segunda-feira, 12 de maio de 2008

até que o casório nos separe...

Certo de que seria mais um dia normal e cansativo como tantos outros, saí de casa. O destino é mesmo um grande palhaço aprontando as suas debaixo da lona nesse grande “circo vida”. Mas o picadeiro, somos nós que construímos. Regidos pelo destino como marionetes, seguimos nessa jornada que não tem fim aparentemente. Como sempre deixei o tempo passar por mim. Um simples passatempo.
Os dias têm sido muito agradáveis ultimamente, porém, todos iguais. A necessidade que tenho de transformação é enorme e isso já é um fato conhecido. A ação com o objetivo de ser satisfatória, não deve partir de mim. Não corro atrás de alegria. Sou humanamente sincero pra admitir isso. Em se esperando, tudo se dá.
Aguardei o reencontro. E ele se deu.
Enfim olhares se beijaram, palavras se cruzaram, e bocas...
Coloco de lado o romantismo visível que passa pelos meus dedos quando me sento nessa cadeira e disserto experiências (ou não) tão banais, que pela própria banalidade deixam-se levar pelo momento e transformam-se nas mais belas histórias de amor já escritas por mim. Inspiração que faz o pensamento instruir a mente, traz de volta um espírito adormecido, paixão tão grande que não cabe no peito, espalha-se pelo corpo. Sai pela boca como beijos, pelos olhos como lágrimas, pelas mãos como o toque que faz arrepiar.
E aquele corpo transborda de tentação quando depara-se com o meu. Inundamo-nos por dentro numa vontade enorme de estar e ao mesmo tempo de fugir. Quem sente, sabe. Desejos que provocam sensações em quem não tem juízo. Nunca tive essa virtude. Nem sou muito fã dela. Desejoso, quero continuar a ser. Com ela. Até que o casório nos separe.
P.V. 12/05/08 18:21

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