
Certas vezes na vida temos pensamentos que nos fazem contradizer aquilo que tanto pregamos durante os tempos passados. Mas nem por isso devemos nos crucificar e conjeturar sobre estarmos ou não equivocados. São só pensamentos que querem invadir o fazer e mostram-se fracos quando a razão e o sentimento vivido dão as mãos pra proteger o patrimônio que lhes pertence.
E comigo nem foi assim que aconteceu pois a diferença sempre me atinge pra mostrar novas tendências ao mundo, pra fazer evoluir o homem, pra que o futuro seja melhor para o resto das pessoas. Simplesmente acordo e meus olhos são instintivamente abertos pra que a visão seja aceita, pra que veja o que me aguarda, pra ponderar as alternativas e dizer a mim mesmo que isso não é característica que se encaixe no meu ser pensante.
Um presidente apaixonado seria a utopia maior que se possa dizer em tempos modernos onde a gritaria exagerada se mostra presente nos ouvidos que não querem nada ouvir. E os meus estão sim, muito interessados em absorver tudo o que me chega. Foi uma semana de surdez, uma semana de que não se deve acreditar em muita coisa, ou quase nada, ou bem menos do que isso. E o presidente que se faz homem mais uma vez prova que não tem escrúpulos ao se contradizer em tão pouco tempo o que só nos leva a crer que Deuses também sangram como já bem disseram os 300 guerreiros que me cercam.
É muito pouco pra me fazer feliz. Ou talvez seja muito diferente pra me fazer feliz. Sempre precisei de mais do que podiam me oferecer, sempre fui muito exigente em relação a tudo, sempre quis no meu tempo e não no alheio. O relógio que gira no meu pulso deve girar no meu pulso. Não interessa a mim que eu pergunte a quem tende a estar estático na minha frente as horas pois sei que eu posso enxergar com meus olhos o tempo que passa. Dependo de muito pra ser feliz e não dependo de ninguém pra depender do resto.
Estou velando minha paz. Estou jogando fora o vestido estampado de preto que pairava sobre mim durante sete dias da vida que me foi ofertada há vinte anos. E nem mesmo o carnaval voltou pra que eu espere pra usá-lo mais uma vez. Simplesmente aguardando feriados, jogado num canto escuro da casa onde se camufle pra que fique fora da minha vista, mas intacto. Intacto...
O que não nasce não morre.
E os abortos provam o contrário.
Aborto agora um vestido estampado de luto.
P.V. 20:43 18/04/09
Um comentário:
ShooOOOw
Postar um comentário