domingo, 17 de agosto de 2008

nexo inexistente

Quando o Sol se deita no fim de cada dia, no espetáculo sensacional que é a mistura de cores amarelo, laranja, vermelho, azul no céu infinito, notar a simplicidade e discrição da troca de turno entre os astros, manter-se parado enquanto tudo gira lenta ou rapidamente, julgue como quiser, é dessas sensações maravilhosas que se constitui a alegria de simplesmente existir. Felizardos, nós somos, e deveríamos ter orgulho de poder viver coisa parecida. E acontece todos os dias, já repararam?
Eu sempre fui assim de dar valor às coisas mais simples que me cercam e esquecer de fatos importantes que, talvez, possam ter um impacto maior na minha vida do que um cotidiano pôr do sol. São defeitos que constituem as pessoas, vou fazer o quê? Os problemas se perdem na mente quando visões fascinantes assim me atingem, chamam minha atenção, desviam toda uma articulação momentânea. Acho que estou precisando de uma luz do crepúsculo agora.
Tô me perdendo num erro antigo. Aprendi que não é nada demais e mesmo assim continuo a insistir em acreditar no contrário. Costumo sempre dizer a todos do que posso fazer e que sou mais do que aparento, digo só pra impressionar e, por mais que seja verdade, em situações como esta, não acredito em mim. Aí o tempo passa, não acontece nada demais e volto a dizer que sou foda e blá blá blá...
Pensamento do ser humano que confunde as cabeças alheias.
P.V. 15:58 17/08/08

Nenhum comentário: