quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A nova Bíblia

Quando você pega a bíblia, o diabo tem dor de cabeça. Quando você abre, ele tem um colapso nervoso. Então você começa a ler, ele desmaia. Aí você começa a vivê-la, ele foge. E quando você estiver prestes a pregar essa verdade entre seus irmãos ele tende a querer te desencorajar...

Não vou dizer que não sigo as palavras do Livro Sagrado, da mesma forma que também não mentirei dizendo que sigo. O que fica, pra mim, é o convencimento.
Sim, o convencimento de que as palavras conseguem transparecer em forma de opinião, a melhor delas, diga-se de passagem, de que a vida só é vida se for pela palavra do Senhor, que a salvação está Nele e nada mais é tão importante quanto Lhe servir e deixar de lado todos os pecados, ditos ruins.
Tenho cá minhas próprias idéias a respeito dos pecados, as quais poderia dar mais ênfase do que já dei em colocações anteriores, mas não cabe aqui, ainda, discussão como essa. Se fosse eu, o autor da Bíblia, e vão me criticando por aí os que estão me lendo, alguns fanáticos julgando-me blasfemador, a escreveria de forma diferente, tiraria coisas que considero um tanto quanto desnecessárias, acrescentaria muito mais poder à Deus, faria as terem sido muito mais difíceis do que pareceram ser... por exemplo, esse papo de fazer tudo em uma semana é muito surreal, cara...
Faria eu, se Deus fosse, afinal foi em nome de Deus que escreveram, com a força de Deus lhes penetrando o peito e transparecendo em formas de palavras, as quais lemos hoje em dia, em, pelo menos, um mês todo o universo, dando muitas características avulsas para cada uma das estrelas, e escreveria eu mesmo um livro para cada uma delas, como se aquilo houvesse me dado um trabalho incrivelmente enorme, e nomearia cada uma delas, todas as galáxias, todos os planetas; deixaria no ar um pouco de suspense sem dizer de imediato se haveria ou não vida num outro lugar, pra fazer esse ciuminho nos humanos que se acham muito especiais, e sim, aí sim, adentraria na enciclopédia especial para o nosso planeta, diria devagar como tudo foi confeccionado, jamais me daria o luxo de um dia de descanso na semana, trabalharia arduamente, quem sabe plantões de 36 horas...
Poria fim, então, a essa idéia de Adão e Eva e toda a safadeza do Paraíso, conversas moles sobre cobras traíras e maçãs podres. Abordaria a verdade, por quê não, ô Deus??
Diria, eu, que a mulher, perfeita por assim ser, tal qual Angelina Jolie, essa nossa feita a partir da primeira forma já criada, saíra da minha costela, e nós, em nosso ninho de amor, nas nuvens mais fofas ao som das harpas de uns de meus melhores anjos, os mais nerds, propagaríamos a civilização, jogando no mundo, de dúzias em dúzias, pessoas de todas as etnias, sexos e credos, ao fim de cada sessão de amor; e esse amor eterno, intenso até os dias de hoje, pois o homem que deixa uma mulher tal qual Angelina sozinha numa cama de nuvens não pode ser considerado Deus, vai povoando ainda o planeta.
Tudo isso eu acrescentaria nas Bíblias, e não teria vergonha de pregar essas verdades nas Igrejas, não teria vergonha de subir ao altar, o livro na mão, os fiéis na minha frente, sermões tão intensos que sairiam chorando, todos aqueles crentes de bolsos vazios, corações cheios, fé renovada...
O mundo não me cabe mesmo... seriam guerras religiosas em todos os cantos se essas verdades fossem reveladas...
Quisera eu povoar o mundo... papo pra outros bares...

Chamam-me Paulo Victor, começo de noite de quarta feira, fim de mês de agosto, dois mil e onze.

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