domingo, 27 de setembro de 2009

Ode ao meu erro

A esperteza tem seu fim na última dança da cerimônia
Quando todos já querem se despedir
Quando a banda já não consegue articular música alguma
Quando o mundo dá adeus aos convidados
Quando a vontade supera a razão imposta
Pela sociedade, pelos costumes, pelos hábitos diários

O lugar do amor sincero
É ocupado pelas lágrimas que caem
Ou não.

Sei do que sentem e do que não sentem
Por quaisquer pessoas que estiverem lhes rodeando

Sei mais ainda do que sinto e não é bom
Pois há muito não cortava-me por dentro essa dor
Tão grande que se confunde com qualquer outra coisa
Menos o que de fato ocorre nesse instante que lhes digo
Nesse momento em que entra em mim
Uma adaga falsa de amor
Rasgando-me o peito sem que sangre em mim a minha dor
Mas doendo-me intensamente
A dor que nela se sente.

E meu medo é maior ainda...

Mas não quero saber desse medo pois
É a verdade que se esconde por baixo de minhas palavras
Que me faz ainda pior,
Que me deixa ainda pior,
Que lhe faz ainda pior.

O que foi já está deitado em seu leito
E nada mais nesse mundo terreno poderá
Levantar.

Que fique lá e esperemos o momento certo
Para que o que ainda resta de paixão
Tome conta do sentimento
E não grite mais dor alguma
Não traga mais sofrimento algum
Não seja nosso.

Pois o que era nosso
Parece tão distante...


P.V. 13/09/09

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