para o final. Quem me conhece, deveras sabe que não são palavras de convencimento, são palavras de sinceridade. Já não sentia mais aquele medo estranho da paixão que se aproximava, não entendia mais os olhares de acusação, não premeditava a aversão que era óbvia com relação a minha pessoa; soube muito bem trabalhar durante o dia para que o ego se elevasse a pontos onde a timidez não alcançaria nesse instante mais revelador. Não ensaiei meus passos, não treinei minha voz, não plagiei conquistadores. A fórmula nunca mudou, minhas palavras são as mesmas. Nada mais que um beijo era suficiente pra fazer a noite terminar bem, nada mais que um beijo breve e curto era suficiente pra que a vontade fosse exposta algum tempo depois, e se há verdade ou não no que se diz nos dias de hoje com relação à fatídica noite de outrora também não importa. Cansados estão de saber que não acredito em muitas das coisas que me dizem. A intenção era minha, não entro pra perder, realizo meus desejos sempre. Minha cama aguardava um sono tão perene que era até pecado não dizer que estava feliz, que aquele havia sido um dos dias mais felizes dessa caminhada, mas não sem afirmar que, de fato, era só mais um dos dias felizes que eu tinha na minha carreira, que outras coisas parecidas já haviam sucedido, que o mundo era minha casa e, estando em casa, ficamos mais à vontade. Enfim, fica mais claro do que a luz do dia que a dissertação não teve a conotação básica do movimento romântico que deveria seguir a linha do pensamento quando se adentra nesse vale de sentimento e momentos importantes. Porém, as circunstâncias mostram mais do que eu consigo mostrar. P.V. 17:52 03/04/11
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