O indo e vindo infinito da vida já me deu um monte de coisas das quais eu teria um prazer enorme em compartilhar com a maioria das pessoas que gosta de mim, deixando de lado a parcela ínfima de seres que me odeiam, por não poderem ser tão bons quanto eu sou. Mas apesar de tudo, deixo minha veia artística tomar conta das minhas palavras e tapo-me a própria boca pra que nada saia, pra que ninguém nada ouça, e continue tudo aqui dentro de mim como um grande mistério, como o maior dos segredos de todos os homens viventes desse nosso estranho mundo.
Tenho muito ou pouco de tudo dentro de mim e admito que a maior parte do que aqui reside é mito.
Ecoa na mente alheia o meu nome e isso felicita as minhas intenções pois é da imortalidade que estou falando, mas de corpo e sangue jamais a conseguirei, que seja então na forma do sentimento, que seja então com a boa lembrança de fatos meus que eu deixei jogados em algumas das esquinas que já passei, da marca de minhas pegadas que ficaram soltas pelo chão de cada uma das curvas que já fiz, pelas gotas salgadas do meu suor que caíram em cada uma das oportunidades que pude me fazer útil...
Tenho algumas coisas que não pertencem nem mesmo a mim e, de uma forma ou de outra, tento explorar como fosse o único e último dos meus dias, tento, forte ou fraco, botar minha mente para funcionar e fazer tudo da melhor forma possível, da forma que eu consiga fazer nascer sorrisos, lágrimas de felicidade que prefiro não encarar por medo do sofrimento disfarçado, intenções tão minhas que me perco nas minhas idéias e admito serem de outros, distantes, diferentes, piores...
Nascem e morrem, a cada segundo, afinal este mesmo é o destino, provocações para com o meu peito, antes virgem do sentimento que venho sentindo, e me permito cada um dos desafios pois sei que a cada fim de música poderei lembrar do refrão principal e deixar aqui dentro de mim guardado cada uma das passagens do violão, cada acorde perfeito da canção, cada simplicidade de melodia que entrou pelos meus ouvidos sem pedir... e estarei pronto para outras músicas...
Geralmente, e digo isso por ser quase sempre, converso com Deus a respeito do que há de vir, dos erros cometidos, e como poderia assimilar e melhorar pro futuro. Louco, ouvindo o silêncio, me concluo Deus, uma vez que o dono do Universo se nega a me dar as chaves da facilidade. Sei do que faço, sei do que fiz, sei de tudo que ainda vou fazer, e Deus não precisa me indicar o caminho, pois Ele confia nos meus passos certos, Ele sabe que não vou errar na curva, e sabe também que se um obstáculo for posto em minha frente eu saberei ultrapassá-lo sem precisar olhar para trás.
A confiança que deposito em mim mesmo é maior do que a que qualquer outra pessoa poderia depositar. Ando com meus próprios pés e ultimamente tenho gostado de andar de mãos dadas.
Desisti de escrever o futuro, de planejar os meios, as formas, as funções, os caminhos, pois me lembrei que odeio a previsibilidade. E agora deixo tudo ir como vai a água, serpenteando como vai um rio, sem medo de cair numa bela cachoeira, sem medo de se perder no meio de outros riachos, aguardando ansioso por mergulhar no infinito do mar...
Continuo minha caminhada, então.
P.V. 18:55 12/07/10
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