Dormi.
As paredes brancas que me cercavam não diziam muito aos meus olhos, o que estava acontecendo também não deveria me ser estranho, muito menos comum, nunca estive nesse quarto, mas o sono me prega peças, queria continuar dormindo...
Deus sabe que eu queria continuar dormindo, mas esse barulho, e a dor na minha cabeça, e que sensação estranha no meu coração como se possuísse já algo, como se algo muito meu tivesse partido de mim, e agora esse vazio... uma saudade estranha apertou meu peito.
As pessoas entravam no meu quarto, uma a uma, e a estranheza ficava cada vez maior uma vez que todos entravam sorrindo, e se sentavam mesmo sem serem convidados, perguntavam se eu estava bem, e de verdade, não me lembrava de estar mal por algum instante.
Não queria mais acreditar no que meus olhos me mostravam, parecia que eu estava com algum problema muito sério e o mundo escondia de mim uma verdade que eu deveria saber antes de todos, o que não havia em mim, estava perdido por aí, e sabiam, e não me contavam, apenas sorriam seus sorrisos estranhos e mal-vindos para amenizar qualquer tipo de incômodo que pudessem estar causando...
Minha mãe entrou, então, com um senhor vestido de branco. Um sorriso tão grande no seu rosto contagiou o meu...
Perdeu-se o tédio e qualquer medo, sumiu-se o pavor e acabou o silêncio, o Sol teve êxito então em adentrar no tal quarto desconhecido, meu sorriso se fez eterno quando foi colocada em meu colo a nova razão da minha existência, entendi de vez o que estava acontecendo, lembrei de tudo e vi como fui boba...
Ser mãe é o meu novo desafio...
E a Cris é uma dorminhoca...
P.V. 23:42 16.08.10
Um comentário:
foi lindo , como ela vai ser.. *-*
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