domingo, 21 de fevereiro de 2010

Minha preta

A não ser que isso seja um problema pra você, quero unir minha carne com a tua mais uma vez.
Não há mais espaço pra que outros prazeres tomem conta do meu corpo, não há mais medo de me envolver com seus olhos que me sorriem em todos os momentos que estamos juntos, não há mais bocas para serem beijadas uma vez que o teu corpo me oferece bem mais do que um encontro de lábios, não há nada mais importante do lado de fora dessa sala a não ser ver seu corpo deitado, queimado de Sol, e sua beleza exagerada que se põe em frente a mim como um banquete do qual eu posso me servir conforme minha vontade quiser.
E se tu és assim comigo, também não farei questão de saber da veracidade de tuas palavras quando estás com outro homem. E nem sequer passa pela minha cabeça o interesse de imaginar-te com outro.
Só ao meu lado, mesmo distante de mim, quando se faz minha ou quando está nos braços de outro, minha intenção é te querer, seja em qualquer situação que estivermos, seja qual for o grau de responsabilidade que nos envolva naquele instante, tanto faz para mim perder ou não o emprego, tanto faz pra mim se vai faltar o leite em casa desde que se faça seu agora, na sua boca, ou fora dela...
Já sinto saudade de tudo que você representa, e se isso lhe parece como um exagero de sentimentalidade, perdoe minha falta de rigidez no coração, porém quando lhe digo, quando lhe grito minhas atitudes infantis para com aquelas que não chegam aos seus pés e tu me chamas ‘cretino’, sempre é a verdade sobre como consigo controlar minhas emoções e deixar rolar no rosto delas as lágrimas que rolariam no meu.
E com você não deveria ser diferente, uma vez que tu mesmo me dizes sobre essa minha vontade enorme de querer tua carne, de morder o que deveria ser acariciado, de só usar e depois pôr pra reciclar visando o próximo uso. Mas se enganas, minha preta...
Vai além do que tu poderias compreender e do que eu, com minha humilde, porém sensata razão, acredito.
E não me despeço, não dirigirei agora a última cena da nossa interpretação pois sei que ainda há muito para acontecer. Não costumo descartar as promessas incríveis que faço, justamente pela incredulidade enorme que elas mostram. Quando grito de leve no teu ouvindo dizendo que vou te levar embora desse lugar, que tu nunca mais precisarás trabalhar na vida, quando lhe falo que um anel irá adentrar no teu dedo e não precisarás nunca mais se preocupar com coisa alguma a não ser estar ao meu lado em qualquer parte desse mundo que eu queira visitar, não acreditas... e faz muito bem.
Mas como seria lindo se fosse mesmo verdade.
Não prometo nada parecido com isso a ninguém, porque ninguém me inspira tanto a querer fazer quaisquer tipo de coisas parecidas com isso. Mas é você, minha preta...
Algo parecido com perfeição está em você e me atrai tanto que meus olhos passaram a ser seus desde o momento primeiro que lhe vi, ou talvez do momento primeiro que lhe toquei...
Julgue como quiser as minhas intenções, se primeiras, se terceiras...
Já não faz muita diferença, uma vez que não acreditas muito no que digo.
O saldo positivo talvez seja que essa crônica vai ganhar um título.
P.V. 18:38 21/02/10

Nenhum comentário: