sábado, 10 de abril de 2010

Lua estrela vento Durique


É de madeira a porta que bate e o cão que late
Não morde e a janela que lá fora o sol esconde
O vinho quente e vermelho não deixa cair, deixa fluir.
Demora, mas nunca mais pra sempre é que não é.

Vento que bate, leva embora pra longe...
A tristeza que agora não posso mais carregar

À noite o gato que corre na rua
A lua e a estrela que brilha
O xale azul e os olhos de ameixa

A mão que é sua, a sombra, a voz e a vontade que dá
Ai que esse amor de tão grande acaba por me matar


É meio complexo...
Mas quem disse que o amor deveria ser fácil?
É o que afirmam, todos os que se dizem conhecedores do assunto. Eu acho que é bem mais simples do que dizem, mas já que querem a confirmação, eu vou agora destilando, dissecando, triturando devagar todas as possibilidades. E só afirmo tais coisas pois a felicidade de um sentimento se chegou no meu corpo, e quando a paixão domina um homem, ele diz coisas que devem ser guardadas para todo o sempre.
Durique, sem vergonha, sinta-se culpada pelas palavras que nascem dentro de mim, e se algum dia vier um desses críticos das línguas rejeita
ndo minhas teses poderei afirmar com toda a sabedoria que as crônicas só foram expostas por um excesso de loucura que havia dentro de mim em todas as ocasiões que seu nome me vinha à mente. Certo? Desculpas criadas, posso dar continuidade ao que era complexo e se fez simples.
Diz ali o tal autor da música, ou que seja então uma autora, visto que a voz linda que a interpreta é da minha maior musa da literatura. Capitu e sua devassidão para com o colega Bentinho, tímido em sua essência, mas corajoso o suficiente para mostrar ao mundo sua feliz dor.
É de madeira, tanto a porta que bate quanto a janela que lá fora esconde o Sol. O cachorro só late para rimar com a terceira pessoa do singular do verbo bater. O vinho é, obviamente, vermelho por vinho ser e se faz quente nessa ocasião pois está do lado de fora da janela que esconde o Sol. A ingestão de vinho deveria fazer cair, ainda mais um vinho quente, que nessas alturas do campeonato, após partir o verão, embriagam em demasia a mente de pessoas apaixonadas como o autor das palavras que lês, mas, de uma forma ou de outra, parece que o vinho não deixa cair, o vinho deixa fluir, o vinho faz com que tudo aconteça naturalmente, como se fosse remetido aos bons tempos da nostalgia onde os boêmios curavam seus problemas e seus complexos com a bebida. E ainda afirmam, loucos e sensatos, que demora, mas nunca mais pra sempre que não é. É um exagero de pleonasmo e me recuso, acadêmico das Letras, a entender o que quiseram dizer e afirmo mais, acho que nem quiseram dizer nada... bobo que eu sou. Só porque não entendi, fico inventando desculpas...
E chega Durique, dona de circo, videogame ambulante, prisão domiciliar, linda e absoluta, a louca, na parte mais bela da canção que tomou toda a minha manhã nessa sexta feira intensa que antecede, ó que surpresa, o sábado.
Chamarei-te também de vento.
Durique
, a moça do vento, na sua juventude forte de sempre bateu em mim e levou embora a tristeza daquela falsa felicidade, levou para bem longe num local do qual não poderia eu sentir qualquer tipo de saudade, a tristeza de uma felicidade que minha vida não poderia mais carregar. E esse vento passa por tudo, esse vento Durique, essa Durique vento, passa de leve em cada esquina, passa de leve sobre todas as ações, conhece todas as atitudes, é belo, é leve, perfeição em tudo, à noite vê o brilho das estrelas e conversa com a Lua, admira o gato que corre nas ruas, faz voar aquele xale azul e me apaixona mais uma vez com seus olhos de ameixa...
Ameixa?
Minha indagação é só pra te indagar também, meu amor...
A mão, a sombra, a voz e a vontade...
Encosta em mim, fala aos meus ouvidos, o brilho da Lua estrela reflete seu corpo, o chão me mostra sua sombra, acende minha vontade... e esse amor de tão grande acaba por me matar, um dia.
P.V. 15:36 09/04/10

Um comentário:

Karoline disse...

eu sou sem vergonha *-*
OAIOSIAOISOIOAIIS
amor, essa parte me conquistou , rs.

s2