sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O rei

“Estou amando loucamente a namoradinha de um amigo meu.”
E ainda vêm me dizer os loucos desvairados, ditos críticos musicais da mais alta qualidade, ouvintes assíduos das canções do rei, que o mesmo era do maior romantismo que a terra brasileira já pôde fazer germinar. Mas contrario totalmente os falantes dessa tal falácia eterna que se perpetuou na mente da sociedade.
Roberto Carlos era fura olho e ninguém me tira isso da cabeça. Amar a namoradinha de um amigo é da maior sacanagem que pode haver na face da história da evoluição da inteligência humana. Posso dizer sem medo que já fiz parte dessa marginalidade e hoje, do lado de cá, dou meu testemunho que irá alegrar os corações desses que necessitam de ajuda na vida amorosa.
Não... melhor não dar meu testemunho nessa crônica.
“Splish Splash fez o beijo que eu dei nela dentro do cinema.”
E cretino... ainda era safado o homem que leva o título de maior cantor de todos os tempos desse país continental. Agarrando meninas indefesas dentro de salas escuras enquanto os filmes impróprios para pessoas de 18 anos passavam na grandes telas do maravilhoso cinema, sétima arte (ou será a sexta?). Não creio em nada que essas músicas dizem só para que eu não me sinta inspirado a fazer tais coisas e transformar minha vida numa pederastia sem fim, agarrando pessoas dentro do cinema, ainda mais as namoradinhas dos amigos meus.
“Existem mil garotas querendo passear comigo... Bye, bye...!”
Sem vergonha, indecente, poligâmico, homem de mil mulheres, mundano, meu ídolo... é um rapaz bem querido pelas fêmeas daquele tempo, o que me deixa intensamente preocupado, pois as novinhas de hoje em dia já não se interessam mais pelo Rei, porém as mesmas que o desejavam antes continuam desejando. Então que tivesse aproveitado enquanto eram jovens e as meninas estavam com seus respectivos tecidos corporais macios e peitinhos duros e bundinhas empinadas e cabelos coloridos. Porque hoje aquelas que o amavam estão flácidas, gordas, com peitos batendo nas canelas e cabelos mais brancos que as nuvens.
“Se um outro cabeludo aparecer na sua rua... e isso lhe trouxer saudades minhas, a culpa é sua.”
Já foi corno, o dono das mais cantadas músicas do Brasil. Na verdade, ainda não foi corno, mas já prevê a cornitude que há de chegar em forma de longos cabelos como os seus, na rua que muito freqüentou, na cama que muito se deitou, na boca que muito já beijou. Mas não... vejamos também o lado positivo do amor que se esconde pelos becos sórdidos das letras que são soletradas nas canções que tocam em algumas rádios ainda. O sentimento há de nascer na vida dessa mulher que o abandonou, há de vir à tona mais uma vez pra provar que o que é cantado é verdade, somente a canção com suas rimas pode trazer a sinceridade de algo que ainda não aconteceu; o futuro que se diz, só se crê quando acontece. E se aparecer mesmo um cabeludo na rua dela, fudeu... a cama vai quebrar.
“Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer.”
E vejam ali que o rapaz que escreveu a tal música é bem inteligente e ligado a gramática normativa da Língua Portuguesa pois usou a antítese, a antonímia, para que pudesse chegar aos nossos ouvidos a beleza de um léxico abrangente a fim de entreter as noites ou os dias em que estivermos situados. Detalhes são coisas tão pequenas e se fazem tão grandes quando a tarefa é tentar esquecê-los. Realmente choro horrores quando penso nessas palavras assim reunidas, tão bonitas e esclarecedoras para a minha cabeça ainda virgem de tanto amor e sentimento puro de maldade ou indecência por mais que já tenha sido verificado que Roberto Carlos perambula pelos cantos da paixão sem deixar de lado a safadeza de ser fura olho, de agarrar meninas indefesas dentro do cinema e ainda de conjecturar a possibilidade de sofrer adultério.
Que continuem cantando o rei..

P.V. 20:30 11/09/09

Um comentário:

Leilinha disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Mto boom!!