A gente fica olhando pra uma saia que vai deslizando pelas ruas quentes do Rio de Janeiro, e não só olha por olhar ou porque a saia está na moda ou qualquer outra coisa parecida com isso. A gente olha com a concentração total de que o movimento das pernas faça com que ela vá subindo sem que nossa modelo que está dentro da saia perceba. Ou então assopramos de leve, mesmo que de longe pra que um vento sudoeste venha e junte-se ao nosso e levante a saia de tecido fino, tão desejada de estar jogada no chão de nossos sujos quartos.
E toma cuidado porque se fechar no movimento, a gente pega de jeito e não tem quem solte. Porque as crias do mundo foram educadas pra não dar brechas ao azar, nem mesmo àquele que espreita da esquina querendo saborear primeiro a presa que nos pertence devido ao nosso esforço pela conquista primária. A gente continua na caça porque a fome nunca tem fim. Por mais que hoje a gente coma, o vaso há de levar o que jogamos fora amanhã e a fome voltará assim como volta a noite depois que o Sol se deita.
A gente vai nessa batalha pelas ruas diariamente sem ter momento nem instante que nos faça prender o passo, pois uma vez que os olhos miram um horizonte não há mais chance de que voltem em busca de algo já passado. Os olhar de que falo é um olhar animal, um olhar sem igual, um olhar que não vê nada mais do que lhe interessa, um olhar que segue seu instinto caçador, um olhar que eu tinha perdido, mas vejo agora brilhar mesmo quando a luz do sol insiste em não me atingir quando tenho lhe enfrentar.
E o preparo é todo especial pois o rumo é um só e a beleza fundamental. Mentem os idiotas que pregam o amor pelo que vive internamente. Mas se não conheço o mundo por dentro, como me apaixonaria à primeira vista? E a primeira vista nunca há de mostrar o que há por dentro. Ainda não me conheci apaixonando-me por coisas feias, nem coisas que andassem sem que seus respectivos músculos glúteos não chamassem a atenção da minha pessoa, um tanto quanto apaixonada por bundas e derivados.
Por falar em bundas, me lembro das saias.
E ainda tem também os vestidos.
Mas nem reparo nos vestidos quando as que os comportam são coisas das quais ressenti-me por dizer aqui nesse pedaço de papel digital. Admito que temi pela minha saúde pois não gosto de falar mal das pessoas. Simplesmente não falo, mas o pensar já instrui ao pecado, o que me deixa triste do mesmo modo.
Mas não vou dizer que olho pra mulheres feias só pra agradar a Deus pois estaria mentindo. E Deus não gosta que seus filhos fiquem proliferando mentiras pelo mundo afora.
Prefiro as lindas que desfilam em seus minúsculos minishorts que deixam à mostra a tão desejada pontinha do bumbum que fazem nossos coração bater mais forte quando balançam de lados a lados a estacionar o trânsito provocando congestionamentos infinitos dos quais ninguém há de reclamar pois fora por uma boa (e bota Boa nisso) causa. Ou então aquelas que passeiam todos os fins de tarde voltando de suas respectivas academias com as calças apertadas de ginástica pra provar a todos e todas que são as mais gostosas de todo o universo. E eu as acho as mais gostosas mesmo. Mas as que vêm todas serelepes com seus vestidos de tecido fino a se jogarem pra lá e pra cá (e como gosto quando vêm pra cá) são as que tiram meu sono, são as que não me deixam pensar direito e até mesmo provocar acidentes terríveis nas ruas. Louvemos aos que criaram esses vestidinhos e também às incríveis mulheres fruta que perpetuam por aí o uso cada vez mais indiscreto das roupas tão lindas que me fazem passar mal...
P.V. 18:18 20/04/09
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Um comentário:
Homem só pensa em Bunda é?! rsrsrsrs
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