P.V. 17:33 03/04/11
domingo, 3 de abril de 2011
O futuro não chegou
Nada se compara a um dia de Sol, nada se compara ao sentimento que morre e nasce nas mãos de quem sabe dar vida à felicidade, nada se compara ao que o poder proporciona aos poderosos, nada se compara ao requisito mais básico na vida de um homem que é justamente a possibilidade de ter o que deseja, nada se compara ao que pode realizar um presidente. E de um presidente não se deve jamais duvidar. Disse-me, o poeta, sobre as possibilidades, sobre os eventos, sobre o que há de vir por aí, sobre as confianças e as sinceridades, sobre as razões e as causas, sobre o quanto não se deve deixar levar pelos sorrisos, disse-me, o poeta, sobre o quão importante é a carreira que se segue, sobre as intenções do que é e não é, sobre o que existe, sobre o que se quer e o que se tem, disse-me, o poeta, em forma de poesia... e eu pude sentir todo aquele ritmo me convidando para bailar... Pois é fato bem verdadeiro, e minha capacidade me diz para nada esconder, que ultimamente, minhas memórias vão me fazendo lembrar do que eu já fiz. O que me deixa extremamente preocupado, uma vez que se a intenção é ver o que há de ser feito, se a intenção é justamente querer informar ao mundo sobre os causos e tudo mais e, infelizmente, somente o passado pode trazer algum procedimento, triste eu fico. Minhas pernas coçam pra sair por aí correndo, buscando uma coisa qualquer que se perdeu no horizonte, meu peito incha de vontade de ser recheado com qualquer coisa muito quente que me deixe um pouco mais estranho do que o normal, minha voz se enerva de desejo de poder deslizar sorrateira num ouvido qualquer prometendo mundos e fundos sem vontade de cumprir, minha vida me chama, me clama, quase que implora por mim... Nota-se a conotação quando se analisa os períodos de vida. Se na festa da carne do último ano eu me pus na estrada, a mochila nas costas, pouco dinheiro nos bolsos, sem rumo nem direção, dormi com as estrelas e acordei com o mar, e voltei para a casa com muitas histórias na bagagem, o que digo desse ano é alguma coisa parecida com muito pouco, que seja lá, algumas brigas de casal com certa emoção e bastante violência, ciúmes de fios loiros sem razão nem motivo, praias lindas, bebidas comedidas, camas fofas, horários certos para acordar... Nada contra, nem motivos eu teria para reclamar... Porém, um presidente pede muito mais que isso, um presidente que se honre deve clamar pelo seu povo, deve atender o pedido dos famintos, pão a quem quer pão, histórias a quem pretende contá-las, palavras a quem precisa de mentiras, sérias intenções num futuro distante muito mais largo e cumprido que esse que vou vivendo... Pois se me diziam antigamente que eu era o homem do futuro, ainda quero que continuem me dizendo isso, não me façam sofrer dizendo que minha jornada já chegou ao fim, provo a mim mesmo, se for preciso, que ainda tenho muito gás na soleira do pé pra correr verdes campos a procura de uma casinha branca, ou filhos de cuca legal, e plantações perdidas no meio do mato... também ainda tenho muita disposição para as vertentes diferentes da vida e tudo que há de ser. Pois se nunca duvidaram de um presidente antes, ainda não hão de duvidar. E tenho dito.
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