
A noite sem a Lua é clara do mesmo jeito. A noite com a Lua é escura da mesma maneira. Só quero reforçar a idéia de que "achar" alguma coisa não te dá certeza alguma. Acordado, durante o dia, podemos imaginar como será o anoitecer, mas nunca saberemos com razão o quão escuro estará até o vivermos de fato.
Notar a ausência da Lua nessa noite foi um fato quase despercebido aos meus olhos, o que, talvez, prove uma mudança de comportamento ou, o que eu acho mais provável, um brilho mais intenso que ofuscou a graça do astro mor das noites. Sem paralelismo, separemos o animado do inanimado e vamos analisar friamente (porque no frio tudo é mais gostoso) o efeito que provoca em mim, a beleza sincera da naturalidade evidente.
É estranho como começo a dissertar sobre alguma coisa e minha atenção é atraída por algo diferente que, no final, prova ser o mesmo de antes. Loucuras de um ser complicado que insiste em complicar ainda mais.
Só sei que estava um tanto quanto ansioso nesse dia e tudo correu da forma mais linda. Com alguns contratempos, é verdade, mas nada que não se supere com uma boa dose de terapia intensiva. Cada dia que passa a gente enxerga melhor as cores do futuro e tenta pintar o quadro que será o nosso habitat de destino, com a idéia fixa de ser aquilo que fomos projetados a ser. Não chega a ser uma necessidade de se crer em algo que foi pré escrito, é simplesmente uma compreensão maior do que está mais que claro nos olhos de quem vê.
A complexidade do sentimento é simples quando dois viram um.
P.V. 23:34 23/07/08
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