domingo, 4 de abril de 2010

Nem fácil, nem difícil...

Eu tinha até me esquecido daquele tal boné virado para trás.
Talvez desse certo se eu tivesse com o boné virado para trás, mas, infelizmente, o álcool que corria nas minhas veias não me deixou lembrar desse fato isolado. Fui, mesmo sem boné, fugi da festa, desci as escadas, dei de cara com a mais formosa mulher que pode existir na face do meu conhecimento e fui sincero ao dizer que nem Deus teria capacidade de fazer algo tão perfeito, não pela incompetência do Pai, mas sim pela sua intenção de manter os defeitos em todos pra que se identifiquem...
Disse aos meus ouvidos o Irmão Antônio, pastor fervoroso dos meus piores e melhores dias, ainda que a religiosidade não seja meu forte: “Amigo, essa é a mulher da sua vida...!”
E me ilude os pensamentos só de lembrar dessas palavras proféticas pois o amor é das coisas que menos se entende e nesse caso não deveria sequer ser citado. Durique...
Já não me calo mais perante seu rosto e seus olhos que me fuzilam com toda aquela sede por sinceridade, já não me fecho mais para as afirmações que sempre tive vontade de lhe dizer e ficavam apenas mortas e eternizadas no papel, já não tenho mais medo do que possa pensar depois que ouvir as coisas incríveis que tenho a lhe dizer, mesmo que isso seja tão comum aos seus ouvidos, afirmações vindas de outras bocas que também a desejam, não tanto quanto eu, é claro.
Mas é tanta beleza que não me canso jamais de olhar, é tanta perfeição que não me canso de teimar na sua origem, é tanto em tão pouco que vejo sobrar e só isso já me traria satisfação.
Todos os inúmeros caracteres dedicados somente ao que representa Karoline Durique em minhas intenções, todos os sonhos que sonhei e as noites mal dormidas pensando em seu sorriso, todas as conversas jogadas fora enquanto seu nome era o mais gritado com amigos distantes de seu conhecimento, tudo isso ainda é muito pouco se fosse necessário provar ao mundo o quanto se faz importante para mim.
E se dizem que o autor dessas palavras é safado, que não presta, que é, quem sabe, mulherengo, dizem a verdade. Mas também não sabem que num piscar de olhos, como um passe de mágica, a partir de um único SIM saído de sua boca, eu largaria tudo, deixaria de lado tudo que fazem me criticar, esqueceria essas alegrias momentâneas e enjoativas só pra estar ao seu lado eternamente, por mais que não seja essa a sua vontade, por mais que não seja isso o que está explícito em meus olhos, por mais que acredite piamente nesse destino o Irmão Antônio, por menos, talvez, também.
Um beijo é só uma desculpa para que revigore mais uma vez a inspiração que se fazia distante de mim desde a última e primeira vez que eu tive o contato com a perfeição. A minha boca na sua é a justa prova de que existe sim, Deus no céu. Deus no céu e Durique na terra.
Existem mulheres e mulheres. Sempre fui adepto da idéia que diz para não dar assim tanta moral às mulheres, talvez para que elas gostem mais de ti, esses preceitos machistas, porém funcionais. Sou sincero o suficiente para dizer que não me controlo quando o assunto é Durique e falo pelos cotovelos coisas que quebram o protocolo dos homens só pra que saiam de mim os pensamentos exagerados a respeito de uma simples mulher que passeia pela minha vida de quando em quando.
Deus sabe mesmo o que faz e não a joga em meus braços de uma só vez. Minha família tem sérios históricos de problemas cardíacos e, talvez, não fosse muito saudável tê-la por completo, por mais que meu desejo grite o contrário.
Durique
chega e a festa começa, Durique parte e a festa termina. Tenho total certeza de que a festa não é Durique, mas meu coração grita, pula, bebe e dança enquanto sente sua presença; murcha, chora, emudece quando sabe que ela já se foi.
Vejo lágrimas rolando pelo meu peito nesse momento...

P.V. 20:08 04/04/10

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