União dos Conquistadores de Mulheres |
Vieram assim pelos cantos da vida, analisando cada uma
das partes envolvidas, não tinham muitas palavras para abordar o assunto
principal e foram rondando as possibilidades, vendo qual pressão era necessária
para adentrar onde ninguém antes esteve.
Foram caminhando sem pretensão, adentrando pelos becos
escuros, foram por onde não tinham ido antes, talvez pra exercer algum tipo de
influência sobre este que vos fala, talvez para se sentirem um pouco melhores
com suas vidas medíocres até então.
Esquivaram-se de alguns pormenores, deixaram de lado suas
amizades que não traziam saúde à jornada, se intitularam como outros,
diferentes de antes pra que pudessem enxergar com seus próprios olhos que o
futuro poderia ser bem melhor do que fora o passado.
Cresceram por dentro, cresceram por fora, analisaram o
mundo de uma perspectiva nova, viram que o lodo não é a lama, viram que onde se
escorrega não há paz, viram na pureza da terra molhada a fatalidade de um querer
tão puro que jamais outro homem que pise esse chão poderá sentir.
A grama fofa nunca mais nascera onde seus pés planaram...
Acreditam, hoje, numa paz de espírito completamente além
do que aquele antigo aquém os reservava, são novos homens, homens em fé de moral
e mente, homens que vão rumo ao seu destino sem olhar para os lados, sem que
idéias alheias lhes façam a cabeça, são homens de cabeça feita, cabeça forte,
pensamento reto.
Não precisam mais que lhes digam de que lado nasce o Sol,
a bússola do caminho está dentro de seus corações, a verdade das estradas a
serem percorridas está inerte, plena, intensa dentro de seus olhos, sangue nos
olhos, coisa de homem, coisa sem significado porém de enorme impacto.
E eu sei. Sim, eu sei que o tempo andou sendo dono de
seus novos passos, eu sei que a felicidade é o que os guia, eu sei que a
brabeza da alma se espelha firmemente da franqueza das palavras e essas sim,
são a chave da conquista que os une, e que une quem deseja se unir a eles...
E eles, senhores, eles somos nós.
Pois na delicadeza do que digo, na intensidade do que
falo, na maestria do que canto, o reino dos conquistadores de mulheres, desde
que seu rei foi morto, um presidente fora posto, e este que dialoga nesse
momento, entende cada um dos homens dissertados acima, pois os ensinou os
caminhos melhores a percorrer, pois os guiou com sabedoria pelos cantos escuros
dessas noites; adestrou, como fora
adestrado no tempo do reino, e há de continuar assim enquanto vida houver.
Não há saudade nem nostalgia, não há medos nem
preocupações, somos todos iguais no ritmo frenético que é nossa correria, somos
todos levados pelas batidas do coração ou do funk, pelos bumbos do peito ou do samba, pelas palavras dos conquistadores ou de Deus... vamos todos juntos sem
receio ou opção diferente, vamos todos na rotina pra modificar o indiferente,
vamos juntos sendo todos pois do contrário, nada seremos.
E o mais, não há de ser escrito, há de ser vivido, há de
ser contado de bocas a bocas, entre línguas benditas, entre corpos que se
batem, entre ondas que se beijam.
O mundo é pouco, as pessoas são demais. A UCM é
suficiente.
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