Num desses dias normais estava eu sentado num canto qualquer de minha querida residência, talvez não fosse em Forks, talvez, de fato, não fosse numa mesa de refeitório escolar, mas com toda a certeza, sentado o autor dessas palavras mal escritas estava.
E não me venham, os senhores da escrita, acadêmicos donos de cadeiras imortais julgar o meu dizer, nem declarar aos quatro cantos do mundo que sou um plagiador, pois terei argumentos suficientes para que possam esconder-se atrás de suas preciosas cadeirinhas não tão merecidas assim. Pois bem. Tenho dito.
Foi num quadrado eletrônico qualquer que enxerguei seu rosto pela primeira vez.
A sociedade dá muito valor à literatura e deposita nela uma grande parcela de emoção, uma vez que aqueles que têm o dom da palavra conseguem passar para o papel toda a beleza de escrever com sabedoria. Sou um mero espectador do espetáculo. Não me demoro em rodeios, e também não consigo mais fingir o sentimento. Enxerguei seu rosto pela primeira vez e nada demais aconteceu além de nada.
Porém, queridas leitoras, naquele distante domingo de Páscoa pude deixar transpassar por mim tudo o que sempre quis deixar transpassar desde que homem me tornei. Se pensam que o intuito único de um homem é amar, caem por terra com todas as suas considerações enfadonhas, porém não se deve admitir que um sentimento fique preso por toda a eternidade quando sua vontade maior é de voar do peito afora.
Karoline Durique era seu nome, pelo menos foi assim como se apresentou para mim. "Alguns me chamam de Karol, outros de Durique." E eu sorria... como nunca a tinha visto assim tão de perto antes, como uma coisa tão perfeita passa despercebida durante toda a minha vida, como pode Deus tê-la escondido de mim tanto tempo?
Não havia nada de pálido na sua tez, não havia nenhum estereótipo de modelos ou qualquer coisa como se ela houvesse pulado de páginas de revistas, não havia a fantasia que está escrita num outro papel. Havia muito mais que tudo isso que chamam de beleza.
Havia graça e perfeição, havia sorrisos e brilhos, olhos que saltavam de lados para lados como se pudesse buscar uma falsa felicidade que não sentia, havia qualquer coisa demais para mim, havia ali o que ainda não houvera em outro lugar, eu podia enxergar tudo que um dia iria acontecer, eu tinha já escrito em minha mente tudo o que eu pensava dessa menina-mulher, eu sabia cada uma de suas ações, eu tinha certeza absoluta do seu futuro do meu lado e não me venham chamar de mentiroso porque nada mais me alegra do que a certeza da felicidade e admito com todas as minhas palavras, as mais sinceras que eu encontrar, que Karoline Durique, desde aquele dia já se fazia a mulher da minha vida.
Mas não tive pressa nenhuma.
Na verdade, ainda não a tenho.
Surpreendo-me, ainda, todos os dias em que estamos juntos com o tamanho de sua beleza, ainda me deixo levar por todo esse brilho, ainda tremo de emoção antes dela chegar, ainda sinto todas as saudades possíveis e impossíveis quando ela está ausente, morreria quantas vezes fossem necessárias só pra que pudesse ser feliz e não vejo isso como uma fase. Vai ser pra sempre.
Vai ser pra sempre, sempre.
P.V. 10:30 08/07/10
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário