quarta-feira, 27 de julho de 2011

Triste presidente

Então me pediram para ser sincero o suficiente a ponto de machucar, se assim minhas verdades quisessem.
Hoje em dia olho para amanhã e não vejo motivo nenhum para levantar feliz ou com um sorriso no rosto, olho para quem está do meu lado e o sentimento que existe é somente aquele que já fora abordado e explicado, sento na minha cama para dormir e só durmo mesmo, sento na mesa para jantar e só janto, a vida pede um pouco mais do que está prescrito, a vida pede um pouco mais de atitude nos instantes exatos em que estamos prestes a nos matar de tanto ócio, como hoje, por quê não...?
Quero ser mais feliz, e vi que outro dia estava um pouco mais feliz...
Essas coisas que me fazem pensar em tudo que vai acontecendo porque era tão feliz nos tempos de antigamente, e atualmente fico conformado nas noites em que estou um pouco só mais feliz, me acomodo com jantas e sonos enquanto a madrugada chama para os goles gelados e músicas altas, enquanto a vida convida para os banquetes, contento-me com pratos feitos e planejados durante uma semana inteira, feitos numa tarde toda, e o pior é que não sei negar que é bom.
Dói em mim e não é um exagero.
As coisas que chateiam são sempre as mesmas e não sei por onde começar quando me coloco à disposição das vontades para dar fim novamente a qualquer um dos pesadelos que queiram me consumir. E já vou até mesmo perdendo a vontade de dormir só por medo de acordar triste no dia seguinte, vou perdendo a vontade de sair para não ver coisas que me desagradem, vou querendo ficar surdo pra que vozes alheias repletas de veneno não me mordam...
Ninguém pode alcançar o fundo do meu pensamento, mas talvez sejam os principais pilares da minha eterna batalha comigo mesmo, talvez andem de lados para lados tentando me auxiliar nessa guerra interna, mas não conseguem, não me enxergam nesse escuro que vai rodeando minha cabeça, pintando de preto minha imaginação fértil, comendo devagar todas as minhas boas intenções que a algum tempo já não são de futuro, e não sei como dizer isso de novo, não sei o que fazer pra que a dor não seja ainda maior do que a minha, por incrível e contrário que isso seja...
Já escrevi tantas e tantas coisas para abordar um assunto só, que fosse meu e de mais ninguém, quis por vezes cuspir as letras de uma maneira que não compreendessem, além de mim, mas agora faço toda a questão que sejam tão intensos quanto eu sou, que me mostrem toda a força que exista no mundo, pois fé não me falta e Deus é companheiro, já não lhe peço nada que eu enxergue como sendo desnecessário, mas uma hora ou outra serei obrigado a colocar meus joelhos no chão... pois uma fé que empurra a outra, coloca Deus contra a parede. E quem seria o mais certo a ser ajudado, e quem seria o mais errado...?
São coisas desse tipo, perguntas tão idiotas como essa, questionamentos tão ridículos que machucam a todos, que martelam minha mente e já não sei se tomei a decisão correta no passado distante.
Tudo conspira contra minha respiração, e resolvi não resolver nada. Pelo menos por enquanto.
Vou levando a vida enquanto ela me leva.

Chamam-me Paulo Victor, triste presidente, qualquer hora da noite, fim de mês de julho, dois mil e onze.

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