Vem aqui que eu vou te dar um beijo.
Juro que minhas intenções são das melhores quando começo uma crônica pelo título, mas ainda que não haja nada de parecido com o conteúdo, não volto atrás para mudar, uma vez que o pensamento mandou naquele instante, e ordens de pensamento não podem ser burladas, com o preço a se pagar muito caro por um erro cometido como esse.
Pois bem, se eu chamo, nada mais justo do que vir, e com um sorriso no rosto, se possível. Talvez até com uma ponta de felicidade por eu ter chamado, talvez com o orgulho estourando dentro do peito (pequeno ainda) por se ver ali tão minha, em meus braços, em minha boca, ou algo mais também, por que não?
Certas vontades que meu ego têm se cumprem perfeitamente por essas pequenas que estão por aí jogadas ao léu com o mesmo intuito que eu. Essa vida estranha que sempre levei e não parece ter fim é o motivo pelo qual, a partir de uma data qualquer, fez meu sorriso renascer em meu rosto.
E lembro mais uma vez das evidências... que seja...
Se forem evidências o que restou no local, eu posso fazer o favor de procurar, mas admito que não ficou quase nada a não ser um pouco de perfume no ar, a não ser algumas palavras que deixam ainda o seu eco pelo pouco espaço que há lá dentro, a não ser algum tipo de saudade dentro do coração dela.
Ausento de mim mesmo todo tipo de sentimento só pra que eu mantenha minha característica de não egoísmo em querer ficar com todo o amor que poderia nascer de uma relação. Então deixe lá que ela gaste tudo em seus sonhos incríveis, deixe lá que ela tenha as mãos dormentes de tanto usar com os pensamentos pederastas, deixe lá que as lágrimas rolem pelo seu rosto até que o exagero de minha falta lhe faça me esquecer. E o sentimento? Vai por um outro ralo...
Tentei de várias formas, algumas vezes até mesmo me isolei para não fazer esse tipo de coisa, uma ou outra ocasião me embolei em relações sérias, deixei escapar ‘eu te amos’ pelo canto de minha boca fazendo brilhar alguns pares de olhos na minha frente, mas a curva depois da última esquina sempre me mostra o mesmo fim. Não há como escapar de coisas assim, não há mais como ser diferente, até mesmo aquela que pareceu ser dona do meu sentimento poderia ter seu rosto manchado pela maquiagem dos olhos depois que caíssem algumas gotas com gosto de ameixa. Ameixa? Talvez sorria duvidando...
Falei ali num outro dia que ia tirar meu time de campo, pendurar as chuteiras. Me aconselharam a pendurar as cuecas. E vi que foi bom. Deus que me perdoe...
Pois bem, encontremos então a razão. As evidências são o fruto de uma conseqüência justa e limpa de qualquer acerto. Na verdade, as evidências são aqueles fatos que ficam depois de uma cena de crime. Não sei se pode haver crime nessa vida por amar, não sei se o amor deveria nascer aqui ou lá, não sei qual o motivo de eu abordar tanto uma palavra da qual não sei o significado.
Talvez sejam evidências de uma eterna luta para com um sentido, talvez sejam evidências essas minhas palavras, talvez venham algumas pessoas curiosas para ler e analisar algum tipo de prova contra mim...
P.V. 09:57 11/04/10
domingo, 11 de abril de 2010
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