Mas nem tudo estava tão perfeito até que tive um encontro inesquecível com as forças negras do poder. Nem tentem mudar a página de seus navegadores, nem tirem as crianças do quarto, simplesmente tenham muito medo do que será dito agora pois ainda sinto meus dedos tremerem quando me lembro das palavras proféticas que me foram ditas num espaço que lembrava, de fato, um terreiro de macumba. Aquela figura gorda com roupas chamativas fez com que eu parasse pra que pudesse retirar dali alguma situação inusitada. Ora vejam só, se meus amigos já não agüentavam mais olhar-me parando em todas as esquinas inexistentes e já se aborreciam com o tempo perdido me admirando ao longe; mas dessa vez fizeram questão de se divertirem com tamanha ousadia que partia de mim. A menina era engraçadinha, no máximo simpática. Na verdade, era um tanto quanto chata. Sempre conhecemos pessoas feias que se acham as mais lindas do mundo e isso me atrai só por ser diferente do normal. Parei pra conversar, nem tinha a intenção de lhe roubar um beijo. E ela ia fumando seu cigarro de leve, comentando sobre as ações do dia, dividindo tragos comigo, quando viu meu celular e pediu pra ligar pra uma amiga que estava perdida no meio do povo da festa. Meu instinto canibal logo se animou e visando aumentar os números da noite lhe fiz a proposta indecente da troca dos créditos por um beijo. Admito que por dentro estava comprando muito caro aquele beijo, mas que se dane... se fez de difícil, joguei sujo, falei mentiras, citei até o santo nome de Deus. Nesse momento se mostrou grande e disse que eu estava brincando com coisa séria, disse que freqüentava centros de umbanda e que justamente naquele momento sua Pomba gira estava lhe dizendo que meus caminhos deveriam ser outros diferentes dos que percorria naquele instante. Juro que tentei me segurar, conter a risada, mas não pude. Foi mais forte que eu. O barulho alto de minha gargalhada única ecoou tão forte que ofuscou a potência das caixas de som da equipe número um do Brasil. Depois da felicidade, a tal menina de nome Sabrina, olhava-me de uma forma tão séria que cheguei a acreditar no que dizia, deveras. E eu rindo-me sem graça, procurando meios de arrancar o beijo que já despertara em mim uma vontade louca de ter essa retardada macumbeira.
Disse-me um amigo que o perigo excita, talvez por isso o motivo da minha libido. Fez sua ligação e eu cobrei meu beijo. Negou-me. Tive-o à força. Ela gostou. Mas antes de me retirar rumo às próximas conquistas, disse em alto e bom som que um tal de Zé Pilintra iria me buscar em algum lugar e que eu tomasse cuidado na minha caminhada. Incrédulo, falei pra que ela levasse então o Zé Pilintra e a Pomba Gira lá em casa pra gente fazer uma suruba. Quis saber onde eu morava e minha resposta lhe causou desconfiança. “Pois se não acredita em mim, pergunte ao seu pai de santo, ué...” E ela depois de um tempo em silêncio, disse que seu pai de santo falava que eu contava mentira sobre meu local de moradia. Sorri aliviado ao saber que era tudo uma putaria pois se não sabem nem onde eu moro, esses macumbeiros de jornal Meia-hora não vão conseguir me achar nunca. E parti, sem olhar pra trás...
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Um comentário:
Aii creeedo!!! Mas macumbeira de jornal meia hora....é fods!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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