maestros do saber

Em uma conversa me veio a vontade de falar sobre um tema muito bonito. Vou falar da idade da sabedoria, idade da bondade, idade que nos dá a oportunidade de dizer que já vivemos de tudo. É nas pessoas dessa idade que os jovens devem procurar a experiência que lhes falta para continuarem sua caminhada pelas estradas tortuosas da vida em busca de sabedoria.
Uma pessoa, já no seu estágio final de vida, carece de atenção e muito afeto, como se fosse um apoio para uma qualidade de vida melhor. Apoio este que é, e deve, ser dado por pessoas que já receberam muito, e agora devem dar só um pouco.
A vida nos ensina dolorosamente que as coisas nem sempre são como deviam. Existem pessoas sem o mínimo de sentimento e reconhecimento com aqueles que devotaram sua existência, para que elas, se tornassem seres humanos vitoriosos, e tivessem seu lugar na vida.
Impossível de aceitar que uma família descarte seus idosos, como se fossem uma mobília velha e sem utilidade. São jogados em asilos ou postos de lado como se fossem fardos pesados demais, e que estariam atrapalhando suas vidas, quando na verdade, eles não são um algo descartável, e sim a história viva de toda uma família, vinda de muitas e muitas gerações, formando a chamada árvore genealógica, perpetuada com seus frutos e com os frutos que seus frutos irão gerar.
As pessoas depois de uma certa idade possuem o direito de dizer e pensar o que bem quiserem, sem a preocupação de se incomodar com o que os outros podem achar, esse direito quem lhes dá é o Tempo, direito adquirido não simplesmente porque estão envelhecidos, mas por tudo que passaram para chegar até aqui, alegrias, tristezas, decepções, realizações, lutas diárias que lhes forneceram uma bagagem de experiências, um legado que nada e ninguém pode lhes tirar. E é por isso que não têm nenhuma necessidade de simular, omitir ou mentir sobre fatos que vivem ou viveram.
As pessoas mais jovens tendem a esconder suas fragilidades e seus erros, e é nesse momento que devem ter a humildade e porque não dizer a sabedoria de ouvir o que uma pessoa mais experiente tem para dizer, quem sabe assim evitaremos muitos erros, por exemplo, o de não ter respeito pela dignidade, pela vida de uma pessoa mais velha. Devemos reconhecer que cada uma delas, às vezes errando, outras vezes acertando, tem uma história a ser contada, e isso lhes dá a grande vantagem que tem sobre os jovens: A de já ter tido a idade de cada um deles!
O Cara me disse que estava errado. Não podia ser verdade... mas era. Estava sim errado. Uma prova de que a experiência faz a diferença. Vejo certas vezes que, com a idade se aproximando, muitas pessoas vão ficando mais idiotas. A inteligência vai decrescendo. Deveria ser ao contrário, mas nem tudo que se espera que seja reto, é. As curvas da vida vão chegando junto com a idade. Com as curvas, aparece o perigo. Mas quem tem a sabedoria da experiência manobra bem o carro da vida e segue rumo ao “destino felicidade”. É difícil explanar sobre algo que ainda não me aconteceu. Mas observando, pode-se tirar conclusões mais favoráveis.
Não gosto de discutir com pessoas mais velhas. Tenho acima de tudo um respeito muito grande por quem tem a capacidade de saber orientar. E além do mais, o que dizem para mim é de grande importância. Adquirir o que se passa é a magia do saber viver. E ninguém melhor pra desempenhar essa função do que alguém já vive há muito tempo.
Não discuto, não rebato. Aceito, talvez sem me conformar. A maior verdade quem disse foi um desses grandes homens que marcaram época e, mesmo com a ignorância estampada, podem se dizer superiores ou igualáveis a pessoas ditas sábias: “Mestre sabe o que faz.”
Palmas para os grandes mestres que ainda sabem o que fazem!!!