sexta-feira, 21 de maio de 2010

O reflexo do espelho do Flamengo

Choram, aqueles que têm o amor no coração, aqueles que se fazem felizardos pela boa escolha, pela opção certa quando ainda não tinham noção de muita coisa nesse mundo terreno e cheio de imperfeições, choram aqueles que são melhores, aqueles que têm total noção dentro do coração de que nada mudou, de que o máximo foi dado, de que o homem não poderá jamais superar o manto, de que a história prova que amanhã é depois de hoje, e o passado já fica pra trás assim que piscamos nossos olhos.
Sabem do Flamengo, sabem do que representa uma nação, sabem o que faz no peito de um homem dedicado como eu, quando aquela pelota redonda, por bola ser, adentra no retângulo, as três traves do goleiro inimigo e o mundo se anima, e o povo levanta, e as vozes se exaltam pra gritar...! Todo e qualquer problema é esquecido, nada mais importa do que ser flamenguista, nada mais importa do que poder comemorar com os seus aquilo que mais ama, o manto sagrado que lhe dá mais felicidade em toda a sua vida.
Foi-se um tempo em que, nas minhas mais instigantes conversas com os irmãos mais próximos, abordava teses profundas, das quais, lembro-me de uma que cantava sobre uma possibilidade de o homem ter sua vida espelhada no reflexo do que fazia seu respectivo time de futebol. E ficava lá, com meus erros, apaixonando-me todas as semanas, morrendo por dentro, derrubando lágrimas de sentimento por quem nunca mereceria gotas sequer de meu pranto, e o Flamengo lutando, incansável, derrotas seguidas, muita batalha, a dificuldade em outros tempos... tudo era verdade na minha boca antigamente; ainda se fazem verdades na minha boca hoje em dia.
Vai o Flamengo, entidade maior do futebol mundial, dando tudo de si, alcançando patamares que minha pessoa jamais poderia imaginar, vai o Flamengo levando alegria a muitas pessoas, de preferência ao mesmo tempo, vai o Flamengo fazendo história, arrastando seguidores, formando uniões, vai o Flamengo enchendo estádios, digam-se eventos, vai o Flamengo enquanto também vou por aqui arrastando minhas multidões, distribuindo felicidade, marcando meu nome na história de leve, abrangendo os limites de minha União, abarrotando os novos eventos organizados e conjeturando possibilidades maiores de futuro.
O pouco que me cerca poderia me satisfazer. Flamengo me completa.
E se ganha, e se perde, e se é eliminado, que amor não cresce nas adversidades?
Choram os mais felizes, choram de felicidade por saber que têm o melhor dos times, choram pois têm a noção básica e simples de que estamos vivos, mais vivos do que nunca, de que homens, aqueles que vestem o manto sagrado, vêm e vão, porém o vermelho e preto do nosso sangue continua intenso e correndo nas veias.
Agradeço aos que me seguem, e se me criticam, fico também feliz, se curtem com a infelicidade momentânea de um monstro do futebol, felicito-me mais uma vez. Sei que nosso nome deve sempre ecoar em bocas sujas e imundas, e roupas horríveis, ditos uniformes, o arco-íris continua brilhando no ar e invejando o poder do Flamengo. Fracos guerreiros trabalham de forma fraca.
Saudações a todos.
P.V. 11:28 21/05/10

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