domingo, 18 de abril de 2010

Atritos finais

Talvez eu tenha essa intenção básica de abordar um assunto muito meu, esse assunto que diz sobre o que é a maior verdade de qualquer tempo, sobre o que eu sempre penso e que nessa noite, ainda sem fim, teve total concreticidade na minha visão. Talvez eu seja muito perfeito...
Minto. Minha imperfeição que é muito gritante aos seus olhos, tanto quanto grita sua blusa verde horrível. Tenta me privar sem dar o exemplo. Onde eu estava com a cabeça quando julguei que poderia emprestar alguns dos meus melhores dias a ela, onde estava com a cabeça quando imaginei que meus melhores beijos poderiam ser dedicados somente a ela, qual a quantidade de merda que eu comi quando passou pela minha mente que meus sorrisos seriam todos frutos de motivos que partiam dela..?
Sinto-me um tanto quanto contraditório e infeliz nesse momento, justamente porque o domingo não me mostrou nem um pingo que eu imaginava, nem uma ponta de felicidade foi vista que pudesse me trazer um pouco de conforto para descansar minha cabeça no travesseiro nessa noite. Ao mesmo tempo nasce e morre um sorriso no meu rosto, nasce e morre uma felicidade dentro do meu peito e eu nem sei o porque, não consigo imaginar razões necessárias pra que eu tenha esse discernimento único sobre as sensações variadas.
O que fica certo, o que fica claro aos meus olhos é que uma exclusividade deve ser exclusiva a quem, de fato, merece.
Certas vezes na minha vida, indago-me a mim mesmo sobre quanto amo minha mãe e como não dividiria esse amor com nenhuma outra mulher no mundo. Fatos noturnos me dão razão... fatos noturnos sempre me dão razão.
E lá no alto do céu sorri uma Lua prateada com suas filhas estrelas em volta admirando minha saga aqui no chão, louco e desvairado, o copo de cerveja na mão, ainda imaginando mil situações ao lado de uma pessoa que poderia me fazer tão feliz e se mostra incompetente na fácil missão de cativar.
Que chorem, que sofram, pois o sofrimento e as lágrimas nascerão no lado contrário ao meu, e não teria arrependimento algum pois saberia que a razão é justa e um amor vale por dez paixões.
Já é tarde demais.
Na verdade, a madrugada já deu as caras e eu, intenso e embriagado, sabendo de cor que minhas palavras nesse momento são da mais pura sinceridade e justamente por esse motivo que me jogo às letras, fico aqui martelando minhas próprias verdades pra que não esqueça, quando amanhecer o dia amanhã, de tudo que vivi na noite anterior e de tudo que tenho guardado na cabeça a ser conhecido no dia seguinte.
Calei-me e ceguei-me para tudo que não era Durique.
A vida de ioiô é tão dura quando se vai quanto quando se vem.
Passados e presentes se unem numa rua tumultuada e se misturam só pra confundir as mentes envolvidas.
Não me deixo mais envolver, nem tão pouco confundir.
Faz-se clara minha noite. Nem o gato que me direcionava fixamente os olhos na volta para casa poderia entender quais filosofias profundas passavam dentro de mim durante a caminhada.
Felizes são os que não amam.
Já perdi minha felicidade...
P.V. 01:11 19/04/10

Um comentário:

Karoline disse...

parabéns mais uma vez !