segunda-feira, 26 de julho de 2010

Olha, meu amor

Olha, meu amor, eu queria te falar umas coisas que estão bem guardadas dentro do meu coração, eu queria dizer dessa forma que sei que vai entender, pois das verdades que escondo, nenhuma delas ainda você ficou sabendo, nenhuma...
Certo dia desses, como hoje, ou como ontem, acordei de um sono chato e raso. Não tenho mais dúvidas sobre o poder das coisas que a mente nos faz sentir e nem tampouco faria questão de querer indagar os motivos pelos quais certas atitudes são tomadas depois que passamos pelo que o destino nos faz passar, ainda que dormindo.
Não tenho mais medo do futuro, meu amor, mas, olha, uma coisa eu te prometo: te amar, te amar, te amar. Pra sempre, como se fosse ontem o último dia da minha vida, e hoje algo parecido como uma perda de memória e cá estou te dedicando minhas possíveis últimas palavras.
Acordei do sonho como acorda um homem sem esperanças.
A vida me mostra muito mais do que eu gostaria de ver e isso dói dentro do meu coração. Já não havia mais vontades para querer continuar, borbulhavam motivos para jogar tudo ao alto, ou tudo ao chão, o mundo não girou e meus olhos encheram-se de água pela segunda vez desde que te amo.
Olha, meu amor
, esquece tudo isso que estou dizendo pois nada se compara ao presente, e do passado eu só guardo o pretérito perfeito. Mas me desculpa, o desejo de tirar de mim o que não me faz bem me obriga a martelar o teclado desenhando as letras de um dia que não gosto de lembrar, e que me fez bem de um certo modo...
Olha, meu amor, o que existe e o que não existe são coisas totalmente diferentes, porém a insegurança transita num meio termo do qual não há saída, do qual não há opções maiores a serem tomadas se não fugir.
E eu estava decidido a fugir. Fugir de todos os meus medos, de todo o seu medo, de toda a angústia e provável perda de tempo, fugir de mim e de tudo que eu possa fazer de errado que vá sangrar ainda mais o seu coração.
Queria mais, ou talvez quisesse menos. Vá saber...
Um sonho é só um sonho, mas ainda prefiro que o mundo não dê todas essas voltas em cima de mim pois fico tonto com tantos sentimentos e não estou nem um pouco disposto a abordar assuntos tão complexos em tão pouco tempo de vida. Acordei, literalmente.
Não havia outra coisa a fazer, imaginei as possibilidades.
Cheguei a conclusões...
Não há vida sem você, meu amor.
Não há instante sequer sem pensar no seu rosto, não há motivos maiores que me façam te esquecer, não há sol quando o dia está vivo pra que eu possa me espelhar, não há Lua na noite quando a escuridão toma conta de mim, não há luz, não há som, não há sorrisos sem o seu sorriso, não haveriam palavras para descrever a tristeza, a falta, a saudade não mais se chamaria saudade por não comportar o tamanho da dor que brotaria de mim, o mundo não se faria mais mundo desde que você não estivesse ao meu lado, a felicidade, o sentimento, o prazer, todas as sensações partiriam pra bem longe, lugar distante onde eu jamais poderia chegar, não há amor sem você, não há paz; não há nada quando o tudo se vai.
E dormi mais uma vez. Pois o dia havia partido, a tristeza também, era só alegria em minha volta pois você havia dito mais uma vez que me ama, e tive a noção completa do que é o amor. Amor é amar e ser amado. E isso só acontece uma vez na vida.
P.V. 16:51 22/07/10

Um comentário:

Anônimo disse...

ah, que lindo ):