E se for, de fato, uma intenção assim tão nobre de ir em busca daquilo que não se conhece, se a vontade for de sair pelo mundo afora, botar o pé no chão logo depois de quando se fecha o portão de casa, se o desejo for grande o suficiente pra que tudo de mais seja abandonado, pra que as importâncias dadas caiam por terra, se assim for, se assim tiver que ser, não será nada tão incrível a busca pelo Sharpei perdido.
Cachorrinho engraçado...
Foi lá uma moça meio loira de olhos duvidosos que despertou a vontade de ter um desses, o amor pela beleza, só isso. Nada que envolva sentimento acontece quando se repara em um cachorro bonito. A não ser que eu já tivesse aprendido a latir.
Mas o que dizem é verdade e não tenho nem um pingo de vontade de contradizer os ditos populares desses homens que se dizem amigos meus, talvez dela também. A busca pelo Sharpei perdido, que não se perdeu, é só uma fase. Há muito mais a se escrever a respeito de uma história pronta pra nascer.
Dormi.
É estranho demais estar ao lado de alguma coisa que não se conhece. Se foram olhos que se cruzaram num sábado à tarde numa dessas festinhas perdidas no mês de março ou se há uma amizade de anos envolvida em tudo que se diz, não faz muita diferença; pois nos sonhos tudo é tão possível que faz a realidade ser chata e tediosa.
Havia lá um cachorro, havia lá uma moça de fios amarelos com olhos duvidosos. Duvidosos, porém lindos. O cachorro também não era de se jogar fora... ainda que me indagassem pela escolha, optaria pela loira, de nome estranho, talvez tirado de algum surfista.
Mulanovich tem o sorriso certo para apaixonar qualquer tipo de pessoa que caminhe ao seu lado ou simplesmente assim nos sonhos de pós adolescentes aborrecidos com a demora do futuro. Mulanovich talvez não saiba do que existe por dentro de seus olhos quando eles sorriem mais forte que seu próprio sorriso e fique confusa em saber que olhos podem sorrir. Mulanovich anda de mãos dadas com outras pessoas diferentes de mim e isso não me deixa menos feliz, pois a simples oportunidade de vê-la andar já satisfaz minhas intenções. Mulanovich é abusada e invade meu sono, só pra que eu acorde com seu rosto na cabeça e coloque no papel as palavras que gostaria de dizer a ela...
Homens não deveriam ser comparados a animais, da mesma forma que as mulheres deveriam ser comparadas a frutas.
Mas durante o sonho que caiu sobre mim nessa última noite de domingo, o dia que vem antes da tão esperada segunda-feira, me coloquei de joelhos num chão frio qualquer enquanto olhava atento para o céu, as mãos coladas em oração. Não pedia nada pra essa vida, agradecia somente tudo o que estava me rodeando. Porém um único pedido foi feito com a nobre intenção de um mortal que há de viver novamente.
Que Deus me jogue na Terra, numa outra oportunidade, em forma de cachorro, um desses mais fofinhos que já nasceram por aqui, que me jogue sem lar, que me jogue com fome, que me jogue largado e carente, que me jogue Sharpei nos braços de Mulanovich.
Há de acabar a falta de lar, a fome, a solidão e a carência.
Há de acabar a vontade de Mulanovich pelo Sharpei.
Há de ser saciada meu desejo por estar em seus braços.
Aí, o celular tocou, estrondoso, e o dono do sonho acordou. Mas Deus sempre me ouve, até nos sonhos...
P.V. 10:37 29/03/10
Cachorrinho engraçado...
Foi lá uma moça meio loira de olhos duvidosos que despertou a vontade de ter um desses, o amor pela beleza, só isso. Nada que envolva sentimento acontece quando se repara em um cachorro bonito. A não ser que eu já tivesse aprendido a latir.
Mas o que dizem é verdade e não tenho nem um pingo de vontade de contradizer os ditos populares desses homens que se dizem amigos meus, talvez dela também. A busca pelo Sharpei perdido, que não se perdeu, é só uma fase. Há muito mais a se escrever a respeito de uma história pronta pra nascer.
Dormi.
É estranho demais estar ao lado de alguma coisa que não se conhece. Se foram olhos que se cruzaram num sábado à tarde numa dessas festinhas perdidas no mês de março ou se há uma amizade de anos envolvida em tudo que se diz, não faz muita diferença; pois nos sonhos tudo é tão possível que faz a realidade ser chata e tediosa.
Havia lá um cachorro, havia lá uma moça de fios amarelos com olhos duvidosos. Duvidosos, porém lindos. O cachorro também não era de se jogar fora... ainda que me indagassem pela escolha, optaria pela loira, de nome estranho, talvez tirado de algum surfista.
Mulanovich tem o sorriso certo para apaixonar qualquer tipo de pessoa que caminhe ao seu lado ou simplesmente assim nos sonhos de pós adolescentes aborrecidos com a demora do futuro. Mulanovich talvez não saiba do que existe por dentro de seus olhos quando eles sorriem mais forte que seu próprio sorriso e fique confusa em saber que olhos podem sorrir. Mulanovich anda de mãos dadas com outras pessoas diferentes de mim e isso não me deixa menos feliz, pois a simples oportunidade de vê-la andar já satisfaz minhas intenções. Mulanovich é abusada e invade meu sono, só pra que eu acorde com seu rosto na cabeça e coloque no papel as palavras que gostaria de dizer a ela...
Homens não deveriam ser comparados a animais, da mesma forma que as mulheres deveriam ser comparadas a frutas.
Mas durante o sonho que caiu sobre mim nessa última noite de domingo, o dia que vem antes da tão esperada segunda-feira, me coloquei de joelhos num chão frio qualquer enquanto olhava atento para o céu, as mãos coladas em oração. Não pedia nada pra essa vida, agradecia somente tudo o que estava me rodeando. Porém um único pedido foi feito com a nobre intenção de um mortal que há de viver novamente.
Que Deus me jogue na Terra, numa outra oportunidade, em forma de cachorro, um desses mais fofinhos que já nasceram por aqui, que me jogue sem lar, que me jogue com fome, que me jogue largado e carente, que me jogue Sharpei nos braços de Mulanovich.
Há de acabar a falta de lar, a fome, a solidão e a carência.
Há de acabar a vontade de Mulanovich pelo Sharpei.
Há de ser saciada meu desejo por estar em seus braços.
Aí, o celular tocou, estrondoso, e o dono do sonho acordou. Mas Deus sempre me ouve, até nos sonhos...
P.V. 10:37 29/03/10
Nenhum comentário:
Postar um comentário