sábado, 23 de agosto de 2008

rei das águas

Acordo todo dia com a sabedoria de um rei impiedoso a quem todos temem na sua magnitude de saber reinar sobre os vassalos que exalam o respeito. Esse respeito, misto de medo que alimenta minha força, mantém alto o status do império que cresce ao meu redor, o equilíbrio perfeito da coroa na minha cabeça. Sou dono do meu domínio e desafio qualquer um a subjugar minhas ordens. Ou melhor, deixo por sua decisão optar por não seguir os caminhos por mim indicados já que seria, esse, um dos erros mais fatais, infeliz pensamento que só de passar por sua mente já deve deixar rastros pecaminosos e doentios na cabeça. O conhecimento de quem manda é ferozmente cruel com os ignorantes. Existem sim, reis mais flexíveis, são os que não expandem seus territórios e, enclausurados na sua extrema bondade, perdem-se no meio da conquista a ser possuída.
Entendo que os traços do destino são um desenho caprichado a moldar a vida do homem e o superior pede devoção. Toda uma cadeia hierárquica que se desenrola no nada imaginário e eu, cá no meu canto, devo obedecer a quem me guia, assim como também posso dar ordens. Minhas ordens são os conselhos perfeitos que insisto em distribuir a quem tanto prezo nessa vida. De tão corretos que são, deveriam ser entendidos como obrigação por aqueles que tem a alegria de poder ouví-los. Mas não, fazem-se de rogados e não dão a devida importância ao que digo julgando serem possuidores da experiência de vida fajuta que tem o único objetivo de desviar as pessoas do caminho certo, tramando por dentro da mente uma falsa capacidade de formulação de atitudes que resulta no previsível sofrimento futuro. Cabe a mim, consolar...
Missionário de um mundo pagão, continuo a pregar a fantasia. Meu reino é diferente, melhor. Por mais que tentem derrubar quem tem o poder, meu exército de amor combate veementemente todo o ódio e rancor que se aproxima. É a velha história de ainda acreditar em algo novo, algo fora da realidade, algo que supere as expectativas, viver num mundo de imaginação onde tudo é bom e feliz, onde todos vivem na harmonia de Nirvana, num único cosmos a emanar toda a aura clara e límpida da paixão. Pode ser que digam que a folha de bananeira que eu fumei antes de escrever isso tava contaminada com Cannabis, porém admito que mesmo que estivesse entorpecido por qualquer substância do mal, seriam palavras da mais sincera verdade que passam por mim, que rolam pelos dedos, que entram nos seus olhos.
E a chuva vai continuar caindo.
P.V. 22:47 23/08/08

Um comentário:

leilinha disse...

Ihhhhhhhhhhhhhhhhhhh mentira cannabis?! eu li isso msmo ????
Caracaaa ai,ta virando maior viajem sabe qual é ?!
bjussssss