terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Maria

Maria é a piranha que eu mais amo.
Não há mais dúvidas sobre sua índole depois que me apareceu grávida, as lágrimas nos olhos, emocionada afirmando que formaria família ao meu lado. Por um instante, também corei de felicidade, mas logo lembrei que era estéril e ela não sabe.
A única Maria que ficou grávida sem que seu marido tivesse lhe inserido os tão fofinhos espermatozóides foi a mãe de Jesus e essa, sim, pode ser perdoada até porque não gostaríamos de comprar briga com o Espírito Santo, Deus Grandioso, verdadeiro pai cuja paternidade fora comprovada após um arcaico exame de DNA realizado no famoso programa de época “O Programa do Camelinho”, visto que o Ratinho nasceria dois milênios depois.
Mas voltando ao papo da Maria piranha, os amigos já tinham até me dito que ela fazia programa no Campo de Santana, apelidada pelos mais íntimos de Rainha Cutia, aquela que já perdeu o rabo... Como pode uma coisa dessas, logo a mulher que eu mais amo, logo aquela que me deixa mais louco e insensato a fazer as coisas mais estranhas tais como entregar meu Credicard em sua mão, logo ela que sempre fez certas coisas na cama que eu considerava serem coisas de mulheres mundanas, mas que me dizia que jamais tinha feito e era só pra me agradar, pra que eu não tivesse necessidade procurar outra na rua...
Aahh Maria...
Meu amor por ti vai além do que pode ser descrito e você dando para outros homens como se eu não valesse nada, como se meu sentimento fosse um pedaço de lixo que se joga fora como aquela sandália linda e cara que lhe presenteei para que pudesse andar bela e soberana pela favela, mas você enjoou dela e simplesmete jogou fora.
E eu que discutia com meus amigos por você, em consideração ao amor que cegava meus olhos sempre que diziam do tamanho da sua saia, da intensidade de seu decote, do rebolado extremo e grande simpatia e gentileza para com os outros machos da espécie. Maria, você me decepciona imensamente com esse teste de gravidez na mão afirmando que sou o pai de seu filho...
Maria, me responda o motivo, então, de todas as suas visitas à Igreja Universal?
Já não vejo porque ia tanto ao templo da oração me dizendo que iria conversar com Deus para que nosso amor durasse para sempre, e saía de casa com aquela saia abaixo dos joelhos, mas me dizia que ia sem calcinha justamente para que não marcasse na roupa e as outras irmãs, varoas da mesma igreja, não ficassem criticando o tamanho das partes íntimas de minha mulher, justa e fiel. Só se for a Deus né, porque a mim...
Agora já entendo o motivo pelo qual a Igreja encheu de repente, tantos varões que lá entravam, tantos homens buscando o perdão de Deus de repente assim, e os cultos eram intensos.
Fazia serão na Igreja, Maria?
Mas eu ainda te amo, Maria.
Vou criar esse filho como se fosse meu, pois ainda acredito que o sentimento há de prevalecer.
Afinal, foi por você que eu me apaixonei, né?
P.V. 17:29 02/02/10

Um comentário:

KM disse...

VAAAAAAAAI COOOOOOORNO..
MONNNNNNNNNN
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

PERFEITO.. LINDO DE MORRER!!!!!!!!!!!!!!!!