quinta-feira, 24 de abril de 2008

na fila do ônibus..

O movimento nas ruas demonstra quanta pressa o homem tem. Equivocado e ignorante, corre sabendo que não conseguirá chegar. Mas corre. Em busca de algo que lhe conforte, aquilo que ele tanto almeja. A espera é grande para esse homem que tenta se comparar a ela. Deixa-se levar pelo tempo que devora cada minuto com antipatia mortal. Quem me dera se o Tempo pudesse vomitar de volta os minutos devorados. Seria eu, a mosca mais feliz a rondar esse excepcional vômito cronológico.
Nem sempre quem quer chegar, consegue. Quanto maior a vontade, mais duro o caminho a ser percorrido, mais obstáculos na nossa frente. O relógio corre acelerado pra mim nesse momento. Faço caber todas as coisas no meu dia. Deveria vivê-lo como o último e, de repente, me pego dormindo nas tardes. A raiva e descontentamento batem à porta de minha mente. Esses sentimentos caem por terra pois me conforto ao saber que, dormindo, sonho com ela. Acordado, perco meu tempo pensando. Nos meus sonhos de utopia, fujo da realidade. Lá tudo é possível. Lá, eu vejo como ela é linda.
Ainda assim, não estou satisfeito. Esqueço o que sonhei, acordo e me deparo com a vida. Cruel, injusta, inútil.... pra você.
Não me compare a ninguém, eu vejo o mesmo que você enxergando com outros olhos. O seu preto-e-branco é colorido pra mim. Me molho enquanto você sente calor. O silêncio pra você é escandaloso nos meus ouvidos. Vivo a vida como você sempre quis e nunca teve coragem. Sou um arcanjo diabólico planando soberano. Te vejo de cima. Você não me enxerga de baixo. Não tente me superar. Não desperdice seu tempo em coisas impossíveis.
Ok... deixando de lado a sessão de auto-terapia.
Passei por você. Não te vi porque você não estava lá. Desviei meu percurso rotineiro. Tinha esperança de esbarrar com você. Minha esperança evoluiu para uma certeza. Estava confiante. Depois da curva, avistei o local que você costuma ficar. Cada passo dado fazia transbordar em mim uma ansiedade inexplicável. O clímax aproximava-se. As pessoas enfileiradas provavam que não tinha me enganado. Era ali mesmo. Senti seu perfume, vacilei de leve. Fui andando, procurando. Passei por todos e não te vi. Mas você estava lá, eu tenho certeza. Eu senti. Você não estava em pé, esperando o ônibus. Estava aqui dentro, esperando por mim.
P.V. 21:32 24/04/08

2 comentários:

Sabrina Abreu disse...

inháááá

q textO bunitO.;...

P/ qm é mesmO?rs*

Quero ver teu nome daki uns anOs assinandO um crônica semanaL em algUm jOrnaL impoRtante..vC tm taleNto heiN...rs

bjUs te adOro muiTo...bYE*

KM disse...

Q COISA LINDAAAAAAAAAAAAAAAAA...
RSRSRSRS...
FAÇO A MESMA PERGUMTA Q A SABRINA AQUI EM CIMA:
P/ QM É MESMO???
KKKKKKKKKKKKK...
Q VC CONTINUE ESCREVENDO PRA MELHOR!!!
PAULOUUUUUUUUUUUUU...