quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A cesta

Pois então eu afirmei aos sete cantos que voltei.
E deveras, o presidente apaixonado quando diz que voltou, de fato, é porque voltou mesmo. Não com qualquer tipo de poderes, ou com uma dessas coisas inóspitas e isoladas que chamam de conquista exagerada e o amor louco, desvairado, propenso a dores que fora característica durante boa parte da vida; digo daquele sentimento perfeito, o mesmo que ainda povoa minha veias e borbulha no meu coração, aquelas palavras que andavam perdidas no mar de ocupações que a vida quase adulta e mais responsável me obriga, aquele vermelho de felicidade que era traduzido nas melhores letras que o autor que vos fala poderia dissertar. E minha musa maior, o que me faltava, o amor da minha vida de todos os tempos desde sete meses atrás, o que eu mais adoro, as carnes que mais matam minha fome, o beijo mais doce, o prazer mais verdadeiro, a sede dos seus abraços, Durique, em forma de sentimento, lhe dedico minha inspiração.
E aí, cheguei na minha residência hoje e me senti um tanto quanto frustrado e até mesmo triste. Digo triste e frustrado, mas lhes explico o que sucede, a maneira como as coisas são colocadas e a verdade que se escondeu por trás de todos os meus sorrisos meio retardados e o orgulho em gritar pra todo mundo o que eu tinha ganhado...
Não que Durique tenha roubado minha idéia, não que ela tenha qualquer tipo de maldade em ter dado esse presente tão lindo, surpresa maravilhosa pela manhã que só pode ser comparada a uma outra coisa também realizada pelas manhãs que provoca alegria semelhante, mas EU que devia ter lhe concedido essa felicidade. Estava em meus planos de homem doente e apaixonado fazer isso que foi feito comigo e fiquei triste em ter que adiar por alguns anos até que a surpresa seja mais uma vez original e competente a ponto de deixá-la feliz.
O meu amor pensa mais rápido que eu e isso também é bom.
Coisas interessantes são essas surpresas inesperadas porque iludem o coração de uma forma tão perfeita que o sentimento pode durar pro resto da vida, que o amor se multiplica tantas vezes dentro de um peito que poderia jurar que nada mais caberia dentro de mim do que a mais nobre das sensações, e essa sensação tão linda é o amor que sinto por Karoline Durique.
De uma forma ou de outra, eu deveria agradecer.
Por quantas vezes na vida, um homem consegue fechar os olhos e dizer que não precisa de mulher nenhuma na vida pois já encontrou sua parceira eterna?
Eu tenho certeza que minhas convicções não são por culpa de uma cesta em cima de uma cama, não são por culpa de ligações pela manhã, não são por culpa de presentes jogados em datas esquecidas do ano. Minha convicção de amor por Durique são seus sorrisos perfeitos, são meus sorrisos perfeitos, são as palavras sussurradas, são os olhos que brilham sem cessar, é o sentimento que nos une, a saudade que nos machuca, o futuro que nos convida...
Eu te amo e sempre te amarei, enquanto houver vida.
P.V. 09:46 23/11/10

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