quarta-feira, 14 de abril de 2010

No dead lines

Foi o tempo mais feliz do meu último ano, aqueles instantes em que sonhava, louco de tesão e algum pouco sentimento, aguardando com nenhuma paciência um tal terceiro encontro que nunca aconteceu. Se eu lembro com saudade, posso fechar bem os olhos e ver que agora, depois de um ano bem vivido, pouco mudou. Talvez haja um louco tesão e um enorme sentimento.
Estranho para mim é passar por esse tipo de situação uma vez que o costume da normalidade sempre me mostra todas as mulheres tão iguais e incapazes de mover míseras palhas dentro de mim. Porém, ceguei-me e calei-me para tudo que não é Durique, e sinto, dentro de mim, como estivesse cometendo um incrível pecado do qua sou o único a fazer as próprias críticas. E, do fundo do meu coração, não acho que ela mereça nem metade de tudo que sinto aqui guardado.
Mas foda-se, quem sou eu pra achar alguma coisa...?
Quem sou eu pra discordar do sentimento?
Não sei do futuro, mas sei do que é verdade. Não há como fugir desse destino. Não morrerá mais um ano afogado em poligamia isenta de plena felicidade.
E quando chegar...
Há tantos segredos por desvendar e somente a olho nu eu poderia enxergar, que perco os sentidos por um momento e imagino toda a sua saúde ao alcance de minhas mãos, o desenho endeusado do seu corpo, a escultura única e fogosa que eu vejo em algumas poucas ocasiões perdidas no meio de todo o espaço de tempo que nos separa.
Toda essa sede de libido que desperta meus melhores sonos, que me faz dormir com mais vontade, toda essa saudade de seus olhos, toda essa vontade louca de ver mais uma vez o seu sorriso, o que eu não me deixo falar, sua insensatez, tua estupidez, toda Durique, sua falta de decoro para com as coisas que me fazem menos gente, mais amigo, a sua intensa beleza, de corpo, de mente, de inteligência, todo o seu sexo incrível que um dia há de ser meu, somente meu quantas vezes eu quiser, o sentimento estranho que me come aos poucos e me faz um outro homem quando o assunto é Durique, o brilhos nos meus olhos que se reflete nos dela, o sorriso no meu rosto que plagia o dela, tudo em mim poderia ser um reflexo do que ela representa, mas vêem que não é bom. E não há de ser.
Técnicas e táticas não adiantam como jamais adiantaram.
Resta-me conformar-me com essa triste idéia de tê-la de longe, de lhe ver passando com outros, de dormir destinando meu pensamento a mulheres tão desmerecedoras quanto Durique, mas com nomes diferentes...
Alegrias vêm e vão.
Durique fica.
Céus e mares passam.
Durique fica.
E eu estou indo, só...
P.V. 14/04/10 17:55

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