quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Be ready

Durma bem, meu amor. Tenha agora ainda mais base para alimentar os sonhos que já dominavam sua noite. Entregue-se aos braços de Morfeu e morra feliz pensando na alegria que eu te dei, pensando na alegria que ainda posso te dar; a mesma que você sempre tanto quis mas nunca fora lhe dada por esses normais que passaram pela sua vida.
Pois tu sabes que tudo é passagem e dessa vez também não será diferente. Aproveita, agarra com tuas mãos macias o que te entrego. Deixa brilhar teus olhos com o ouro que agora tu vês e não mais consegue mirar outra coisa. Encha-se da mais pura felicidade que agora sabes ser verdadeira, que agora sabes que existe. Tenhas na cabeça a comprovação que tanto aguardava, o número desmedido de palavras que já foram ditas ou escritas em nome desse momento. Pois agora olhe em volta, eleve teu ego aos céus e descubra, perplexa e feliz, o que sua capacidade pode lhe dar, as coisas que tens chance de alcançar. Bastas erguer teus braços e tocará o paraíso. Basta fechar os olhos que eu te guio e mostro o caminho do prazer. Suspire e sinta comigo essa explosão de sensações. Vamos dividir o que temos de melhor.
Não temos mais tempo a perder. Estou pronto. Agora entregue-se a mim e não relute contra o que vou lhe dar. A sua vontade é maior que a minha, mas esconde-se sob a falsidade que precisa demonstrar. Eu entendo. Se for necessário, sempre tomarei a iniciativa. Segura minha mão que te levo pro escuro mais uma vez.
Não costumo sentir pena de ninguém. Aprendi a ser egoísta, coisa da qual não me orgulho. Porém, minha vontade de sentir teu gosto falou mais alto e novamente envolvi-me num caso de adultério precoce. Peço que não me entendas mal, poi nunca foi minha intenção levar sofrimento ao coração de ninguém. Sigamos mais um ditado popular: o que os olhos não vêem o coração não há de sentir. Deixe estar e comece a me beijar.
Fui orientado a fazer tudo da maneira mais deliciosa possível e admito que sou competente nisso. Sentes agora o sabor da minha boca que mistura-se com o teu na comunhão sem fim de nossas línguas a confundirem-se nessa transa. Pelo tempo que a promessa fora feita, a vontade estava em altos níveis. Quando o tesão grita e não agüenta mais conter-se por dentro, extrapola os limites do tecido que nos separa e já não mais respondemos por nós nessa hora que não deveria acabar. O exagero do seu corpo mexeu com a libido do meu. Precisei de pouco, bem pouco mesmo pra despertar o que pode te deixar perdida. Minha verdadeira vontade era rasgar roupas, sentir pele com pele, morder tua carne, beber do que de ti escorre. E minha sede era grande.
Os movimentos eram sincronizados. Jogava-me pra um lado enquanto você optava por outro. Quando subiam minhas mãos, desciam as suas. E quando não desciam as suas, eu as levava pois lá elas pertenciam. Precisava de algo mais, qualquer coisa como só um pouco mais de privacidade pra que, talvez, roupas caíssem. Até me aventurei a adentrar pelos lados, mas recuei para preservar a ti. A vontade era fazer tudo. Estirar-te no chão, largada e sem mais forças, enquanto ensaiava um sorriso de satisfação, durante minha saída.
Nem sempre as circunstâncias nos proporcionam os desejos que temos, porém pude levantar da cama satisfeito hoje, o que já me alegra e muito.
Quem sabe outros cantos escuros abriguem a vontade de nossos corpos em outras ocasiões.
Esteja preparada.
P.V. 14:02 24/02/09

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