sexta-feira, 6 de novembro de 2009

24 de outubro de 2005

Todo o pesar de um homem mostra-se nos momentos reais
que fazem da vida um mero passatempo.
A alegria exposta é tudo aquilo que sai de quem faz
histórias verdadeiras que hão de se perder no meio do vento.

Num dia fatídico que o nada ocupava a minha mente
e a vontade era maior que a razão
fui obrigado a ter de transformar aquele presente
pra quatro anos depois cantar essa canção.

Todo jogo é um jogo e se torna imprevisível
a partir do momento em que são dadas as fichas.
Nosso lema foi sempre de não tencionar a baixar o nível
mas os que conhecem o fato, não criam rixas.

Foi na segunda que o povo desenrolou o domingo
e partiu pra ação num momento épico.
Segunda de sol, evitando respingos
pra não dar chance a qualquer tipo de ego patético.

E casais formados deram o tom
de um dia que entraria pra essa história.
Fomos em nossa certeza calando o som
deixando o destino agir na luta com a discórdia.

O local apropriado é o que menos se procura
Justamente porque o mundo se esconde lá.
Mas a idéia não mente, muito menos jura
Que a nossa intenção se encontre naquele lugar.

No entanto o futuro não pode se calar
Com o medo de uma possibilidade irreal.
Nossa vontade há de se colocar
Num patamar bem mais alto do que o normal.

Mas nem tudo são flores e nosso jardim
Parecia um tanto quanto desfolhado.
Uma moça querendo cair se apoiava em mim
Enquanto a outra vomitava no colo do amigo ao lado.

A vida se faz em pequenos detalhes
Que ocupam a cabeça durante anos.
Um momento é só um pingo que voa pelos vales
Passa por lagos, rios, montanhas e morre em oceanos.

Aquele momento eu jamais poderei esquecer
Pois mostrou que a felicidade reside no segundo passo.
Se duvidas de minhas palavras, posso lhe dizer:
“Tendo oportunidade, tudo de novo faço!”

P.V. 16:41 06/11/09

Um comentário:

Unknown disse...

esta é uma poesia sem o "eu lírico"
e com o "eu autobiográfico".
Mas uma bela poesia
Usando a métrica intercalada A/C - B/D.......rsrsrsrs