segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ô sofrimento...

Cheguei em um momento tal que não posso mais esconder a insatisfação com o que vem acontecendo comigo nesses últimos tempos e é um erro que devemos corrigir, afinal todo equívoco está somente esperando o desenvolvimento do acerto. O Brasil, país do caralho que teima em querer fazer tudo da forma mais absurda que possa existir, adora fuder o povo que, calado, deve gostar de ser fudido. Que sistema mais idiota de militarização é esse que o país implantou que não serve pra nada, a não ser tirar o tempo de quem já não tem. Eles tratam o alistamento como fosse algo de suprema importância, onde quem "conseguir" entrar se dará muito bem na vida, é uma ótima opção de futuro, um emprego pra toda a vida.... sim, porque deve ser isso que estão pensando pra se fazer tanta algazarra, promover tanta dificuldade em poder conseguir um simples certificado de reservista. Sabem há quantos ANOS eu tento pegar esse maldito certificado e não consigo? Dois anos! Isso mesmo, são 730 dias, 24 meses, 17.520 horas aguardando um papel irrisório que me dê condição de arrumar um emprego; emprego este que poderia melhorar a minha vida e, conseqüentemente, aumentar a economia brasileira, por que não?
E o estresse imenso que isso causa no jovem?
As propagandas difundem o slogan: "Aliste-se no exército, venha servir à pátria!" Vai pra porra, que servir pátria o quê! É o único emprego que já vi em minha vida em que para se conseguir adentrar, deve-se sofrer ao máximo. O processo de seleção é esse, quanto mais dor, quanto mais noites sem dormir e horas aguardando no frio das madrugadas, em frente a quartéis escuros e vazios, esperando (e desejando) somente chegar alguém para tirar sua vida, não sem antes levar seus pertences tão valiosos, só assim você conseguirá a tão sonhada vaga de soldado do exército.
É um martírio. O cara, quando quer entrar para as Forças Armadas do Brasil, já é um herói antes mesmo de ir pra guerra. Somente a determinação, o esforço, o suor derramado na espera de ser chamado já é um sacrifício tamanho que o fulano merece, de fato, uma medalha. E não se resume somente a se alistar, acordar de madrugada "alguns" dias para conseguir pegar o tal papelzinho que chamam de CAM (Certificado de Alistamento Militar) e ser determinado a se apresentar em tal dia, que ainda vai demorar horrores. O tal papel deveria ser chamar CÃO, devido ao seu estado ao fim de toda a maratona militar.
Com o CAM na mão, podemos nos apresentar em paz para, enfim, sermos liberados. Porra nenhuma! Acordamos ainda outras tantas vezes na madruga pra chegar lá no quartel, onde já estão esperando, às vezes do outro dia, milhares de jovens (só homem, diga-se de passagem, o que torna o sacrifício ainda pior) e as filas começam a ser formadas. Nem em começo de mês, em frente ao Banco do Brasil a gente vê tanta fila como naquele inferno. É fila pra entregar o papel, fila pra dizer o nome, fila pra escrever o nome, fila pra ganhar um cordãozinho de barbante com um número, fila pra fazer exame de saúde, fila pra quem não vai fazer exame, fila pra quem é peixe e já vai ser liberado (queria estar nessa fila). Por falar em exame de saúde, é uma coisa um tanto quanto constrangedora manter-se em pé e pelado na frente de um monte de marmanjo com cara de sono. De dez em dez, entramos numa sala e ficamos lá encostados na parede e o médico diz, calma e pausadamente, aos berros: "Só vou dizer uma vez! Vocês são idiotas, eu trabalho aqui há 2 anos e nunca, eu disse nunca, que vocês me obedeceram. Prestem atenção no que eu vou dizer. Tirem TODA a roupa, abram os dedos das mãos e os dedos dos pés!" Só isso, simples assim. Aí sempre rola um retardado que continua de meia, ou o outro que continua de cueca. Um trauma na vida de cada jovem que passa por essa situação.
A gente sai do exame de saúde e vai fazer o exame intelectual. Nossa, a dificuldade de fazer desenhos ou contas de somar é uma coisa que me surpreende incrivelmente. Eu fiz questão de errar quase tudo porque eu não queria servir mesmo. Depois fiquei com um peso na consciência pois achei que eles deveriam querer os mais ignorantes mesmo, né? Tudo bem. Nesse dia foi só isso e a gente foi embora, não sem antes entrar em mais meia dúzia de filas pra dar o nome, entregar o cordão, pegar de volta o papelzinho...
Pra resumir bem, a gente ainda volta lá mais umas 3 vezes, e faz tudo de novo, igual a antes, o que eu acho ridículo. Depois disso eles perguntam se você vai querer servir ou não. Olha que babaquice, meu! Por que não perguntaram isso no primeiro dia que eu fui me alistar?? Idiotas! Minha resposta não podia ser outra, disse que não queria de jeito nenhum. O sargento lá ainda tentou me convencer de várias formas escrotas mas nenhuma delas colou e fui embora. O foda é que ainda tem uma galera que diz que quer sim, servir, mas quando chega na hora, o pedido é negado. Que merda, hein. Marcaram pra outro dia, uns 6 meses depois pra pegar o certificado de reservista. Fui lá há dois meses, deixei o CAM, uma foto e 5 reais. Mandaram-me voltar hoje, quando chego lá, exatamente 10:10 da manhã, o filho-da-puta vira pra mim e diz que eu terei que voltar amanhã porque eles só atendem das 8 às 10. Tem noção?? Os caras só trabalham duas horas por dia!
Esse tipo de coisa me deixa com muita raiva. Tomara que o Brasil não entre em guerra com nenhum outro país porque, do contrário, com esse tipo de processo para entrar nas forças armadas, podemos tentar imaginar como deve ser bom o treinamento dos militares, né. Sem mencionar as condições e blá blá blá..
Ainda bem que não estamos mais em regime ditatorial.
Deixe estar.
P.V. 17:40 28/07/08

sábado, 26 de julho de 2008

pós brilho...

Voar sem sair do lugar é ser feliz sem motivo, é ter o que fazer e poder escolher se fará ou não pois a vida é nossa e as opções são descartáveis. É querer o que não se pode querer e mesmo assim conseguir porque não há nada que não esteja a nossa disposição. Não há nada que não tenhamos condição suficiente de batalhar até conseguir e digo aqui que nesse estado de plena satisfação vital, nem precisaríamos nos esforçar tanto assim. Não tenho tudo que quero, mas com certeza tenho mais do que preciso e isso, só, já me satisfaz. Paulo, bobo, se satisfaz com pouco mas não pára de seguir na busca de algo mais, só não sei o quê.
Falei que tá tudo certo, tudo na mais perfeita desordem, tudo andando como deve andar, a vida correndo do jeito que deve, o vento batendo e sendo o impulsor maior de toda a vontade que ainda tenho de ser feliz, do amor que sinto por tudo que me rodeia e de como admiro cada vez mais os poucos segundos que se passam e as coisas simples que acontecem de repente. Tudo repleto de cor e movimento nessas horas em que as coisas parecem mais lindas, o sol brilha mais e o frio é mais aconchegante. O tempo passa devagar, a gente curte cada momento como fosse o passado renascendo ainda mais forte, como fosse a juventude nostálgica a bater na porta pedindo passagem nesse mundo velho e caquético que estamos acostumados a viver.
A saudade aperta por dentro, o amor cresce ainda mais somente por um instante, e a coisa começa a ficar besta. Besta de boba, besta de chata e babada. A saudade é uma coisa terrível nesses momentos pois até os homens mais fortes e brabos se desmancham em um estado lastimável de mente e corpo, beirando o suicídio. Suicídio do amor pois nem a amada gostaria de ver tal cena sem escrúpulos desse quilate onde a pessoa choraminga no ombro mais próximo, implora o perdão, a volta, ou o simples beijo que ainda não aconteceu, ou pior, aquele que já aconteceu e a vontade de tê-lo de novo é ainda mais forte do que se não o conhecesse.
Que coisa hein... gosto tanto disso e fiquei falando sobre os malefícios. Não posso dar margem às feministas que rebatem meus argumentos em prol do consumo geral. Só quem experimenta essa sensação de liberdade pode dizer a respeito. Ficar parado e se mexer ao mesmo tempo é algo surreal que transpassa os limites da razão e nos põe numa situação onde o mundo está pedindo um dono e cá estamos, preparados para dominá-lo.
Eita cachaça maldita que corre nas minhas veias nesses sábados intermináveis de inverno, em que somente o pensamento tenta pôr razão nas atitudes e acabo vencido pelo cansaço a me jogar e estirar meu corpo na cama mais próxima, lógico, sem antes declarar meu infinito amor e prazer em poder degustar todo o mel e fel que as mais variadas vertentes do álcool podem me oferecer.
Adoro muito isso tudo...
P.V. 17:05 26/07/08

sexta-feira, 25 de julho de 2008

por um mundo mais apimentado

Todo paraíso merece um pouco de inferno. Toda paz, a fim de ser selada, deve ser também perturbada. Tenho bom senso e não ousaria dizer que minha intenção é acabar com a paz de ninguém (já me chamaram de destruidor de lares, mas isso é coisa do passado). Tô curtindo a vida leve e solta que, de tão leve e solta, chega a me estressar certas vezes. Preciso fazer alguma coisa de útil nessas noites em que o vazio toma conta da minha cabeça. Nem sequer pensamentos razoáveis me passam pela mente. Poderia estar estudando ao invés de estar aqui dissertando sobre o nada que nem sequer tem nem nome. Mas se resolverem me perturbar por isso, tanto eles quanto eu mesmo com minha consciência, direi que estou a estudar os princípios básicos de articulação da dissertação pós moderna que vem sendo muito cobrada ultimamente nos concursos realizados pela banca atual. Desculpa esfarrapada preparada, posso dar continuidade aos trabalhos...
Incrível como o ser humano gosta e faz questão de ser enganado. No ato da verdade, pego-me preso a uma indisposição da crença alheia por considerar "fantástica" uma ação desse tipo de minha pessoa. Já no ato da mentira, surpreendo-me com meus dotes artísticos desenvolvidos recentemente, e passo adiante uma inverdade sem causa nem calça, na qual a incredulidade de antes transforma-se na confiança plena em palavras quaisquer que tiverem que sair da minha boca naquele momento. E saem com uma fluência perfeita...
Existem coisas realmente estranhas nessa vida que, só com a experiência adquirida, poderemos tentar entender.
Uma pitada de pimenta sempre deixa o chocolate mais gostoso. Todo doce enjoa rápido e devemos, com urgência, fazer algo que impeça o andamento das coisas para esse lado. A rotina é terrível na vida de uma pessoa. Quantos suicídios já não devem ter ocorrido por não se viver o novo, renovar as atitudes, fazer diferente o que se faz todos os dias. Taquem pimenta nesse chocolate, pelo amor de Deus.
É fácil fazer esse tipo de coisa. É só analisar as coisas que ainda não realizamos, com certeza nessa lista irão constar mais coisas que não fizemos do que coisas que já fizemos, certo? É fato concreto que nem todo mundo pulou pelado numa piscina desde que tenha mais de 10 anos, pelo menos. Ou saiu gritando pelas ruas que a vida é bela depois de perder uma aposta, ou coisas desse tipo. Chega uma hora na vida em que fazemos questão de perder as apostas só pra fazer o que temos vontade, mas não temos tanta coragem.
A vida deveria vir de fábrica sem medos, sem necessidade de empurrões e afins. Vamos cair na farra e sermos felizes, independentemente de tudo que nos faz pensar o contrário. Se deixarmos o tempo passar, pode ser tarde demais para retomá-lo.
P.V. 17:42 24/07/08

matemática existencial

Tive uma idéia errada, admito. Sou homem suficiente para assumir meus equívocos e, dessa vez, como outras tantas, articulei um pensamento que não correspondeu às expectativas que eu já refutava com todas as minhas forças. Foi na verdade uma coisa boa, já que o meu desejo, por mais que fosse inesperado, ocorreu. A gente fica nervoso à toa por coisas que, na verdade, são simples, principalmente na cabeça de quem vive a situação.
A noite sem a Lua é clara do mesmo jeito. A noite com a Lua é escura da mesma maneira. Só quero reforçar a idéia de que "achar" alguma coisa não te dá certeza alguma. Acordado, durante o dia, podemos imaginar como será o anoitecer, mas nunca saberemos com razão o quão escuro estará até o vivermos de fato.
Notar a ausência da Lua nessa noite foi um fato quase despercebido aos meus olhos, o que, talvez, prove uma mudança de comportamento ou, o que eu acho mais provável, um brilho mais intenso que ofuscou a graça do astro mor das noites. Sem paralelismo, separemos o animado do inanimado e vamos analisar friamente (porque no frio tudo é mais gostoso) o efeito que provoca em mim, a beleza sincera da naturalidade evidente.
É estranho como começo a dissertar sobre alguma coisa e minha atenção é atraída por algo diferente que, no final, prova ser o mesmo de antes. Loucuras de um ser complicado que insiste em complicar ainda mais.
Só sei que estava um tanto quanto ansioso nesse dia e tudo correu da forma mais linda. Com alguns contratempos, é verdade, mas nada que não se supere com uma boa dose de terapia intensiva. Cada dia que passa a gente enxerga melhor as cores do futuro e tenta pintar o quadro que será o nosso habitat de destino, com a idéia fixa de ser aquilo que fomos projetados a ser. Não chega a ser uma necessidade de se crer em algo que foi pré escrito, é simplesmente uma compreensão maior do que está mais que claro nos olhos de quem vê.
A complexidade do sentimento é simples quando dois viram um.
P.V. 23:34 23/07/08

só ratificando sentimentos...

Estou um tanto quanto romântico nesta sexta feira nem quente, nem fria. A verdade das minhas palavras extrapola os limites do irreal e por mais que me esforce a disfarçar o que sinto, pego-me cometendo os pecados comuns e justos de todo homem apaixonado. É coisa linda o que passa dentro do meu coração nesse momento. E, como costumo dizer seqüencial e exaustivamente, foi um assunto que já era de meu conhecimento antes mesmo de acontecer. Nunca fui vidente, nem pai de santo, mas arrisquei na jogo do amor e estou sendo feliz. Mas o fato é que podemos ser felizes no amor em todas as suas vertentes possíveis, as quais abrangem várias situações de vida, algumas ainda mais aventureiras que outras. Podem se contentar com um namoro morno, frio, entre 4 ou mais paredes dentro de uma casa com a sogra fazendo biscoitinhos de forno na cozinha. Podem também querer fazer coisas julgadas erradas pelo povo moralista, essa sociedade mentirosa e falsa que anda solta por aí. E há também quem queira simplesmente mudar a consciência, ser feliz a dois, amar incondicionalmente pelo menos uma vez na vida, antes que morra e diga que não amou nem foi amado. Digo aqui que deve ser das mortes mais horríveis, ter passado pelo mundo sem viver uma grande aventura amorosa, passar o perigo de ser descoberto quando namorava escondido, o medo sadio de se encontrar completamente dependente da outra pessoa, coisas desse tipo. Claro que o pessimista vai encontrar os maiores problemas em tudo isso e odiará com todas as forças um relacionamento dessa maneira. Eu mesmo pensei assim. Mas com toda minha perfeição e entendimento dos fatos (Rs), percebi que certas coisas podem ser melhores se agirmos de forma diferente. Se deixarmos de lado o orgulho e admitirmos de vez o sentimento que povoa o coração. Muito piegas essas minhas palavras né... mas todo apaixonado é brega. Todo mundo critica a breguice. E todo mundo já se apaixonou... bando de hipócritas! Tenho vontade enorme de me declarar, gritar, cantar, voar, sair por aí sem destino nem hora pra voltar. Ver o pôr do Sol do píer mais próximo do horizonte. Sentar na grama debaixo da maior e mais verde árvore do bosque. Toda essa baboseira que faz a mente da gente se alegrar por motivos pequenos e, na maioria das vezes, inúteis pra quem não sente de verdade. Então, ficamos aqui olhando pro nada, esperando acontecer o que tem que acontecer e até chegar o momento, a saudade consome o pouco da vontade de voar e gritar que ainda resta dentro de nós. Se me soltar, eu não volto mais...
P.V. 17:11 25/07/08

terça-feira, 22 de julho de 2008

romeu e julieta


Deveras, havia comentado diversas vezes sobre como a literatura e suas diversas facetas fazem de mim um mero mortal perante tamanha grandiosidade de cultura, imaginação e relevância que se tornam a mais pura realidade frente aos olhos de quem lê com o coração, com o sentimento, envolvendo-se na história contada. É fato sabido também, se não por todos, por uma grande maioria de pessoas mais ligadas a mim, o quanto tenho fome por escrever sobre amor e coisas desse tipo, e sempre tentando defini-lo após seguidos insucessos, deparei-me com um livro antigo, famoso, obrigatório e tive que ler. "O guarani" de José de Alencar, na minha humilde forma de analisar os fatos que envolvem sentimentos, mostra um amor tão verdadeiro e sincero de Peri para com Ceci, que me fez sentir até mesmo um complexo de inferioridade toda vez que pronuncio a expressão ‘eu te amo’ para alguém.
Vivendo e crescendo, aprendo e construo ainda mais o meu saber, e de repente pego-me perdido no meio de novas amizades que chegam a me brindar com mais maravilhas que somente a Literatura e toda sua fascinação poderiam apresentar a meus olhos. Admito ainda que sou um atrasado e tenho muito o que conhecer dos clássicos que estão soltos pelo mundo a satisfazer os viciados em leitura, pobres almas felizes somente por existir. Mas isso não deixa de ser uma coisa boa pra mim, visto que ainda não tendo lido, terei o prazer de ler.
Romeu e Julieta... que história bela, que imagem magnífica, que inspiração absurda. Outro dia, há algum tempo, numa dessas aulas chatas e desnecessárias da faculdade, conversava sobre amor e afins num dos cantos da sala. Disse que seria uma morte agradável e das mais lindas, morrer por amor. Ciente de que muitas das minhas frases são ditas pura e simplesmente para cativar os ouvidos alheios, digo que hoje, na experiência de ter admirado um fato imaginável, vejo o quão linda, realmente, pode ser uma morte por amor. Mas amor verdadeiro, aquele que queima até mesmo após a chama já ter se apagado, aquele que arde se vendo, não vendo, sentindo ou não, na presença e na distância, aquele que somente existe porque foi designado para isso e o resto não importa a não ser a cegueira que pode causar a dor de não sofrer por quem se ama. Amar é ser feliz em sofrer pelo outro, desde que o outro também seja feliz em sofrer por você.
Vejo sinceridade em uma imagem e admiro também o autor da mesma, tenho todo o prazer em parabenizar a mente brilhante de quem pensa e, com esse pensamento momentâneo, consegue entrar na cabeça de tantas outras pessoas que jamais irá conhecer, que jamais soube sequer que existem.
Fabuloso sentimento, amor doente, ignorância e impetuosidade, paixão cega que distrai o pensamento, isola a razão, provoca o erro sadio.
E o fim somente brinda o novo. Separados em vida ou juntos na morte?
Segunda opção, por favor...
P.V. 13:35 22/07/08

segunda-feira, 21 de julho de 2008

espelho, espelho meu...

Deve parecer fácil aos olhos alheios, posar como uma pessoa que, aparentemente, é feliz em tudo na sua vida. Estamos, nesse momento, falando de mim, é claro. Resumindo grotescamente o desenrolar da história, admito mais uma vez que sou sim, muito feliz, sempre.
"Mas como é possível uma pessoa ser feliz sempre?? Isso não existe!"
Não existe pra você, meu bem; pois faço questão absoluta de saber justamente onde vou pisar da próxima vez que caminhar só pra garantir que não me machucarei ao colocar o pé no chão.
"Ahh, mas então você se preocupa demais com a vida e passa pelo menos metade do tempo pensando em não ser triste, o que me leva a crer, que nem sempre você será feliz já que gasta muitas de suas horas conjeturando o futuro..."
Que idiota, esse pensamento! Já foi tempo em que pensadores e filósofos discutiam as verdades da vida. Quem sou pra ficar me matando pra saber o que é o certo ou errado. Já dizia Descartes, ‘penso, logo existo’, justamente por isso, continuo a imaginar alto e sonhar tudo o que pretendo fazer da forma mais correta, o que, conseqüentemente, torna-se uma alegria sem fim para mim.
"E os amores, as desilusões, o futebol, os percalços óbvios da vida, os problemas que todos temos. Isso você não pode negar que tenha.."
De fato, concordo com tudo isso, mas aprendi, durante minha curta vida que sempre devemos olhar o outro lado da moeda no momento da adversidade, sempre temos que mirar a frente e esquecer o que acabou de acontecer para que, mais fortes, possamos evitar o erro uma segunda vez. E se na segunda vez, errarmos; que bom. Visto que tivemos a experiência de sermos felizes uma vez, o seremos de novo, facilmente. Isso vale pra terceira, pra quarta... vai chegar um momento que nos acostumaremos com esse erro e veremos que nada mais é do que a pura verdade de um acerto que não existe.
"Tenho certeza absoluta que me impressionaria profundamente com suas palavras se não te conhecesse e soubesse quais são suas verdadeiras intenções..."
Aí que está o maior problema, aquele que até mesmo o reflexo do meu espelho consegue cair e não sair nunca mais. Você acha que é eu, mas não é. Quem manda em você , sou eu. Você me obedece, é submisso a mim. Por mais que tente achar saber o que passa em minha mente, sempre vai ficar sabendo somente o que eu quiser que pense. Continue morrendo de inveja da minha vida, sei que ficará sempre preso dentro do vidro seco, frio e vazio. Não tente nunca me atrapalhar porque você não vai conseguir. Estou andando só e não preciso de mais ninguém (sem contar com uma ajudinha do Cara lá em cima) a não ser minhas próprias atitudes. Estou acima de qualquer expectativa e por isso sei que não há quem queira ou sequer tenha capacidade de me derrubar. Admito, porém, que a minha consciência é aquilo que eu penso e somente meu pensamento teria a força necessária pra fazer desandar tudo o que já foi e ainda pode ser construído.
Mas que pena, querido...
Você está preso no espelho e não pode sair.
P.V. 16:47 21/07/08

mais uma vez, Lua...

Torno-me repetitivo ao mencionar a Lua nos meus textos, mas a força reluzente do seu poder é maior e faz de mim, seu eterno servo. Rendo-me ao brilho intenso que ilumina o céu nas noites mais lindas que poderia, um dia, viver. É sempre uma grande obra do acaso o fato de nosso encontro se dar justamente após outro encontro não menos importante. E a união desses dois faz milagres, realmente; tanto em mim quanto em tudo que me rodeia.
A Lua é amostrada, gosta de se exibir, expor de forma clara e brilhante a face de sua mais pura verdade. Não deve nada a ninguém e continua lá pendurada no céu como um lustre a iluminar a sala do mundo onde estamos sentados e, muitas vezes, não damos a devida importância a ela. É, na verdade, a deusa das noites, a rainha da escuridão, a dama das trevas, somente a beleza que ilumina meu caminho, que deixa livres os pensamentos, aqueles que insistem em manter-se obscuros na minha cabeça. É fato tão simples a visão boba do astro que nos circunda e faz de mim, alguém mais feliz, esperançoso. Na verdade, nem chego a extremos tão grandes. A solução é fácil. A Lua só me lembra da felicidade que está sempre presente no meu cotidiano.
Mesmo se o dia estiver nublado, feio ou chuvoso durante a tarde, sempre que eu te vejo o céu limpa e posso admirar a Lua depois que se vai. Parece exagero, mas é justamente desse modo que as coisas acontecem. Você está influenciando até mesmo a natureza que nada tinha a ver com nossa história.

A Lua estava linda, cheia, incrivelmente perfeita rebolando no ar com o movimento contínuo do meu andar. Meu olhar se perdia no horizonte alto enquanto tropeçava nos transeuntes, hipnotizado por tal maravilha que nem mesmo neste mundo está. E nem poderia...
E comparações nunca são poucas pra quem convive com tanta beleza por perto. Ainda acredito que ela não existe de verdade. Assim como a personificação do lobisomem nas histórias de terror, grito para todos os cantos a minha história de amor, onde na Lua cheia, eu vejo a metamorfose ocorrer frente a meus olhos, quando ela parte e a noite chega.
Ela é a Lua que ilumina meu caminho.
P.V. 1617 21/07/08

domingo, 20 de julho de 2008

Historiando.... parte 1

Já foi dito aqui e ratifico meu pensamento ao afirmar que o conhecimento que adquiro a cada dia me torna mais homem, mais pessoa, faz de mim, alguém mais útil a servir o próximo, vendo que as idéias que me cercam e me atingem, um dia, com certeza, irão sair de mim para atingir outros. E aulas interessantes são aulas interessantes. Poderia ficar todas as horas intermináveis de um dia sentado dentro de uma sala de estudo, simplesmente admirando todo o saber que voa da boca desses mestres do ensino. Coisa linda que me inspira, sempre...
O mundo é meio complexo em sua essência, se analisarmos do modo político-social da sua construção. Acho que na divergência da minha opinião, tenho uma idéia que se assemelha à grande maioria das pessoas: a parte que sempre mais gostei nas aulas de História era a Segunda Guerra Mundial. A partir de agora, a parte que eu mais gosto é da Segunda Guerra Mundial em diante. É tudo muito engraçado, se não pensarmos friamente nos casos sérios que ocorreram. Devemos sim pensar neles, mas a vida pode ser mais feliz se esquecêssemos das tristezas que nos abalam a cada dia. Saibam que tudo presente aqui é a mais pura verdade, nada além da verdade, somente a verdade. Vamos contar historinha pra divertir o povo.
Comecemos pelos motivos que levaram o mundo, idiota como sempre, a realizar uma Segunda Guerra Mundial, visto que ainda não tinham aprendido o quão ruim é uma guerra, tendo vivido a Primeira. Falando na Primeira, o país de maior destaque em todos os livros de História, inclusive nesse mini almanaque, EUA, saiu muito bem dessa guerra. Enquanto todos os outros sentaram bonito em suas devidas proporções, o Tio Sam enricou de vez. Justamente por isso, ficaram mal acostumados, viviam no luxo e desfrutando de um poder cada vez maior. Até que deu-se a tal quebra na bolsa de valores de Nova York. "Fudeucomtudo", literalmente. As economias mundiais começaram a entrar em colapso pois todos dependiam dos EUA pra sobreviver. Foi um verdadeiro caos naquela época, ainda bem que eu não estava vivo. Outro motivo pra guerra, foi que uns idiotas lá da Europa, tipo Mussolini (sem-vergonha) e Hitler (retardado) resolveram dominar tudo, queriam expandir o território, estuprar as menininhas, jogar baralho na hora do chá das cinco, tudo isso resume-se a um termo chamado Imperialismo. Formaram-se dois bondes, os aliados: EUA, França, Inglaterra e Rússia. E o eixo: Alemanha, Itália e Japão. Lá em 1939, depois que uma tropa nazista invadiu a Polônia o bicho pegou de vez e só foi acabar em 1945, deixando um saldo de mais de 40 milh es de mortos na parada. Sinistro, mano... a única coisa que me consola é que Mussolini e Hitler estão, ainda nesse momento em que eu escrevo e que você lê , no colo do Capiroto, um em cada perna com o bumbum pro alto e o abacaxi entrando e saindo bem devagar, com a parte da coroa, é claro. Vale ressaltar aqui o quão demente era Hitler. Fiquei sabendo por fontes seguras que o motivo pelo qual ele simplesmente resolveu exterminar os judeus foi que seu pai traiu sua mãe com uma judia e fugiu de casa. Não só isso, nosso amigo Hitler, quando foi perder a virgindade traçou uma judia sem vergonha e pegou sífilis. Vê se pode!? Fica pegando essas mulheres de esquina, arruma uma "zic zira" e só por causa disso quer sair matando metade do mundo! Pera aí né...
Aí a putaria de guerra acabou. Estados Unidos que não é bobo nem nada, resolveram arrumar um tutuzinho em cima da desgraça alheia. Algumas conferências foram realizadas ao redor do mundo, dividiram a Alemanha, dividiram a Coréia, dividiram o mundo, um lado era dos EUA, capitalista, o outro lado era da URSS, socialista. Os países que estavam na merda, foram pedir um dinheiro emprestado pros norte americanos, era o chamado Plano Marshall. URSS pra não ficar atrás, também arrumou uma forma de largar um empréstimo consignado, descontado em folha, juros médios, coisa de amigo, parcelas singelas e de coração pra todos aqueles que se unissem à causa socialista. Era o chamado Comecom.
Foi nessa mesma época que foi criada, em São Francisco, em 1947, a famosa ONU. Deixe-me explicar a putaria que rola na ONU, uma coisa que me deixou realmente encucado. O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 países. Cinco vitalícios e dez eleitos a cada 2 anos. Os vitalícios são EUA, Inglaterra, França, China e Rússia e são eles que votam a fim de decidir os rumos que o mundo irá tomar. Tendo em vista o conhecimento de que americanos, ingleses e franceses são do mesmo bonde, fica óbvio que qualquer decisão, na base do voto que os EUA quiserem tomar, sempre irão ganhar porque vai sempre dar 3 a 2, por mais que chineses e russos discordem. Exatamente por isso que ninguém reclamou quando os EUA resolveram procurar bomba atômica no Iraque e não acharam porra nenhuma, ou enfiaram no cú. Exatamente por isso que os EUA entraram na guerra do Kwait pra defender barris de petróleo que depois seriam deles, conhecida como Guerra do Golfo. E teve também muita zona aí pelo mundo afora, que rola até hoje, como os crimes de guerra que são cometidos casualmente pelos donos do mundo, como costumam dizer. Esse papo de crime de guerra é uma coisa que eu discordo muito, mas daria muito pano pra manga, desenrolar esse papo aqui e agora.
Tô com ódio de ninguém, nem meu pensamento cresceu depois de ouvir palavras de terceiros, sempre tive minha consciência repleta de idéias prontas para serem ditas e todos estão cansados de saber que aquilo que mais desprezo nesse mundo é covardia, ainda mais se o objetivo maior for dinheiro. Por isso que venho aqui explanar meu descontentamento com toda essa bagunça que foi e continua sendo a história mundial. Amo meu país, mesmo com toda a corrupção que rola solta pelas escadarias de Brasília, mesmo com a miséria que toma conta do meu povo, mesmo a má distribuição de renda, mesmo com a falta da tão sonhada reforma agrária pois sei que tudo isso tem solução. Insatisfeito eu ficaria, se fôssemos um povo com mau caráter em sua essência, fatigando guerras ao redor do mundo, vendendo vidas a troco do sangue negro que brota do chão.
Vamos Brasil! Rumo ao Hexa!!
P.V. 17:17 20/07/08

sábado, 19 de julho de 2008

quem morrer, verá

Adoro tudo que vem de cima, principalmente quando o assunto abordado é a religião. A polêmica que rola é terrível, fico até com medo de escrever certas coisas, mas como a Constituição e todas suas emendas (mais que linha velha de pipa) me protegem, eu deixo rolar o pensamento que não consegue mais se segurar. Claro que também não é verdade que estou aqui simplesmente fazendo intriga e arrumando confusão, são só imagens do que eu penso e sempre gosto de compartilhar meus pensamentos com todos que me amam. Rs..
Tenho uma idéia que talvez seja diferente da maioria das pessoas. Não acho, sinceramente, que as coisas pós morte sejam tão horríveis pra quem foi, no mínimo, legal aqui no nosso mundo. A partir disso, já entraríamos na discussão de saber se realmente existe algo depois que se morre, porém é o que prefiro acreditar, uma vez que ficaria muito puto se não tivesse mais nada depois que batesse as botas. Eu sou legal aqui na Terra, acredito que serei aceito no reino dos céus, até pela relação íntima que tenho com o Patrão lá em cima. Não sei sobre vocês, mas a gente tá sempre batendo um papo. Em caso de recusa, não vou oferecer suborno porque sei que não irá aceitar, até mesmo pra poder dar o exemplo. Tem uns sem-vergonhas aqui embaixo que estão, de fato, precisando aprender um pouco sobre esses exemplos.
E quando minha hora chegar (espero que demore muito) estarei preparado para enfrentar o que for preciso a fim de me adequar a situação que o céu irá me ofertar. Devo estar precavido para o frio com roupas quentes, e se possível comprar alguns pacotinhos de chá de coca, já que o ar lá em cima deve ser bem rarefeito. E será uma festa, com certeza, ao me verem chegar, com meu terninho a "la funeral barato", isso se não resolverem me queimar e jogar minhas cinzas sobre a sagrada grama que tem aqui perto de casa, onde o mato vai crescer como os fios dos meus cabelos. Espero que não...
Estando lá no paraíso, onde a altitude é forte, vou levar um "lero" com Pedrinho, dono da chave dos portões do céu, pra que me arranje uma boa suíte, se possível que fique sobre os ares do majestoso maracanã, assim poderei continuar a glorificar o grande Mengão todos os domingos. Por acaso, pedirei a Deus uma folga das missas vespertinas justamente por esse motivo tão importante. Tenho certeza absoluta que São Pedro entenderá meu pesar e, por mim, irá interceder nesse pedido tão nobre de minha pessoa.
E que maravilha não seria se meu falecimento se desse no mês de julho! Iria deixar um bilhete singelo sobre a cômoda de meu leito de morte, com um último pedido, aquele que não iriam me negar, por mais que achassem, no mínimo, estranho. Pediria que me vestissem de "caipira" e me enterrassem dessa maneira, com direito a dentinho preto e pintas na bochecha. Seria tão linda, a paisagem do firmamento todo enfeitado com as típicas características da festa de São João. Padim Ciço me ensinaria a dançar um forró pé de serra, ou melhor, pé de céu, e a gente lá, naquele sacolejo, pra lá e pra cá, e sempre de olho nas anjinhas, todas se querendo pra nós. Padim Ciço, coitado, já um senhor de idade, não daria conta das meninas.
E no meio de toda essa festa, sempre existe lugar pra caridade, ainda mais se tratando do local onde a celebração era realizada. Ao parar pra respirar um pouco o ar puro da atmosfera, deparo-me com uma cena que me espantou, uma cena que me remeteu a tempos passados em banheiros de lares familiares, coisas que nem mesmo vale a pena recordarmos. Num canto (se é que existe espaço pra cantos no céu) vi um casal aos amassos, uma cena de amor incondicional, pensei até mesmo no pudor que poderia causar aos olhos de todas as entidades sagradas que se encontravam no recinto. Percebi também a feiúra da menina que era amada pelo tal homem corajoso. E bota corajoso nisso. Não é de minha feição ficar admirando o amor alheio, por isso me retirei, e ao encontrar o amigo Judas, comentei sobre a visão de poucos minutos atrás. Só então fiquei sabendo que aquela era a atual namorada de São Jorge, devorador de dragões, que estava passando pelo céu, depois de uma longa temporada na Lua.
Foi quando Deus me acordou, e disse: "Filho, acorde... você está sonhando. Você ainda está bem vivo. E vai continuar por muito tempo. Quanto ao céu, deixe que cuido eu. Vou precisar de uma vassoura bem grande pra limpar toda a bagunça que fizeram aqui com esse "happy hour." E pode deixar, que eu já avisei a Jorge que pegar mulher feia dá azar. Mas ele prefere não me escutar... pura blasfêmia, não escutar conselhos de Deus... Agora acorde!!"
P.V. 19:13 19/07/08

quinta-feira, 17 de julho de 2008

a tortura de um beijo

Mil palavras pra descrever um beijo? Impossível, é pouco, muito pouco mesmo. Aliás, se fosse um beijo qualquer, uma ou duas linhas bastariam pra definir essa coisa boba que não deixa marcas. Mas não estamos falando de um beijo qualquer. Sobrepõe as barreiras orais quando o tão esperado encontro se dá. Tenho até medo de pecar e deixar algo de lado nessa explanação que não consegue mais se calar dentro de mim. Seria bem mais fácil botar em prática, mas a distância me força a gritar, só no papel, a vontade de tê-la de novo.
E é tudo tão natural, tudo tão normal, tudo tão bobo que aos olhos de quem vê pode até parecer estranho. Mas na mente de quem sente, torna-se irresistível. Um martírio, te ver de longe e saber que não poderia te tocar, saber que você está tão perto e ao mesmo tempo tão longe... a mais longa espera, algumas cenas até chocantes, o sol escaldante, a fome e a sede são meras imposições do tempo pra que me façam desistir de aguardar por você . Isso tudo é muito pouco pra conseguir me convencer do contrário, isso tudo é muito pouco perto do prazer que só você pode me dar, tudo isso eu agüento calado só por saber que no fim receberia minha recompensa que é sua boca colada na minha, o silêncio de dois no meio de muitos.
Existem coisas indescritíveis nessa vida. A saudade é algo desse tipo, pois machuca pra depois trazer alegria. Se analisarmos bem, a maioria das situações age de forma contrária, mas a saudade não. "Saudade já tem nome de mulher, só pra fazer do homem o que bem quer." Por mais que cometa a indelicadeza de me dizer que o que mais me interessa em você é sua boca (em parte, uma verdade) admito ferozmente que sinto uma vontade imensa de sentir seus lábios mais uma vez sempre que te vejo indo ao longe, sempre que, fraco, deixo você ir; sempre que você insiste em fugir de mim.
E todo esse fervor intenso que sobe por dentro, toda essa quentura sem tamanho, todo o fogo da paixão adolescente que tomou conta de nós é resultado pura e simplesmente do jeito especial que só você sabe fazer quando me beija. Pensamentos pecaminosamente lindos que passam pela minha mente, esses mesmos que provocam medo na sua , aumentam ainda mais a vontade de que os dias voem a fim de te encontrar de novo. Deus caprichou em você, meu amor...
O que me sufoca, o que me faz respirar. Quero sua língua pra mim todo dia, toda hora, agora... estou visivelmente viciado nesse costume que tomou conta de mim, essa festa que rola na minha boca, essa droga lícita que faz de mim um dependente irremediável de você. Quero voltar a ser criança, te chamar aqui em casa pra gente brincar de beijar de novo. Isso é uma tortura pra mim...
P.V. 18:08 17/07/08

sábado, 12 de julho de 2008

Ahh, Deus...

Em vista do trabalho do poeta, ponho-me em posição de admirador da arte alheia. Arte esta que possui a função de inspirar a mente de quem tem fome por escrever. Em mim ocorre essa vontade louca de comer, que me deixa gordo de palavras. E é bem verdade que o sinistro atrai o público, assim como choca. Tudo que causa espanto torna-se, consequentemente, interessante à minha pessoa.
Apenas uma vez na vida passamos pela situação derradeira, aquela que jamais, de fato, nos esqueceremos ou sequer lembraremos. O medo, companheiro inseparável do ser humano, vive rondando essas cabeças que sabem de seu destino. Minha cabeça está voltada para o presente, mas o que está por vir ainda me impressiona e meu desejo, não escondo de ninguém, é que se prolongue ao máximo os momentos que estiver por aqui. No entanto, nada é pra sempre. Tudo é finito. Meus dias estão contados. É a única matemática onde a soma é impossível.
E que agonia deve tomar conta do desgraçado, o qual passa por tal situação macabra!
Preso, sufocado por seu próprio ar que não mais produz. Inútil, talvez até esquecido, contagem regressiva para o nada. Bem vestido, arrumado e perfumado, para quem? O encontro com a terra é inevitável, marcado desde seu nascimento, local? À sete palmos. Decerto que o pensamento, aliado fiel da consciência, não mais o acompanha, tem seu pensamento voltado para a indagação esperada sobre o que está por acontecer. Que mistérios estão escondidos por trás da linha que delimita o fim? Não deveria parar ali? E por que, tanto barulho no momento em que somente o vazio do silêncio ocupa um espaço em desuso?
O pensamento voa em quem tem pouco tempo pra tomar decisões, ainda que essas mesmas decisões não possam mais valer de nada, uma vez que os parafusos já foram, devidamente, presos. No momento em que as circunstâncias, enfim, dão lugar à conformidade, lembra-se de quem tanto lhe prometeu tudo. Lembra-se de quem tanto escutou, de quem tanto lhe atendeu, de quem lhe deu a vida que, agora, não possui mais. Deus, com todo seu poder e responsabilidade, onipresente, até mesmo de dentro de caixas de madeira, pode ouvir as queixas que lhe dirigem. A sagacidade de quem teve o prazer de criar o próprio homem não se deixa levar pelas indagações profundas de alguém que nem mesmo vivo está. Claro que o caminho da luz, o túnel longo e escuro, ainda vão ser o percorridos, Ele sabe disso.
Deus, sacana em suas decisões, por mais que esteja sempre correto, comprando canetas vagabundas revendidas no camelô de Satanás (o que comprova o fato de escrever certo por linhas tortas), deixou de lado, por um instante, os pedidos incessantes ao redor do mundo (a grande maioria, desesperados para ganhar na Mega Sena), e redigiu em seu caderninho do bolso direito (no esquerdo, fica o tão temido livro negro, onde nosso nome deve estar) o destino pós-morte do desgraçado que fez o favor de importunar o Todo-Poderoso, logo na hora do jogo, na hora em que apertava o botão da máquina de milagres pra que Obina, seu filho, pudesse fazer o gol. Mas Deus não guarda rancor, depois de feitas as importantes anotações, puxou o infeliz pelo pé.
No céu, azul e branco, leu o que tinha que ler, parte de sua dura profissão, ossos do ofício: "Você, fulano, que já trabalhou em diversos lugares, todos de muita honestidade. Sempre foi um bom pai, um marido mediano, é verdade, mas que nunca deixou nada faltar para sua família. Esforçou-se desde o início de sua vida almejando um lugar à sombra. Admiro toda sua força de vontade em poder fazer todas essas coisas, mas admito que certas vezes em que Eu, por um momento de lazer jogando um baralhinho com Pedro, outras vezes num futebol com Judas, aquele fominha, dei sorte ao azar e o Cão Miúdo, sempre sem-vergonha, pôde fazer um bonequinho vodoo de sua pessoa e atormentar sua singela cabeça com petelecos indigestos. Eu sei a causa de sua enxaqueca, querido fulano. E também sei que naquela vez em que fiquei preso no trânsito, devido ao caos aéreo dessa área da América do Sul, o Chifrudo, com seu tridente infernal, derrubou sua ferramenta de trabalho, aquela escada velha e malfadada. É, fulano... eu sei de tudo isso, até porque eu sou Deus né? Mas devo dizer que apesar de tudo, a corte suprema, em vista dos fatos apresentados, decidiu por unanimidade que você vai sentar no colo do Capiroto 7 vezes ao dia pelos próximos 103 anos. Esse tribunal encerra as atividades por hoje!"
E, ao saber daquela notícia terrível, virou-se pra Deus e, sem reação, só pôde dizer: "O quê ?"
E Deus, sacana como sempre:
"Pegadinha do Mallandroo!!!!"
P.V. 20:03 12/07/08

sexta-feira, 11 de julho de 2008

deixa pra lá..

"Tô com sintomas de saudade
tô pensando em você..."

Devo ressaltar aqui a evolução do gostar. Essa coisa horrível que acaba tornando-se inevitável por mais que se negue, por mais que se deseje o contrário, sabendo que o sentimento solto, livre pra ser dado é melhor que o preso, refém de desejos proibidos. Porém, nem sempre fazemos o que julgamos ser melhor. A verdade mesmo é que ainda não sabemos o que pode ser a melhor solução em um caso, até que o concreto tome o lugar do abstrato da imaginação. Por mais que pensemos em tudo o que pode acontecer em dado momento da vida, nunca será realmente daquele jeito que se sonhou. Talvez melhor, talvez pior. Mais chances na segunda opção.
Aí, o crítico literário me diz que eu tenho um pensamento pessimista. Jamais!
Ainda está pra vir à Terra alguém mais positivo, esperançoso, otimista que eu. Mesmo que esteja por um triz de perder a guerra, manterei meus homens a postos, lutando até o fim em busca do título de herói ao voltar à pátria. Ainda que estejamos perdendo de goleada, continuarei à frente da televisão até o término dos últimos minutos de acréscimo. Aplica-se bem a essa situação, o lema que o poeta lançou: "Frente ao impossível, tentaremos." É o mesmo que ocorrerá se meu amor crescer a tal ponto que me deixe à beira de enlouquecer por saber o quão difícil é a decisão que devo tomar. Continuarei aqui, sem desistir do sonho.
E é justamente dessa crescente contínua que explano agora. A falta provoca tumultos intensos dentro de uma pessoa, o "quase" faz uma bagunça ainda maior. Não sei se estou autorizado por mim mesmo a dissertar sobre a verdadeira zona que é meu coração, porém qualquer dia desses deixo aqui esse registro fenomenal.
O fato é que, com o passar do tempo, uma certeza está cada vez maior em minha mente. E certezas são muito perigosas em quem sabe as consequências que as mesmas podem causar. Deixo estar.
P.V. 20:44 11/07/08

fatos cotidianos...

A caminho da construção do futuro, dentro desse transporte alternativo maravilhoso e funcional, reflexo da força do povo substituindo a ignorância do governo, encontram-se as misturas mais heterogêneas desse nosso mundo carioca. As figuras mais folclóricas, essas que eu faria questão de conhecer, só pra degustar com mais prazer o desenrolar das horas, desde o motorista aos passageiros, sem esquecer, é claro, do tão notável cobrador, centro das atenções, malabarista do trânsito, grande contador de histórias, matemático perfeito em suas diversas contas por segundo, dono de grande poder de persuasão, e até mesmo xavecador barato na arte da conquista às clientes com roupas mais curtas.
Em hipótese alguma, passaria meu tempo a prestar atenção na conversa alheia. Porém, num desses eternos silêncios, o som da camaradagem irrompeu a barreira do oculto sussurro calado e brindou-me com a felicidade de ouvir banalidades cotidianas, para meu mais nobre deleite.
O coroa falastrão mostrando o contraste evidente entre sua pele e cabelos. O preto e branco que se perde no colorido de sua imaginação. Típico mentiroso que faz de suas lorotas, a marca registrada de alegria garantida. Há quem acredite. Seu companheiro de viagem, notavelmente mais novo, apresentando, de fato, a adversidade do contraste oposto. Sobre a veracidade de suas palavras, prefiro não opinar por não ter tido tempo hábil de comprovar minha sutil análise. Sentados, lado a lado, o mestre e seu aprendiz, travavam um diálogo intenso e ininterrupto, tendo seu início no momento em que passaram em frente a uma dessas locadoras de DVD que mostram em sua entrada, os filmes de maior destaque. O coroa disse:
__ Esse filme, O Gângster, é muito bom..
__ É mesmo? disse o jovem.
__ Com certeza, é um dos melhores que eu já vi. Esses atores são muito bons. O tal do Steven Spielberg é muito bom ator. Esse filme, eu comprei lá na feira perto de casa...
__ Comprou pirata?
__ Claro. Pirata é mais barato. Sabe qual o outro que vi?? Alien vs Predador II.
__ Porra, já tem o II? Eu não vi nem o I ainda...
__ Mas não presta não, esse filme é uma merda. Uma merda!
__ Mas será que vai ter continuação?
__ Ahh sei lá.. Sabe como esses caras são né?? Esses diretores sempre arrumam jeito de botar mais filme. Se bem que pode ser que tenha. No fim do filme, morreu todo mundo. Esse filme é uma merda! Os caras mataram os bichos. Mataram mesmo! Com uma porra de uma bomba atômica do caralho. Mas tu sabe né? O Predador vem do céu, ainda pode voltar. O Alien bota ovo no chão e aquela bomba só mata quem estiver no meio. Acho que vai ter o III...
__ Tomara que tenha o III.
__ É igual aquele outro. Não sei se tu viu. O Anaconda vs Dragão de Comodo.
__ Ahh, não vi nem Anaconda I, Anaconda II, Anaconda III...
__ Porra esse é muito bom, começou com o bicho pegando lá na selva, a anaconda comendo todo mundo, o dragão também. Até que o dragão ficou com raiva porque a anaconda tava comendo mais gente que ele. Aí foi que a porradaria começou, mané!! Porra, mas aí vieram uns caras e jogaram uma porra de uma bomba atômica do caralho na ilha e matou os bichos todos! Logo na hora que a porrada ia comer, acredita?
__ Que pena hein!
__ É, tudo bem... ainda tenho alguns filmes muito bons lá pra ver... essa feirinha, perto de casa, vende muitos filmes bons.
P.V. 13:01 11/07/08

quarta-feira, 9 de julho de 2008

((υcм))'


Frente ao impossível, tentaremos... mesmo que a negação caia sobre nossos ouvidos, tentaremos... ainda que o improvável ocorra, tentaremos... seja noite, seja dia, frio ou calor, tentaremos... E essa tentativa não há de falhar pois nossos deuses estão a nos acompanhar em cada empreitada, em cada investida, em cada situação que por ventura possa vir a atrapalhar a missão que tanto almejamos.
Frente ao impossível, tentaremos... mesmo que digam que não somos capazes, tentaremos... mesmo que a maldição de Jorge santo derrame-se sobre nós, tentaremos... se doentes estivermos, também tentaremos... Temos a chance de levar alegria a quem merece e não desistiremos jamais desse sonho que alimenta o imponderável de nosso pensamento, essa dádiva que recebemos e temos o dever de não virar as costas para tal responsabilidade.
Frente ao impossível, tentaremos... seja para o bem ou para o mal, tentaremos... quando a nuvem negra se aproximar de nosso céu azul, tentaremos... assim que o conflito incontestável explodir em nossa frente, tentaremos... Temos noção de quanto poder possuímos em nossas mãos e todo o efeito que isso pode causar, sendo assim, tornamo-nos ainda mais competentes naquilo que estamos destinados a fazer, naquilo que fazemos sem pedir nada em troca a não ser o reconhecimento e sincero amor.
Faço parte de uma União que visa o amor. Esse amor que fez a União crescer.
Pra quem julga o amor, uma coisa impossível, saibam que tentaremos...
P.V. 20:56 08/07/08

segunda-feira, 7 de julho de 2008

vivendo e aprendendo..

Você acha mesmo que me orgulho de estar aqui nessa segunda-feira vazia, sentado de frente pro computador, conversando com pessoas que, muitas vezes, eu nem sequer conheço? A perda de tempo que situações como essa me ocasionam é de extrema e profunda tristeza no meu pensamento. Reconhecer e viver uma experiência e não fazer nada para reverter o acontecimento provoca sensações que caminham em vales, diria até, incompreensíveis. A minha vida sempre foi incompreensível de qualquer maneira, não seria agora que mudaria. Mas, mesmo com toda a consciência de ter a noção exata do que faço, ainda admito uma certa “safadeza” em relação a isso. Eu gosto...
Pra falar a verdade, atualmente o mundo anda tão banal que simples gestos provocam a alegria necessária pra mover vidas. Sempre preciso que me empurrem pra que a locomotiva de verdades volte a andar. Não cometeria a indelicadeza e, ainda, a inverdade de dizer que vivo depressivo e triste, que nada nesse mundo me deixa feliz, que odeio todos que estão em minha volta, pois seria da maior mentira que poderia um dia dizer a alguém. Decerto, também admito que poderia sorrir mais.
Faço dos meus momentos, os últimos. Tento sempre extrair o máximo de felicidade de tudo que me rodeia, vivo cada segundo de uma vez e não olho pra frente, muito menos para trás. O que passou não volta e o que virá é incerto. O arrependimento dos atos que se pratica é inevitável e, só assim, uma pessoa pode tentar se tornar o mais perfeita possível, reconhecendo seus erros, absorvendo o aprendizado, tornando-se melhor cada vez mais. Claro que o erro não significa a garantia de melhora, assim como qualquer desenvolvimento não depende apenas do reconhecimento de um equívoco.
Justamente devido a isso, continuo aqui de frente pro computador, deixo a segunda feira correr pelos meus olhos enquanto pessoas diversas chamam meu nome.
Eu continuo escrevendo...
P.V. 13:20 07/07/08

quinta-feira, 3 de julho de 2008

o sussurro de um silêncio

No meio de tanto barulho, seria possível perceber o simples sussurro do silêncio se prestássemos mais atenção aos detalhes que nos rodeiam, chocam-se com nossos olhos a cada momento e não percebemos a grandeza dessa alegria. Perdem-se os mais belos fatos, as mais lindas histórias de felicidade plena por não olhar pro lado e enxergar quem tanto te quer. Já deixei de ser bobo faz tempo e ainda continuo cometendo os mesmos erros, alguns tão bisonhos que nem acredito. Prova de que a imperfeição ainda insiste em querer me derrubar nessa briga eterna pela invencibilidade. Tenho bom senso e sei dos meus limites, piso somente em terrenos que me ofereçam segurança, talvez por isso esteja tão focado nesses meus últimos objetivos. Estou certo do meu futuro. Estou certo da minha felicidade. Estou certo que a certeza de meu pensamento não está errada. Por isso sigo caminhando, sem pressa, a passos curtos bem elaborados, ainda com o medo de errar, o que faz o caminho ser ainda mais bem percorrido pelos pés. Pés esses que já percorreram longas estradas. Falo sem medo da hipocrisia ou do julgamento alheio. Sei que ainda sou novo e tenho muito o que viver, e todos estão anos na minha frente, com toda sua história, todo seu conhecimento e experiência. Mas, pra falar a verdade, não significa muito.
Quero ser imortalizado.
Minha maior tristeza será quando morrer. Tenho muito que fazer por aqui ainda e não estarei nunca preparado para o derradeiro momento, esse que é cercado pelo mistério. Talvez deva me filiar a alguma religião que me garanta a volta, ou então a vida eterna, até aceito a estadia no céu pós-sofrimento aqui na Terra. O fato mesmo é que o homem se torna imortal, não pelos seus atos, mas sim pelo efeito que esses atos tenham provocado nas pessoas. Seja para o bem, ou seja para o mal, os gênios de todos os tempos foram imortalizados em todos os aspectos.
Admiro a inteligência humana e seu desenvolvimento ao passar do tempo. Crescer é cultivar dentro de si um conhecimento básico que lhe foi ofertado em sua infância, independentemente dos fatores que lhe cercam. Fui criado dentro de uma favela e nem por isso sou bandido, muito menos tenho vontade de ser. Acho que o fato de estar cercado pelo equívoco, deveria nos afastar ainda mais do erro. É a forma que penso.
Portanto, mais uma vez mostro o quanto me interesso pelo amor. Nada a ver, você deve pensar.
Mas, saiba que o amor é a mais bela forma de se usar a inteligência. Saibam filtrar a emoção, deslocar o sentimento da mente para o coração, discernir a razão dos impulsos que nos fazem corar. O amor, bem utilizado, poderia até parar a guerra. Do fundo do meu coração, sempre fui sincero com todos, o que mais desprezo no mundo é a mentira. Amor e mentira são as únicas coisas que jamais irão combinar nessa vida. Até acredito que deveriam criar dicionários diferentes a fim de separar essas palavras. Um amor de mentira não é um amor verdadeiro, e uma mentira por amor é uma mentira, simplesmente não existe.
Não deixe de olhar pro lado sempre que lembrar. É lá que está a verdade do amor...
P.V. 19:06 03/07/08

pra ser sincero..

“Nós dois temos os mesmos defeitos
sabemos tudo a nosso respeito
somos suspeitos de um crime perfeito
mas crimes perfeitos não deixam suspeitos..”

Foi da maior sinceridade, o pensamento que povoou minha mente nessas últimas noites mal dormidas. Usualmente, não costumo me prender às imaginações super férteis da minha cabeça, até por motivos óbvios de evitar que verdades que não me interessam venham à tona, mas na falta do que fazer, no ócio que às vezes me engole, me peguei pensando na vida. Deixando de lado todo o “profissionalismo”, por assim dizer, as coisas que chamo de responsabilidade social para comigo mesmo, estudos e afins, prefiro sonhar com tudo que seja romântico e agradável. Com a certeza de que não mando nos meus sonhos enquanto estiver dormindo, me especializei em sonhar acordado. Bem mais vantajoso, senhoras e senhores... voltando a realidade da minha utopia, tenho verdades a declarar, explanar a ouvidos que querem ouvir, apesar de não serem usados tanto quanto sua vizinha, a boca.
Sempre tive problemas em me comunicar da melhor forma possível, nunca consegui, de fato, expressar todo o sentimento que mora dentro de mim, falando. Aqui escrevendo, vejo tudo num clipe lento que passa na minha mente, todas as idéias agrupadas e simples, todos os argumentos a serem ditos, tudo o que sinto da maneira mais prática de se fazer explicar. E tenho certeza que conseguiria te fazer entender. Nem é tão complexo assim.
Pessoas que fazem toda a diferença são pessoas que nasceram pra somar. Não conseguiria jamais definir alguém assim. Até procuro entender o comportamento, mas o convívio torna suas atitudes improváveis e imprevisíveis. Talvez o dia em que souber sua próxima palavra, seja o começo de uma monotonia que me faz temer o futuro. Continue me surpreendendo, por favor. E nessa idéia de definições, a curiosidade despertada pela falta de sono em minha cama nessas últimas noites quentes, fez de mim, o pecador que insiste em pensar. Mas dessa vez, não teve conseqüências ruins, felizmente. Só fiquei viajando em como é possível que duas pessoas que não tinham nada a ver, em tão pouco tempo, percebam como estavam perdendo tempo... mas, por outro lado também acho que isso não existe e aconteceu como deveria acontecer com o destino que se esbarra pela vida afora. Casais assim me inspiram, me deixam feliz. Como eu tento e tento e tento, mas não consigo definir esse tipo de coisa, plagio a música do poeta que explica as situações de indagação que se abatem sobre mim. Tudo se explica com palavras...
P.V. 13:24 03/07/08