Se fossem apenas dois amigos sentados nos degraus de uma escada ao lado do prédio da escola num daqueles dias entediados e estranhos onde o conhecimento era distribuído em salas de aula em forma de teoria, enquanto do lado de fora a prática do amor se fazia bem mais interessante aos olhos nossos; não lembrariam de nós.
Se fossem apenas dois rapazes com futuros distintos, por que não, com suas idéias de sentimento provavelmente parecidas e aquelas que lhes seguiam e não concordassem com tudo que deles saísse, mas que mesmo assim continuassem desejando só pelo prazer de um momento ao lado de quem mais capacidade tinha para fazê-las sorrirem; também não lembrariam de nós.
Se fossem apenas homens quase formados, destinados ao que de melhor a vida pode oferecer sem deixar de lado um pingo de resposabilidades que a adolescência pede, e tudo mais que se pode conseguir quando se destina a querer ser feliz, independente do que viesse a acontecer com o resto do mundo que nos observava atento; ainda assim não lembrariam de nós.
E eram tudo isso, ou só isso e muito mais, como queiram entender.
A vida é real de viés, como já canta muito bem a música, mas ainda assim, digo com minha palavras tortas que a saudade de um tempo distante inebria com calor as intenções de um dia poder voltar a crer na vida como antigamente, poder levar a vida sem que ela me leve dessa forma pesada, poder entender que tudo é passageiro e o oitavo ou o nono também cabem dentro da nossa nave, saber que tudo que acontece é irreal ou fantasioso ou estranho e cabe somente a mim e a quem me acompanhava conseguir desenhar mais uma vez no papel do destino todas as imagens dos lugares que queria estar, ou das atitudes, drásticas ou não, que iria tomar.
A amizade não mostrava ao público externo todo o resto do sentimento, justamente pela falta de necessidade desse ibope. Há em cada família o amor fraterno de um pai pelo seu filho, de sua mãe pelo seu filho, e de irmãos que completam um no outro suas respectivas ausências.
Foi-se um irmão que sempre esteve ao meu lado nas horas mais normais, sem mencionar qualquer tipo de horas ruins pois isso não fazia parte da minha vida naquele tempo. Talvez, justamente após a distância dar destinos diferentes em nossos futuros, a dor tenha tido chance de abrir a porta sem ser convidada e entrar pra não sair mais.
Foi-se um irmão meu e agora se faz um irmão de verdade, mas nada que me tire a felicidade de saber ainda de sua risada satisfeita para com tudo o que lhe agrada nessa nova fase de vida que resolveu levar.
E o mundo mais uma vez dá provas de que tudo gira e se não nos movermos, ainda assim, não continuaremos no mesmo lugar. Por mais que haja a intenção da imobilidade, o resto do firmamento e tudo que há de acontecer nos joga de lados para lados fazendo com que chacoalhemo-nos até que caiam de nossos bolsos algumas idéias incertas de planos futuros. E vendo tudo isso no chão, não há mais nada a fazer do que catar cada um dos planos e dar-lhes sequência.
Vai-se lá meu irmão, pelo lado que te apeteces que eu vou por aqui também por onde mais me agrada, porém não retiro jamais do meu coração a imagem, antiga porém sincera, da força de uma amizade que será perpetuada durante gerações.
P.V. 13:23 04/02/10
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
KD O COMENTÁRIO DO "ADAUTO"?!
NGM COMENTA MAIS NADA NESSE BLOOOOOOOOOOOG..
AHHHHHHHHHHHHH RS*
AmoOur..
eu sabia q sua amizad
cm o Adauto era grandeeee...
tbm né UCM ETERNA!!!
ainda mais vcs 2!
aff...
recuse imitações!
me emocionei lendo
tdooo isso q postou!
(sm ser irônica
ou debochada!)
mas... é amizad cmo essa q
eu qro ter por tda vida cm vc!
hauhua...
ti amoO mtoO...
smpre!!!
coração...
coração...
coração...
=]
Bjusss...
by elisa maluk
Postar um comentário