quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um ano que se foi

São esses momentos os que mais me fazem lembrar de tudo o que quero viver e fico satisfeito por saber que existe vida inteligente no mundo ainda. A vida que sempre quis é justamente a errada, porém certas vezes enxergo com outros olhos que o certo também me atrai. Não vejo nenhuma certeza no rosto dela, mas quem disse que eu sei de alguma coisa? E, na verdade, nem estou procurando certezas. Não procuro nada além do que me faça bem, nem que seja por só mais meia hora.
P.V. 07:24 14/04/2009

São poucos os homens que conseguem manter um sentimento e, admito, que não sou um desses, mas eu tenho o poder dentro do peito de me apaixonar duas vezes pela mesma mulher dentro do espaço curto de um ano. E morram de inveja todos que não conseguem ter essa tristeza para si, pois da vida nada se leva a não ser a dor de uma paixão, coisa muito séria e interessante quando a vontade é deixar registrado todo e qualquer momento.
Fui galgando novos lugares, fui pensando como aqueles amantes platônicos dos tempos vermelhos do sentimento, fui deixando que o sono ficasse de lado para dar lugar somente aos olhos de Durique, esqueci todos os outros sorrisos que me riam de forma falsa e alegre para me embriagar da felicidade pura e simples de Durique, fui sentindo o coração inchar, fui vendo que em cada rosto nas ruas refletia o rosto perfeito de Durique e me vi apaixonado para alegria própria e tristeza geral da nação.
Curioso é saber que nada muda, mesmo depois de um ano de convívio, ainda que com pouco contato. Estar apaixonado é a satisfação plena de um homem que busca provar para si mesmo que o sentimento não está morto, é a certeza de que, em breve, se não nessa oportunidade, eu poderei me apaixonar de novo; e se for correspondido, viverei de forma intensa meu romance escrito a mão, não por mim, mas pelos senhores do destino que tomam conta dessa parte burocrática das flechas do Cupido.
Durique é um grande jogo de Video Game
, onde só há uma fase, única do início ao fim. Vou eu, me dedilhando no controle, passando de leve em cada obstáculo, aprendendo muito ou pouco em cada segundo, andando em algumas ocasiões, correndo em outras, perdendo meu tempo sentado olhando para uma tela, sofrendo com todo esse desperdício de mentalidade, entretendo meu dia de tédio com a beleza de uma tecnologia, sentindo falta quando a luz acaba, talvez, e sempre me superando...
Joguinhos falsos que vendem na feira já não me atraem tanto.
A data de um ano representa pouco quando se obteve pouco, mas para mim algumas palavras ditas com muita sinceridade direcionadas aos olhos de Durique já bastam para que os doze meses tenham valido a pena. Se ela tem noção de, pelo menos, uma parte do carinho que tenho dentro de mim, já é o suficiente pra que um dia possa nascer algo de bonito, não que seja um sentimento dela em relação a mim, mas a possibilidade de crença nas coisas que faço questão de lhe dizer em cada ocasião que nos vemos juntos.
Durique é o que me falta para saciar o desejo de plenitude.
Um copo meio cheio ou um copo meio vazio não são tão diferentes, mas a sabedoria de um futuro ao lado do reflexo daquele espelho onde Durique se embeleza já traz mais felicidade ao meu pensamento de destino caminhando de mãos dadas com a pessoa da qual eu poderei dizer que é minha.
Vai-se embora a poligamia do momento e fica a eterna felicidade.
Quem viver, verá.
P.V. 07/04/10 19:09

Um comentário:

Karoline disse...

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encantadores assim como o dono do blog tudo o que ele escreve .
obgd querido, :)