terça-feira, 17 de novembro de 2009

Nosso coração é asa - parte II

Mas o silêncio reinava na espera pelos próximos amigos quando foi dissertando o poeta do nosso circo:
__ E vou te contar uma coisa que me aconteceu ontem, porque não gosto de mentira, não posso esconder, não consigo me controlar, é mais forte que eu e não poderia deixar de passar a informação aos meus parceiros. Estava em meu devido local de trabalho, fazendo um evento maravilhoso que atraía multidões ensandecidas, uma festa de 15 anos de evangélicos. Sei que vão rindo de mim, mas acreditem nas minhas palavras pois são da mais pura sinceridade. Todas as gatinhas de uma das mesas que eu ia levando guaraná ficaram doidas por mim e estavam querendo chupar minha língua, morder o meu lábio inferior, acariciar meu corpo sexy. Nem sou muito de fazer jogo difícil, por isso já fui perguntando qual delas teria o prazer de passar a noite comigo atrás de um carro qualquer parado lá no estacionamento do salão. Ficaram tímidas, todas se entreolharam e eu fui logo escolhendo a mais bonita. Arrastei, galera, arrastei mesmo porque meu nome é Gugu, não é bagunça! Ficamos lá atrás da Kombi velha na maior beijação, e eu subindo minhas mãos pelo seu corpo e ela toda sem graça, não querendo deixar eu acariciar seus mamõezinhos. Já não sei o que passava pela minha cabeça quando botei a mão pelas costas dela e dei um ‘estanque’ no seu sutiã... Caralho, cara! A parada abriu, mané! E ela saiu correndo pra alguma amiga dela tentar consertar... pô foi engraçado pra caramba, galera.
Então, atônitos com tal informação que recebíamos naquele momento crucial de nossas vidas, aguardando o desfecho da tal história ridícula que íamos ouvindo e ele simplesmente disse que ali chegava ao fim sua aventura da noite anterior. Alguns risos e outros tapinhas nas costas de Gugu pela incrível imaginação que lhe acomete nos domingos de micareta.
E os rapazes que esperávamos, enfim, chegaram depois de todo o tempo lá parados admirando a sagacidade do relógio correndo em nossos pulsos. Fomos em direção ao transporte que nos levaria ao local do amor, à festa da carne, à igreja dos pederastas. E eu já estava com minha garrafa de suco das uvas quase vazia em decorrência da sede anormal que tomava conta de minha pessoa nessa ocasião, fato que eu, estranhamente, não conseguia entender.
Chegamos, enfim!
Mas os amigos que acompanhavam o presidente e o vice estavam também com uma sede anormal. Nada mais justo do que pararmos nesse recinto maravilhoso que vende os líquidos sagrados do sentimento em garrafas coloridas, todas elas com sensações diferentes para o amor que nos foi reservado nesse dia tão maravilhoso em nossas vidas.
Entramos na Sendas pra comprar Vodca. E saímos logo, pois quase nos perdemos em todas aquelas delícias que eram jogadas em cima de nós com preços tão sedutores que quase caímos em tentação...
O caminho da felicidade era curto e o que impedia nossa alegria eram tampas. Que caiam então pelo chão, malditas, cruéis a bloquear tudo que em nós deve adentrar sem pudor, sem receio, sem medo do futuro ou dos reclames de um estômago virgem. Fomos andando e bebendo e sem perceber, o álcool ia acabando e a micareta chegando.

Um comentário:

Leilinha disse...

Q Difícil escolher qual cachaça comprar heiim?! kkkkkk
Gostei da aventura do gugu!! show!!