quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Meu nome é FM O Dia - III

Vinha ali uma mulher com um uniforme, uma menina que carregava uma bandeja, talvez com cervejas, talvez com copos, alguma coisa, de fato, era carregada pela moça bonita que ia andando mirando no horizonte algum objetivo tal como atender um cliente, por exemplo. Não há nada nessa vida que ainda não tenha feito a não ser arrancar um beijo de alguém que trabalhe no local que eu tenha me destinado a obter diversão. Pois foi justamente isso que passou pela minha cabeça quando encarei os olhos daquela pessoa do sexo feminino dentro daquele quente uniforme feio e largo. Não me acomodo como já foi dito, e resolvi que ia terminar com esse defeito naquele momento. Por mais que não tenha tido o sucesso total, fiquei satisfeito ao extremo ao desenrolar a conversa durante algum tempo enquanto via um certo sorriso escondido no rosto da minha paixão do momento. Correu de mim sem que eu pudesse arrancar de ti o contato de lábios tão desejado enquanto vislumbrava seu rosto com meus olhos.
E os amigos que me acompanhavam pareciam não acreditar nas simples coisas que eu fazia, o que me motivava ainda mais; pois, entendam, nada mais confortante para um presidente do que seus súditos lhe mostrarem respeito aos feitos realizados.
Tinha lá uma senhora idosa que não mostrava sentimentos em seu rosto marcado pelas curvas sinceras da idade. Assim como me ensinou o Irmão Antônio, pastor dos meus dias mais terríveis, conselheiro maior dos tratos de Deus, dono das expressões mais engraçadas e intuitivas, as mulheres que envelhecem sem medo são as mais lindas criaturas viventes nesse planeta que há de acabar em 2012, como disse o povo que também já acabou, sábios por terem ido antes do mundo. Admirei com sabor todo aquele monte de perfeição que se colocava parada, estática, olhando pro nada sem que qualquer coisa pudesse mudar sua feição eterna. Não pensei duas vezes antes de partir para o ataque, visto que a bola só entra no gol se o atacante chutar. Era impassível, não se mexia, nada falava, não respondia às minhas investidas sinceras cheias de sentimentalismo exagerado. A inércia em que se encontrava fazia de mim um mero bobo em sua frente, uma pessoa que não conseguiria jamais atingir seus pontos fracos, se é que esses existem. Não me dizia sobre o que eu tanto indagava, não me sorria quando lhe contava uma anedota, era simplesmente algo parado sem dar atenção a mim. Conclusão? Apaixonei-me... mas como não poderia ter aquela mulher para mim, resolvi guardar com todo carinho nas paredes da minha memória seu rosto perfeito ao lado do meu. A fotografia estará sempre bem reservada.
Nada mais importante do que as conquistas maravilhosas que iam se sucedendo uma atrás da outra, todo aquele fervo que subia do chão entrando em nossos corpos contaminando sem piedade a mente que ainda se fazia virgem de tanta alucinação e os jovens que corriam de lados para lados sem rumo nem destino; tudo isso era tão lindo aos meus olhos que não queria nem sequer piscar para não perder qualquer detalhe.

Um comentário:

Leilinha disse...

uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiii
como assiiiiim??!!
rrsrrs