Tudo em minha volta me provoca ânsia de vômito, tudo me faz mal, tudo me deixa tonto. Tô cansado de toda essa baboseira, de toda essa repetição, todo esse estresse sem fim, sem fundamento, sem causa, que não mede conseqüências. Uma verdadeira estupidez de pessoas que não têm no que pensar, não têm o que fazer de bom e simplesmente vivem para algo total e incrivelmente desnecessário. Olho em minha volta e nada que vejo parece me alegrar, nada levanta o espírito que vive dentro de mim aprisionado, escravizado pedindo, implorando para ser libertado. Me perdoe, mas eu não tenho culpa de ter essa vida.
Ando por aqui e perco-me no meio da fumaça que parece não ter fim, de toda essa massa branca flutuante que embaça minha visão, arde meus olhos, me deixa ainda mais confuso nessa bagunça toda de onde não sei como fugir, de onde ainda não tentei fugir. É um verdadeiro castelo onde os espelhos foram todos retirados. Tenho vergonha de me encarar. Tenho mais ainda medo de me encarar e chegar a conclusões das quais pretendo correr. Não quero olhar pro espelho e ver que nada está desenhado no meu reflexo, tenho medo de saber que estou aqui inutilmente, de que não presto pra nada, que minha vida pode estar sendo em vão, de que o que pretendo não conseguirei. Tenho receio de que as coisas podem, por acaso, dar errado e isso não seria bom pra mim nem pra ninguém.
Corro pra todos os lados e nada parece mudar, é tudo o mesmo casulo, a mesma casca de sempre, da mesma cor e do mesmo tamanho. Não sei se é somente por hoje e se, de fato, cheguei a um ponto de não mais agüentar andar por essa casa, mas tudo parece tão pesado, tão diferente, que me sinto um estranho no meu lar; sinceramente, acho que não pertenço a esse lugar. Estou desorientado e não sei o que fazer. Procuro passatempos mas tudo que vejo e sinto só me dá mais convicção de continuar na luta contra meus problemas. Na luta por achar uma solução viável que termine de vez o que está ainda corroendo minha cabeça, por mais que tente sempre imaginar que nada disso é grande o suficiente pra tirar minha calma.
Uma falsidade cai por terra nesses momentos e a máscara social deixa-se derrubar por uma preocupação evidente e indisfarçável. Estou assim, introvertido e desvairadamente procurando o que não tem nome, comendo sem sentir fome, bebendo pra enganar o sono e, sem conseguir dormir, cometo um dos meus maiores pecados que é pensar. Tantas palavras não me levam a lugar nenhum. Acreditava que escrevendo, tiraria de mim um peso, jogaria nas costas de um papel inocente tudo que martela incessantemente dentro de mim; mas estava errado. Engano-me e justamente nesses momentos percebo o quanto sou fraco perante o que não faço idéia de como resolver. Ajoelho-me perante mim mesmo e imploro que deixe isso pra lá, siga em frente sem pestanejar ou sequer olhar pra trás.
São só pensamentos, tenho minhas certezas que ainda não se tornaram fatos e rezemos pra que não se tornem mesmo. E se do contrário, acontecer tudo que se desenrola pra que aconteça, deixemos correr. Justamente como um rio caudaloso que anda, caminha, serpenteia solene para seu destino, carrega levemente suas águas profundas rumo ao mar, serão meus problemas correndo, esvaindo-se um a um, cada vez mais rápido com o voar do tempo. Sei que sou ansioso e não gosto de aguardar, tenho essa mania de querer que tudo seja resolvido o quanto antes pra que se evite um provável sofrimento, mas sou assim e assim tenho que me aceitar. Peço sempre pra que me ajude pois é assim que as coisas estão dispostas a ocorrer, não tenho chance nenhuma de combater tudo que me aflige sozinho e, humildemente, estendo a mão procurando socorro.
Todo esse silêncio está me matando aos poucos.
P.V. 19:35 03/10/08
Ando por aqui e perco-me no meio da fumaça que parece não ter fim, de toda essa massa branca flutuante que embaça minha visão, arde meus olhos, me deixa ainda mais confuso nessa bagunça toda de onde não sei como fugir, de onde ainda não tentei fugir. É um verdadeiro castelo onde os espelhos foram todos retirados. Tenho vergonha de me encarar. Tenho mais ainda medo de me encarar e chegar a conclusões das quais pretendo correr. Não quero olhar pro espelho e ver que nada está desenhado no meu reflexo, tenho medo de saber que estou aqui inutilmente, de que não presto pra nada, que minha vida pode estar sendo em vão, de que o que pretendo não conseguirei. Tenho receio de que as coisas podem, por acaso, dar errado e isso não seria bom pra mim nem pra ninguém.
Corro pra todos os lados e nada parece mudar, é tudo o mesmo casulo, a mesma casca de sempre, da mesma cor e do mesmo tamanho. Não sei se é somente por hoje e se, de fato, cheguei a um ponto de não mais agüentar andar por essa casa, mas tudo parece tão pesado, tão diferente, que me sinto um estranho no meu lar; sinceramente, acho que não pertenço a esse lugar. Estou desorientado e não sei o que fazer. Procuro passatempos mas tudo que vejo e sinto só me dá mais convicção de continuar na luta contra meus problemas. Na luta por achar uma solução viável que termine de vez o que está ainda corroendo minha cabeça, por mais que tente sempre imaginar que nada disso é grande o suficiente pra tirar minha calma.
Uma falsidade cai por terra nesses momentos e a máscara social deixa-se derrubar por uma preocupação evidente e indisfarçável. Estou assim, introvertido e desvairadamente procurando o que não tem nome, comendo sem sentir fome, bebendo pra enganar o sono e, sem conseguir dormir, cometo um dos meus maiores pecados que é pensar. Tantas palavras não me levam a lugar nenhum. Acreditava que escrevendo, tiraria de mim um peso, jogaria nas costas de um papel inocente tudo que martela incessantemente dentro de mim; mas estava errado. Engano-me e justamente nesses momentos percebo o quanto sou fraco perante o que não faço idéia de como resolver. Ajoelho-me perante mim mesmo e imploro que deixe isso pra lá, siga em frente sem pestanejar ou sequer olhar pra trás.
São só pensamentos, tenho minhas certezas que ainda não se tornaram fatos e rezemos pra que não se tornem mesmo. E se do contrário, acontecer tudo que se desenrola pra que aconteça, deixemos correr. Justamente como um rio caudaloso que anda, caminha, serpenteia solene para seu destino, carrega levemente suas águas profundas rumo ao mar, serão meus problemas correndo, esvaindo-se um a um, cada vez mais rápido com o voar do tempo. Sei que sou ansioso e não gosto de aguardar, tenho essa mania de querer que tudo seja resolvido o quanto antes pra que se evite um provável sofrimento, mas sou assim e assim tenho que me aceitar. Peço sempre pra que me ajude pois é assim que as coisas estão dispostas a ocorrer, não tenho chance nenhuma de combater tudo que me aflige sozinho e, humildemente, estendo a mão procurando socorro.
Todo esse silêncio está me matando aos poucos.
P.V. 19:35 03/10/08
Um comentário:
Ser ou não ser ?!
Eis a questão.....
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