terça-feira, 17 de agosto de 2010

Na maternidade

Não se deixe levar pela noite porque os olhos podem enganar quem quer descansar e transportá-los pelo mais escuro e lindo destino da vida que são os sonhos, os mesmos que escrevem com imagens perfeitas todos os desejos que mais queremos que se tornem verdade...
Dormi.
As paredes brancas que me cercavam não diziam muito aos meus olhos, o que estava acontecendo também não deveria me ser estranho, muito menos comum, nunca estive nesse quarto, mas o sono me prega peças, queria continuar dormindo...
Deus sabe que eu queria continuar dormindo, mas esse barulho, e a dor na minha cabeça, e que sensação estranha no meu coração como se possuísse já algo, como se algo muito meu tivesse partido de mim, e agora esse vazio... uma saudade estranha apertou meu peito.
As pessoas entravam no meu quarto, uma a uma, e a estranheza ficava cada vez maior uma vez que todos entravam sorrindo, e se sentavam mesmo sem serem convidados, perguntavam se eu estava bem, e de verdade, não me lembrava de estar mal por algum instante.
Não queria mais acreditar no que meus olhos me mostravam, parecia que eu estava com algum problema muito sério e o mundo escondia de mim uma verdade que eu deveria saber antes de todos, o que não havia em mim, estava perdido por aí, e sabiam, e não me contavam, apenas sorriam seus sorrisos estranhos e mal-vindos para amenizar qualquer tipo de incômodo que pudessem estar causando...
Minha mãe entrou, então, com um senhor vestido de branco. Um sorriso tão grande no seu rosto contagiou o meu...
Perdeu-se o tédio e qualquer medo, sumiu-se o pavor e acabou o silêncio, o Sol teve êxito então em adentrar no tal quarto desconhecido, meu sorriso se fez eterno quando foi colocada em meu colo a nova razão da minha existência, entendi de vez o que estava acontecendo, lembrei de tudo e vi como fui boba...
Ser mãe é o meu novo desafio...
E a Cris é uma dorminhoca...
P.V. 23:42 16.08.10

Um comentário:

Karoline disse...

foi lindo , como ela vai ser.. *-*