domingo, 7 de março de 2010

Sobre bancos, guerras, enterros e estágios

Talvez seja porque dói a minha cabeça depois do estresse evidente para com as instituições particulares de bancos que não servem para nada a não ser colocar músicas, que nem sequer variam, para tocar em nossos ouvidos enquanto nos iludem o pensamento com uma provável, e já prevista, demora no atendimento, pois tem total noção a respeito de nosso desespero pela voz do outro lado da linha a não nos dar as informações necessárias a nossa vontade; ou talvez seja pelo fato de ter assistido a uma dessas obras primas da história moderna, quem sabe com muitos corpos caídos no chão em seu final, mas na certeza de um olhar crítico e esperançoso de que o homem ainda é capaz de saber o que é certo, com a intenção básica e única de almejar o bem, a paz, a liberdade, quem sabe, o amor. Paralelo simples é esse que vou dizer agora. Talvez tenha eu ligado para o banco com a intenção de querer procurar o amor numa tentativa de liberdade extrema para meu dinheiro que está preso.
Seria meio relativo ou até mesmo hipócrita da minha parte se começasse a crônica com assuntos tão banais e rumasse para os fatores básicos de algo ainda mais banal. Mas a repetição me agrada no dia de hoje e não vou medir esforços para que o dia termine da forma que começou com o fim básico de que isso não aconteça durante o muito tempo que ainda está por nascer justamente pelo fato de ter ocorrido seguidas vezes em um dia único.
E se foram lágrimas das mais diversas que rolaram pelo rosto dos meus amigos na tarde que prometia chuva, não vejo nada de errado caso chorasse também o dono do céu, ciente da tristeza vista aqui embaixo, acostumado com o sorriso estampado em cada uma daquelas feições, espantado, quem sabe, e surpreso, acima de tudo surpreso, tanto quanto eu. Mas deixemos de lado as más energias e pensamentos negativos para saber que estaremos, um dia, todos juntos no nível superior, na camada de cima, na esfera pura e calma, livre de todo mal, dispersos e em comunhão, felizes e notórios. “Um homem também chora, menina morena também deseja colo, palavras amenas.”
E é só a vida se repetindo mais uma vez pra mostrar que nada há de mudar com o passar dos tempos.
Retomo meu caminho sem nada a declarar remoendo de leve entre os dentes a última ação que resultou em catástrofe minha noite, minha tarde, talvez minha manhã. Vou me dedilhando devagar pois sei que o poder está nas mãos de quem possui mais altura no ego que lhe pertence, e no momento que vou passando tento não tropeçar pois dizem que em pessoas como eu, a queda dói mais.
E tudo ainda pode me fazer sorrir quando raiar o sol de amanhã prometendo muito mais do que hoje. Se bem que o dia de hoje também prometia prometer... falhas da vida e sigamos adiante.
Guerreiro que sou não posso baixar minha cabeça justamente no instante em que há tanto para se enxergar lá na frente, quando o destino se desenha das formas mais coloridas aos meus olhos, quando o mundo cabe na palma da minha mão e os deuses da sorte, que não existe, olham por mim de onde quer que eles estejam.
Vou, então, deitar a cabeça no travesseiro com pressa de pegar no sono pelo pé, pra que amanhã torne-se hoje e o mundo possa girar a meu favor mais uma vez como vinha acontecendo.
Deixo estar mais uma vez, só pra ratificar o desejo pela repetição dessa sexta feira.
P.V. 05/03/10 22:06

2 comentários:

Unknown disse...

nosssssssssaaaaa que coisa mais profunda e com muito conteúdo!!!!
esse eu gostei mesmo.

KM disse...

VC TÁ MTO ESTRESSADO HJ (SEXTA FEIRA)
AMIGO.. AMIGO.. AMIGO..
ISSO AÍ.. MERECE UM BISCOITIN NA BOCA..
SÓ Ñ VÁ MORDER A MINHA MÃO, S/ VERGONHA..
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK