sábado, 7 de agosto de 2010

Codinome qualquer coisa

Eu não deveria me preocupar tanto com as fraquezas que assolam meu pensamento em momentos de solidão das noites de segunda feira, mas não posso me deixar levar por ruindades que voam de leve ao redor da minha cabeça enquanto penso nas possibilidades do que o futuro me reserva, do que eu fiz questão de ter, das escolhas que o sentimento me oferece e meu coração que se faz tão... carente.
Falar e dissertar, descrever, dissimular, fingir carência é um pecado dos mais cruéis que meu peito poderia despertar e transpor para meus dedos a fim de dedilhar, de leve, as teclas do meu teclado fazendo nascer palavras tão podres quanto minha intenção quando me ponho a dialogar comigo mesmo.
Revive todos os dias da minha curta vida, as coisas que pretendo fazer ainda, e são tantas, que nem mesmo características eu poderia apontar, nem mesmo chances eu teria de contá-las, jamais conseguiria enumerá-las com o intuito básico de poder organizar o tempo que ainda me resta e as oportunidades que serei obrigado a criar, mesmo que burlando as regras do destino.
E por falar em destino, deixo-me quieto...
Nos tempos em que eu poderia me dizer da forma que sempre quis me dizer e fazia total questão de botar em prática cada um dos pensamentos, cada uma das ações que povoavam minha mente, todas as possibilidades que eu tinha escondidas nas mangas curtas do meu querer, todas as coisas que me rodeavam e me chamavam para brindar ao orgulho, ao ego, ao saber, ao poder que sempre foi meu, que ainda é meu e não mais se faz por força do destino... perdão, mais uma vez o destino...
De coração muito puro eu mergulhei no escuro, aliás, de coração repleto de boas vontades para comigo mesmo, uma intenção básica de me proporcionar a felicidade que sempre almejei, o orgulho do amor, o sentimento que é meu e faço questão de distribuir, o que não existe, o que já existiu, a nostalgia do que era, e hoje não entra mais na minha conjugação de verbo.
Tenho, ainda, um monte de medos para resolver e um monte de aventuras para viver...
Disse lá, alguém na alvura da tez pálida, lembrança hedionda do que me faz querer, brincadeiras a parte e matrimônios declarados em fotografias bem fotografadas, que a ignorância é felicidade, a pureza é alegria, o desconhecido dá mais satisfação, sabe melhor quem sabe menos. Tenho todas as minhas concordâncias a respeito disso e assino embaixo de cada palavra dita.
Sinto falta do tempo em que os rostos tristes na rua me deixavam tristes também. Quando acordo, me olho no espelho, e só assim fico triste.
É bem certo que lembrar de tristezas não é saudável, mas só quem sabe o que é a tristeza pode ficar triste. Ainda morro de inveja dos ignorantes...
Deixei jogadas na última esquina que passei algumas palavras, outras expressões, e um tanto de besteiras que só faziam mal a minha saúde emocional, ao meu ego cada vez mais apaixonado pelo chão, minha felicidade perdida, minhas intenções afogadas, meus desejos, minhas mentiras de amor; o destino em si.
Entendam como armadilhas, os mais sabidos...
Ou entendam como pegadas, os mais ignorantes...
Ainda torço pra que o segundo grupo me descubra primeiro.
P.V. 13:01 07/08/10

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