Foi por ali andando no meio da rua, a cabeça baixa encarando fixamente o chão, cada pedra que passava pelos seus pés sem destino certo enquanto a madrugada engolia toda e qualquer luz que pudesse haver. Nada mais fazia sentido na sua vida depois daquela noite maldita em que o pranto já havia lhe mergulhado na tristeza maior que um homem pode ter em toda a sua existência. Era apaixonado, coitado...
A noite prometia muito para aqueles que partiram de suas respectivas casas em busca da felicidade plena de não ter com o que se preocupar durante algumas horas de som alto e de qualidade. Felippe estava ali para tentar esquecer seus problemas íntimos, seus complexos interiores, suas paixões mal resolvidas desde o tempo de criança, seus erros e equívocos, e tudo mais que acaba com um adolescente nessa faixa terrível da idade.
Os amigos o acompanharam nessa aventura. Mas não seria tão linda assim a noite, como todos esperavam...
Chamavam de Ratazana, aquela que era dona do coração de Felippe. Olha, admito que a vergonha passa pelos meus olhos quando me lembro de tal desgraça a transpassar a sorte do amigo maior que já tive, pois o amor não se explica, o amor retardado não tem lógica, o amor ridículo e doente não tem cura, e incrivelmente não escolhe beleza nem caráter, dois artícios que faltavam naquela que fez mal ao meu brother.
Era gorda.
Perdão, acabo de mentir.
Era muito gorda!
Ratazana chegava na escola e todos já conseguiam a avistar quando botava o pé na entrada do portão principal, dado o tamanho exagerado da circunferência de seu corpo. E acreditem, pois não minto quando disserto sobre as histórias da minha vida; tremiam as escadas quando ela ia subindo em direção a sua sala de aula, cada degrau era um pico na escala Richter.
Tínhamos muito medo dessa garota pois diziam pelas esquinas que fazia seriíssimos trabalhos de macumba com um pai de santo muito famoso pela redondeza. Na verdade até mesmo sei o nome da tal entidade, mas prefiro recolher-me e não divulgar pois não quero me envolver com essas magias negras. Mas falavam muito sobre algumas farofas amarelas, fitas vermelhas, galinhas semi-mortas, capas pretas... Fefy com certeza estava enfeitiçado com todo esse poder, pois somente essa é a explicação para um homem se apaixonar por aquilo.
E voltando ao dia do evento que unia os membros da UCM, já chegávamos perto da tal muvuca que se aglomerava do lado de fora dos muros da festa. Era um dia especial, era dia de alegria, era dia de beber. A sede, quando bate, faz a garganta secar e avistamos de longe um homem que ia vendendo felicidade dentro de copos de plástico. Compramos todos. E perguntou se queríamos o tal do combustível. Virgens da noite, dissemos que sim. E ia lá colocando uma coisa que deixou o copo todo verde, tão bonitinho, tão fofinho, parecia a grama que não havia no chão, queria nem beber pra não estragar. Mas a sede foi mais forte e viramos num só gole a primeira caipirinha de nossas vidas. Quente... deu um calor!
Pulemos a parte feliz do dia, pois isso não nos interessa. Entramos, bebemos mais, pulamos, cantamos, gritamos, azaramos, bebemos mais, e o show acabou. Mas ainda não se foi a madrugada e o dia ainda estava longe de raiar. Enquanto ainda havia música e pessoas ao redor, ficamos por lá observando o movimento.
Já depois que o show havia acabado, depois da despedida maravilhosa das canções que tocavam no palco, nos encaminhamos para alguma barraca que vendesse álcool pelo preço mais baixo possível, pois éramos estudantes pobres e sem futuro.
Felippe, vulgo Fefy, estava se divertindo, estava vendo que a vida poderia ser bem mais linda sem aquela mulher maldita em seus pés, estava admitindo para si próprio que tudo mudara, que a partir de agora tudo seria diferente, tudo seria melhor, tudo seria do seu jeito sem ela...
domingo, 30 de agosto de 2009
A desgraça de Fefy - parte II
Mas eis que do além, de onde não vem ninguém, surge quem?
Vinha andando com seus passos gordos, rolando com sua cara redonda, maldita mulher, peste negra em carne branca de suína no tempo que a doença ainda não podia matá-la, cruel a pisar no chão molhado de grama como pisara no coração do meu amigo que sofria tanto em lembrar de seu sorriso com um pedaço de dente a faltar. E veio sem fazer barulho para tentar assustar-nos ainda mais. Peçonhenta dos infernos, essa cobra pode morder e nos fazer sangrar até a morte com suas presas...
Quando Fefy a avistou, seus olhos brilharam mais do que a Lua que reinava no céu enquanto éramos felizes naquela noite inesquecível na vida dos membros UCMlísticos. Bobo e idiota, ainda a amava. Conjecturou em sua mente toda a felicidade que poderia ter ao seu lado durante aquele momento especial em que vivia, pensou que naquela noite, enfim, seu desejo seria atendido depois de tantos pedidos feitos aos céus pelo amor de sua musa. Iria tê-la, iria possuí-la, encher sua boca de beijos para saciar de uma vez por todas o amor que extrapolava os limites do seu coração.
Mas nada do que se quer, acontece quando se é adolescente e apaixonado.
Ratazana, como uma rata de esgoto que era, adentrou para dentro de uma das tantas barracas e embebedou-se até não agüentar mais e poder deixar aguçado o seu poder de sedução que comprou em um Pai de Santo de Aruanda. Correu rapidamente a um desses banheiros químicos, lançou a poção maldita sobre o corpo, disse algumas palavras mágicas e saiu de lá pronta para o abate. Aquele que primeiro encarasse seus olhos, seria seduzido e abduzido para seu mar de pederastia e perversidade como aquela lenda que não me lembro muito bem onde uma mulher arrasta os homens para o fundo do rio com seu canto macabro.
Adauto foi o azarado que primeiro encarou seus olhos ao vê-la sair cambaleante e com o zíper aberto do banheiro. Coitado do meu amigo...
Nada mais era preciso para se fazer, para se dizer, quando ela chegou perto dele e beijou-lhe a boca com tanta vontade que nada parecia mais forte do que aquilo que se via no meio da multidão.
E Fefy...
Peço permissão para abrir aqui um parênteses devido a esse fato inédito de tamanha tristeza na vida do amigo meu que se refletiu também na minha vida e as palavras que serão expostas aqui a seguir são da mais pura verdade e sinceridade; lembrando, e vale ressaltar, que só escrevo tudo isso agora pois as letras quando se juntam e formam idéias são como um exorcismo dos nossos demônios, nossos capetas mais terríveis. Deveriam jogar meia dúzia de dicionários em cima daquela Ratazana...
Chorava copiosamente, o amigo Felippe, ao ver que a Ratazana puxava Adauto pelos cabelos a levá-lo para um canto escuro e abusar de sua boa vontade, a fazê-lo de um simples objeto sexual para devorar sua vontade extema de se satisfazer. E Adauto parecia louco de amor por essa doida endemoniada, o que só prova mais uma vez que os trabalhos do seu pai de Santo são sim bem interessantes e vale muito a pena dar uma conferida em tudo que já foi realizado por ele. Tenho o telefone, caso queiram conhecer mais profundamente...
Voltando ao parênteses aberto, via-se a pura tristeza e decepção no rosto de um homem ao ver sua mulher ficar com o amigo, sem que esse amigo tenha culpa, deve-se lembrar disso. Rogava pragas aos céus, pedia que lhe afogassem num copinho de caipirinha, queria se jogar no chão e ficar se debatendo como um louco, chamava por sua ‘mamãe’ (uma coisa bem estranha, por sinal), dizia a todo momento que estava pagando seus pecados, que havia colado chiclete na cruz, que jamais se apaixonaria de novo por alguém, e gritava mais pela sua ‘mamãe’, voltava atrás e nos abraçava dizendo que ainda amava aquela mulher linda (?)... Ficamos preocupados. Ficamos tão preocupados que o melhor remédio quando se fica preocupado é beber.
Vinha andando com seus passos gordos, rolando com sua cara redonda, maldita mulher, peste negra em carne branca de suína no tempo que a doença ainda não podia matá-la, cruel a pisar no chão molhado de grama como pisara no coração do meu amigo que sofria tanto em lembrar de seu sorriso com um pedaço de dente a faltar. E veio sem fazer barulho para tentar assustar-nos ainda mais. Peçonhenta dos infernos, essa cobra pode morder e nos fazer sangrar até a morte com suas presas...
Quando Fefy a avistou, seus olhos brilharam mais do que a Lua que reinava no céu enquanto éramos felizes naquela noite inesquecível na vida dos membros UCMlísticos. Bobo e idiota, ainda a amava. Conjecturou em sua mente toda a felicidade que poderia ter ao seu lado durante aquele momento especial em que vivia, pensou que naquela noite, enfim, seu desejo seria atendido depois de tantos pedidos feitos aos céus pelo amor de sua musa. Iria tê-la, iria possuí-la, encher sua boca de beijos para saciar de uma vez por todas o amor que extrapolava os limites do seu coração.
Mas nada do que se quer, acontece quando se é adolescente e apaixonado.
Ratazana, como uma rata de esgoto que era, adentrou para dentro de uma das tantas barracas e embebedou-se até não agüentar mais e poder deixar aguçado o seu poder de sedução que comprou em um Pai de Santo de Aruanda. Correu rapidamente a um desses banheiros químicos, lançou a poção maldita sobre o corpo, disse algumas palavras mágicas e saiu de lá pronta para o abate. Aquele que primeiro encarasse seus olhos, seria seduzido e abduzido para seu mar de pederastia e perversidade como aquela lenda que não me lembro muito bem onde uma mulher arrasta os homens para o fundo do rio com seu canto macabro.
Adauto foi o azarado que primeiro encarou seus olhos ao vê-la sair cambaleante e com o zíper aberto do banheiro. Coitado do meu amigo...
Nada mais era preciso para se fazer, para se dizer, quando ela chegou perto dele e beijou-lhe a boca com tanta vontade que nada parecia mais forte do que aquilo que se via no meio da multidão.
E Fefy...
Peço permissão para abrir aqui um parênteses devido a esse fato inédito de tamanha tristeza na vida do amigo meu que se refletiu também na minha vida e as palavras que serão expostas aqui a seguir são da mais pura verdade e sinceridade; lembrando, e vale ressaltar, que só escrevo tudo isso agora pois as letras quando se juntam e formam idéias são como um exorcismo dos nossos demônios, nossos capetas mais terríveis. Deveriam jogar meia dúzia de dicionários em cima daquela Ratazana...
Chorava copiosamente, o amigo Felippe, ao ver que a Ratazana puxava Adauto pelos cabelos a levá-lo para um canto escuro e abusar de sua boa vontade, a fazê-lo de um simples objeto sexual para devorar sua vontade extema de se satisfazer. E Adauto parecia louco de amor por essa doida endemoniada, o que só prova mais uma vez que os trabalhos do seu pai de Santo são sim bem interessantes e vale muito a pena dar uma conferida em tudo que já foi realizado por ele. Tenho o telefone, caso queiram conhecer mais profundamente...
Voltando ao parênteses aberto, via-se a pura tristeza e decepção no rosto de um homem ao ver sua mulher ficar com o amigo, sem que esse amigo tenha culpa, deve-se lembrar disso. Rogava pragas aos céus, pedia que lhe afogassem num copinho de caipirinha, queria se jogar no chão e ficar se debatendo como um louco, chamava por sua ‘mamãe’ (uma coisa bem estranha, por sinal), dizia a todo momento que estava pagando seus pecados, que havia colado chiclete na cruz, que jamais se apaixonaria de novo por alguém, e gritava mais pela sua ‘mamãe’, voltava atrás e nos abraçava dizendo que ainda amava aquela mulher linda (?)... Ficamos preocupados. Ficamos tão preocupados que o melhor remédio quando se fica preocupado é beber.
A desgraça de Fefy - parte III
Levamos Fefy para tomar alguns copos de algo quente para que ele pudesse jogar dentro do recipiente de vidro todas as suas angústias. E como eram tantas angústias, jogou em vários copos. Já estava bêbado, o amigo Fefy, e não agüentava mais olhar a cena terrível que não tinha fim. Adauto e Ratazana rolando no chão molhado ao lado do banheiro químico, e rolavam mesmo no chão molhado ao lado do banheiro químico, sem aumentar nenhuma palavra nesse ato realmente incrível para um show de rock, por mais que a madrugada já avançasse sobre a noite.
Num piscar de olhos, já havíamos perdido Felippe no meio da multidão, pois o álcool não corria somente na veia dele. Se o amigo tem uma angústia, todos nós temos também, se amigo chora, todos nós choramos também, se ele bebe, também beberemos. O fato é que já não sabíamos mais onde estava o amigo Felippe.
O autor tem dessas coisas onde a liberdade é permitida pois a prosa é louca e o bagulho é frenético e quem não gostou que troque de página ou vá ver os recados no Orkut. Juntei informações durante 4 anos para estar aqui dissertando sobre tudo o que viu, o amigo Felippe, em sua volta para casa sozinho às 4 da manhã.
Adentrei em sua cabeça para narrar tudo isso. Disse ele:
“Ai Meu Deus, o que foi que eu fiz para merecer tamanha desgraça em minha vida? Todos os meus atos de jovem, sempre que ajudei os amigos, aquelas senhoras a atravessarem as ruas mais movimentadas, nas oportunidades em que assumia a culpa dos erros do meu irmão mais jovem para minha mãe não castigá-lo, e aquelas vezes em que deixava de ficar com a menina mais bonita para que meu amigo mais próximo pudesse ser mais feliz. Eu sempre me contentei com a mais feia, Meu Deus, e agora o Senhor faz isso comigo!?
Estou triste, estou muito triste. Tão triste que já não sei que horas são, quero que o dia acabe logo, quero me deitar nesse chão e deixar a vida passar por mim, quero virar um indigente pois sem o amor daquela que povoa meus sonhos não serei nada. Nem toda a fortuna do mundo pode me trazer felicidade agora que ela está nos braços de outro, deitando e rolando na grama verde do local da festa.
Maldita mulher, desgraçada que me traz desgraça, já lhe dediquei tantas palavras e ela sempre aceitando, iludindo meu coração, me dando falsas expectativas de um sentimento que faria de mim o mais feliz dos homens. E eu, inocente, acreditei em tudo que ela me dizia. Acreditava quando dizia que nosso casamente seria na praia e as cadeiras todas brancas enquanto o vento levava seu vestido e eu via seu olho brilhar ao encarar o meu. Acreditava quando ela me dizia no telefone, altas horas da noite que precisava dormir só pra poder sonhar comigo mais uma vez. Acreditava quando ela me dizia que precisávamos nos ver menos pois a saudade faz bem ao coração e aumenta o amor. Acreditava quando me dizia que era lindo, mas ainda não tinha ficado comigo pois morria de medo de fazer sofrer o coração jovem que ainda bate dentro do meu peito.
Que idiota que sou... não percebi nada...
Já não agüento mais andar; são quase 5 horas da manhã, meu dinheiro acabou, sou obrigado a ir andando pra casa, meus pés doem, tudo é escuro e terrível demais, mas a minha tristeza supera tudo.”
Um adendo nesse momento.
Ia ele andando pela Estrada do Mendanha, ali perto do Mercado Valente, quando um desses homens que nascem em corpo masculino mas se transformam em mulher com o passar do tempo parou em seu caminho. O viadinho queria uma informação sobre o horário, depois pediu uma informação sobre uma rua, queria mais uma informação de como tinha sido o show... Felippe sempre muito solícito respondeu tudo com uma alegria enorme em seu coração por alguém estar falando com ele depois de um silêncio tão grande de reflexões em sua cabeça. O viadinho, porém, tinha outras intenções para com o nosso amigo mais ilustre. O homossexual soltou-se um pouco mais e disse das suas pederastias mais internas, mais íntimas, mais loucas. Indagou o Fefy sobre o quanto que ele cobraria se o deixasse realizar um sexo oral básico em alguma dessas ruas escuras de Campo Grande.
É momento então de fecharmos o parênteses porque depois dessa eu me retiro, me deixo levar pela desgraça enorme que caiu sobre a cabeça de fefy nessa noite inesquecível. Choraria também, mas a essa hora da noite a melhor coisa depois de ler isso tudo é sorrir.
Um tempo depois, Fefy esqueceu completamente a coisa ruim que o perseguia e pôde dar continuidade em sua vida. Mas no dia 21 de outubro de 2005, numa festa realizada em Sepetiba teve sua alegria tão querida alguns meses antes concedida. Num momento de fraqueza, conseguiu arrancar um beijo de Ratazana, debaixo de um chuveiro.
Mas só depois foi saber que ela tinha vomitado 745g de arroz e feijão devido ao álcool ingerido durante todo o dia. Mas isso fica pra uma outra história. Uma outra desgraça...
P. V. 22:13 30/08/09
Num piscar de olhos, já havíamos perdido Felippe no meio da multidão, pois o álcool não corria somente na veia dele. Se o amigo tem uma angústia, todos nós temos também, se amigo chora, todos nós choramos também, se ele bebe, também beberemos. O fato é que já não sabíamos mais onde estava o amigo Felippe.
O autor tem dessas coisas onde a liberdade é permitida pois a prosa é louca e o bagulho é frenético e quem não gostou que troque de página ou vá ver os recados no Orkut. Juntei informações durante 4 anos para estar aqui dissertando sobre tudo o que viu, o amigo Felippe, em sua volta para casa sozinho às 4 da manhã.
Adentrei em sua cabeça para narrar tudo isso. Disse ele:
“Ai Meu Deus, o que foi que eu fiz para merecer tamanha desgraça em minha vida? Todos os meus atos de jovem, sempre que ajudei os amigos, aquelas senhoras a atravessarem as ruas mais movimentadas, nas oportunidades em que assumia a culpa dos erros do meu irmão mais jovem para minha mãe não castigá-lo, e aquelas vezes em que deixava de ficar com a menina mais bonita para que meu amigo mais próximo pudesse ser mais feliz. Eu sempre me contentei com a mais feia, Meu Deus, e agora o Senhor faz isso comigo!?
Estou triste, estou muito triste. Tão triste que já não sei que horas são, quero que o dia acabe logo, quero me deitar nesse chão e deixar a vida passar por mim, quero virar um indigente pois sem o amor daquela que povoa meus sonhos não serei nada. Nem toda a fortuna do mundo pode me trazer felicidade agora que ela está nos braços de outro, deitando e rolando na grama verde do local da festa.
Maldita mulher, desgraçada que me traz desgraça, já lhe dediquei tantas palavras e ela sempre aceitando, iludindo meu coração, me dando falsas expectativas de um sentimento que faria de mim o mais feliz dos homens. E eu, inocente, acreditei em tudo que ela me dizia. Acreditava quando dizia que nosso casamente seria na praia e as cadeiras todas brancas enquanto o vento levava seu vestido e eu via seu olho brilhar ao encarar o meu. Acreditava quando ela me dizia no telefone, altas horas da noite que precisava dormir só pra poder sonhar comigo mais uma vez. Acreditava quando ela me dizia que precisávamos nos ver menos pois a saudade faz bem ao coração e aumenta o amor. Acreditava quando me dizia que era lindo, mas ainda não tinha ficado comigo pois morria de medo de fazer sofrer o coração jovem que ainda bate dentro do meu peito.
Que idiota que sou... não percebi nada...
Já não agüento mais andar; são quase 5 horas da manhã, meu dinheiro acabou, sou obrigado a ir andando pra casa, meus pés doem, tudo é escuro e terrível demais, mas a minha tristeza supera tudo.”
Um adendo nesse momento.
Ia ele andando pela Estrada do Mendanha, ali perto do Mercado Valente, quando um desses homens que nascem em corpo masculino mas se transformam em mulher com o passar do tempo parou em seu caminho. O viadinho queria uma informação sobre o horário, depois pediu uma informação sobre uma rua, queria mais uma informação de como tinha sido o show... Felippe sempre muito solícito respondeu tudo com uma alegria enorme em seu coração por alguém estar falando com ele depois de um silêncio tão grande de reflexões em sua cabeça. O viadinho, porém, tinha outras intenções para com o nosso amigo mais ilustre. O homossexual soltou-se um pouco mais e disse das suas pederastias mais internas, mais íntimas, mais loucas. Indagou o Fefy sobre o quanto que ele cobraria se o deixasse realizar um sexo oral básico em alguma dessas ruas escuras de Campo Grande.
É momento então de fecharmos o parênteses porque depois dessa eu me retiro, me deixo levar pela desgraça enorme que caiu sobre a cabeça de fefy nessa noite inesquecível. Choraria também, mas a essa hora da noite a melhor coisa depois de ler isso tudo é sorrir.
Um tempo depois, Fefy esqueceu completamente a coisa ruim que o perseguia e pôde dar continuidade em sua vida. Mas no dia 21 de outubro de 2005, numa festa realizada em Sepetiba teve sua alegria tão querida alguns meses antes concedida. Num momento de fraqueza, conseguiu arrancar um beijo de Ratazana, debaixo de um chuveiro.
Mas só depois foi saber que ela tinha vomitado 745g de arroz e feijão devido ao álcool ingerido durante todo o dia. Mas isso fica pra uma outra história. Uma outra desgraça...
P. V. 22:13 30/08/09
O oposto do oposto
Sempre quero o oposto do que tenho e isso já se tornou uma máxima em minha curta vida. Quando estou na rua, quero estar em casa, quando estou em casa, tento fugir da monotonia, de tanto fugir da monotonia me pergunto se vale realmente a pena todo esse esforço, quando muito me indago chego a conclusões que evito de lembrar, pensando, reflito mais e vejo que o melhor a se fazer é nada; nada fazendo me sinto um inútil que não deixará marcas por aqui enquanto estiver vivo, decido então sair pra me divertir, sempre que saio me sinto cansado e quero ir embora descansar, o cansaço me lembra dos motivos pelos quais fiquei nessa situação e o pouco que recebo em troca por ficar tão debilitado, isso me leva a idéias banais; e quando a banalidade chega, sento e choro entre minhas mãos calejadas do tempo que ainda não deixa de correr...
Uma eternidade sem fim.
Mas tudo se transforma em maravilhas mil quando a vida me joga na cara uma felicidade extrema que dura só alguns poucos segundos, uma reta sem curvas, conquistas diversas em tão pouco tempo, um luxo de viver pra fazer do verbo mais do que uma simples casse da gramática.
Quero ir por aqui pois já adivinhei que é por onde devo andar, não quero mais outra coisa que não seja só o que penso, só o que realmente me faz feliz pelos dias que vão se seguindo um após o outro enquanto quem me ama me lê, enquanto quem eu amo me lê.
Sei lá o que tinha de tão especial em aparecer do nada, em ser dessa forma tão extravagante, em não se importar com o que vão dizer, com o que vão pensar, mas na verdade quem liga para o que as pessoas estranhas pensam ao seu respeito é um idiota.
Tenho medo dessas coisas mais não.
Nem me lembro quando foi a última vez que deixei de fazer o que queria só pra agradar a uma pessoa que não me dá valor. Nem sou muito de querer dar conselhos, muito menos de vendê-los, mas o mundo seria bem mais inteligente e legal se todos fizessem exatamente o que querem, independente da imensa contrariedade que fosse reinar em suas respectivas cabeças, tanto quanto o trono se instala na minha quando vivo mudando de opinião como uma metamorfose ambulante.
Quando se perde o sentimento do amor, quando se acha o sentimento de amor, é a mesma coisa se analisarmos friamente. O amor já não passa de nada mais que uma grande, ou a maior, metamorfose que já pôde existir na forma abstrata da palavra. Pois entendo que um amor não deve ser exclusivo jamais, não deve se conter a somente uma pessoa, não se deve prender, não se deve ser negado. Quando se ama do fundo do coração, o sentimento pula de tal forma que não há mais lugar para se estar a não ser do lado da pessoa amada. E quando essa pessoa se vai, dá lugar a outra que talvez seja incrivelmente diferente daquela de antes. Isso é uma mutação bem louca.
Mas não há de ser nada, pois em tudo estamos; podemos nos enxergar naquilo que menos se parece conosco e não há quem diga o contrário, e se quiser dizer que me mostre argumentos suficientes para derrubar meus fatos.
São só algumas reflexões extraordinárias de um domingo feliz.
Vou terminar algumas coisas agora pois o mundo gira e a todo momento estamos em um lugar diferente do espaço.
“Ô seu moço
do disco voador
me leve com você
pra onde você for..
Ô seu moço,
mas não me deixe aqui
enquanto eu sei que tem tanta estrela por aí...”
P.V. 20:22 30/08/09
Uma eternidade sem fim.
Mas tudo se transforma em maravilhas mil quando a vida me joga na cara uma felicidade extrema que dura só alguns poucos segundos, uma reta sem curvas, conquistas diversas em tão pouco tempo, um luxo de viver pra fazer do verbo mais do que uma simples casse da gramática.
Quero ir por aqui pois já adivinhei que é por onde devo andar, não quero mais outra coisa que não seja só o que penso, só o que realmente me faz feliz pelos dias que vão se seguindo um após o outro enquanto quem me ama me lê, enquanto quem eu amo me lê.
Sei lá o que tinha de tão especial em aparecer do nada, em ser dessa forma tão extravagante, em não se importar com o que vão dizer, com o que vão pensar, mas na verdade quem liga para o que as pessoas estranhas pensam ao seu respeito é um idiota.
Tenho medo dessas coisas mais não.
Nem me lembro quando foi a última vez que deixei de fazer o que queria só pra agradar a uma pessoa que não me dá valor. Nem sou muito de querer dar conselhos, muito menos de vendê-los, mas o mundo seria bem mais inteligente e legal se todos fizessem exatamente o que querem, independente da imensa contrariedade que fosse reinar em suas respectivas cabeças, tanto quanto o trono se instala na minha quando vivo mudando de opinião como uma metamorfose ambulante.
Quando se perde o sentimento do amor, quando se acha o sentimento de amor, é a mesma coisa se analisarmos friamente. O amor já não passa de nada mais que uma grande, ou a maior, metamorfose que já pôde existir na forma abstrata da palavra. Pois entendo que um amor não deve ser exclusivo jamais, não deve se conter a somente uma pessoa, não se deve prender, não se deve ser negado. Quando se ama do fundo do coração, o sentimento pula de tal forma que não há mais lugar para se estar a não ser do lado da pessoa amada. E quando essa pessoa se vai, dá lugar a outra que talvez seja incrivelmente diferente daquela de antes. Isso é uma mutação bem louca.
Mas não há de ser nada, pois em tudo estamos; podemos nos enxergar naquilo que menos se parece conosco e não há quem diga o contrário, e se quiser dizer que me mostre argumentos suficientes para derrubar meus fatos.
São só algumas reflexões extraordinárias de um domingo feliz.
Vou terminar algumas coisas agora pois o mundo gira e a todo momento estamos em um lugar diferente do espaço.
“Ô seu moço
do disco voador
me leve com você
pra onde você for..
Ô seu moço,
mas não me deixe aqui
enquanto eu sei que tem tanta estrela por aí...”
P.V. 20:22 30/08/09
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Um falso amor recíproco
Será que ama mesmo? Assim em tão pouco tempo, tão pouco sentimento que germinou na terra fofa de seus sentimentos, um nada que se multiplica todos os dias não vai chegar em lugar algum nunca. Mas se diz que ama, quem sou eu pra julgar...
É que eu amei de verdade!
Morro de rir com as coisas que escrevo, me surpreendo com as verdades mentirosas que saem dos meus dedos escorregando sinceramente pelo teclado até tocar a tela de LCD desse notebook lerdo. Nada é tão importante quanto minha própria pessoa e já não sei mais o que fazer para me deixar levar pelo sentimento alheio.Disse um bêbado engraçado hoje a tarde uma frase que copio aqui agora com a devida adaptação ao drama que protagonizo. “Sou Paulinho de Camará, eu me amo, todo mundo me ama, é o esquema direito.” Nem sei o que isso quer dizer, mas é alegria de bêbado, pura filosofia descarada e sem censura, pensamento limpo de qualquer medo do que possam pensar, o fundo de verdade que se esconde nas ilusões.
Eu me amo e deve ser bem recíproco, pra falar a verdade. Preciso de mim como ninguém. E não conheço esse amor falso, essa dor melancólica que já vai roendo a relação desde cedo, desde o momento que ainda nem teve êxito em acontecer. Tudo muito estranho na vida dos jovens que jamais aprenderão a tomar a decisão certa na vida. Eu tô aí... sem saber o que fazer também. Mas nem por ser jovem. Deve ser pela preguiça mesmo.
Dói dentro de mim saber do desperdício que acontece nesses corações soltos pelo mundo. Não garanto que daria mais felicidade do que já têm, porém vejo o quanto as pessoas são dependentes de outras e só não estou no meio sempre por falta de tempo. Tenho que estar em lugares diferentes no mesmo instante e isso não é possível ainda. Vou por aqui conquistando o pouco que consigo, mas ainda não estou nem sequer perto de realizar as aventuras todas que pretendo antes de mergulhar na morte feliz.
É tudo uma questão de saber o momento certo.
Em algumas ondas, devemos mergulhar antes dela quebrar. Em outras simplesmente ficamos parados esperando que ela nos pegue de jeito e faça o corpo girar várias vezes até levantarmos na areia ralados e com dor. Mas tudo serve de aprendizado, tudo serve para que possamos evoluir numa próxima vez que a água tente nos derrubar.
Mas esse amor que fico vendo por aí não tem nada de sincero. São só palavras soltas no ar, atitudes que se dão sem que os olhos se cruzem devidamente, são miragens, meu bem... quer esquecer o passado usando esse presente descartável, esse amor que se pode jogar fora a quaquer momento. E já sei que é burrice pois o coração não aguenta essas dores por muito tempo.
É quase como um carro velho que já vai se cansando dos quebra-molas malditos que tem que ultrapassar; qualquer dia desses uma pecinha do motor cai, a mangueira arrebenta, o cabo do acelerador se parte e a dor vem planando leve e terrível para pousar no seu bolso quando o mecânico disser o preço do conserto. A dor também pousa no coração...
Estão abusando de minha boa vontade, fazendo minhas intenções de bobas e tolas, já não crêem no que eu digo, e isso deixa-me extremamente triste. Mas num segundo já esqueço e recorro aos meus remédios que até hoje não falharam uma sequer vez.
Burras...
Está na cara que não é amor de verdade!
P.V. 07:26 18/08/09
É que eu amei de verdade!
Morro de rir com as coisas que escrevo, me surpreendo com as verdades mentirosas que saem dos meus dedos escorregando sinceramente pelo teclado até tocar a tela de LCD desse notebook lerdo. Nada é tão importante quanto minha própria pessoa e já não sei mais o que fazer para me deixar levar pelo sentimento alheio.Disse um bêbado engraçado hoje a tarde uma frase que copio aqui agora com a devida adaptação ao drama que protagonizo. “Sou Paulinho de Camará, eu me amo, todo mundo me ama, é o esquema direito.” Nem sei o que isso quer dizer, mas é alegria de bêbado, pura filosofia descarada e sem censura, pensamento limpo de qualquer medo do que possam pensar, o fundo de verdade que se esconde nas ilusões.
Eu me amo e deve ser bem recíproco, pra falar a verdade. Preciso de mim como ninguém. E não conheço esse amor falso, essa dor melancólica que já vai roendo a relação desde cedo, desde o momento que ainda nem teve êxito em acontecer. Tudo muito estranho na vida dos jovens que jamais aprenderão a tomar a decisão certa na vida. Eu tô aí... sem saber o que fazer também. Mas nem por ser jovem. Deve ser pela preguiça mesmo.
Dói dentro de mim saber do desperdício que acontece nesses corações soltos pelo mundo. Não garanto que daria mais felicidade do que já têm, porém vejo o quanto as pessoas são dependentes de outras e só não estou no meio sempre por falta de tempo. Tenho que estar em lugares diferentes no mesmo instante e isso não é possível ainda. Vou por aqui conquistando o pouco que consigo, mas ainda não estou nem sequer perto de realizar as aventuras todas que pretendo antes de mergulhar na morte feliz.
É tudo uma questão de saber o momento certo.
Em algumas ondas, devemos mergulhar antes dela quebrar. Em outras simplesmente ficamos parados esperando que ela nos pegue de jeito e faça o corpo girar várias vezes até levantarmos na areia ralados e com dor. Mas tudo serve de aprendizado, tudo serve para que possamos evoluir numa próxima vez que a água tente nos derrubar.
Mas esse amor que fico vendo por aí não tem nada de sincero. São só palavras soltas no ar, atitudes que se dão sem que os olhos se cruzem devidamente, são miragens, meu bem... quer esquecer o passado usando esse presente descartável, esse amor que se pode jogar fora a quaquer momento. E já sei que é burrice pois o coração não aguenta essas dores por muito tempo.
É quase como um carro velho que já vai se cansando dos quebra-molas malditos que tem que ultrapassar; qualquer dia desses uma pecinha do motor cai, a mangueira arrebenta, o cabo do acelerador se parte e a dor vem planando leve e terrível para pousar no seu bolso quando o mecânico disser o preço do conserto. A dor também pousa no coração...
Estão abusando de minha boa vontade, fazendo minhas intenções de bobas e tolas, já não crêem no que eu digo, e isso deixa-me extremamente triste. Mas num segundo já esqueço e recorro aos meus remédios que até hoje não falharam uma sequer vez.
Burras...
Está na cara que não é amor de verdade!
P.V. 07:26 18/08/09
domingo, 16 de agosto de 2009
Mais uma do céu
E dizem em seus livros eternos, suas crenças originais, suas histórias mal contadas que aquele que morrer em nome do tal deus lá terá sete virgens para desfrutar no paraíso!!
Irmão Antônio, com suas frases perfeitas e prontas escritas por alguém que ele não conheceu, vive dizendo que Jesus está voltando e tudo mais. Acredito muito nisso não, até porque se fosse eu o filho de Deus, não poria os pés aqui por muito tempo, pelo menos até essa epidemia de gripe maldita, semente do capeta, parar. Mas quando Ele voltar, como diz o meu pastor, levará consigo para o céu aqueles que tem o coração puro de maldade e pecados. Acho que o papo é esse, na verdade nem tenho muita certeza porque ainda não tive a oportunidade de ler o livro sagrado. Mas é isso que dizem os que frequentam a Igreja.
Fiquei meio preocupado, já não sei afirmar se o paraíso dos muçulmanos é perto dos católicos. Acho que esses que Jesus levará não vão conseguir nenhuma virgem por lá não. Deus, careta como é, não aprovaria tais atos tão pederastas bem no quintal de seu lar.
E eu, estando lá no céu, pois tenho o coração puro e livre de maldade e pecado, não teria virgens para desfrutar, ficaria triste por não poder curtir das maravilhas que os muçulmanos curtem. Olharia por cima do muro toda aquela farra e os gritinhos juvenis das novinhas virgens, loucas por saber o que se esconde por baixo daquelas barbas malditas dos árabes com suas respectivas caras de safados!
Mas já disse meu pai por aqui que não são 7 virgens, são 15! Mas que barbudos gulosos!!
Já tenho um plano arquitetado em mente para desenrolar com Deus a safadeza que há de ocorrer no firmamento. Não tenho muita certeza se terei sucesso, mas já estarei por lá e não custa nada tentar pelo menos uma vez ser feliz depois da morte.
Jesus, Pedrinho, Jorge Guerreiro e o Padre Marcelo Rossi vão me ajudar...
Vai estar Jesus discursando em praça pública, como costuma fazer sempre aos sábados de manhã antes da pelada semanal, gritando aos berros trechos da Bíblia, dizendo as palavras que seu Pai Todo Poderoso sempre proliferou na cabeça dos homens de bem que estavam jogados aqui na Terra para passarem pelo teste final que decidiria seus futuros. É realmente uma palestra muito importante e deve ser levada em consideração...
Os muçulmanos, por cima do muro que divide os dois paraísos distintos, ficariam interessados na palavra daquele que se parecia muito com eles, dado o longo cabelo e a barba por fazer (há anos). Foram se chegando, se chegando, até misturarem-se no meio dos cristãos que admiravam Cristo Rei. Ficaram espantados com a palavra bela que saía da boca de Jesus e começaram a se questionar se o que Alá dizia era realmente verdadeiro.
Aí entra o papel de Pedrinho na história que é arquitetada em minha mente antes de lá estar. Cai uma chuva torrencial, uma chuva que desnorteia, uma chuva tão forte que fica difícil até mesmo de se enxergar um palmo a frente dos olhos. Não podendo voltar para casa, devido ao temporal, os muçulmanos ficaram mais um pouco esperando o tempo melhorar. Se esconderam embaixo de uma grande árvore de copa tão alta que passava os limites do céu. E não me perguntem como têm árvores no céu...
Nesse exato momento, ia eu pulando o muro para o lado dos muçulmanos, me chegando, me chegando até misturar-me com as virgens, todas sedentas de amor, todas pedindo o prazer primeiro que suas carnes ainda não tinham sentido. E eu que adoro as novinhas...
Mas não podia simplesmente levá-las comigo, como um sequestro. Tive que usar minhas táticas de conquista UCMlísticas para convencê-las que agora as virgens seriam dos cristãos e não mais dos muçulmanos. Bobas, como todas as virgens, acreditaram...
E ainda assim, justamente por estar onde estava, por Deus ter acreditado em meu coração puro e livre de maldade e pecado, fui um bom rapaz com os árabes malditos e egoístas. Liguei para o celular de Jorge Guerreiro, companheiro de micaretas paradisíacas, e pedi a convocação de alguns de seus melhores dragões para uma missão inadiável.
Pulei o muro de volta com as melhores virgens que havia naquele lugar e me deliciei durante horas e horas com as libidinosas tentações do prazer carnal.
Assim que a chuva se foi, os muçulmanos voltaram para seu lar doce lar esperando encontrar por lá as virgens que haviam deixado por alguns momentos. Qual não foi o susto tamanho quando lá chegaram e viram todas aquelas mulheres horríveis, feias, baleiúdas, espinhosas, terríveis, sem dente, com hálito de peixe em decomposição, cera no ouvido e remela no olho...! São Jorge havia caprichado na conclusão da missão que lhe fora dada.
Foi um imenso bunda-lelê no céu!! Até ameaças terroristas, houve!!
Mas tudo acabou em pizza e nada de mais aconteceu pois Deus e Alá são parceiros e marcaram uma rodada de chopp para discutir a situação que foi entendido como uma grande piada, uma grande brincadeira de algum cristão mais safadinho que o comum...
Devem estar pensando onde entra o Padre Marcelo Rossi nessa história toda.
O Sem-vergonha pulou o muro dos muçulmanos e está lá até hoje cantando com as virgens que sobraram: “ERGUEI AS MÃOS E DAI GLÓRIA A ALÁ!!”
P.V. 19:02 16/08/09
Irmão Antônio, com suas frases perfeitas e prontas escritas por alguém que ele não conheceu, vive dizendo que Jesus está voltando e tudo mais. Acredito muito nisso não, até porque se fosse eu o filho de Deus, não poria os pés aqui por muito tempo, pelo menos até essa epidemia de gripe maldita, semente do capeta, parar. Mas quando Ele voltar, como diz o meu pastor, levará consigo para o céu aqueles que tem o coração puro de maldade e pecados. Acho que o papo é esse, na verdade nem tenho muita certeza porque ainda não tive a oportunidade de ler o livro sagrado. Mas é isso que dizem os que frequentam a Igreja.
Fiquei meio preocupado, já não sei afirmar se o paraíso dos muçulmanos é perto dos católicos. Acho que esses que Jesus levará não vão conseguir nenhuma virgem por lá não. Deus, careta como é, não aprovaria tais atos tão pederastas bem no quintal de seu lar.
E eu, estando lá no céu, pois tenho o coração puro e livre de maldade e pecado, não teria virgens para desfrutar, ficaria triste por não poder curtir das maravilhas que os muçulmanos curtem. Olharia por cima do muro toda aquela farra e os gritinhos juvenis das novinhas virgens, loucas por saber o que se esconde por baixo daquelas barbas malditas dos árabes com suas respectivas caras de safados!
Mas já disse meu pai por aqui que não são 7 virgens, são 15! Mas que barbudos gulosos!!
Já tenho um plano arquitetado em mente para desenrolar com Deus a safadeza que há de ocorrer no firmamento. Não tenho muita certeza se terei sucesso, mas já estarei por lá e não custa nada tentar pelo menos uma vez ser feliz depois da morte.
Jesus, Pedrinho, Jorge Guerreiro e o Padre Marcelo Rossi vão me ajudar...
Vai estar Jesus discursando em praça pública, como costuma fazer sempre aos sábados de manhã antes da pelada semanal, gritando aos berros trechos da Bíblia, dizendo as palavras que seu Pai Todo Poderoso sempre proliferou na cabeça dos homens de bem que estavam jogados aqui na Terra para passarem pelo teste final que decidiria seus futuros. É realmente uma palestra muito importante e deve ser levada em consideração...
Os muçulmanos, por cima do muro que divide os dois paraísos distintos, ficariam interessados na palavra daquele que se parecia muito com eles, dado o longo cabelo e a barba por fazer (há anos). Foram se chegando, se chegando, até misturarem-se no meio dos cristãos que admiravam Cristo Rei. Ficaram espantados com a palavra bela que saía da boca de Jesus e começaram a se questionar se o que Alá dizia era realmente verdadeiro.
Aí entra o papel de Pedrinho na história que é arquitetada em minha mente antes de lá estar. Cai uma chuva torrencial, uma chuva que desnorteia, uma chuva tão forte que fica difícil até mesmo de se enxergar um palmo a frente dos olhos. Não podendo voltar para casa, devido ao temporal, os muçulmanos ficaram mais um pouco esperando o tempo melhorar. Se esconderam embaixo de uma grande árvore de copa tão alta que passava os limites do céu. E não me perguntem como têm árvores no céu...
Nesse exato momento, ia eu pulando o muro para o lado dos muçulmanos, me chegando, me chegando até misturar-me com as virgens, todas sedentas de amor, todas pedindo o prazer primeiro que suas carnes ainda não tinham sentido. E eu que adoro as novinhas...
Mas não podia simplesmente levá-las comigo, como um sequestro. Tive que usar minhas táticas de conquista UCMlísticas para convencê-las que agora as virgens seriam dos cristãos e não mais dos muçulmanos. Bobas, como todas as virgens, acreditaram...
E ainda assim, justamente por estar onde estava, por Deus ter acreditado em meu coração puro e livre de maldade e pecado, fui um bom rapaz com os árabes malditos e egoístas. Liguei para o celular de Jorge Guerreiro, companheiro de micaretas paradisíacas, e pedi a convocação de alguns de seus melhores dragões para uma missão inadiável.
Pulei o muro de volta com as melhores virgens que havia naquele lugar e me deliciei durante horas e horas com as libidinosas tentações do prazer carnal.
Assim que a chuva se foi, os muçulmanos voltaram para seu lar doce lar esperando encontrar por lá as virgens que haviam deixado por alguns momentos. Qual não foi o susto tamanho quando lá chegaram e viram todas aquelas mulheres horríveis, feias, baleiúdas, espinhosas, terríveis, sem dente, com hálito de peixe em decomposição, cera no ouvido e remela no olho...! São Jorge havia caprichado na conclusão da missão que lhe fora dada.
Foi um imenso bunda-lelê no céu!! Até ameaças terroristas, houve!!
Mas tudo acabou em pizza e nada de mais aconteceu pois Deus e Alá são parceiros e marcaram uma rodada de chopp para discutir a situação que foi entendido como uma grande piada, uma grande brincadeira de algum cristão mais safadinho que o comum...
Devem estar pensando onde entra o Padre Marcelo Rossi nessa história toda.
O Sem-vergonha pulou o muro dos muçulmanos e está lá até hoje cantando com as virgens que sobraram: “ERGUEI AS MÃOS E DAI GLÓRIA A ALÁ!!”
P.V. 19:02 16/08/09
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
As melhores
E pulsa mais uma vez o amor nas minhas veias pois aproxima-se a festa da carne, saudosa festa da carne. Menos de um mês me separa daquele que tem tudo para ser o mais célebre dos dias até o dado momento. E já gritam aos sussurros os participantes ilustres que irão me acompanhar nessa apaixonante aventura em nossas vidas. Também grito, mas no papel.
E é só o número que me interessa dessa vez. Será a oportunidade de superação e não poderei desperdiçar mais uma chance que me é lançada no colo. Esperem, e verão, os mortais, o poder guardado que irá explodir aos pés do presidente, germinando naquela terra fofa e atingindo meu ser, a subir pelas pernas e me tomar todo como um reles casulo, só uma casca descartável que vai abrigar os deuses do prazer momentâneo. Serei nada e serei tudo, da forma mais vil que já pôde pisar naquele templo sagrado. Será fácil e diminuirei meus feitos desenhando com minhas tortas letras uma falsa humildade misturada com o sonso cinismo que me é peculiar.
Já sentia falta dessa proclamação à carne, a festa do amor explícito e coletivo, a profanação desmascarada, a verdade dos secretos desejos, a liberdade posta em prática, enfim, a plenitude da felicidade, tão atacada por alguns estúpidos moralistas do nosso esquecido e careta tempo moderno.
E me perdoem as belas, pois minha atenção será dividida entre todas. Há cores, pesos e tamanhos diferentes, porém todas fazem meu tipo, todas agradam meu paladar. Mas um paladar que se preze deve ter aquele sabor que mais lhe traz prazer.
Numa dessas conversas com o vice presidente da atual administração da famosíssima UCM, discursei sobre os gostos que fazem minha cabeça, iludem meus olhos quando a escuridão cai, quando a noite é dona de tudo, quando o amor supremo sobe à cabeça e faz de nós, mortais, simples escravos da paixão instantânea.
São as feias. São as gordas, pretas da cor do carvão. São aquelas que trazem quilos de creme nos cabelos. São as dentuças, as espinhosas, as de cabeça chata. São as que rolam, são as que quicam, são as piores. São as largas, as grandes, as magricelas. São péssimas, as de má qualidade, as de roupa folgada. São essas que eu prefiro.
E quer me dizer que estou louco, que não é assim que deve ser, que tenho que escolher as mais belas. Tolo! Já disse Deus, em um dos meus sonhos com Ele, que devo levar alegria aos corações que pouco tiveram felicidade durante a vida, devo fazer as tais caridades que me levarão aos céus, devo ter o rosto sujo com o creme que de seus cabelos escorre, devo ter o rosto marcado pelo pus da espinha que de suas testas estoura, devo ter a língua mordida pelos seus dentes salientes que não cabem em suas respectivas bocas, devo ser esmagado pelos seus imensos braços gordos e cheios de celulite que me agarram com força.
Terríveis e tesudas, essas diabas do inferno, bestas loucas cheias de libido que fazem a alegria da minha noite sempre que saio em busca do amor puro e verdadeiro que me alimenta de tempos em tempos.
E já ficam ansiosas por saber se minha presença será confirmada nos tais eventos em que participo. Querem mais uma vez a alegria lhe correndo pelo corpo quando adentro no templo do amor em busca de minhas diabas malditas.
Meus amores, estou voltando...!
P.V. 17:41 14/08/09
E é só o número que me interessa dessa vez. Será a oportunidade de superação e não poderei desperdiçar mais uma chance que me é lançada no colo. Esperem, e verão, os mortais, o poder guardado que irá explodir aos pés do presidente, germinando naquela terra fofa e atingindo meu ser, a subir pelas pernas e me tomar todo como um reles casulo, só uma casca descartável que vai abrigar os deuses do prazer momentâneo. Serei nada e serei tudo, da forma mais vil que já pôde pisar naquele templo sagrado. Será fácil e diminuirei meus feitos desenhando com minhas tortas letras uma falsa humildade misturada com o sonso cinismo que me é peculiar.
Já sentia falta dessa proclamação à carne, a festa do amor explícito e coletivo, a profanação desmascarada, a verdade dos secretos desejos, a liberdade posta em prática, enfim, a plenitude da felicidade, tão atacada por alguns estúpidos moralistas do nosso esquecido e careta tempo moderno.
E me perdoem as belas, pois minha atenção será dividida entre todas. Há cores, pesos e tamanhos diferentes, porém todas fazem meu tipo, todas agradam meu paladar. Mas um paladar que se preze deve ter aquele sabor que mais lhe traz prazer.
Numa dessas conversas com o vice presidente da atual administração da famosíssima UCM, discursei sobre os gostos que fazem minha cabeça, iludem meus olhos quando a escuridão cai, quando a noite é dona de tudo, quando o amor supremo sobe à cabeça e faz de nós, mortais, simples escravos da paixão instantânea.
São as feias. São as gordas, pretas da cor do carvão. São aquelas que trazem quilos de creme nos cabelos. São as dentuças, as espinhosas, as de cabeça chata. São as que rolam, são as que quicam, são as piores. São as largas, as grandes, as magricelas. São péssimas, as de má qualidade, as de roupa folgada. São essas que eu prefiro.
E quer me dizer que estou louco, que não é assim que deve ser, que tenho que escolher as mais belas. Tolo! Já disse Deus, em um dos meus sonhos com Ele, que devo levar alegria aos corações que pouco tiveram felicidade durante a vida, devo fazer as tais caridades que me levarão aos céus, devo ter o rosto sujo com o creme que de seus cabelos escorre, devo ter o rosto marcado pelo pus da espinha que de suas testas estoura, devo ter a língua mordida pelos seus dentes salientes que não cabem em suas respectivas bocas, devo ser esmagado pelos seus imensos braços gordos e cheios de celulite que me agarram com força.
Terríveis e tesudas, essas diabas do inferno, bestas loucas cheias de libido que fazem a alegria da minha noite sempre que saio em busca do amor puro e verdadeiro que me alimenta de tempos em tempos.
E já ficam ansiosas por saber se minha presença será confirmada nos tais eventos em que participo. Querem mais uma vez a alegria lhe correndo pelo corpo quando adentro no templo do amor em busca de minhas diabas malditas.
Meus amores, estou voltando...!
P.V. 17:41 14/08/09
Sonho, foi um sonho
"Eu tentei... De mil maneiras ser alguém, eu tentei ser notável, tentei ser a melhor, tentei ser importante, tentei ser a que ele desejava. Eu tentei de muitas maneiras não focar naquela pessoa, que pertencia à vida, e também ao mundo, com suas maravilhas. Sempre foquei nos meus desejos distintos e separando o meu mundo do mundo que ele pertence. Imaginei de mil maneiras ligar meu mundo ao mundo dele. Imaginei de mil maneiras as coisas que ambos conversávamos e eu naquela situação, e não a que ele citou. De tantas mil maneiras tentei compreender meus pensamentos, que de tanta imaginação não me davam resposta ou solução pro que eu queria entender e tirar de minha cabeça; eram mil imagens, delírios e muitos, muitos desejos.
Do melhor pensamento que tive, foi quando sonhei um sonho em que eu estava num lugar lindo, com o mar em minha frente, atrás somente tons verdes e um ar puro, ao meu lado esquerdo areia, a imensidão do mar e do horizonte e ao meu lado direito, ah...! a mais linda obra-prima, o meu mais gostoso desejo... ele! Estava ao meu lado olhando aquele azul do mar, se aquecendo com a fogueira dividindo um espaço entre eu e ele. Mais adiante uma barraca, onde provavelmente iríamos descançar mais tarde. O silêncio tomava conta do lugar, só escutava o som das ondas e de nossa respiração, até mesmo porque não tinha mais ninguém naquele lugar. Por muito tempo o silêncio permaneceu ali, até que então uma grande luz amarela, e no meio um astro, nos iluminava, era o pôr do sol. A coisa mais linda! Enquanto olhávamos aquele lindo fim de dia, eis então que sinto sua mão tocar a minha; foi um susto e ao mesmo tempo uma sensação prazerosa. Enquanto segurava minha mão em momento algum olhei seu olhar, só focava no mar, quando pela primeira vez ali naquele dia ouvi sua voz, de menino e doce dizendo: “Pegue minha mão e fique aqui comigo, coração!”
Coração é como ele me chama, e assim também como ele deve chamar as tantas outras que ele se relaciona e tem contato. Voltando ao momento, depois de ter dito aquilo, meu coração disparou, minhas mãos suaram, eu não podia deixar aquele instante passar, então me levantei, contornei a fogueira e sentei-me ao seu lado, dei a ele um sorriso e um brilho no olhar . Ele então sorriu também e me beijou na testa, e por minutos encarei seu olhar e ele ao meu, quando ele me pegou pelos braços e me deitou naquela areia; eu, ingênua e doce, deixei-me levar por ele. De repente senti seus lábios carnudos tocarem minha boca, fechei os olhos e mais uma vez deixei ele levar a situação. Foram minutos quentes. Seu corpo em cima do meu, e ele me levava ao mais puro prazer. Ele deitou em meu lado e por instantes o silêncio tomava conta daquela situação. Aí então decidi chegar à beira do mar, ele continuava ali deitava intacto. Levantei-me e entrei no mar me deliciando daquela água gelada que tentava diminuir a chama que em mim por dentro queimava, ali permaneci por uns 10 minutos sem olhar para trás, o mar estava calmo, sem muitas ondas. Quando de repente, senti ele me tomar por trás e segurando minha cintura com suas mãos fortes. Ele, então, num só pulo, me virou e me beijou novamente. Ali naquela água fria que tentava conter nossa chama, nos amamos. Então, enfim, fomos pra barraca e ali me entreguei completamente. Suas pernas entrelaçavam-se com as minhas e num só momento de excitação nos amamos novamente. Caímos num sono e, quando acordei, me vi deitada em seu peito e suas pernas grandes se entrelaçavam com as minhas; tentei levantar discretamente pra não acordar ele, mas permaneci ali, olhando ele, aquele que habita em minha cabeça todas as noites e sabia que, ou passava de um sonho tão real, ou foi um momento que ele quis me proporcionar e mais nada. Depois dali, eu duvido que iria ver outro pôr do sol abraçada com ele, e vendo o mar, eu duvido que iríamos nos amar novamente. Mas se aconteceu eu jamais vou esquecer, assim pensei.
Quando derepente ele acordou, então me levantei tomei um banho de mar e via que ele vinha em minha direção, quando eu lhe disse: “Pare , não leve mais nada adiante!” Percebi no olhar dele que ele estava confuso, mas ele então entendeu e voltou-se. Esperava na areia eu acabar de me banhar. Acabei e então foi sua vez, arrumei minhas coisas, e esperava ele. A barraca já estava guardada e era só pegar nossas coisas e virmos embora. Então pegou suas coisas e nós dois sem dirijir uma sequer palavra ao outro, viemos embora. Chegou a hora então dele tomar seu caminho e eu o meu. Ele então beijou me no cantinho do sorriso e foi embora. Por dentro eu queimava de raiva de mim mesma, eu queria beijar ele, abraçar ele, e dizer o quanto ele era importante pra mim. Mas deixei escapar e não tive coragem. Quem sabe um dia eu possa ter outro pôr do sol abraçada com ele. TUDO ISSO NÃO PASSOU DE UM SONHO. Agora acho melhor viver minha vida sem ficar imaginando mil coisas; acho também que no mundo que ele pertence eu não passo de mais uma desejando momentos com ele.
Não me arrependo de nada que eu tenha feito ao lado dele até hoj , os abraços, o beijo, e os sorrisos que dei a ele. Adoro demais ele, quero sempre estar perto dele e compartilhando coisas que grandes amigos fazem. Isso sim eu acho que realmente somos. E eu vou sempre lembrar dos seus sorrisos, da sua alegria de viver. Pois jamais existirá outro igual. Esse sonho foi mais um de muitos que tive com ele. Será que no meu sono ele sempre vai estar ? Eu sonho com tantas coisas , certamente vira e volta ele estará. Sem dúvida, alucinada, eu sempre vou lembrar dele. De mil maneiras eu tentei... "
R . 04/03/09
Do melhor pensamento que tive, foi quando sonhei um sonho em que eu estava num lugar lindo, com o mar em minha frente, atrás somente tons verdes e um ar puro, ao meu lado esquerdo areia, a imensidão do mar e do horizonte e ao meu lado direito, ah...! a mais linda obra-prima, o meu mais gostoso desejo... ele! Estava ao meu lado olhando aquele azul do mar, se aquecendo com a fogueira dividindo um espaço entre eu e ele. Mais adiante uma barraca, onde provavelmente iríamos descançar mais tarde. O silêncio tomava conta do lugar, só escutava o som das ondas e de nossa respiração, até mesmo porque não tinha mais ninguém naquele lugar. Por muito tempo o silêncio permaneceu ali, até que então uma grande luz amarela, e no meio um astro, nos iluminava, era o pôr do sol. A coisa mais linda! Enquanto olhávamos aquele lindo fim de dia, eis então que sinto sua mão tocar a minha; foi um susto e ao mesmo tempo uma sensação prazerosa. Enquanto segurava minha mão em momento algum olhei seu olhar, só focava no mar, quando pela primeira vez ali naquele dia ouvi sua voz, de menino e doce dizendo: “Pegue minha mão e fique aqui comigo, coração!”
Coração é como ele me chama, e assim também como ele deve chamar as tantas outras que ele se relaciona e tem contato. Voltando ao momento, depois de ter dito aquilo, meu coração disparou, minhas mãos suaram, eu não podia deixar aquele instante passar, então me levantei, contornei a fogueira e sentei-me ao seu lado, dei a ele um sorriso e um brilho no olhar . Ele então sorriu também e me beijou na testa, e por minutos encarei seu olhar e ele ao meu, quando ele me pegou pelos braços e me deitou naquela areia; eu, ingênua e doce, deixei-me levar por ele. De repente senti seus lábios carnudos tocarem minha boca, fechei os olhos e mais uma vez deixei ele levar a situação. Foram minutos quentes. Seu corpo em cima do meu, e ele me levava ao mais puro prazer. Ele deitou em meu lado e por instantes o silêncio tomava conta daquela situação. Aí então decidi chegar à beira do mar, ele continuava ali deitava intacto. Levantei-me e entrei no mar me deliciando daquela água gelada que tentava diminuir a chama que em mim por dentro queimava, ali permaneci por uns 10 minutos sem olhar para trás, o mar estava calmo, sem muitas ondas. Quando de repente, senti ele me tomar por trás e segurando minha cintura com suas mãos fortes. Ele, então, num só pulo, me virou e me beijou novamente. Ali naquela água fria que tentava conter nossa chama, nos amamos. Então, enfim, fomos pra barraca e ali me entreguei completamente. Suas pernas entrelaçavam-se com as minhas e num só momento de excitação nos amamos novamente. Caímos num sono e, quando acordei, me vi deitada em seu peito e suas pernas grandes se entrelaçavam com as minhas; tentei levantar discretamente pra não acordar ele, mas permaneci ali, olhando ele, aquele que habita em minha cabeça todas as noites e sabia que, ou passava de um sonho tão real, ou foi um momento que ele quis me proporcionar e mais nada. Depois dali, eu duvido que iria ver outro pôr do sol abraçada com ele, e vendo o mar, eu duvido que iríamos nos amar novamente. Mas se aconteceu eu jamais vou esquecer, assim pensei.
Quando derepente ele acordou, então me levantei tomei um banho de mar e via que ele vinha em minha direção, quando eu lhe disse: “Pare , não leve mais nada adiante!” Percebi no olhar dele que ele estava confuso, mas ele então entendeu e voltou-se. Esperava na areia eu acabar de me banhar. Acabei e então foi sua vez, arrumei minhas coisas, e esperava ele. A barraca já estava guardada e era só pegar nossas coisas e virmos embora. Então pegou suas coisas e nós dois sem dirijir uma sequer palavra ao outro, viemos embora. Chegou a hora então dele tomar seu caminho e eu o meu. Ele então beijou me no cantinho do sorriso e foi embora. Por dentro eu queimava de raiva de mim mesma, eu queria beijar ele, abraçar ele, e dizer o quanto ele era importante pra mim. Mas deixei escapar e não tive coragem. Quem sabe um dia eu possa ter outro pôr do sol abraçada com ele. TUDO ISSO NÃO PASSOU DE UM SONHO. Agora acho melhor viver minha vida sem ficar imaginando mil coisas; acho também que no mundo que ele pertence eu não passo de mais uma desejando momentos com ele.
Não me arrependo de nada que eu tenha feito ao lado dele até hoj , os abraços, o beijo, e os sorrisos que dei a ele. Adoro demais ele, quero sempre estar perto dele e compartilhando coisas que grandes amigos fazem. Isso sim eu acho que realmente somos. E eu vou sempre lembrar dos seus sorrisos, da sua alegria de viver. Pois jamais existirá outro igual. Esse sonho foi mais um de muitos que tive com ele. Será que no meu sono ele sempre vai estar ? Eu sonho com tantas coisas , certamente vira e volta ele estará. Sem dúvida, alucinada, eu sempre vou lembrar dele. De mil maneiras eu tentei... "
R . 04/03/09
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Exit
Mulher abusada, essa que veio no trem do passado pra invadir mais uma vez o meu sentimento. Abusada e linda, o que piora ainda mais a situação de quem vos fala as palavras mais sinceras que poderia pensar. Deixa-me assim penando e sofrendo por não saber o que fazer.
E eu nem lembro mais como foi que tudo aconteceu. Não sei porque fui me meter nessa confusão que começa já a tirar me o sono. Só sei que a noite chega porque escurece; já não sinto mais o tempo passar.
"Será que estamos nos apaixonando?"
Quer me passar uma falsa imagem pra iludir meus sábios olhos com um equivocado desdém, pois sei do seu fervilhante sentimento que se dirige a mim. Você, meu bem, já se apaixonou e admito que estou caminhando a passos largos para o mesmo destino cruel e doloroso.
Fui fraco e covarde, por isso acordei com raiva da vida no pior dia que a semana podia me oferecer. A saudade é mais forte que eu, então percorri a distância só pra conferir seu sorriso mais uma vez. E o sorriso estava lá, tão perfeito como sempre pra apertar um pouco mais o meu coração nessa coleira infeliz.
Fico extremamento preocupado pois ainda há muito para se viver e não é agora que devo me prender a uma futilidade assim, um chamamento do desejo, uma tentação da carne.
E ela sabe usar das armas que têm para me derrubar. Seu corpo é quente e está me chamando para deitar. Sou fraco e vou ser levado pelo prazer que ela consegue me proporcionar mesmo ainda não tendo provado de tudo que se esconde por baixo daqueles pequenos pedaços de pano. E já imagino tudo que fará quando cairmos na cama pra buscar mais felicidade.
Quero sua boca deslizando por todo o meu corpo enquanto o amor não pode se dar por completo. Sou seu dono e minhas ordens devem ser obedecidas. Quero sua língua dançarina e incansável torturando-me os sentidos até que o clímax seja atingido. Você é minha mulher e faz o que eu mandar. Quero suas mãos massageadoras a me apertar e puxar como se me quisesse todo pela última vez. Sou seu macho e você, minha fêmea. Quero cada centímetro do seu corpo de jovem, toda essa perfeição libidinosa que exala tesão que escorre prazer em me ter, que me grita e me chama mais uma vez para cairmos mais uma vez no nosso ninho de sexo.
Sexo livre e isolado de amor. É só o que peço pra chegar no meu destino de forma agradável sem os prováveis e previsíveis percalços do sentimento que sempre nos prega peças quando não sabemos como lidar com ele. Quero poder deitar em sua cama e me levantar da mesma forma. Entrar e sair de ti sem deixar rastros. Perder-me no seu coração, enquanto você sempre achará facilmente a porta de saída do meu...
P.V. 09:50 03/08/09
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
E...
E já faz tanto sol lá fora que me sinto preso a uma ambiguidade de alegria e tristeza, de um lado o brilho do calor que traz a felicidade, do outro lado a sua ausência que já se faz presente e joga água na semente da saudade enterrada em meu coração. A praia podia ter você amanhã.
E quando me pergunto sobre o que sinto por você e já fico confuso só em pensar, não sei em que conclusão chegar se jogo tudo no lixo e entro de cabeça em algo incerto, se continuo dessa forma arriscando te perder em alguma esquina do tempo que vai correndo.
E ontem senti tanto sua falta, me sentia sozinho no meio da multidão, enxergava seu rosto me esperando naquela escuridão, já gritava por dentro a vontade de ir embora e fui. Fui porque precisava estar com você, tanto quanto um homem sedento atravessa o deserto em busca de água. Você é o meu oásis, o meu paraíso, minha miragem mais perfeita e te quero mais que nunca.
E estou aqui agora, há poucos quilômetros de você, lembrando mais uma vez do seu sorriso único, dessas suas palavras desconexas, do olhar bobo que me lança quando não sei o que fazer, do seu rosto infantil e lindo. Sinto tanto sua falta...
E já nasce a segunda parte de um sentimento que continua o mesmo, só pra separar o tempo, analisar se alguma coisa mudaria com o dia que já se foi. Só aumenta o sentimento e a saudade maldita que nos deixa tão longe. Meu amor, o que está por vir é bem maior do que poderia esperar e já não quero pensar em outra coisa que não seja sua beleza exagerada que me contamina e me cega sempre que tento abrir os olhos e enxergar seu rosto.
E o passado já morreu sem deixar rastro nem restos pra poder voltar à vida e atrapalhar o que já está escrito em nossos corações. Quero você aqui do meu lado para lembrar a cada manhã o quanto a vida pode ser linda quando se tem um bem-querer para se chamar de ‘seu’, quando acordamos e podemos ver que a cama dividida é o melhor lugar para se estar, quando se levanta sorrindo e satisfeito pois a vida nos trouxe o que tanto queríamos.
E agora você já se foi, e somente minhas palavras podem chegar até você, somente minhas idéias desconexas, minhas letras sem sentido, meus pensamentos utópicos podem chegar até você. Já não sei mais o que pensar quando estou ao seu lado; o relógio grande e redondo vai correndo com seus ponteiros longos fazendo passar o tempo que me restava para curtir ao seu lado. Mas estava feliz...
E acho que isso já basta pra me fazer dormir pensando nos seus beijos, nos seus abraços, na saudade que já batia em meu coração. Só de lembrar do que já aconteceu e ainda pode acontecer, todos os lugares que você sonha conhecer, e essas coisas que pretende fazer enquanto eu vou entrando sem pedir licença nos seus planos, tudo isso me deixa tão satisfeito que já não penso em mais nada a não ser te fazer feliz.Uma felicidade interesseira pois procuro a minha alegria dentro de você.
E é isso. Só isso o que tenho a dizer. Já dói a saudade.
P.V. 21:58 10/08/09
E quando me pergunto sobre o que sinto por você e já fico confuso só em pensar, não sei em que conclusão chegar se jogo tudo no lixo e entro de cabeça em algo incerto, se continuo dessa forma arriscando te perder em alguma esquina do tempo que vai correndo.
E ontem senti tanto sua falta, me sentia sozinho no meio da multidão, enxergava seu rosto me esperando naquela escuridão, já gritava por dentro a vontade de ir embora e fui. Fui porque precisava estar com você, tanto quanto um homem sedento atravessa o deserto em busca de água. Você é o meu oásis, o meu paraíso, minha miragem mais perfeita e te quero mais que nunca.
E estou aqui agora, há poucos quilômetros de você, lembrando mais uma vez do seu sorriso único, dessas suas palavras desconexas, do olhar bobo que me lança quando não sei o que fazer, do seu rosto infantil e lindo. Sinto tanto sua falta...
E já nasce a segunda parte de um sentimento que continua o mesmo, só pra separar o tempo, analisar se alguma coisa mudaria com o dia que já se foi. Só aumenta o sentimento e a saudade maldita que nos deixa tão longe. Meu amor, o que está por vir é bem maior do que poderia esperar e já não quero pensar em outra coisa que não seja sua beleza exagerada que me contamina e me cega sempre que tento abrir os olhos e enxergar seu rosto.
E o passado já morreu sem deixar rastro nem restos pra poder voltar à vida e atrapalhar o que já está escrito em nossos corações. Quero você aqui do meu lado para lembrar a cada manhã o quanto a vida pode ser linda quando se tem um bem-querer para se chamar de ‘seu’, quando acordamos e podemos ver que a cama dividida é o melhor lugar para se estar, quando se levanta sorrindo e satisfeito pois a vida nos trouxe o que tanto queríamos.
E agora você já se foi, e somente minhas palavras podem chegar até você, somente minhas idéias desconexas, minhas letras sem sentido, meus pensamentos utópicos podem chegar até você. Já não sei mais o que pensar quando estou ao seu lado; o relógio grande e redondo vai correndo com seus ponteiros longos fazendo passar o tempo que me restava para curtir ao seu lado. Mas estava feliz...
E acho que isso já basta pra me fazer dormir pensando nos seus beijos, nos seus abraços, na saudade que já batia em meu coração. Só de lembrar do que já aconteceu e ainda pode acontecer, todos os lugares que você sonha conhecer, e essas coisas que pretende fazer enquanto eu vou entrando sem pedir licença nos seus planos, tudo isso me deixa tão satisfeito que já não penso em mais nada a não ser te fazer feliz.Uma felicidade interesseira pois procuro a minha alegria dentro de você.
E é isso. Só isso o que tenho a dizer. Já dói a saudade.
P.V. 21:58 10/08/09
E vi menina Leila...
E vi menina Leila. Estava lá mais uma vez com suas amigas inseparáveis, amigas minhas também, pois todos sabem dessa minha simpatia enorme para com as pessoas do sexo feminino e selvagem. Avistei de longe todo aquele fervor que se podia perceber mesmo com a distância. Exalava fogo, a menina Leila com suas intenções terríveis em relação a todos que passavam inocentes em sua frente. Tarada...
E eu que sou super pederasta fui me adiantando a chegar perto dessa muvuca do amor, esse cafofo do bem, essa sacanagem gratuita. Cheguei e logo me deram o direito da palavras pois um presidente que se preze deve chamar toda a atenção para si assim que adentra em um recinto desconhecido. Falei do sentimento que povoava meu coração naquele momento. Discursei sobre o amor e a paixão que todo adolescente deve sentir. Chorei, se não me engano, e as lágrimas umideceram o chão que todos pisavam, como já pisaram no meu órgão vital molhado também, pingando sangue como o pranto que jorrava de meus olhos naquele momento. Falei muito sério e comovi a todos como já era de se esperar. Lembro perfeitamente que minhas palavras foram as seguintes: "Caralhoo, consegui pegar aquela porra daquela mulher que ‘tava’ querendo há um tempão!!"
E sorriam loucas e alucinadas com a felicidade de poder me ver mais uma vez.
Sentia uma frenética coceira no meu músculo glúteo e não podendo enfiar as mãos por dentro da bermuda, esfreguei-me de leve na menina Leila, que a esse ponto já estava completamente insana por estar sendo encostada por tamanha perfeição que Deus pôs no mundo, como meu bumbum sexy. Achei melhor parar pois menina Leila já se aproximava do clímax...
Cobrou-me a calcinha que tanto lhe prometi, e admito que falhei mais uma vez. Sentiu-se traída, triste, acabada, pois parece, aos meus olhos, que em sua casa não há calcinhas suficientes para ela, dada tanta vontade que sente em querer essa bendita calcinha que ainda hei de lhe dar. Presidente que se preze não pode descumprir as promessas que faz. Ofereci, encarecido, minha cueca em troca da calcinha que não obtive. Vi babar a boca de menina Leila ao ver que despia-me no meio do público, vi suas papilas dilatarem-se tanto que parecia estar drogada, vi cair sua pressão, vi subir também, vi o calor lhe percorrer o corpo inteiro e achei melhor parar com aquilo pois menina Leila já se aproximava do clímax...
Para aliviar a tensão, resolvemos tirar fotos e mais fotos a fim de registrar o momento.
Menina Bianca, fiel escudeira de Leilinha, amiga dos tempos antigos da escola em que me tornei homem, estava encantada com meus dotes de beleza e já me encarava com olhos devoradores e devassos enquanto eu me detinha nas poses para o flash da câmera. Indecente e tarada, essa tal de Bianca também. Sabes da paixão inenarrável que sua amiga sente por mim e mesmo assim tenta me seduzir com seu olhar apaixonado e malicioso. Fiz-me de difícil e não dei atenção pra não causar ciúmes em quem me cercava.
E já era hora de partir pois os que me acompanhavam já iam se irritando com tanto tempo parados. Razão pela qual as meninas fizeram uma campanha super consciente a favor da volta de Allanzinho com toda sua simpatia e paciência, além do amor evidente que exala de seu corpo ao deparar-se com as novinhas que ali residiam momentaneamente.
Fui arrastado para o meio da multidão mais uma vez enquanto via o pranto no rosto de menina Leilinha ao me ver se distanciando e suas amigas a consolarem-lhe o choro, dizendo em uma só voz que eu voltaria, que outra micareta nos uniria, que mais uma vez a alegria nasceria dentro do seu coração em forma de Paulo...
P.V. 10:20 10/08/09
E eu que sou super pederasta fui me adiantando a chegar perto dessa muvuca do amor, esse cafofo do bem, essa sacanagem gratuita. Cheguei e logo me deram o direito da palavras pois um presidente que se preze deve chamar toda a atenção para si assim que adentra em um recinto desconhecido. Falei do sentimento que povoava meu coração naquele momento. Discursei sobre o amor e a paixão que todo adolescente deve sentir. Chorei, se não me engano, e as lágrimas umideceram o chão que todos pisavam, como já pisaram no meu órgão vital molhado também, pingando sangue como o pranto que jorrava de meus olhos naquele momento. Falei muito sério e comovi a todos como já era de se esperar. Lembro perfeitamente que minhas palavras foram as seguintes: "Caralhoo, consegui pegar aquela porra daquela mulher que ‘tava’ querendo há um tempão!!"
E sorriam loucas e alucinadas com a felicidade de poder me ver mais uma vez.
Sentia uma frenética coceira no meu músculo glúteo e não podendo enfiar as mãos por dentro da bermuda, esfreguei-me de leve na menina Leila, que a esse ponto já estava completamente insana por estar sendo encostada por tamanha perfeição que Deus pôs no mundo, como meu bumbum sexy. Achei melhor parar pois menina Leila já se aproximava do clímax...
Cobrou-me a calcinha que tanto lhe prometi, e admito que falhei mais uma vez. Sentiu-se traída, triste, acabada, pois parece, aos meus olhos, que em sua casa não há calcinhas suficientes para ela, dada tanta vontade que sente em querer essa bendita calcinha que ainda hei de lhe dar. Presidente que se preze não pode descumprir as promessas que faz. Ofereci, encarecido, minha cueca em troca da calcinha que não obtive. Vi babar a boca de menina Leila ao ver que despia-me no meio do público, vi suas papilas dilatarem-se tanto que parecia estar drogada, vi cair sua pressão, vi subir também, vi o calor lhe percorrer o corpo inteiro e achei melhor parar com aquilo pois menina Leila já se aproximava do clímax...
Para aliviar a tensão, resolvemos tirar fotos e mais fotos a fim de registrar o momento.
Menina Bianca, fiel escudeira de Leilinha, amiga dos tempos antigos da escola em que me tornei homem, estava encantada com meus dotes de beleza e já me encarava com olhos devoradores e devassos enquanto eu me detinha nas poses para o flash da câmera. Indecente e tarada, essa tal de Bianca também. Sabes da paixão inenarrável que sua amiga sente por mim e mesmo assim tenta me seduzir com seu olhar apaixonado e malicioso. Fiz-me de difícil e não dei atenção pra não causar ciúmes em quem me cercava.
E já era hora de partir pois os que me acompanhavam já iam se irritando com tanto tempo parados. Razão pela qual as meninas fizeram uma campanha super consciente a favor da volta de Allanzinho com toda sua simpatia e paciência, além do amor evidente que exala de seu corpo ao deparar-se com as novinhas que ali residiam momentaneamente.
Fui arrastado para o meio da multidão mais uma vez enquanto via o pranto no rosto de menina Leilinha ao me ver se distanciando e suas amigas a consolarem-lhe o choro, dizendo em uma só voz que eu voltaria, que outra micareta nos uniria, que mais uma vez a alegria nasceria dentro do seu coração em forma de Paulo...
P.V. 10:20 10/08/09
Lá na Treta da Ivete
Me chamaram e eu fui lá nessa tal de Treta do Nem. Todo mundo vai e eu fui também. Claro que ficou óbvio num simples passar de olhos, a falta de criatividade das pessoas ou então poderia sim ser muita coincidência pois todos usavam a mesma blusa; algumas meninas, é bem verdade, com uns apetrechos a inovar e acrescentar beleza ao corpo e destacar as formas. Não liguei muito pro fato de terem me copiado, mas ainda assim senti uma pitada de ressentimento.
Tinha uma moça grávida em cima de um caminhão, cantando e pulando alucinadamente e isso me deixou extremamente preocupado com a saúde do bebê que se encontrava por dentro da barriga da mesma. Desde já uma criança louca pelo fervo do axé que vai entrando pelas veias da pessoa até nos contaminar completamente como uma praga, como uma doença que não se cura nunca mais ou então até o dia que consigamos a inédita tarefa de reunir os mil abadás, partirmos para a Bahia, mais especificamente em Salvador, berço desse mal que nos assola, subirmos a ladeira do Pelourinho e atearmos fogo em todas as coloridas blusas, mas não sem antes degustar um apetitoso acarajé quente e apimentado. Só assim para nos vermos livres da enfermidade chamada Micareta.
Mas lá nessa Treta do Nem podia se ver bem mais do que preocupações para com a saúde alheia e igualdades entre roupas. Enxerguei mais que meus olhos puderam ver e já sabendo que isso poderia acontecer, me preparei com antecedência para o evento que havia de se desenrolar na tarde do glorioso sábado. Saí às pressas do trabalho, largando pacientes deitados em cima das macas pois o amor me chamava, a paixão me batia à porta, era a festa da carne que já tinha seus portões abertos enquanto eu dava um último retoque no penteado em frente ao espelho do vestiário masculino do Centro Cirúrgico.
Cheguei na terra do local festivo e a sede assolava minha boca de tal maneira que já não conseguia sequer pronunciar simples palavras como “me vende um copo”. O rapaz, dono do estabelecimento em que já me encontrava ansioso por beber qualquer tipo de álcool que ali tivesse, não entendeu bulhufas do que eu dizia e resolve me vender logo uma garrafa de um litro de vinho por uma mesquinharia que não valia a preciosidade daquele líquido. Disse minha mãe que devemos sempre aceitar aquilo que nos dão, e não pensei duas vezes em virar goela abaixo o vinho doce e gelado que se encontrava em minhas mãos.
Quando avistei o movimento das pessoas, todo o colorido que a festa me proporcionava arrepiou-me o corpo inteiro, fez nascer em mim a paixão de antigamente, a tristeza já não mais povoava o sentimento meu e todas as palavras postadas e criticadas por serem de um exagero de romantismo e melação fugiram para bem longe a dar lugar somente ao que agrada aos olhos de quem me lê.
Nada mais havia na garrafa. Esvaiu-se o vinho para dentro de mim, digerido com amor pelo meu corpo. Assim como a tristeza que também se esvaía a cada passo dado em direção aos portões da festa da carne.
Gritavam os homens, aos berros, juras de amor sincero às meninas que iam passando leves e soltas com seus copinhos de qualquer coisa na mão, serelepes e úmidas, dadas e indecentes, lindas e poligâmicas, difíceis e fáceis. Pois que usem a força se o poder da palavra não der conta do recado, se Deus não ajudou quando lhes confeccionou, se a intenção não é alcançada, usem a força meus discípulos, pois foi assim que aprendi, pois é assim que deve ser.
Já tinha dado a partida inicial para o resto do jogo, e o placar era favorável a mim. Entrei no estádio e a torcida já cantava a todos os pulmões numa só voz dizendo em coro perfeito que seu artilheiro maior havia chegado, que sem ele nada iria acontecer, e que descessem a cerveja gelada do congelador pois agora o jogo poderia voltar a se desenrolar. Foi dado o toque na bola em direção à conquista do campeonato.
Esse presidente que vos fala tem súditos a zelar, uma vida inteira a manter e as aparências devem sempre ser levadas em consideração pois na próxima esquina qualquer um pode tentar derrubar todo o império que já foi levantado. Precisava dos meus seguranças, aqueles que me acompanhariam para que, daqui a algum tempo, no futuro incerto que a vida me reserva, pudessem passar a frente todas as glórias do passado. São pessoas assim, as mais importantes na vida de um homem pois a imortalidade só se dá através daquilo que deixamos de memória no coração das próximas gerações. Um buraco que se abre deve ser tapado com histórias realizadas. Eram jovens de bom coração que iam me seguindo no fluxo de pessoas apaixonadas que deixávamos pra trás com os frutos do amor depositados.
Claro que vale deixar aqui ressaltado que ninguém nesse mundo poderia um dia se comparar ao amor que já percorreu o barro lindo daquele lugar como o mais fiel dos escudeiros que justamente nesse instante encontra-se em sérios apuros devido aos percalços do coração, sempre burro e bobo. O vice presidente ainda há de voltar para trazer a paixão e felicidade no sentimento daquelas que o aguardam ansiosas com a corpo tremendo de emoção.
Pois então ia andando, visto que o movimento pede e não se deixa levar pela inércia que é inimiga número um do resto dos algarismos que se tenta alcançar. Pra ser sincero estava ali com a intenção justa e digna de um homem que já se estressou demais com a vida e depois de tanta responsabilidade encara agora o desafio do amor nessa festa da carne que nos leva ao êxtase puro e nobre da putaria.
É a putaria mesmo que me leva ali. Fui galgando melhores lugares no pódio, fui me levando pelo momento, fui me deixando estar com a música alta que tocava, todo aquele funk maravilhoso, fruto ordinário do mal com suas letras possuídas pelo ódio do capeta proliferando maldades e afins. Tudo isso que é perfeito em uma festa dedicada a exaltar a libido do povo e fazer com quem ninguém seja de ninguém.
Foram boas horas que se passaram. Lentas e pesadas, lindas e grandes, espaçosas e dilatadas, feias e bonitas. Aquilo ali é um fervo, todo mundo pulando ao mesmo tempo, todo mundo com o sentimento em ebulição pensando que jamais a noite e sua escuridão poderiam acabar, todos sugando até a última ponta a paixão que era dada aos goles em forma de beijos inesquecíveis, beijos eternos e mais beijos...
Encontrei lá alguns amores da antiga, alguns sentimentos mortos que viveram de novo ao som da moça grávida que cantava em cima do caminhão. E não significaram nada pois a novidade da noite era bem mais importante do que qualquer outra coisa eu pudesse chegar perto de mim. Só queria voltar ao meu lugar, ao posto que conquistei ao longo de minha carreira de sucessos.
E vi menina Leilinha...
Tinha uma moça grávida em cima de um caminhão, cantando e pulando alucinadamente e isso me deixou extremamente preocupado com a saúde do bebê que se encontrava por dentro da barriga da mesma. Desde já uma criança louca pelo fervo do axé que vai entrando pelas veias da pessoa até nos contaminar completamente como uma praga, como uma doença que não se cura nunca mais ou então até o dia que consigamos a inédita tarefa de reunir os mil abadás, partirmos para a Bahia, mais especificamente em Salvador, berço desse mal que nos assola, subirmos a ladeira do Pelourinho e atearmos fogo em todas as coloridas blusas, mas não sem antes degustar um apetitoso acarajé quente e apimentado. Só assim para nos vermos livres da enfermidade chamada Micareta.
Mas lá nessa Treta do Nem podia se ver bem mais do que preocupações para com a saúde alheia e igualdades entre roupas. Enxerguei mais que meus olhos puderam ver e já sabendo que isso poderia acontecer, me preparei com antecedência para o evento que havia de se desenrolar na tarde do glorioso sábado. Saí às pressas do trabalho, largando pacientes deitados em cima das macas pois o amor me chamava, a paixão me batia à porta, era a festa da carne que já tinha seus portões abertos enquanto eu dava um último retoque no penteado em frente ao espelho do vestiário masculino do Centro Cirúrgico.
Cheguei na terra do local festivo e a sede assolava minha boca de tal maneira que já não conseguia sequer pronunciar simples palavras como “me vende um copo”. O rapaz, dono do estabelecimento em que já me encontrava ansioso por beber qualquer tipo de álcool que ali tivesse, não entendeu bulhufas do que eu dizia e resolve me vender logo uma garrafa de um litro de vinho por uma mesquinharia que não valia a preciosidade daquele líquido. Disse minha mãe que devemos sempre aceitar aquilo que nos dão, e não pensei duas vezes em virar goela abaixo o vinho doce e gelado que se encontrava em minhas mãos.
Quando avistei o movimento das pessoas, todo o colorido que a festa me proporcionava arrepiou-me o corpo inteiro, fez nascer em mim a paixão de antigamente, a tristeza já não mais povoava o sentimento meu e todas as palavras postadas e criticadas por serem de um exagero de romantismo e melação fugiram para bem longe a dar lugar somente ao que agrada aos olhos de quem me lê.
Nada mais havia na garrafa. Esvaiu-se o vinho para dentro de mim, digerido com amor pelo meu corpo. Assim como a tristeza que também se esvaía a cada passo dado em direção aos portões da festa da carne.
Gritavam os homens, aos berros, juras de amor sincero às meninas que iam passando leves e soltas com seus copinhos de qualquer coisa na mão, serelepes e úmidas, dadas e indecentes, lindas e poligâmicas, difíceis e fáceis. Pois que usem a força se o poder da palavra não der conta do recado, se Deus não ajudou quando lhes confeccionou, se a intenção não é alcançada, usem a força meus discípulos, pois foi assim que aprendi, pois é assim que deve ser.
Já tinha dado a partida inicial para o resto do jogo, e o placar era favorável a mim. Entrei no estádio e a torcida já cantava a todos os pulmões numa só voz dizendo em coro perfeito que seu artilheiro maior havia chegado, que sem ele nada iria acontecer, e que descessem a cerveja gelada do congelador pois agora o jogo poderia voltar a se desenrolar. Foi dado o toque na bola em direção à conquista do campeonato.
Esse presidente que vos fala tem súditos a zelar, uma vida inteira a manter e as aparências devem sempre ser levadas em consideração pois na próxima esquina qualquer um pode tentar derrubar todo o império que já foi levantado. Precisava dos meus seguranças, aqueles que me acompanhariam para que, daqui a algum tempo, no futuro incerto que a vida me reserva, pudessem passar a frente todas as glórias do passado. São pessoas assim, as mais importantes na vida de um homem pois a imortalidade só se dá através daquilo que deixamos de memória no coração das próximas gerações. Um buraco que se abre deve ser tapado com histórias realizadas. Eram jovens de bom coração que iam me seguindo no fluxo de pessoas apaixonadas que deixávamos pra trás com os frutos do amor depositados.
Claro que vale deixar aqui ressaltado que ninguém nesse mundo poderia um dia se comparar ao amor que já percorreu o barro lindo daquele lugar como o mais fiel dos escudeiros que justamente nesse instante encontra-se em sérios apuros devido aos percalços do coração, sempre burro e bobo. O vice presidente ainda há de voltar para trazer a paixão e felicidade no sentimento daquelas que o aguardam ansiosas com a corpo tremendo de emoção.
Pois então ia andando, visto que o movimento pede e não se deixa levar pela inércia que é inimiga número um do resto dos algarismos que se tenta alcançar. Pra ser sincero estava ali com a intenção justa e digna de um homem que já se estressou demais com a vida e depois de tanta responsabilidade encara agora o desafio do amor nessa festa da carne que nos leva ao êxtase puro e nobre da putaria.
É a putaria mesmo que me leva ali. Fui galgando melhores lugares no pódio, fui me levando pelo momento, fui me deixando estar com a música alta que tocava, todo aquele funk maravilhoso, fruto ordinário do mal com suas letras possuídas pelo ódio do capeta proliferando maldades e afins. Tudo isso que é perfeito em uma festa dedicada a exaltar a libido do povo e fazer com quem ninguém seja de ninguém.
Foram boas horas que se passaram. Lentas e pesadas, lindas e grandes, espaçosas e dilatadas, feias e bonitas. Aquilo ali é um fervo, todo mundo pulando ao mesmo tempo, todo mundo com o sentimento em ebulição pensando que jamais a noite e sua escuridão poderiam acabar, todos sugando até a última ponta a paixão que era dada aos goles em forma de beijos inesquecíveis, beijos eternos e mais beijos...
Encontrei lá alguns amores da antiga, alguns sentimentos mortos que viveram de novo ao som da moça grávida que cantava em cima do caminhão. E não significaram nada pois a novidade da noite era bem mais importante do que qualquer outra coisa eu pudesse chegar perto de mim. Só queria voltar ao meu lugar, ao posto que conquistei ao longo de minha carreira de sucessos.
E vi menina Leilinha...
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Um Oscar para Seu Oscar...
Aí cresci e virei safado.
Meu pai diz que somos cafajestes porque é a herança que Seu Oscar, seu pai, meu avô, nos deixou.
Seu Oscar, na sua safadeza plena de cabra macho vindo dos mais longínquos sertões do nordeste, trouxe tudo de ruim no seu coração após ter aniquilado Lampião e parte do seu bando. Justamente por ter saído levemente ferido dessa terrível batalha, resolveu se resguardar nas belezas do Rio de Janeiro.
E trouxe minha vó (que não é Maria Bonita, mas é Maria também). Tadinha da minha vó que foi a escolhida pelo Don Juan do sertão. Não havia forma de correr da sedução de Seu Oscar e seus olhos azuis (que herdei, mas prefiro usar lentes pretas para evitar o assédio) então caiu louca e apaixonada em seus braços para viverem em harmonia.
Seu Oscar era solícito e não podia deixar a tristeza povoar o coração de ninguém, muito menos de suas amantes que ficaram na Paraíba. Já recuperado dos ferimentos após ter arrancado a cabeça de Lampião, retornou ao sertão para levar novamente alegria à camas daquelas raparigas de cabeça quadrada e ‘pé vermeio’. Ia e voltava do nordeste e sempre que aqui chegava fazia um filho em Dona Maria, eterna paciente de seu véio. Contaram 19 filhos, mas poucos sobraram. De homem só meu pai que absorveu a canalhice de Seu Oscar e cuspiu em mim quando vim ao mundo. Desde pequeno já ouço os grandes feitos de meu avô...
Conta meu pai que após largar o ofício de matador de aluguel, decidiu adentrar no ramo das obras como ajudante de pedreiro e logo tornou-se mestre com a perfeição de quem nasceu para a profissão. Havia algumas testemunhas que ainda assim, mesmo com a visão funcionando, quiseram não acreditar. Um dos matutos havia perdido o martelo e na ausência do instrumento adequado, Seu Oscar não pensou duas vezes em afundar até o talo os pregos na madeira dura temendo perder o prazo da entrega do serviço. E usava somente a unha do dedão pra conseguir êxito em tal empreitada. Ficavam boquiabertos os que admiravam a inusitada cena.
Contavam também outros transeuntes, comumente conhecidos como populares, de um porco muito cobiçado, famoso pela impossibilidade de conseguirem lhe tirar a vida. Uns ficaram aleijados, outros com eternos traumas, alguns corriam de medo. Então ouviram falar de um homem cabra-macho, pai de Liu, futuro avô de Paulo (e as virgens soltavam seus gritinhos) que talvez conseguisse dar cabo de tão bravo e gordo porco. Uma missão como essa não poderia ser dispensada por um alguém que já foi matador. Para quem já arrancou a cabeça de Lampião, decepar um porco não seria difícil. Porém, mestre sabe o que faz. Analisou em pouco tempo que eliminar um animal pode ser mais complicado que eliminar um homem. Foi aos livros, recorreu aos alfarrábios, estudou a vida suína e marcou o dia da morte. O carrasco Seu Oscar, no auge de sua fama, com o brilhantismo e ego elevado, convocou os populares para assistirem a derradeira cena do filme da vida desse porco. Como um ringue, a área foi cercada, enquanto os espectadores assistiam atônitos um homem portando um machado que encarava os olhos vermelhos de ódio daquele porco apelidado de Lúcyfer (de mãe Lucyana e pai Fernando). Então o suíno caiu!! E já estava Seu Oscar a sangrar-lhe a mais grossa veia do pescoço pra colher o tão desejado choriço. Não entenderam os populares pois seus olhos não eram tão velozes quanto o golpe mortal desferido pelo forte braço de meu saudoso avô. Acredito eu que, se ainda estivesse vivo, Seu Oscar acabaria com a gripe suína num só espirro.
Nas rodas dos antigos amigos, esses de cabeça branca que falam de forma mansa e sossegada, também havia espaço para a política quando a assunto era meu avô. Era conhecido como o terror da ditadura nos tempos de trevas da censura brasileira. Quantos tenentes e coronéis, homens fardados de grande poder, perdiam noites inteiras de sono temendo os planos de libertação que povoavam a mente fértil de Seu Oscar. A passeata dos 100 mil ficou muito conhecida, mas os leigos não sabem do cabra-macho, retirante do nordeste que reuniu 750 mil cabeças achatadas reivindicando a diminuição no preço da farinha, todos na frente do Palácio do Planalto gritando uma só voz: “Por Seu Oscar e Dona Maria, abaixem o preço da Farinha!!” E os tais políticos corruptos ao ouvir o nome de Seu Oscar pensaram no pior e fugiram do país. Essa é a verdade sobre toda a falação e fofoca sobre os exilados brasileiros. Eles tinham medo do véio...
E com tantas peripécias, e depois de muito ter aprontado por aqui, resolveu se aposentar. Passava os dias a dominar a jogatina de baralho nos confins dos buracos abertos ou fechados, nas suecas e tudo mais que pudesse ser inventado. E adoçava meu café com cinco colherzinhas de açúcar que custou a decorar, mostrando que a idade já ia lhe arrancando os super poderes. E me chamava de ‘Seu menino’, o Seu Oscar. E era um homem de bom coração, apesar de tudo...
Tremeu Deus, quando no céu ele chegou. O senhor do universo pensou que pudesse perder o trono com a vinda de tão poderoso homem. Mas Seu Oscar mostrou-se humilde na santidade de um mito e aceitou de bom grado o cargo de chefe maior de toda a rede de jogo do bicho do firmamento. A experiência em seu currículo falou mais alto. Não havia, no céu, espaço para arquitetos, nem revolucionários, muito menos matadores de aluguel. Foi ser bicheiro, então. O Todo-Poderoso fez uma boa escolha.
Deus é mestre, tanto quanto Seu Oscar, e sabe o que faz.
P.V. 13:25 07/08/09
Meu pai diz que somos cafajestes porque é a herança que Seu Oscar, seu pai, meu avô, nos deixou.
Seu Oscar, na sua safadeza plena de cabra macho vindo dos mais longínquos sertões do nordeste, trouxe tudo de ruim no seu coração após ter aniquilado Lampião e parte do seu bando. Justamente por ter saído levemente ferido dessa terrível batalha, resolveu se resguardar nas belezas do Rio de Janeiro.
E trouxe minha vó (que não é Maria Bonita, mas é Maria também). Tadinha da minha vó que foi a escolhida pelo Don Juan do sertão. Não havia forma de correr da sedução de Seu Oscar e seus olhos azuis (que herdei, mas prefiro usar lentes pretas para evitar o assédio) então caiu louca e apaixonada em seus braços para viverem em harmonia.
Seu Oscar era solícito e não podia deixar a tristeza povoar o coração de ninguém, muito menos de suas amantes que ficaram na Paraíba. Já recuperado dos ferimentos após ter arrancado a cabeça de Lampião, retornou ao sertão para levar novamente alegria à camas daquelas raparigas de cabeça quadrada e ‘pé vermeio’. Ia e voltava do nordeste e sempre que aqui chegava fazia um filho em Dona Maria, eterna paciente de seu véio. Contaram 19 filhos, mas poucos sobraram. De homem só meu pai que absorveu a canalhice de Seu Oscar e cuspiu em mim quando vim ao mundo. Desde pequeno já ouço os grandes feitos de meu avô...
Conta meu pai que após largar o ofício de matador de aluguel, decidiu adentrar no ramo das obras como ajudante de pedreiro e logo tornou-se mestre com a perfeição de quem nasceu para a profissão. Havia algumas testemunhas que ainda assim, mesmo com a visão funcionando, quiseram não acreditar. Um dos matutos havia perdido o martelo e na ausência do instrumento adequado, Seu Oscar não pensou duas vezes em afundar até o talo os pregos na madeira dura temendo perder o prazo da entrega do serviço. E usava somente a unha do dedão pra conseguir êxito em tal empreitada. Ficavam boquiabertos os que admiravam a inusitada cena.
Contavam também outros transeuntes, comumente conhecidos como populares, de um porco muito cobiçado, famoso pela impossibilidade de conseguirem lhe tirar a vida. Uns ficaram aleijados, outros com eternos traumas, alguns corriam de medo. Então ouviram falar de um homem cabra-macho, pai de Liu, futuro avô de Paulo (e as virgens soltavam seus gritinhos) que talvez conseguisse dar cabo de tão bravo e gordo porco. Uma missão como essa não poderia ser dispensada por um alguém que já foi matador. Para quem já arrancou a cabeça de Lampião, decepar um porco não seria difícil. Porém, mestre sabe o que faz. Analisou em pouco tempo que eliminar um animal pode ser mais complicado que eliminar um homem. Foi aos livros, recorreu aos alfarrábios, estudou a vida suína e marcou o dia da morte. O carrasco Seu Oscar, no auge de sua fama, com o brilhantismo e ego elevado, convocou os populares para assistirem a derradeira cena do filme da vida desse porco. Como um ringue, a área foi cercada, enquanto os espectadores assistiam atônitos um homem portando um machado que encarava os olhos vermelhos de ódio daquele porco apelidado de Lúcyfer (de mãe Lucyana e pai Fernando). Então o suíno caiu!! E já estava Seu Oscar a sangrar-lhe a mais grossa veia do pescoço pra colher o tão desejado choriço. Não entenderam os populares pois seus olhos não eram tão velozes quanto o golpe mortal desferido pelo forte braço de meu saudoso avô. Acredito eu que, se ainda estivesse vivo, Seu Oscar acabaria com a gripe suína num só espirro.
Nas rodas dos antigos amigos, esses de cabeça branca que falam de forma mansa e sossegada, também havia espaço para a política quando a assunto era meu avô. Era conhecido como o terror da ditadura nos tempos de trevas da censura brasileira. Quantos tenentes e coronéis, homens fardados de grande poder, perdiam noites inteiras de sono temendo os planos de libertação que povoavam a mente fértil de Seu Oscar. A passeata dos 100 mil ficou muito conhecida, mas os leigos não sabem do cabra-macho, retirante do nordeste que reuniu 750 mil cabeças achatadas reivindicando a diminuição no preço da farinha, todos na frente do Palácio do Planalto gritando uma só voz: “Por Seu Oscar e Dona Maria, abaixem o preço da Farinha!!” E os tais políticos corruptos ao ouvir o nome de Seu Oscar pensaram no pior e fugiram do país. Essa é a verdade sobre toda a falação e fofoca sobre os exilados brasileiros. Eles tinham medo do véio...
E com tantas peripécias, e depois de muito ter aprontado por aqui, resolveu se aposentar. Passava os dias a dominar a jogatina de baralho nos confins dos buracos abertos ou fechados, nas suecas e tudo mais que pudesse ser inventado. E adoçava meu café com cinco colherzinhas de açúcar que custou a decorar, mostrando que a idade já ia lhe arrancando os super poderes. E me chamava de ‘Seu menino’, o Seu Oscar. E era um homem de bom coração, apesar de tudo...
Tremeu Deus, quando no céu ele chegou. O senhor do universo pensou que pudesse perder o trono com a vinda de tão poderoso homem. Mas Seu Oscar mostrou-se humilde na santidade de um mito e aceitou de bom grado o cargo de chefe maior de toda a rede de jogo do bicho do firmamento. A experiência em seu currículo falou mais alto. Não havia, no céu, espaço para arquitetos, nem revolucionários, muito menos matadores de aluguel. Foi ser bicheiro, então. O Todo-Poderoso fez uma boa escolha.
Deus é mestre, tanto quanto Seu Oscar, e sabe o que faz.
P.V. 13:25 07/08/09
Assinar:
Postagens (Atom)