E vejam só em que buraco maldito fui me meter justamente pelo motivo banal de colocar minha cabeça em um travesseiro para deitar ao som de qualquer droga de música alta o suficiente pra que meus ouvidos não ouvissem possíveis chamados com relação ao nome meu. Era só uma vontade de dormir e acordei assim, imensamente preocupado com o destino da vida e tudo que se faz certo até o presente momento, mas que por enquanto já vai se desfazendo em minha mente.
Mas se Deus é o todo poderoso, já nem sei mais o que pensar.
Estavam todos lá, reunidos ou não, mas eu ouvia papos tortos pelas esquinas dos Ministérios que se espalham por todo aquele espaço criado pelo velhinho que nunca morre, Niemeyer. Por falar nisso, que maldição, esse velhinho hein... tá sempre com um pé lá e nunca leva o outro, todo mundo tem dúvidas se ele ainda está vivo, tá sempre morrendo mas nunca morre. Isso é propaganda enganosa. Mas é um bom e inteligente homem, que fique por aqui mesmo.
Então como eu ia dizendo, pois as idéias atrapalham meu pensamento, ouvia aquele murmurinho sobre tudo que desconhecia até o momento. Era Jesus, Sarney, Deus, Alá... uma turminha bem original...
Quis ir chegando pra poder ouvir melhor a conversa que se desenrolava por ali pois minha curiosidade já matou dezenas de gatos. Um balaio de gatos como bem dizia o Seu Oscar, herói da repartição da vida.
Dizia Deus em tom de notável convencimento aos ouvidos de Sarney:
“Pois veja bem, seu Sarney, meu filho está aí pro que der e vier, e não se sinta mal em realizar os pedidos que venho lhe fazendo. Não sou homem de jogar nada na cara de ninguém, mas por muitas vezes já lhe vi aqui da Terra ajoelhado em frente a sua cama com as mãos estendidas aos céus pedindo desesperadamente que eu lhe ajudasse a fazer com que os homens da lei e do judiciário não cassassem seu tão querido mandato. Pois isso não deve influenciar sua decisão, filho. Jesus está aí e já não sei mais o que fazer, já não quer mais cortar aquele cabelo, a barba já não faz há alguns anos e o resto do céu começa a dizer mal dele. Não quero ficar mal falado entre os anjos que são bem fofoqueiros lá em cima. Justamente por isso que desci de tão longe pra poder lhe fazer esse humilde pedido. Não sei se sabes, mas até outro dia meu filho estava carregando cruz nas costas. Não é esse futuro que eu quero pra ele, não botei filho no mundo pra isso. Se o senhor puder arrumar uma vaguinha pra ele aí numa dessas cadeiras que sempre abrem-se no Senado eu ficaria muito feliz, e seu lugar no paraíso talvez estivesse praticamente assegurado...”
Barbaridade, rapaz... fiquei realmente perturbado com essa cena louca. Pensei um pouco mais sobre o que tinha ouvido e quase caí pra trás. Mas me reconstituí e abri mais uma vez os olhos.
Mas se Deus é o todo poderoso, já nem sei mais o que pensar.
Estavam todos lá, reunidos ou não, mas eu ouvia papos tortos pelas esquinas dos Ministérios que se espalham por todo aquele espaço criado pelo velhinho que nunca morre, Niemeyer. Por falar nisso, que maldição, esse velhinho hein... tá sempre com um pé lá e nunca leva o outro, todo mundo tem dúvidas se ele ainda está vivo, tá sempre morrendo mas nunca morre. Isso é propaganda enganosa. Mas é um bom e inteligente homem, que fique por aqui mesmo.
Então como eu ia dizendo, pois as idéias atrapalham meu pensamento, ouvia aquele murmurinho sobre tudo que desconhecia até o momento. Era Jesus, Sarney, Deus, Alá... uma turminha bem original...
Quis ir chegando pra poder ouvir melhor a conversa que se desenrolava por ali pois minha curiosidade já matou dezenas de gatos. Um balaio de gatos como bem dizia o Seu Oscar, herói da repartição da vida.
Dizia Deus em tom de notável convencimento aos ouvidos de Sarney:
“Pois veja bem, seu Sarney, meu filho está aí pro que der e vier, e não se sinta mal em realizar os pedidos que venho lhe fazendo. Não sou homem de jogar nada na cara de ninguém, mas por muitas vezes já lhe vi aqui da Terra ajoelhado em frente a sua cama com as mãos estendidas aos céus pedindo desesperadamente que eu lhe ajudasse a fazer com que os homens da lei e do judiciário não cassassem seu tão querido mandato. Pois isso não deve influenciar sua decisão, filho. Jesus está aí e já não sei mais o que fazer, já não quer mais cortar aquele cabelo, a barba já não faz há alguns anos e o resto do céu começa a dizer mal dele. Não quero ficar mal falado entre os anjos que são bem fofoqueiros lá em cima. Justamente por isso que desci de tão longe pra poder lhe fazer esse humilde pedido. Não sei se sabes, mas até outro dia meu filho estava carregando cruz nas costas. Não é esse futuro que eu quero pra ele, não botei filho no mundo pra isso. Se o senhor puder arrumar uma vaguinha pra ele aí numa dessas cadeiras que sempre abrem-se no Senado eu ficaria muito feliz, e seu lugar no paraíso talvez estivesse praticamente assegurado...”
Barbaridade, rapaz... fiquei realmente perturbado com essa cena louca. Pensei um pouco mais sobre o que tinha ouvido e quase caí pra trás. Mas me reconstituí e abri mais uma vez os olhos.
Estava lá agora a falar nos ouvidos de Sarney, Alá, o deus dos muçulmanos:
“Pois veja bem, seu Sarney, já vou direto ao assunto pois não gosto de toda essa enrolação como diz aí o velhinho do cabelo branco que estava a prosar em seu ouvido instantes atrás. Tô com sete virgens pro senhor lá no céu. Mas geral já tá ligado que o esquema pra desenrolar essas sete virgens é se matando em meu nome, jogando aviãozinho nos prédios, estourando bombinhas nos mercados públicos, mas tem que deixar um videozinho no youtube antes pra todo mundo ficar sabendo que eu que sou o fodão que faz a galera se matar. Pois bem, não quero o mesmo destino desses babacas pro senhor. Mas quero sim que tenha essas sete virgens, pois sei que ainda dá no coro e se não der, tem um pacote de Maradona do Amor lhe esperando com 74 comprimidos do azul mais forte que possa existir lá junto das virgens. Vou lhe dar o papo: meu filho mais novo Mohammed Mohammed Moha-Mmed está desempregado há algum tempo e se sobrar alguma vaguinha por aí na Câmara, ou no Senado, ou no escritório do senhor, a gente ia ficar bem feliz. Ele não tem experiência não, mas já leu o Alcorão algumas vezes, se isso ajudar...”
E a droga da música que tocava acabou, e acordei.
Foi provado que no silêncio se ouve bem mais do que se queira ouvir, no escuro se enxerga bem mais do que é a verdade, nos sonhos se vê coisas das quais não se pode acreditar...
Agora pra ser sincero, quem conseguiu a vaga eu nem sei mais. Mas as propostas eram sim, bem tentadoras.
P.V. 18:19 07/10/09
“Pois veja bem, seu Sarney, já vou direto ao assunto pois não gosto de toda essa enrolação como diz aí o velhinho do cabelo branco que estava a prosar em seu ouvido instantes atrás. Tô com sete virgens pro senhor lá no céu. Mas geral já tá ligado que o esquema pra desenrolar essas sete virgens é se matando em meu nome, jogando aviãozinho nos prédios, estourando bombinhas nos mercados públicos, mas tem que deixar um videozinho no youtube antes pra todo mundo ficar sabendo que eu que sou o fodão que faz a galera se matar. Pois bem, não quero o mesmo destino desses babacas pro senhor. Mas quero sim que tenha essas sete virgens, pois sei que ainda dá no coro e se não der, tem um pacote de Maradona do Amor lhe esperando com 74 comprimidos do azul mais forte que possa existir lá junto das virgens. Vou lhe dar o papo: meu filho mais novo Mohammed Mohammed Moha-Mmed está desempregado há algum tempo e se sobrar alguma vaguinha por aí na Câmara, ou no Senado, ou no escritório do senhor, a gente ia ficar bem feliz. Ele não tem experiência não, mas já leu o Alcorão algumas vezes, se isso ajudar...”
E a droga da música que tocava acabou, e acordei.
Foi provado que no silêncio se ouve bem mais do que se queira ouvir, no escuro se enxerga bem mais do que é a verdade, nos sonhos se vê coisas das quais não se pode acreditar...
Agora pra ser sincero, quem conseguiu a vaga eu nem sei mais. Mas as propostas eram sim, bem tentadoras.
P.V. 18:19 07/10/09
2 comentários:
ssrsrsrrsrsrs!!!!
Q desgraça de música é essa q vc estava ouvindo?
rsrsrsrsrsrsrss!!!!
Você escreve muuuito bem, meus parabéns!
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