sexta-feira, 25 de julho de 2008

matemática existencial

Tive uma idéia errada, admito. Sou homem suficiente para assumir meus equívocos e, dessa vez, como outras tantas, articulei um pensamento que não correspondeu às expectativas que eu já refutava com todas as minhas forças. Foi na verdade uma coisa boa, já que o meu desejo, por mais que fosse inesperado, ocorreu. A gente fica nervoso à toa por coisas que, na verdade, são simples, principalmente na cabeça de quem vive a situação.
A noite sem a Lua é clara do mesmo jeito. A noite com a Lua é escura da mesma maneira. Só quero reforçar a idéia de que "achar" alguma coisa não te dá certeza alguma. Acordado, durante o dia, podemos imaginar como será o anoitecer, mas nunca saberemos com razão o quão escuro estará até o vivermos de fato.
Notar a ausência da Lua nessa noite foi um fato quase despercebido aos meus olhos, o que, talvez, prove uma mudança de comportamento ou, o que eu acho mais provável, um brilho mais intenso que ofuscou a graça do astro mor das noites. Sem paralelismo, separemos o animado do inanimado e vamos analisar friamente (porque no frio tudo é mais gostoso) o efeito que provoca em mim, a beleza sincera da naturalidade evidente.
É estranho como começo a dissertar sobre alguma coisa e minha atenção é atraída por algo diferente que, no final, prova ser o mesmo de antes. Loucuras de um ser complicado que insiste em complicar ainda mais.
Só sei que estava um tanto quanto ansioso nesse dia e tudo correu da forma mais linda. Com alguns contratempos, é verdade, mas nada que não se supere com uma boa dose de terapia intensiva. Cada dia que passa a gente enxerga melhor as cores do futuro e tenta pintar o quadro que será o nosso habitat de destino, com a idéia fixa de ser aquilo que fomos projetados a ser. Não chega a ser uma necessidade de se crer em algo que foi pré escrito, é simplesmente uma compreensão maior do que está mais que claro nos olhos de quem vê.
A complexidade do sentimento é simples quando dois viram um.
P.V. 23:34 23/07/08

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