terça-feira, 13 de abril de 2010

A batalha no vale do amor

Foi-se o tempo em que minhas palavras eram todas traduzidas num pequeno parágrafo, quem sabe em algumas vozes soltas no meio da multidão só pra que fossem as mais importantes entre todos que tinham a coragem de se levantar e gritar como eu; foi-se o tempo em que um pouco mais de medo era a dosagem certa para os tais românticos da minha nostalgia jovem e aquilo construiu um pouco do que sou hoje; foi-se o tempo em que era escrito em meu dicionário a palavra impossível. Atualmente desconheço totalmente qualquer significado relacionado a esse tal vocábulo.
Já não me sinto como antes...
Tinha lá essa vontade boba de exaltar alguns feitos, assumir com todas as palavras o que não existe e o que se torna, mas a moral que cresce dentro de um outro coração diferente do meu poderia atrapalhar os planos de futuro que minha mente vai desenhando aos poucos, ainda que muitas pessoas não concordem com essa afirmação e bolem lá em suas respectivas cabeças também outros planos para desmoronar minhas intenções, talvez nossas.
Mas agora vejo que a construção ultrapassa a capacidade do arquiteto. Nem por isso torna-se impossível.
Outros métodos serão utilizados para que o edifício seja levantado, outras formas de amor, outros jeitos de paixão, as palavras melhores, os beijos mais molhados, a saudade vai nascendo e tudo fica no seu estado perfeito pra que se acorde amanhã, pra que se durma hoje e o pensamento continue o mesmo. Dois em um e um que se divide em dois. A construção amorosa cresce como nunca nesse país...
É só analisando os fatos que se pode entender uma frase ou duas. E não sabem, nem terão a chance de saber coisa alguma do que está sendo dito pois, ignorantes, não lhes diz respeito coisa alguma que pretendo fazer ou praticar para minha vida própria. E se suas bondades atrapalham meu caminho, também não tenho o direito de estar triste. O amor alheio é sempre tão lindo e minha falta de egoísmo, erro fatal de meus piores dias, faz com que ainda assim, mesmo perdendo aquilo que mais amo, o sorriso brote no meu rosto ao saber da felicidade lá longe.
“À noite, a luz do meu quarto eu não quero apagar, pra que você não tropece na escada quando chegar...”
Tudo isso é um grande jogo super interessante do qual ainda não me cansei de brincar, o que alegra muito os meus dias fazendo com que tudo seja ainda mais colorido em minha volta, fazendo com que eu ainda tenha um pouco de esperança com relação ao que pretendi desde que me pus naquela tal boca, desde que não a tirei do pensamento nas noites seguintes...
Não vou temer nem correr do destino. Sei que as coisas não são sempre como esperamos, e justamente por isso se fazem tão perfeitas. Vou por aqui, humilde em minhas falsas expectativas que só aumentam meu sentimento, agindo da forma que o mundo me ensinou e parece que vai se transformando com o passar do tempo, aguardando algum tipo de surpresa previsível, se é que isso pode existir, sem medo de errar, e feliz com os acertos
Mas se um exército que me ama tende a colocar-se na minha frente para fracassar meu objetivo, lutarei até o fim com flores nas mãos.
P.V. 11:07 13/04/10

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