segunda-feira, 29 de março de 2010

Falta justificada

Certas vezes fico pensando comigo mesmo sobre o que posso e sobre o que devo fazer do futuro. Ainda não passou pela minha cabeça alguma possibilidade de impossibilidade. Não que eu tenha chegado à conclusão de que serei capaz de tudo, mas estou bem próximo disso.
Certas ocasiões me mostram uma tristeza tão grande que não há nada mais a se declarar a não ser ficar sozinho durante uma grande parte do tempo que me é oferecido, sentado talvez, ou em pé, mas sempre pensando em alguma coisa para que se alegre o momento e, apesar dos risos, apesar do bom papo, apesar de algumas situações prontas para serem criadas, calo-me e continuo no mesmo local, intacto e inatingível sem nada fazer, sem motivo.
Não gosto de pensar em coisas desse tipo pois sei que nesse momento não me agrada nem um pouco a comodidade que se joga sobre mim, ou então qualquer pensamento que venha querer destruir minha paz nessa noite que ainda está só começando e não promete absolutamente nada até que chegue ao seu fim.
Certas oportunidades deveriam ser criadas e até mesmo já estão acontecendo pra que eu pudesse me levantar e andar no destino que me aguarda, porém a idéia de que se tornem ainda piores os meus pensamentos quando voltar pra casa fazem com que eu permaneça aqui, sentado e solitário.
Minha única companhia são minhas palavras e já não sei se isso é suficiente pra se possa dar seguimento a vida que está por nascer num futuro bem próximo de mim.
Sei de tudo que está lá na frente e é isso que me deixa mais feliz quando me ponho a procurar motivos para que me levante de manhã, quando procuro razões para sair de casa e resolver as obrigações diárias que ainda tenho, em todas as chances que o mundo se mostra maior que eu e minha pequenez se faz imensa.
A verdade toda é que sou um baita medroso.
Tenho medo de enfrentar a dificuldade e por isso que não parto em busca de tudo que me é reservado em forma de bichos, continuo aqui parado para não enfrentar os tédios de sempre, fico aqui pois tenho essa intenção incrível e retardada de brigar com as coisas que se repetem. Mas, porra, se foram minhas decisões de antigamente que me colocaram nessa situação, sinto por dentro, mesmo que não admita, que devo fazer alguma coisa a respeito, ou adentrar de cabeça na opção selecionada, ou então pular fora de tudo que me prende à vida.
Mas não... fico aqui empurrando com a barriga, que se mostra cada dia maior, e nada muda a não ser a palavra em cada parágrafo.
Disse um conhecedor da história que um grande inventor, talvez aquele que inventou a lâmpada, não me recordo o nome, não gostava de ir à escola, fugia diversas vezes da aula, era um grande repetente e não prometia coisa alguma ao seu futuro. Talvez Einstein... não me recordo.
E eu estou aqui, enquanto algum professor fala asneiras aos ouvidos de alunos desinteressados numa sala de aula, gritando assuntos já conhecidos e sem relevância na graduação somente pra que seus respectivos salários sejam depositados na conta em todo início de mês. E isso me dói nos ossos...
A dor faz com que meu corpo não se levante...
Vou continuar aqui com minhas palavras, e peço perdão ao capitalismo que exige a mão de obra qualificada ao nosso mercado.
P.V. 09/03/10 18:39

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